terça-feira, 1 de maio de 2012

Filosofia Oculta: O pré-principio anterior ao inicio sem fim - pt.1

O encontro entre o Ocultista e o Bruxo

Era sábado, e como era de costume decidi ir até o Parque da Cidade estudar um pouco, meditar e se fosse o caso, praticar as Artes Augustas. Enquanto me aproximava do local onde sempre ficava, um chão coberto de folhas com um pequeno e lento riacho e próximo dele, uma árvore singular com um tronco largo muito baixo, que em aproximadamente noventa centímetros de altura dividia-se em dois e seguiam horizontalmente até que subiam e ramificavam-se. O espaço entre essa divisão é onde normalmente me sento e medito.

Antes de chegar ao local fui tocado por um som encantador, era o som da flauta doce. Uma musica mágica entrava pelos meus ouvidos e embriagava meus sentidos, fazendo tudo parecer ainda mais belo.

Orodreth sentava-se no chão em frente à dita árvore, enquanto tocava para esta rendendo-lhe graças. Para ele esta lembrava muito uma cabeça de homem, com grandes chifres de cervo brotando-lhe. Uma vez ou outra, podia-se encontrar este velho conhecido por ali.

- Lord Vincus: Boa tarde, velho amigo, é mesmo um belíssimo som que toca.

- Orodreth: Ora velho Vincus, não esperava encontra-lo hoje, ainda mais tão cedo. Toco aqui para essa representação do grande pai cornífero, um som que pelos deuses me fora ensinado.

- Lord Vincus: Com toda certeza, essa música possui algo de divino.

- Orodreth: Andei lendo alguns de seus textos; um deles, o da semana passada, intitulado o mago e a religião, no jornal O Bruxo, me chamou a atenção, quando você faz sérias afirmações sobre o divino, e o diz desnecessário. Poderia falar melhor sobre isso? Para mim não ficou tão claro.

- Lord Vincus: Pretendia dedicar este momento a mim, mas como tua dúvida é interessante, posso lhe explicar mais detalhadamente.

- Orodreth: Instrua-me primeiro sobre o divino.

- Lord Vincus: Aí está um assunto complexo, quase impossível de se tratar, mas esforçar-me-ei a fazer-te esse favor. Como um mero vivente perecível, evocarei aqueles sobre o qual irei tratar, pois como já dizia o hermetismo, apenas o semelhante reconhece o semelhante. [...]

E, na tentativa de ser um pouco próximo do eterno, chamo a plenos pulmões o grande Hermes, mensageiro dos deuses, que me tome por completo, e me conceda a capacidade de deliberar sobre o divino cuidando para que eu não venha a cometer nenhuma impiedade, me guiando com a mesma consideração com que guiara Asclépio. 

(Uma sensação de paixão despertou-se em mim, e pude perceber que o mesmo ocorrera a Orodreth, me sentei na árvore sagrada, e neste momento ela nada mais era que um trono). 

- Orodreth: Vejo que lhe empolga tratar de tais assuntos...

- Lord Vincus: Cala-te Orodreth, pois irei começar, e tu deve ficar atento ao que vou te dizer, e se por ventura eu não for suficientemente claro, deve me pedir para ser mais limpo.

- Orodreth: calo-me, e ouço-o com toda a atenção.


(Continua...)

1 comentários:

JANE FREITAS disse...

PÃ O grande Deus, representa o homem e o animal. O senhor da natureza o Deus terreno, O Deus que reverencio.
Abraçoss iluminados..

 
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