sábado, 30 de março de 2013

Ta-Hiera: Qual o significado da Páscoa para o paganismo e para a Bruxaria?


Estamos em 30 de março, um sábado, e amanhã será celebrado pelos cristãos o domingo de Páscoa. Há algumas horas recebi um telefonema de um representante de um dos jornais de grande circulação em João Pessoa, cidade onde moro, solicitando que eu respondesse algumas perguntas e contribuísse com uma reportagem que sairia nos jornais da cidade no dia seguinte. Pois bem, em uma ocasião anterior já havia contribuído com esse mesmo jornal e, apesar do descuido com o texto publicado, fui muito bem tratado pela equipe de reportagem e não vi impedimentos para contribuir mais uma vez. Ao confirmar minha disponibilidade, o repórter, como na última vez em que fui entrevistado, me fez algumas perguntas por telefone para – supostamente – adiantar o texto das edições impressas do jornal e me informou que depois eu receberia a visita da equipe para fazer algumas fotos. Mais uma vez, repetindo nosso primeiro encontro, o foco era a minha vida religiosa, mas até então não havia entendido o propósito da entrevista. Nos contatos iniciais me questionaram sobre minha formação, idade, orientação religiosa, as coisas que eu fazia dentro do meu culto particular e as crenças de base da minha religião: vida pós-morte, se eu acreditava em deus, como eram esses deuses e deusas, se havia mais pessoas além de mim praticando tal religião... enfim. Terminado o questionário de apresentação, o repórter finalmente me explicou a razão da entrevista: estavam fazendo uma reportagem sobre várias religiões veem a páscoa e o que a data significa. Não bastasse esse impacto inicial, me vem a questão: “então, qual o significado da Páscoa para o paganismo e para a bruxaria?”.

Ora, imagino que os leitores deste texto possivelmente já saibam que eu sou helênico, mais precisamente um politeísta helênico com um forte vínculo reconstrucionista, e foi justamente essa uma das razões pelas quais eu fui convidado para escrever neste jornal. Após respirar alguns segundos e conferir se não havia nenhuma tabuleta de chumbo por perto, muito pacientemente respondi que, antes de tudo, não poderia falar em nome do paganismo, tampouco da bruxaria para responder a questão. Não posso falar em nome do paganismo porque em síntese, esse é um conceito guarda-chuva (e que na verdade mais expõe do que protege) uma variada gama de práticas e cultos não cristãos, e que por sua vez a bruxaria era algo demais específico e sobre o qual eu não tinha vínculos ou interesses pessoais. Ao que me tange, exceto em contextos políticos muito bem definidos, eu me defendo como pagão. Aquém das discussões de cunho etimológico, pagão foi desde o início o termo dado pela “Igreja” a qualquer pessoa que não fosse cristão, não importando se fosse um helênico, um cidadão de Roma, um bardo ou druida, um sacerdote de Ísis, escriba kemético, ou qualquer outra crença ocidental ou oriental de base não cristã. Em minha vida pessoal mantenho um princípio moral de respeito por qualquer orientação religiosa, mas tenho de ser honesto em dizer que não me interessa qualquer coisa que vem do cristianismo, e forma como me classificar é uma dessas.

Voltando ao telefonema, após alguns instantes, explicando minhas limitações para contribuir, fechei a discussão com a seguinte colocação: 
mesmo não podendo responder em nome destes grupos pelos quais você me interroga, preciso justificar que, tanto um quanto outro, são via de regra cultos que não tem qualquer relação com o senhor a quem chamam de Messias ou Jesus Cristo. Esse é um conto do folclore cristão que nada nos diz respeito, sendo assim, a celebração de sua morte, ressurreição ou qualquer outra coisa de sua vida pessoal, seja ela verídica ou não, muito pouco nos interessa. Sua pergunta não tem qualquer fundamento e uma resposta para ela não existe nesses termos, desculpe.
Mas, essa história, pra mim não apareceu tão à toa, e comprova algo que já venho refletindo há algum tempo. Ao que me parece, o avanço do fundamentalismo cristão, especialmente o protestante, tem criado um panorama da diversidade religiosa como variações do mesmo tema, ou seja, tudo é uma variação do cristianismo, e, bem sabemos, não é bem assim que as coisas acontecem. Isso em outros termos é que, nas ciências sociais, é chamado de etnocentrismo, e diz respeito a essa forma tão universalizadora de imaginar que não há possibilidade de ser diferente.

Aliado a esse etnocentrismo cristão, há ainda outros dois fatores que, eu acredito, também contribuem para essa invisibilidade politeísta ou pagã no Brasil: o despreparo e a preguiça.

Há em nosso país uma defasagem nítida de pessoas suficientemente preparadas para liderar um grupo de práticas religiosas não cristãs e, mais que isso, há muito menos pessoas dispostas a aprender o que já está aí. O argumento muitas vezes é simplista e simplificado e pode ser resumido em frases do tipo: porque aprender se eu posso criar? Nesse movimento de criar algo novo e não estudar as coisas já estabelecidas surgiu uma parcela significativa das anedotas e monstros que povoam o imaginário da comunidade nos dias de hoje.

Há ainda um segundo fator que é a preguiça. Na nossa comunidade, se posso chamar assim, há um elemento que se tornou muito cômodo e que se, segundo atestam, no passado foi uma estratégia muito legítima de manter a continuidade dos grupos, crenças, ensinamentos e das próprias tradições, hoje em dia mais parecem um elemento facilitador do projeto quase genocida que é o fundamentalismo religioso no Brasil: o anonimato. Ainda assim, não falamos de qualquer anonimato, mas de um anonimato conveniente, que serve sempre que é necessário expor-se. Conheço poucas pessoas que apresentam publicamente, seja no trabalho, seja na escola ou na universidade, seja na e para a família suas práticas religiosas. Tornou-se mais conveniente esconder-se sob insígnias como o agnosticismo, o “não tenho religião”, ou “acredito em Deus”, do que afirmar suas práticas religiosas, e, não podemos ser ingênuos, isso também contribui e favorece o etnocentrismo cristão. Não se trata aqui de confeccionar camisas onde estejam estampados: sou helenista, sou druidista, sou kemetista, ou pagão ou sou bruxa. Acredito que em princípio, trata-se de uma ética do bem cuidar de si. Como exigir respeito, dizer que o mundo é preconceituoso e introjetar em si mesmo esses princípios negando partes importantes de sua personalidade, de quem você é?

Pessoas se reúnem para celebrar o Solstício de Inverno em Stonehange

Há muitos caminhos ainda a serem explorados, mas em síntese, gostaria de concluir com uma simples colocação: não importa se vamos adotar ou não uma postura de criadores de tradições ou de pagãos anônimos, mas precisamos entender bem os custos dessas identidades que atribuímos ou deixamos de atribuir a nós mesmos. O etnocentrismo é a visão sobre nós onde nós não temos rosto ou voz; e esse etnocentrismo tem um poder de morte ou de vida que é não apenas simbólico, mas material também.  Quem já tentou organizar algum evento de caráter pagão já sentiu bem os significados desse poder de morte e vida que o cristianismo tem: falta de recursos ou apoio do Estado, inacessibilidade a representantes, enfim, “não há espaço para colocar essa gente estranha”. Isso aponta para uma necessidade emergente de posicionar-se, e esse posicionamento maneira alguma implica atribuir para si uma tarja limitadora. É preciso também mantermos nosso estranhamento próprio como marcas de nossas identidades além das telas dos computadores ou do quarto fechado. Como disse Fernando Pessoa: “para ser grande, sê inteiro”. É isso que algum tempo falta a nossa tão fragmentada comunidade: unidade. Só nos tornaremos visíveis quando formos um sujeito se não grande, pelo menos inteiro.

Grato pela atenção,

Thiago Oliveira.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Verbum Sacrum: Ajna e a ilusão dos sentidos



Muitos buscadores tem uma afeição pela idéia de perceber o mundo astral que nos rodeia com clareza e atribuem esta habilidade ao chackra  Ajna, conhecido comumente como terceiro olho. Cientes dessa nomenclatura  em geral os buscadores tentam 'não obstantemente' ver literalmente o que ocorre com as energias que nos rodeiam, demonstrando claramente o seu pleno desconhecimento da real relação que não só o próprio ajna, como também o plano astral tem com a nossa existência e principalmente das formas que interagimos com ele.

Deve ficar claro primeiramente ao buscador que perceber o astral esta alem dos nossos sentidos comuns, por tanto, nossa mente relaciona essa percepção em geral com um dos nossos sentidos, quando não com todos ou combinações variadas deles. Vivemos num mundo físico e temos veículos naturais para nos relacionar com ele, e tentamos atribuir esses mesmos veículos ao plano astral, porem apesar de tolamente descrevermos ele a partir desses sentidos  na realidade não os utilizamos de fato.

O ajna é responsável pela nossa percepção deste plano e é através dele que interagimos mais diretamente com as vibrações que recebemos, racionalmente criamos uma imagem e a partir disso atribuímos essa percepção a visão, porem em alguns casos (bastante comuns) podemos entender esta informação com o uso de outros sentidos, o que gera pessoas que percebem cheiros vibracionais, gostos e tem sensações táteis em relação as vibrações.
“Você esta dizendo que energia tem gosto?” Sim.

Também devo ressaltar que esta percepção é extremamente individual, e sofre variações de acordo com a forma que nossa mente associa as informações que recebemos, cada cérebro atribui e reage a estímulos de uma forma diferente. Por isso é importante que você estude a sua forma de interagir com as energias e relacione as qualidades e reações que tem aos tipos de vibrações que recebe.
“Então se as energias tem uma percepção pessoal, significa que não podemos fazer nenhum estudo cientifico sobre ela?”
Se assim o fosse para tudo o que cérebro reage de forma variada para cada individuo, nós não teríamos a psicologia como um estudo acadêmico.

Evidentemente  temos muitos padrões em comum no nosso convívio sócio cultural e por isso nossa mente esta programada para apresentar reações muito semelhantes a certas coisas, muitas escolas iniciativas também induzem reações especificas numa tentativa de padronizar os efeitos de mesma causa, facilitando assim sua escolástica e seu modus operandi.
Em razão desses padrões tendemos a perceber tais vibrações de forma semelhante (o que não é regra) e consideramos por vezes falho a percepção diferente de outrem, mas em muitos casos, o que ocorre é uma má aplicação ou um mal entendimento dos envolvidos acerca de sua própria relação com o plano astral.

Em conclusão o buscador deve compreender que o ajna na realidade é um sexto sentido que se comunica através dos outros cinco irrestritamente, usando-os da forma como convier para traduzir nossas interações com o plano astral.
Progredir Sempre!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Universo Simbólico: Iniciativa, a chave da transformação.



Olá pessoal, primeiramente gostaria de pedir a todos os leitores da coluna “Universo Simbólico”, minhas sinceras desculpas pela não publicação nestas ultimas semanas. Enfrentei alguns obstáculos, que agora já transpassados, retorno ao ritmo costumeiro agradecendo de certa a compreensão de todos.

Pergunto logo no início do nosso encontro, quantos de nós já não ouvimos que nada nesta vida seja por acaso? Tenho ouvido este pensamento desde que iniciei meu caminho na Arte e a cada dia ele se auto reafirma, e nestas semanas em que passei ausente comecei a refletir que as coisas podem não ser por acaso, mas se nós não fizermos a nossa parte, seja lá qual for o ramo de nossas vidas, as boas oportunidades aparecerão com menor frequência, se tornarão más oportunidades, ou simplesmente desaparecerão. Sendo assim, me vem á mente a palavra “INICIATIVA”.

A Vontade para o Magista é uma força muito poderosa, que até criam certas mudanças, porém o que adiantaria possui-la numa escala realmente monumental no desejo de realizar algo muito promissor, se não há a força da iniciativa? Nós seres humanos, somos movidos pelo íntimo de nossos desejos e percebemos que são muitas as pessoas que se deixam acomodar em frente as suas ambições por não terem o poder da ação. E ficamos a pensar que essas pessoas já não possuem a ação para realizar coisas próprias, quais garantias teremos de que coisas a favor de terceiros ganhem tamanha força para serem executadas? Uma preocupação, mesmo que saibamos respeitar o ritmo de cada indivíduo, ainda assim para a compreensão de que “Todos somos Um” é um fato importante a ser analisado e revertido.

Transformação= Vontade + Iniciativa

Podemos encontrar no estudo simbólico do “Tetragrammaton”, Pentagrama, estandarte mais utilizado em Bruxaria, algumas referências e incentivos para não acomodarmos no caminho e fazer de nossas ações instrumentos conjuntos com nossa vontade. Se analisarmos esta imagem veremos nela conselhos na riqueza de seus ícones, porém são diretrizes e não regras para serem seguidas cegamente. Segundo o Ocultista Samael Aun Weor, a meditação diária no Pentagrama é muito importante para o Magista, pois ele passa a entrar em contato com seu interior através da linguagem simbólica e mergulha no universo do Divino se harmonizando com estas incessantes energias. Lembremos agora da analogia feita por Cornélius Agrippa, Filósofo, Médico e Mago, que desenhou o Pentagrama como arquétipo do corpo humano e possibilitou a Hierofania do Homem renovado. C.Agrippa representou o homem semelhante a estrela de cinco pontas, onde de braços e pernas abertas e a cabeça elevada representa a parcela humana em contato com o Sagrado natural.

O “Tetragrammaton” possui um acréscimo de signos que tornam as diretrizes de equilíbrio mais explícitas destinadas a quem pratica o caminho oculto. Acima, onde representa a cabeça, vemos o símbolo do planeta Júpiter, o Pai dos Deuses, a representação do extremo Divino. O Guia de todos os pensamentos e responsável por nossas obras. Os Olhos do Espírito sempre abertos, reforça a premissa de jamais ser abandonado no caminho. Júpiter está entre as colunas de Anjos e Demônios o que faz perecer aqueles que visam somente a maldade, motivo este de ser bastante utilizado como signo de proteção. Se observarmos com cautela veremos que na posição dos braços estão gravados os Signos de Marte, onde mostram nossa força espiritual tanto para o combate com para a defesa. Sabemos das influências deste planeta em nossas ações e em praticamente tudo que se encontra abaixo do firmamento. Nas partes inferiores, onde representam as pernas, está o contraponto sob o signo de Saturno, o ceifador, que faz perecer os maldosos. A esquerda da imagem pode-se ver o signo da Lua e a direita o Sol, que nos mostra o reforço das energias masculinas e femininas do Universo. Logo abaixo está o “Caduceu de Mercúrio”, o Mensageiro dos Deuses e acima seu signo, que é a nossa auto realização, seguido de dois cordões entrelaçados (“Idá” e “Pingalá”) que transportam as energias criadoras pela coluna vertebral em direção ao cérebro.

A esquerda da imagem enxergamos o bastão florescido dos reis, uma vara de bambu de sete nós. Uma coluna Dorsal por onde sobe o Fogo Sagrado da vontade. Como já mencionado, a vontade sem Iniciativa não gera transformações definitivas, por este motivo vemos no “Tetragrammaton” abaixo a espada flamejante, a força da Iniciativa e da criação que afasta os males. Existe uma tríade que anseia ser bem trabalhada pelos Magistas: O Cálice, o bastão e a espada, onde o cálice é o Útero de onde provém as bonanças, o bastão, falo fertilizador e a espada da inicialização de nossos feitos.

A palavra TETRAGRAMMATON simboliza o Santo Quatro, onde “TETRA”, é a trindade dentro da unidade da vida. Aparece também o tetragrama sagrado: IOD-HE-VAU-HE, o equilíbrio dos princípios masculino e feminino que nos cerca, assim como o selo de Salomão a direita da imagem, fazendo-nos analisar o quanto o equilíbrio é a Luz do caminho Oculto.

Toda esta riqueza simbólica em apenas uma única imagem, que tem muito a nos oferecer além do que já foi descrito. A meditação diária por Samael Aun Weor se torna bastante eficaz na busca pela introspecção e encontro com o Divino. Faz-nos perceber que além de nosso querer, agir se torna primordial para não cairmos na estagnação. Sendo assim, que possamos acordar e percebermos que ainda temos tempo para realizar o que tanto almejamos, bastando termos “visão”, boa vontade e aceitarmos que o Fogo Sagrado da Espada Flamejante faça parte de nosso ser.·.

A Todos,
Pax, Lux et Nox

segunda-feira, 25 de março de 2013

A Lança: Susanowo (Parte 2)

Susanowo armou uma vingança devastadora para com a sua irmã. Ele sabia que Amaterasu adorava suas tecelãs e seu cavalo sagrado. Ela os tratava com muito amor e muita dedicação. Era sua família também. 

Susanowo rumou para o reino de Amaterasu e depois que a Kami saiu para fazer sua visita ao seu reino, saiu de se seu esconderijo apertou com gosto o cabo de sua katana e montou em seu dragão rumando para a caverna em que sua irmã morava e em que havia deixado suas tecelãs trabalhando.

Por onde passava até chegar o seu destino, ele deixou um raio de destruição por toda a lavoura. Foi até o estábulo onde ficava o cavalo sagrado da deusa-irmã e matou o cavalo se deliciando com a agonia da morte silêncio que lhe deu. Logo após esquartejou o cavalo e levou todos os pedaços para a sala onde as tecelãs fiavam o vestido da manhã seguinte da Deusa, jogando-os nela. As tecelãs se assustaram e começaram a correr desatinadas morrendo de medo. Uma delas no entanto, acabou parando na frente do Kami enfurecido e petrificada ficou a olhar os seus olhos vermelhos de ira. Este ainda segurava a cabeça do cavalo pelas narinas e jogou-o em cima dela. Ela cambaleou alguns passos para trás e caiu de costas batendo com a cabeça em uma pedra, morreu na hora, empapada com o sangue do cavalo. Este feito o deixou satisfeito e orgulhoso de si mesmo, tanto que nem notou o olhar de pavor e pesar que as tecelãs emitiam. Ele foi embora e elas agruparam-se em torno da morta, tristes e pensando em como seria a reação de sua querida Kami.

Amaterasu ao terminar o dia, suada e vermelha de tanto brilhar, voltou para casa e antes mesmo de chegar pressentiu que algo de errado encontraria. Ao se aproximar notou os campos devastados e sentiu o cheiro acre do sangue e da destruição. Logo intuiu que seu irmão havia aprontado alguma. Ao chegar a porta da caverna deparou-se com uma multidão e no meio dela a sua jovem tecelã sem vida e por todos os lados pedaços do seu adorável cavalo. Sua exaustão exauriu-se em fúria e a Deusa transformou-se em puro ódio. Susanowo que escondido de um canto há tudo observava deixou de rir e começou a temer por sua sorte.

A Kami amaldiçoou o irmão e pediu para um mensageiro espalhar para os quatro cantos da redonda galáxia  o que o seu irmão havia feito e que ele estava sendo caçado. O Deus ao ouvir tais palavras postou-se a correr montado em seu grandioso dragão, no entanto, antes de conseguir chegar aos portões do reino de Amaterasu foi alcançando pelas mãos dos Deuses e jogado em um calabouço. 

Sua irmã vendo que o assassino estava preso, retirou-se do mundo, magoada e cansada de tanta destruição. Com o tempo a terra começou a sentir a falta da Deusa e os grãos começaram a murchar pois sem sol, não havia como ter fertilidade. Os Deuses começaram a ficar raivosos e a pensar em planos para acabar com Susanowo, pois, ele era o culpado. Sorte sua, que a Deusa da sabedoria interviu, justificando que mais mortes não trariam a adorável Amaterasu de volta ao convívio de todos.... 

Como Amaterasu saiu da caverna é outra história, na qual a Deusa do riso, Uzume, tem proeminência... O que consta é que conseguiram tirar Amaterasu da caverna e o Deus finalmente foi julgado. Mas essa história  ficará para a semana que vem.

Bibliografia Consultada:

Seganfredo, C.; As Melhores Histórias da Mitologia Japonesa. Porto Alegre, RS: Artes e Ofícios, 2011.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Caminhando entre as Deusas: Oya

Oya ou Iansã é uma Deusa Africana que governa os fenômenos climáticos. Ela controla as tempestades, os raios e os trovões e possui uma força descomunal, causando tempestades altamente destrutivas. 

Esposa de Ogum, o Deus Ferreiro, contam que ela assumiu a forma de um búfalo quando casou-se com ele. O casamento não deu muito certo e ela fugiu com Xangô, o Deus do Trovão, e juntos enfrentaram várias guerras, o que a tornou conhecida como "A Guerreira". Ela teve 9 filhos com ele.

Oya também foi incumbida de levar a alma dos mortos pelos 9 mundos, além disso, era ela que tecia as roupas de Egu, o Senhor dos Mortos, portanto ela conhecia os mistérios da morte e não a temia.

Seu  nome é proveniente de um rio com o mesmo nome na Nigéria e é considerada um orixá do Fogo.

Esta Deusa possui a qualidade de trazer mudanças para o mundo, Ela não teme as mudanças ou as batalhas que se aproximam para que ela possa chegar onde deseja. Sua espada mágica também simboliza que Ela domina tanto os atributos femininos como os masculinos. Ela é uma junção da força masculina com o coração amoroso das mulheres.

Dizem que as mulheres quando estão passando por problemas difíceis pedem sua ajuda, sua sabedoria para ajuda-las a enfrentar. E os melhores dias para isso são as quartas-feira e o dia 04 de Dezembro, que são dias reservados para honrar esta Deusa. 

Outra coisa, ela adora o acarajé. Portanto, oferendas podem ser feitas com esta comida típica.

Se quiser controlar sua força com a maestria das mulheres, medite com Oya, descubra o poder e a fertilidade que vem com a tempestade.

Até a semana que vem!

Bibliografia Consultada:
Marashinsky, A. S.; O oráculo da Deusa: um novo método de adivinhação.São Paulo: Pensamento, 2007.
Grupo Rodas da Lua; O livro das Deusas. São Paulo: Publifolha, 2005.
http://femininoessencial.ning.com/profiles/blogs/oya-deusa-das-mulheres

segunda-feira, 18 de março de 2013

A Lança: Susanowo

Nas últimas semanas falei um pouco sobre as divindades aquáticas greco-romanas, o assunto no entanto não está esgotado, mas para mudar um pouco de ares iremos ao Japão, conhecer o Deus do Mar e Macho Veloz Impetuoso, Susanowo.

Suzanowo é filho de Izanagi. A história do seu nascimento remonta a história de amor do seu pai. Izanagi havia viajado até  Kegareki Kuni (Terra Poluída) para tentar resgatar sua amada, Izanami, a primeira imortal a morrer. Ao sair de lá decepcionado e sem esperança por não ter conseguido salvar sua amada, o Kami passou por um rio e foi limpar as impurezas da Kegareki Kuni que impregnavam seu corpo. Um por um ele foi tirando seus objetos pessoais de batalha, elmo, armadura e etc., e ao entrarem em contato com as águas vivas do rio, nasceram vários Deuses perversos e demônios. Depois que toda a impureza foi retirada, nasceram ainda mais três filhos, que iriam restaurar o equilíbrio do mundo: do olho esquerdo nasceu Amaterasu Ômikami, do direito nasceu Tsukuyomi no Mikoto e do seu nariz nasceu Susanowo. Estes o Kami abençou dizendo que eles seriam poderosos e satisfeito, retirou-se do rio levando consigo os três Kamis brilhantes.

Os Kamis cresceram felizes e contentes e certo dia seu pai resolveu fazer a partilha do reino entre eles. Amaterasu herdou os céus de Takaamahara, a Alta planície celeste, e foi incumbida de iluminar o mundo; Tsukuyomin no Mikoto herdou Yoru no  Ossukuni, o País do reinado da noite, e teve a missão de iluminar o mundo durante a noite; a Susanowo restou Una Hara, a Planície Marinha, e deste dia em diante ele passou a ser chamado do "Deus do Mar e Macho Veloz Impetuoso".

No entanto, Susanowo não gostou desta partilha. Susanowo se considerava melhor do que seus irmãos e não gostou da parte que lhe coube pois o oceano, por mais vasto que seja, não é infindável feito o céu e também não lhe outorgava o direito de se chamar iluminador do que quer que fosse. Seu pai disse que nada poderia fazer, havia dado a seus filhos tudo o que tinha e que ele se contentasse e fosse cuidar de seu reino.

Susanowo era um rapaz alto, forte, com uma cabeleira e barbas verdes muito bonitas, olhos verdes e frios, sendo também muito arrogante, depois deste dia passou a ser também invejoso e começou a lamuriar sua sorte iniciando sua história pela trágica morte de sua mãe. Chorou tanto que causou várias catástrofes, definhando as florestas nas montanhas e fazendo com que os rios e córregos transbordassem.

Seu pai irritado já com tanto chororó foi conversar com ele e perguntou o que mais ele fazia além de se lamuriar. Susanowo lhe explicou, ele odiava, odiava com toda sua força a seu pai e seus irmãos. Disse-lhe também que tudo acabaria bem se o Deus-pai desse-lhe o que ele queria, ou se não os céus iriam tremer com sua fúria. Mas antes de terminar de ameaçar seu pai, teve uma terrível ideia: convencer sua irmã a ir com ele para Kegareki Kuni em busca de sua mãe, achando que quando sua irmã se visse no meio de tanta dor e escuridão seu brilho iria sumir e ela ficaria confusa e desnorteada. Mas seu pai, muito sábio, cortou-lhe logo o delírio de grandeza, dizendo para ele parar com os planos mirabolantes pois os portões de Kegareki Kuni estavam fechados para todo o sempre pelo Deus Eu, portanto, ele só perderia seu tempo. Seu pai ficou meio estarrecido pela ignorância do filho e sua soberba estúpida em se achar tão grande.

Susanowo saiu irado montado em seu dragão, Kuronayao, feito do negro diamante, para o seu reino para planejar sua própria justiça. Saiu garantindo ao seu pai que mostraria todo o seu poder de destruição e o seu ódio.

Assim, Susanowo também tornou-se o Deus da Tempestade.

E continuamos na próxima semana com a história de Susanowo. Até a próxima e um bom início de semana a todos!

Bibliografia Consultada:
Seganfredo, C.; As Melhores Histórias da Mitologia Japonesa. Porto Alegre, RS: Artes e Ofícios, 2011.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Caminhando entre as Deusas: Anfitrite

Ficheiro:JacobdeGheynII-NeptuneandAmphitrite.jpg
 Um pouco da história de Anfitrite já foi contada na semana passada, ao se falar das Nereidas.


Anfitrite filha de Nereu e Dóris, esposa de Poseidon. Senhora das águas, portava um tridente como símbolo de sua soberania aquática. Possuía calda de peixe e corpo de mulher e uma beleza encantadora.

Anfitrite tornou-se a Senhora das águas calmas e contrabalanceava o poder de seu marido que tinha um gosto interessante pelas guerras. 

Assim como Hera, ela também foi uma mulher traída. Poseidon teve vários filhos bastardos, no entanto, diferentemente de sua cunhada, esta Deusa não se preocupava com esses casos e não morria planejando vinganças. Ela era doce e serena.  Preocupava-se com o seu lar e talvez mais ainda com o seu poder, portanto, não tinha medo de ser trocada por uma mortal. Mesmo assim, em alguns casos ficou incomodada com a obsessão de seu marido por Cila, filha de Forcis  e em uma pequena vingança a transformou em um monstro ladrador de seis cabeças e doze pés.

Era associada muitas vezes aos golfinhos e as focas e ajudava as pessoas que caiam em alto mar a se salvarem.

Teve um filho chamado Tritão, que herdou a calda de peixe da mãe e o tronco do pai e a sabedoria de seu avó, que era considerado um ser bastante sábio. E ainda as filhas Rode e Bentesicima. Juntos formavam uma tríade que representavam, na respectiva ordem, a lua nova da boa sorte, a lua cheia da colheira e a lua velha da sabedoria. Mais tarde, no entanto, a Tritão foi atribuído o gênero masculino e diziam que ele servia ao seu pai como o músico que soava suas trompas a entrada do Grande Deus.

Anfitrite, Tetis e Nereis eram aspectos diferentes da trindade lunar como regente aquática. Nos poemas homéricos, Anfitrite significa apenas "o mar" e não aparece como esposa de Poseidon, nesse caso talvez, Ela e o Deus estivessem tão unidos que não havia distinção entre o masculino e o feminino. No fim, Poseidon reclamou o direito desta Divindade como sua esposa, onde quer que ela fosse venerada, afinal, Ela representava o elemento pelo qual ele vivia, o mar.

Não pensem que por conta de sua vida com Poseidon, Anfitrite não possuía poder. Ela era a própria vida aquática, a beleza, a calma e representava o aspecto feminino deste elemento, a paciência e o cuidado zeloso de uma mãe, enquanto o seu marido, tornava-se o aspecto masculino, mais revolto e impaciente, buscando resolver tudo pelas tempestades. Juntos tornavam-se o Uno que cria, protege e cobra dos seus filhos as ações corretas.

Até a semana que vem!

Bibliografia Consultada:
Genest, E., Féron, J., Desmurger, M.; As mais belas lendas da mitologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Bulfinch, T.; O livro de ouro da mitologia: história de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.

http://allofthemitology.blogspot.com.br/2008/06/anfitrite-esposa-de-poseidon.html
http://www.mitologia.templodeapolo.net/

segunda-feira, 11 de março de 2013

A Lança: Divindades Aquáticas Greco-Romanas (Parte 2)

Netuno e Poseidon. Deuses do Mar. Um é romano e o outro grego. Os dois governavam os mares, as ondas, as tempestades marinhas. Mas qual a diferença?

O Deus Netuno foi retratado como o seu ancestral Poseidon: os dois possuíam tridentes e eram vistos montados em cavalos marinhos, mas antes de se tornar o poderoso Deus do Mar, um Deus guerreiro, Ele era o pacífico Deus dos Rios. Governava as águas calmas e tranquilas dos riachos ao lado de sua esposa, que também era uma divindade aquática e passou mais tarde a ser comparada com Anfitrite, esposa do Poseidon.

Também dizem que Netuno era o senhor das águas superiores, ou seja, ele comandava as chuvas, o granito e tudo que houvesse de água pelos céus. Depois, tornou-se também o senhor das águas doces, até ser identificado com o mar.

Diferentemente de Poseidon, Netuno não gostava das guerras... O que é de se estranhar vindo de um romano, mas Ele era pacífico, não possuindo a violência e o ardor da guerra que corriam no sangue do grego Poseidon.


Os navegantes antes de se aventurarem nas águas faziam-lhe oferendas e pediam sua proteção, afinal, eles passavam muitas vezes mais tempo no mar do que na terra, era preciso ter uma boa política de vizinhança.

Assim como, o Grego, seus domínios foram dividido após a guerra que havia travado ao lado dos seus irmãos Júpiter e Plutão contra o seu pai.

Seu tridente, seu objeto de poder, fazia tremer a terra, causava maremotos e fazia brotar a água. Ou seja, ele comandava também os períodos de seca e os períodos de inundação.

Netuno era benevolente, possuía a sabedoria do elemento que comandava, assim como sua tenacidade e força. É preciso prestar muita atenção, pois o que traz o prazer as vezes também traz a destruição se não for bem tratado, se não se tiver os devidos cuidados.

Para entrar em contato com este Deus basta sentir o poder que flui através de qualquer fonte de água. Ele está em todos os lugares. Ele protege e cuida dos seus de diferentes formas.


Bibliografia Consultada:
Genest, E., Féron, J., Desmurger, M.; As mais belas lendas da mitologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Bulfinch, T.; O livro de ouro da mitologia: história de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
Netuno.  Enciclopédia Barsa.

Souza, J.; O mito de Netuno. Disponível emhttp://www.vanessatuleski.com.br/mitologia/netjo.htm

quinta-feira, 7 de março de 2013

Caminhando entre as Deusas: As Nereidas

As Nereidas são as filhas de Nereu, um antigo Deus dos mares e Dóris. São entidades aquáticas que ora são vistas como mulheres e ora são vistas como mulheres com rabos de sereias. Elas viviam no mar Egeu junto com seus pais.

Possuíam longos cabelos, entrelaçados com pérolas e eram lindas e possuíam vozes magníficas. Dizem que elas não faziam mal aos humanos. No entanto, certa vez elas pediram a morte da linda princesa Andrômeda pois sua mãe havia dito que era mais bela do que as Nereidas, irritadas com o fato pediram seu preço. Em contrapartida, ajudavam náufragos salvando-os das perigosas águas marinhas.

Algumas tornaram-se famosas por seus casos com os Deuses. 

Anfitrite foi cortejada pelo Deus Poseidon. De início, ela não queria casar com ele. Ele apaixonado pela bela nereida cortejava-a cavalgando um delfim, que tornou-se uma constelação quando o Deus finalmente conquistou o amor da nereida. Ela de primeiro rejeitou-o, ele a queria demais e disse que a forçaria a casar-se com ele. Ela fugiu e se escondeu em um local que só apenas sua mãe conhecia.  No entanto, Poseidon não desistiu, continuou lutando pelo amor de sua amada, até que ela mudou de ideia e resolveu casar-se com ele. Ela tornou-se poderosa e é claro, a grande Rainha do Mar. Poseidon claro, as vezes a traía, mas ela aceitava calada e continuava com o seu reinado. É a mãe de Tritão.

Outra nereida famosa, é a mãe de Aquiles, Tétis. Tétis chamava a atenção por sua beleza de Deuses e homens, mas sua vida foi marcada por uma profecia que dizia que ela teria um filho que superaria o pai. Zeus apaixonou-se por ela, mas por conta da profecia, não arriscou o seu reinado, porém arranjou-lhe um marido humano, Peleu. Desta união nasceu Aquiles, glorioso guerreiro com um único ponto fraco, o calcanhar.

Estas são as duas mais famosas e uma das histórias das Nereidas. Alguns gregos diziam que elas eram 50, outros as colocavam em número de 100.

Elas personificavam as ondas do mar, fiavam, cantavam e animavam o mundo marinho. Mudavam sua formas e talvez, eu acho, tenha sido o que deu origem as conhecidas sereias.

Se você prestar atenção nas ondas do mar, talvez, por um milésimo de segundo, possa vê-las, antes da onda se desfazer.

Até a semana que vem... com mais seres marinhos...

Bibliografia Consultada:
Genest, E., Féron, J., Desmurger, M.; As mais belas lendas da mitologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Bulfinch, T.; O livro de ouro da mitologia: história de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.






Caminhando entre as Deusas: Aviso

Recado da autora: Olá, leitores, vim avisar que por motivo de viagem o post de hoje estará online a noite. Um ótimo dia para vocês!


quarta-feira, 6 de março de 2013

Universo Simbólico: Os Mudras- Parte II



Olá pessoal, hoje continuaremos a falar dos Mudras que iniciamos na semana passada. Para aqueles que ainda não viram a PARTE I dá tempo de conferir clicando no link.

Falamos na postagem anterior que os Mudras são gestos ou selos que feitos com a mão e algumas vezes com o restante do corpo têm a capacidade de estabelecer o controle e o fluxo natural das energias Elementais, e favorecer nossa vida através do equilíbrio dessas energias, a harmonia com a natureza e promover a cura não somente a física, mas também da alma, onde as forças do cosmos, espirituais e atômicas são unificadas.

Auxiliando o tratamento médico (nuca o substituindo) os Mudras devem ser utilizados e obtemos resultados positivos no tratamento, mesmo sem acreditarmos nele. Ainda sobre as formas de utilização dessa ferramenta podemos acrescentar que dependendo do tipo de Mudra a ser feito é necessário um local mais tranquilo e o que devemos ter em mente e transmitir para todo o corpo é o sentimento de tranquilidade e calma que vem através da concentração na respiração. O toque não deve ser forte, mas sim um movimento leve e contínuo e dependendo do nível em que se esteja é possível ajudar outras pessoas reequilibrando energias e até mesmo promovendo curas.

Mudras feitos em pé:Os Pés devem estar separados e joelhos pouco flexionados aumentando a polaridade Alfa- Ômega.
Mudras feito sentado:A melhor postura é com a coluna ereta e os pés no chão.
Mudras feitos deitado: A Melhor postura é com a coluna no chão, de barriga para cima.
Mudras feitos caminhando: Aconselha-se manter um rito ao andar contínuo e rítmico.

Qualquer momento é adequado para se praticar esta energia. No entanto, é aconselhável que seja feito logo ao acordarmos e ao irmos nos deitar. Evitar fazer os Mudras de estômago cheio, sendo assim, esperar uma hora após as refeições e também evitar fazer uma mistura de Mudras elegendo apenas três para serem trabalhados (excesso é prejudicial).

Conhecendo os Dedos:


O Polegar: O único dedo que fica de frente para os outros da mesma mão. Ele é responsável através de seu Elemento por energizar os outros dedos e pela reciclagem das energias do corpo. O Fogo do polegar é o incinerador de todo o “lixo” que nosso corpo não necessita mais. Com o Fogo e o Ar podemos curar a maioria dos males do corpo.
O Indicador: O Ar do Indicador é o desejo e a ação. É o foco nos nossos objetivos com a terceira visão.
O Médio:Ele é o a ligação entre o aqui e o lá. O maior de nossos dedos, o pico que se eleva aos erguermos as mãos aos céus. Associado ao Éter este dedo também é conhecido como o dedo do céu.
O Anular: Dando-nos o poder da Afirmação e o posicionamento das coisas. Ele está associado a Terra e o Chakra do Plexo Solar mostra que esse é o dedo da busca da vontade divida para  a manifestação física.
O Mínimo: o dedo da Alma e da comunicação emocional. A necessidade da Alma em servir e cuidar dos que estão ao redor.
Quando um dedo representando um elemento toca o dedo do Fogo (polegar), este elemento é levado ao estado de harmonia e purificação fazendo com que doenças e desequilíbrios energéticos sejam prevenidos.


Quatro Mudras para o cotidiano:


Prana Mudra: O Mudra da vitalidade reestabelece as energias do corpo, melhora a clareza mental e ajuda na autoestima. Praticá-lo junto com a respiração acalma os nervos. Apoie as mãos sobre os joelhos e una a gema do dedo polegar com o mínimo e anular de cada mão. Os demais dedos permanecem livres. Respire profunda e levemente e se preferir entoe o mantra OM.


Mudra para equilibrar a energia sexual: Este Mudra liberta de traumas sexuais do passado e potencializa sexo e o prazer. Feito com a coluna ereta e as mãos abaixo do nível do coração. Entrelaçando as mãos o dedo polegar direito deve estar por cima se o praticante for homem, o esquerdo por cima do direito se for mulher, porém é possível que um homem queira desenvolver energias femininas e vice-versa.


Mudra Caracol: Ajuda resolver problemas de garganta e a recolher-se ao silêncio. Junte as mãos. A Mão direita faz-se em unho abraçando o polegar da mão esquerda. E com o polegar estendido toca o anular da mão esquerda. Ponha os cotovelos paralelos ao solo, respire lenta e profundamente e se preferir entoe o mantra OM. Afaste as mãos do corpo. Pratique três vezes ao dia durante quinze minutos.











Mudra Mahasirs: Ajuda a aliviar dores de cabeça e a mucosa das fossas nasais. Uma os dedos polegar, indicador e médio. Coloque o anular na cavidade do polegar e mantenha o mindinho esticado (ambas as mãos). Pratique-o três vezes a dia por seis minutos.

Coloquei estes Mudras, pois acredito que para o estudo inicial nada melhor do que praticar com algo que realmente possa resolver ou amenizar nossas problemáticas. Sendo assim, agradeço a Divindade pela oportunidade de compartilhar e a você leitor pela companhia na distância e sua visita ao NOSSO “Universo Simbólico”.
A Todos,
Pax, Lux et Nox!

Fonte: SIMÕES, Paulo Rodrigues.49 Mudras para mente, corpo e Alma. Eusouluz. 2003.

segunda-feira, 4 de março de 2013

A Lança: Divindades Aquáticas Greco-Romanas (Parte 1)

Na mitologia greco-romana existem várias raças de deidades, se é que podemos chamar de raças, na verdade, eles propunham algumas divisões tais como os Titãs,os Deuses, os Gigantes e os homens. Então, em sua história quem deu origem a terra foram os Titãs, em sua época quem governa os mares e os rios, os elementos líquidos eram os titãs Oceano e Tétis. Quando os Titãs foram depostos pelos Deuses, Netuno e Anfitrite foram quem assumiram esse poder.

Existiam ainda as Nereidas, "espécie" da qual Anfitrite fazia parte. As nereidas eram filhas de Nereu e Dóris. Dentre essas divindades aquáticas também se sobressaiam Tétis, mãe de Aquiles e Galatéia. 

Os Deuses também demonstravam sua benevolência aos mortais dando a alguns a dádiva da imortalidade, Leucotéia e seu filho Palêmon, foram transformados em divindades marinhas após caírem de um rochedo no mar ao fugir do homem que era marido e pai, respectivamente.

Este post, juntamente com o da semana passada, abrem uma série de informações sobre os Deuses que regem o elemento água. Os diversos seres que podem ser encontrados no ambiente aquático por mais que pareça meio dúbio as vezes entender quem realmente exercia poder e comandava aquelas paragens possuem uma história que se complementam. Alguns tinham o dom da profecia, outros lutavam, alguns salvavam os marinheiros e por aí vai.

A importância deste conhecimento está em saber diferenciar cada um para não fazermos os pedidos e tratarmos estes seres tão carinhosos de forma errada. Além do mais, podemos aprender com eles o quanto ser flexíveis, afinal está é uma das qualidades da água, a sua flexibilidade.

As vezes, é meio confuso entender qual divindade faz parte do panteão Grego e qual faz parte do Romano, os nomes as vezes se confundem nas diversas histórias e livros que temos por aí. De qualquer forma, algumas dessas divindades possuem peculiaridades próprias de sua época e de seu povo, quando necessário, irei informar.

Bibliografia Consultada:
Genest, E., Féron, J., Desmurger, M.; As mais belas lendas da mitologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Bulfinch, T.; O livro de ouro da mitologia: história de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Novas análises de DNA sugerem que Nerfetiti seria a mãe do Faraó Tutankhamun

Uma investigação genética feita pelo arqueologista francesa Marc Gabolde ameaça reescrever os livros de história sobre duas figuras ícones do Egito antigo. Por anos, especialistas em antiguidades tem assumido que Akhenaten e sua irmã não identificada foram os pais do mais famoso faraó do mundo, Tutankhamun. E, na verdade, análise recentes de DNA sugerem isso. Mas, como mostra nova interpretação dos dados genéticos de Gabolde, a mãe do faraó Tut talvez tenha sido ninguém mais que a prima de primeiro grau de seu pai, Nerfetiti.

Que Nerfetiti talvez tenha sido a mãe de Tutankhamun não é um completo choque. Ela foi casada com o Faraó Egípcio Akhenaten, depois de tudo - a sua Grande Esposa Real e consorte. Além disso, os egiptólogos sabem que o dois tiverem filhos juntos (eles tiveram seis filhas). No entanto, as evidências genéticas sugerem uma ascendência materna diferente de Tutankhamun.

De fato, em 2005, uma investigação por arqueologistas, radiologistas e geneticistas usando tomografias e análises genéticas indicaram que o pai do Rei Tut foi de fato Akhenaten, e que sua mãe não havia sido uma das esposas conhecidas de seu pai. Em vez disso, a mãe de Tutankhamun seria sua tia - uma das cinco irmãs de seu pai (embora não houvesse certeza de qual). Além disso, devido as várias má formações congênitas do Rei Tut, incluindo um pé deformado, um lábio ligeiramente leporino, e uma leve escoliose (uma espinha curvada), ofereceu aos arqueologistas indícios de que ele havia vindo de uma linhagem incestuosa (fato muito comum em famílias reais).

Análises posteriores realizadas por Zahi Hawass, em 2010, reafirmou a sugestão de Akhenaten como pai do Rei Tut - uma reivindicação que foi rejeitada por alguns especialistas, que argumentavam que o casamento de Tuthankhamun com Ankhesamun, filha de Akhenaten, foi feito para legitimar sua reivindicação a coroa.

Mas Marc Gabolde - o diretor da expedição arqueológica da Université Paul Valery-Montpellier III na Necrópole Real de el-Amarna - tem uma ideia diferente. Falando recentemente no Centro de Ciência de Harvard, Gabolde disse à plateia que esta evidência de DNA foi interpretada incorretamente. A proximidade genética aparente, segundo ele, ficou por conta de três gerações sucessivas entre primos de primeiro grau.

"A consequência disso é que o DNA de terceira geração entre primos se parece com o DNA entre irmãos", disse ele. "Eu acredito que Tutankhamun é o filho de Akhenaten e Nerfetiti, mas que estes sejam primos".

Juntos, o poderoso casal provocaram uma revolução religiosa no Egito, onde eles reforçaram o culto monoteísta de Aton, o Disco Solar. E agora, assumindo que a teoria de Gabolde é verdadeira, eles também eram os pais de Tutankhamun, o Rei Criança que assumiu o trono aos 8 anos - e que hoje é reconhecido por sua máscara mortuária de ouro. Da mesma forma, Nerfetiti se tornou famosa por seu busto, uma obra-prima criada pelo escultor Tutmés.

Durante sua palestra, intitulada "Aspectos desconhecidos do Reinado de Tutankhamun, parentesco, e os Tesouros da Tumba", Gabolde ofereceu outros detalhes da vida do Rei Criança, incluindo o seu interesse na Núbia (uma região no sul do egito), e inscrições mostrando o faraó caçando avestruzes.

Fonte: io9
Tradução: Douglas Phoenix

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Hostgator Discount Code