quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Documentário "A Teia Pagã" Será lançado nessa sexta-feira

Nessa sexta-feira (02/09) será realizada em Teresina a exibição de lançamento do documentário “A Teia Pagã”, produzido pelo jornalista Rafael Nolêto. A estreia ocorrerá no Palácio da Música, espaço mantido pela Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, abre as portas para a exibir a produção por acreditar na importância de discutir temáticas como a que é abordada pelo documentário.

A produção adéqua desde o culto aos ciclos da natureza, práticas politeístas, rituais de magia e conexão com as energias cósmicas; todos esses elementos são característicos do paganismo, um conjunto de tradições religiosas que resgatam práticas de bruxaria e antigas crenças da Europa pré-cristã.

Na atualidade, as vertentes do paganismo, inclusive no Piauí, são difundidas e ganham fôlego com a ajuda da internet e das ferramentas virtuais. Foi essa curiosa temática que inspirou a produção de “A Teia Pagã”, o novo documentário do jornalista Rafael Nolêto, um vídeo onde são mostrados depoimentos de magos e bruxas reais, que vivem no Piauí e contam detalhes sobre suas crenças e práticas religiosas.

O documentário "A Teia Pagã" começou a ser gravada em janeiro de 2011 e foi concluída em Julho deste ano. O DVD, que estará disponível após o lançamento, possui opções de legendas em português, inglês, espanhol e italiano. O filme tem aproximadamente 30 minutos de duração e é resultado de uma pesquisa acadêmica de graduação em jornalismo.

Para a produção foram realizadas entrevistas com a pesquisadora Francisca Verônica Cavalcante e com o escritor italiano Andrea Romanazzi, que opinam sobre o tema. Além disso também foram ouvidos membros do movimento pagão nas cidades de Teresina, Floriano, Paulistana e Parnaíba. No filme, os neo-pagãos, magos e bruxas modernas revelam de que maneira usam a internet para promoverem o intercâmbio e a difusão pagã na atualidade.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

CELTAS: Uma História!


Há cerca de três mil anos, emergiu na Europa central uma civilização indo-europeia que chegou a dominar o norte do continente. Possuidora de uma cultura avançada, a estrutura de sua sociedade belicosa, aliada a sua capacidade de produzir bem feitas armas de metal, fez dela uma força a ser considerada. Os mercadores gregos que primeiro os encontraram no séc. VI a. C. chamaram-nos keltoi ou galatai. Hoje os conhecemos como celtas ou gálatas.

Os celtas têm sido descritos de diversas formas: como "conquistadores da Europa" ou, de forma menos lisonjeira, como "os bárbaros da Europa". Certamente, foram eles os primeiros europeus setentrionais organizados o bastante para ser marcados como uma civilização. No ápice de seu poder durante o séc. II a. C., o mundo céltico estendia-se da Turquia à Irlanda e da Espanha à Alemanha. Outras povoações célticas têm sido localizadas até na Ucrânia. 

Povos célticos habitaram as margens de grandes rios da Europa; o Danúbio, o Reno, o Rone, o Pó, o Tâmisa, o Sena e o Loire. Em consequência, esses povos estabeleceram ligações comerciais com seus vizinhos no Mediterrâneo e mercadorias do Oriente Médio têm sido descobertas em áreas de sepultamento célticas na França e Alemanha modernas. Todo o continente europeu ao norte dos Alpes estava unido em uma frouxa confederação de tribos que compartilhavam de uma cultura céltica comum.

Muito do que sabemos sobre os celtas vem de relatos de romanos e gregos, bem como de pistas arqueológicas que os celtas deixaram para trás. Para as civilizações do Mediterrâneo Clássico, os celtas eram um povo a ser temido e exércitos célticos irromperam na Itália, na Grécia e na Espanha antes de os romanos poderem contê-los. Guerreiros célticos foram recrutados para servir nos exércitos dos inimigos de Roma e tornaram-se os inimigos mais implacáveis de Roma.

Os celtas eram uma aristocracia guerreira e a destreza militar era considerada uma das virtudes mais fortes de um governante céltico. Eram também impetuosos e sua avidez por encontrar o inimigo em combate mostrou-se uma fraqueza que os romanos exploraram ao máximo. A civilização céltica na Europa continental foi praticamente...

... extinta em uma só década quando Iulius Caesar invadiu a Gallia em meados do séc. I a. C. O único grupo restante de povos célticos estava na Britannia e um século mais tarde os romanos iniciaram a conquista desse último bastião céltico. Os romanos foram seguidos pelos conquistadores germânicos e, por volta do séc. X, os celtas estavam reduzidos a uma sombra de sua antiga glória. A partir dessa época, o mundo céltico abrangia somente um pequeno número de nações pequenas e pobres, agarrada às margens atlânticas do continente europeu.

Os celtas eram considerados um dos maiores povos artísticos do mundo antigo e do primeiro período medieval. Deixaram um legado artístico em artefatos metálicos, muitos dos quais vistos como alguns dos mais belos jamais produzidos. Eles possuíam uma inclinação e vibração artísticas que sobreviveram aos séculos. Quando os celtas se converteram ao cristianismo, essa capacidade artística foi canalizada para a produção de requintados objetos devocionais, incluindo manuscritos iluminados que ainda surpreendem o público com suas cores e beleza complexa. 

Acima de tudo, os celtas são lembrados por sua enigmática assinatura artística: complexos padrões entrelaçados e decoração espiralante que embelezaram os esforços artísticos dos celtas por mais de mil anos.
Através desse legado artístico e também por meio dos mitos e lendas escritos por escribas célticos tardios podemos compreender um pouco do mundo desse povo céltico; como viviam, a quem adoravam, como pensavam, como lutavam e como celebravam a vida. Sua civilização alcançou a maior parte da Europa em algum ponto de sua história e permanece como uma das mais enigmáticas e mal compreendidas entre todas as grandes culturas do mundo. Esteja pronto para cair sob o encanto dos celtas ao viajar por seu rico e colorido mundo.

Fonte: Konstam, Angus. Historical Atlas of the Celtic World. Mercury Books, London, 2003. ISBN 1-904668-01-1.
Tradução: Bellovesos

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Indígenas lançam manifesto contra os riscos dos "negócios verdes"

Indígenas esbarram frequentemente na dificuldade de serem ouvidos. "A maioria das autoridades ignora o nosso conhecimento tradicional, que vem dos ancestrais, acha que é bobagem. Mas queremos mostrar que entendemos sobre tudo isso que está acontecendo. Queremos colaborar com todo o processo de discussão sobre a crise climática e temos muito a contribuir", garante Sônia Guajajara, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).


Com o objetivo de chacoalhar a opinião internacional, uma mobilização inédita reuniu povos indígenas da Amazônia e organizações nacionais de nove Estados na América do Sul com o objetivo de chamar a atenção para problemas já conhecidos por todos os governos: "A crise climática e ambiental é gravíssima, em pouco tempo será irreversível, os poderes globais e nacionais não podem nem querem detê-la, e pior, pretendem aproveitá-la com mais negócios verdes mesmo que ponham em perigo todas as formas de vida."


O texto faz parte do manifesto assinado por organizações do Brasil, Bolívia, Equador, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Venezuela e Suriname. O grupo cansou do vocabulário suave e denuncia a "hipocrisia e contradição nas políticas globais e nacionais sobre florestas".Segundo o documento, essa hipocrisia é vista em declarações, planos, pequenos projetos "sustentáveis" que têm um efeito reverso. E os impactos negativos da longa lista de atividades no território amazônico - entre elas o desmatamento, exploração de minérios, de hidrocarbonetos, megahidrelétricas, pecuária extensiva, biopirataria e roubo dos conhecimentos ancestrais - atingem em cheio as populações indígenas.

CAUTELA A FAVOR DO CLIMA

Uma das grandes ameaças vistas pelos indígenas é o processo de negociação do mecanismo REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação). Eles alegam que essa ferramenta, que ainda está em fase de elaboração como arma contra o aquecimento global, corre o risco de beneficiar aqueles que sempre desmataram e degradaram."Nós defendemos que o REDD seja revertido em benefício coletivo, e não em recursos financeiros que irão parar nas mãos daqueles que buscam exclusivamente o dinheiro", explica Guajajara. "Nós, os índios, buscamos a valorização e o reconhecimento pelo serviço prestado ao meio ambiente, porque sempre conservamos a floresta", continua.

Em busca dos créditos de carbono, vendidos para indústrias que buscam compensar suas emissões, as abordagens nas comunidades indígenas são cada vez mais intensas, afirma a Coordenação das Nações Indígenas da Amazônia (COICA). Os índios relatam que ONGs com intenções duvidosas incentivam as comunidades a assinar contratos sem que as lideranças locais compreendam exatamente o que está escrito."Experiências no Peru e na Bolívia mostram casos de abuso e má-fé, e várias comunidades estão sofrendo muito para reverter algumas situações", relata Edwin Vasquez Campos, coordenador da COICA no Peru. Os chamados "caçadores de carbono" procuram tirar vantagens de frágeis leis locais com o intuito de fazer dinheiro.

DENÚNCIA CONTRA A INDÚSTRIA

É o que aconteceu com o grupo indígena dos Matsés, no Peru. Após serem assediados pela empresa Sustainable Carbon Resources Limited, representada pelo australiano David John Nilsson, a Aidesp, organização nacional dos indígenas peruanos, pediu a intervenção da Justiça para evitar uma tragédia.Segundo relata um documento publicado em abril último, Nilsson tentou coagir os índios a assinarem um contrato de negócios de carbono que daria total poder à empresa sobre os 420 mil hectares de mata preservada. O empresário teria apresentado um documento em inglês e oferecido a quantia de 10 mil dólares aos indígenas.

A reportagem da Deutsche Welle tentou falar com a Sustainable Carbon Resources Limited, mas o único contato público disponível é uma página na internet que está "em construção".Tendo em vista casos como o registrado no Peru, o manifesto assinado por grupos de nove países recomenda que Estados e bancos assumam sua responsabilidade para frear a expansão dos "ladrões de REDD" e rejeitem empresas e ONGs fraudadoras denunciadas pelos povos indígenas.

EXPECTADORES E FINANCIADORES

Num encontro de cúpula de lideranças indígenas, realizado em Manaus na semana passada, estiveram presentes representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e agências de cooperação, inclusive da Alemanha, além de cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas).Peter Hilliges, do banco de desenvolvimento alemão KfW, que financia projetos na Amazônia, leu o manifesto dos indígenas e afirma que os direitos desses povos são levados em consideração tanto nas negociações climáticas quanto nas atividades que recebem dinheiro do banco."

O KfW se preocupa em ser um agente neutro, não se posicionando nem do lado dos indígenas nem da iniciativa privada tampouco de algum governo. Nós procuramos, em meio a diferentes interesses e necessidades, encontrar sempre uma solução pragmática e realizável", disse em entrevista à Deutsche Welle.

Autora: Nádia Pontes
Revisão: Carlos Albuquerque

domingo, 28 de agosto de 2011

Grupo de Estudos sobre Astrologia e Tarô

Você alguma vez já se perguntou se existem mistérios além do que supomos? O que guarda as veredas empoeiradas dos primeiros mistérios? Diversas pessoas já se fizeram estas perguntas e buscando entendê-las, acabaram por desenvolver um dos estudos mais místicos, desafiador e milenar de todos os tempos. Surgindo por volta de 3000 a.C., a Astrologia é o estudo da influência dos astros na personalidade de uma pessoa, e suas influências auxiliaram as bases da astronomia antiga e na formação de culturas milenares. Além desse estudo, antigos conhecimentos foram colocados em pequenos símbolos difundidos em um jogo que superou todas as expectativas nele criadas. As cartas de Tarot, segundo alguns, foram criadas no norte da Itália por volta dos séculos XV e XVI, desde então vem sendo alvo de imensa curiosidade entre pessoas do meio mágicko e fora deste também.

Visando todos esses atributos e a sede de conhecimento que nos corrói a cada minuto, um grupo de estudos sobre astrologia e tarot está sendo formado aqui em Recife, com direito a reuniões e debates, tanto presenciais quanto via web. 

Se você se interessa em fazer parte desse grupo de estudos entre em contato através do e-mail: Emmanuel.rsr@gmail.com

sábado, 27 de agosto de 2011

Material do ESP-PE Agosto 2011 - Expansão da Consciência e Autoconhecimento

O material de apoio da palestra do ESP-PE desse mês, com o tema Expansão da Consciência e Autoconhecimento, já está disponiblizado para download no link abaixo. Também gostariamos de informar que a pré-palestra desse mês será um debate sobre um assunto que vem causando grande polêmica que é a Os povos indígenas frente ao "progresso" da sociedade atual. Preparem-se para uma tarde de comunhão de saberes e debates polêmicos. Pedimos a todos que puderem, que levem lanches para a confraternização.

Só relembrando, o evento acontece amanhã, 28 de Agosto, às 14hs na Praça da República (em frente ao Teatro Santa Isabel), Recife. Uma placa com a identificação do evento servirá para encontrar o grupo. Para quem não sabe como chegar no local, uma pessoa estará responsável de encontrá-los em um determinado ponto e levá-los até o local. Basta que enviem um e-mail para: nati_celestial@hotmail.com

Para mais informações é só mandar um e-mail para: esp_pe@yahoo.com.br


EXPANSÃO DA CONSCIÊNCIA E AUTOCONHECIMENTO

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Universidades americanas reconhecem feriados pagãos em seu calendário oficial


Nos EUA, várias universidades têm já calendários que reconhecem os feriados pagãos. O caso mais recente é o da Universidade de Vanderbilt, em Nasghville, Tenessee, que no seu calendário adicionou quatro dias de feriados pagãos, o que significa que nestes dias os alunos pagãos poderão ser dispensados de testes, aulas e outras atividades acadêmicas, tal como sucede já com os estudantes muçulmanos e judeus.

Outros exemplos de caráter universitário foram o da Marshall University, em West Virginia, o que na altura deu muito que falar em todo o país, e também o Departamento de Educação do Estado de Nova Jersey, que adicionou oito feriados pagãos à sua lista «oficial» de feriados; o Estado da Carolina do Norte, por seu turno, aprovou uma lei que garante dois feriados religiosos por ano nas universidades locais.

Para já, os feriados em causa são os do calendário Wicca/Celta, mas, à medida que o Paganismo cresce, outras correntes pagãs poderão igualmente ser reconhecidos os seus dias sagrados.

Fonte Original: Patheus

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Líder druida perde caso contra exumação em Stonehenge

Stonehenge é uma das maravilhas do mundo antigo mais famosas de todos os tempos. O curioso círculo de pedras estonteantemente grandes foi construído por volta de 3.000 a.C., como afirmam alguns estudiosos. Realizando pesquisas em 2008, arqueólogos da Universidade de Sheffield exumaram cerca de 50 corpos enterrados no local, na tentativa de entender para quê e o porquê dos círculos terem sido erguidos. Os corpos, segundo análises, são datados de cerca de 5 mil anos.

Entretanto pagãos britânicos, mais especificamente pertencentes ao Druidismo, são contra a exumação dos restos mortais, e estes entraram na justiça pedindo a devolução dos corpos ao seu jazigo. Liderando esse processo contra a ação dos arqueólogos está o líder druida e ex-militar King Arthur Pendragon, que trocou legalmente seu nome. Em entrevista a rede britânica BBC, este disse que teme que os corpos não retornem ao local onde foram encontrados e que ele fará o possível para que isso não aconteça.

Ontem, 23, o líder druida perdeu o processo na Justiça Britânica, e os corpos poderão ser estudados pelos cientistas da Universidade até o ano de 2015. Veja abaixo a matéria feita pela BBC sobre o caso.


Texto de Douglas Phoenix
Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Fotos da Marcha pelo Estado Laico


Ontem, 21, ocorreu a Marcha Pelo Estado Laico aqui em Pernambuco. A manifestação que está acontecendo em diversas capitais brasileiras, não conseguiu reunir um grande número de pessoas na capital pernambucana. A marcha saiu da Praça do Diário e seguiu rumo ao Recife Antigo, circulando locais como a do Rua do Bom Jesus e a Praça do Arsenal, com ponto final no Marco Zero.

Estiveram presentes representantes do movimento Feminista, LGBT (que sofrem devido aos conceitos religiosos dos fundamentalistas), representantes dos Ateus, Comunidade Acadêmica, público em geral e eu, Douglas Phoenix, como único representante do Neopaganismo.


Apesar de não ter reunido tantas pessoas quanto o esperado, este manifesto serviu para darmos o primeiro grito frente a hegemonia religiosa que atinge o Brasil. Hoje, em um país que se diz laico, as correntes fundamentalistas e extremistas ganham cada vez mais força, e não podemos nos calar diante de tal fato. "E você, não vai dizer nada?". 

domingo, 21 de agosto de 2011

Marcha pelo Estado Laico acontece Hoje no Recife

Acontece hoje no Recife - Pernambuco, 21 de Agosto, às 15 horas na Praça do Diário, a Marcha pelo Estado Laico. Para quem não sabe, segundo o artigo 19 da Constituição Federal de 1988, o Brasil é um Estado Laico, ou seja, não possui nenhuma religião oficial e não defende ou se apoia em qualquer forma religiosa, respeitando assim a pluralidade e a liberdade de crença. Porém não é isso que acontece em nosso país. "Só um estado VERDADEIRAMENTE laico, que não se submete a dogmas e líderes religiosos, pode garantir a liberdade de professar ou não uma religião e garantir também a diversidade religiosa".

Convocamos as pessoas de diversas religiões e/ou crenças, desde judeus, umbandistas, neopagãos, católicos até maçons, budistas, ciganos, além daqueles que não possuem nenhuma forma de religião e/ou crença, como agnósticos, gnósticos, ateus, entre outros, para que agnósticos juntem-se a nós nessa manifestação que reivindica os direitos de uma sociedade plural, sem distinção de credo ou valorização de uma em específico.

Venha e faça parte dessa luta contra a Hegemonia Religiosa!

sábado, 20 de agosto de 2011

Laicidade e Ensino Religioso no Brasil

Além das operações matemáticas, das regras ortográficas e dos fatos históricos, os princípios e conceitos das principais religiões também devem ser discutidos em sala de aula. A Constituição Federal Brasileira determina que a oferta do ensino religioso deve ser obrigatória nas escolas da rede pública de ensino fundamental, com matrícula facultativa - ou seja, cabe aos pais decidir se os filhos vão frequentar as aulas.

Pesquisas recentes e ações na Justiça questionam a inclusão da religião nas escolas, já que, desde a Constituição Federal de 1890,o Brasil é um país laico, ou seja, a população é livre para ter diferentes credos, mas as religiões devem estar afastadas do ordenamento oficial do Estado.

Apesar da obrigatoriedade, ainda não há uma diretriz curricular para todo o país que estabeleça o conteúdo a ser ensinado, de maneira a garantir uma abordagem plural sem caráter doutrinário. Outro problema é a falta de critérios nacionais para contratação de professores de religião. Hoje, o país conta com 425 mil docentes, formados em diversas áreas.

O ensino religioso está presente no Brasil desde o período colonial, com a chegada dos padres jesuítas de Portugal para catequizar os índios.
Atualmente, de acordo com a Constituição, a disciplina deve fazer parte da grade horária regular das escolas públicas de ensino fundamental. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) definiu que as unidades federativas são responsáveis por organizar a oferta, desde que seja observado o respeito à diversidade religiosa e proibida qualquer forma de proselitismo ou doutrinação.

"Alguns historiadores que tratam da participação da religião na vida pública mostram que o ensino religioso foi uma concessão à laicidade à época da Constituinte. Havia uma falsa presunção de que religião era importante para a formação do caráter, da vida e dos indivíduos participativos e bons. Essa é uma presunção que discrimina grupos que não professem nenhuma religião. Isso foi uma concessão à pressão dos grupos religiosos", avalia a socióloga Debora Diniz, da Universidade de Brasília (UnB).

Debora é autora, junto com as pesquisadoras Tatiana Lionço e Vanessa Carrião, do livro Laicidade e Ensino Religioso, publicado no último semestre. O estudo investigou como o ensino religioso se configura no país e se as escolas garantem, na prática, espaços semelhantes para todos os credos, como preconiza a LDB. A conclusão é que não há igualdade de representação religiosa nas salas de aula. 

"Ele é um ensino cristão, majoritariamente católico, e não há igualdade de representação religiosa com outros grupos, principalmente os minoritários", destaca Debora.
Há mais de uma década acompanhando essa discussão, o Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso (Fonaper) reconhece que há muitos desafios para garantir a pluralidade. Mas defende que o conteúdo é importante para a formação dos alunos. 

"Nós vislumbramos, desde a LDB, que o ensino religioso poderia assumir uma identidade bastante pedagógica, que fosse de fato uma disciplina como qualquer outra e que a escola pudesse contribuir para o conhecimento da diversidade religiosa de modo científico. O professor, independentemente do seu credo, estaria ajudando os alunos a conhecer o papel da religião na sociedade e a melhorar o relacionamento com as diferenças", aponta o coordenador do Fonaper, Elcio Cecchetti.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o ensino religioso é oferecido apenas nas escolas estaduais. Nas unidades municipais, ainda não foi implantado, mas há um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Vereadores da capital fluminense que prevê a oferta nas cerca de mil escolas da rede, com frequência facultativa. A recepcionista Jussara Figueiredo Bezerra tem dois filhos que estudam em uma escola municipal da zona sul do Rio de Janeiro e acompanha com certo receio a discussão. Ela é evangélica e acredita que esses valores devem ser transmitidos em casa, pela família.

"Quem são os professores que vão dar as aulas de religião? Será que eles serão imparciais? Além disso, com tantas dificuldades e carências que o ensino público já enfrenta, por que gastar dinheiro com isso? Esses recursos poderiam ser usados de outra forma, para melhorar a estrutura já existente nas escolas. Quem quiser aprender mais sobre uma religião deve procurar uma igreja ou uma instituição religiosa", opina.

Para quem lida na ponta com os delicados limites dessa questão, torna-se um desafio garantir um ensino religioso que contemple as diferentes experiências e crenças encontradas em uma sala de aula. "Nós preferiríamos que a oferta do ensino religioso não fosse obrigatória porque a escola é laica e deve respeitar todas as religiões. O que a gente quer é que os dirigentes possam utilizar essas aulas com um proveito muito melhor do que a doutrinação, abordando o respeito aos direitos humanos e à diversidade e a tolerância, conceitos que permeiam todas as religiões", defende a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho.

Atualmente, duas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) questionam a oferta do ensino religioso no formato atual e aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma delas foi proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e questiona o acordo firmado em 2009 entre o governo brasileiro e o Vaticano. O Artigo 11 desse documento, que foi aprovado pelo Congresso Nacional, determina que "o ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental". Ao pautar o ensino religioso por doutrinas ligadas a igrejas, o acordo, na avaliação da PGR, afronta o princípio da laicidade.

Vídeo mostra pessoas acusadas de feitiçaria sendo queimadas vivas em comunidade africana

Em um período de mudanças, alguns são capazes de fazer de tudo para continuarem no poder. Um dos grandes exemplos disso é a Inquisição, que apesar de ser colocada de lado do ponto de vista histórico, é um dos pontos fundamentais para se compreender o modo como nós (neopagãos) somos tratados pela sociedade em si. Em uma proposta de deturpar as crenças pagãs e tentar se sobressair as bases iluministas que tomavam força, ameaçando seu poder, a Igreja Medieval lançou a Inquisição, que nada mais era do que a acusação de pessoas que "acreditavam" ou mesmo praticavam atos intitulados de "Magia Negra". Uma desculpa para tentar deter os movimentos revoltosos na época.

Qualquer pessoa que fosse acusada de praticar tais atos, mesmo não sendo verdade, era submetida a torturas, até que confessasse seus atos, depois disso a morte era sua sentença final. Apesar dos diversos castigos e maneiras de se matar essas pessoas (em sua maioria mulheres), uma ficou conhecida como a marca desse momento sanguinário que a humanidade viveu: as queimadas. Após a sentença final, as pessoas eram queimadas vivas em enormes fogueiras de madeira, palha e homossexuais que serviam de combustível.

Apesar desse momento ter acabado há anos, países da Ásia e da África sustentam práticas  como a queima de pessoas em fogueiras nos dias atuais. Uma das provas disso é o vídeo abaixo que circula entre comunidades pagãs, na rede social Orkut, em que mostra pessoas sendo espancadas e queimadas vivas, após serem acusadas de praticar atos de feitiçaria.

É absurdo como na sociedade atual, após tanto desenvolvimento, ainda existem práticas feito estas, que se não houvessem políticas públicas mais fundamentadas, se espalhariam.

Até que ponto podemos esquecer o pouco de humanidade que ainda nos resta?

OBS.: Advertimos que o vídeo abaixo apresenta imagens muito fortes, então se você se sente inabilitado para ver estas imagens, assim o faça.


Texto de Douglas Phoenix

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

KUNDALINI: Energias do Consciente


Kundalini é o poder do desejo puro dentro de nós. A energia de nossa alma e de nossa consciência. A emanação do infinito, da energia cósmica que vibra dentro de cada ser humano. Como energia criativa,o Kundalini pode ser imaginada a uma serpente enroscada e adormecida na base da coluna e, que ao ser despertada, expande de forma extraordinária nossa consciência.

A palavra sânscrita tem sido traduzida de várias maneiras, em geral por aqueles que não têm uma concepção real, seja ela qual for, da função que é a sua marca. Supõe-se que a raiz da palavra seja o verbo kund, que significa "queimar". Este é o significado essencial, pois a kundalini é Fogo em seu sentido de abrasamento. Contudo, temos uma explicação adicional para a palavra no substantivo kunda, que significa orifício ou cavidade. Isso nos dá uma idéia do recipiente onde o Fogo arde. Mas há muito mais do que isso. 


Há também o substantivo kundala, que significa bobina espiral, anel. Temos aqui um noção do modo pelo qual o Fogo atua e se desenvolve. A palavra kundalini se originou de todos esses derivados, que atribuem uma feminilidade criativa ao Fogo, o Fogo Serpentino, como algumas vezes é chamado, o poder criativo feminino que está adormecido dentro de uma cavidade, dentro de um útero, despertando para o movimento rítmico da impetuosa subida e para a emissão de torrentes de fogo. Ela é uma palavra que significa o aspecto feminino da força criativa da evolução, força esta que jaz adormecida, em sua potencialidade específica e muito particular, como que em posição fetal em um útero, na base da espinha dorsal humana.


Kundalini é a potencialidade que todos nós temos e somos capazes de ser.
O despertar da energia Kundalini nos conscientiza de nossas capacidades criativas e torna possível a nós, seres humanos, com identidades finitas, a oportunidade de nos relacionarmos com nossas identidades infinitas. Isto ocorre quando o nosso sistema glandular é ativado junto ao nosso sistema nervoso e estes são combinados para criar um movimento ou fluxo no fluído espinhal, numa sensitividade nas terminações nervosas. Nestas condições, o cérebro recebe os sinais e os integra obtendo como resultado, uma forte percepção que se expande numa tremenda claridade. Pode-se perceber os efeitos e os impactos de uma ação antes dela acontecer e assim, adquirimos o poder da escolha de agir ou não. A consciência nos dá esta escolha e a escolha nos dá liberdade.

Quando há um fluxo constante da Kundalini, é como se estivéssemos nos despertando de um longo cochilo. Deixamos de viver numa realidade imaginária e nos tornamos compromissados com nossos propósitos e metas, aproveitando muito mais os prazeres da vida.
O nosso sistema foi construído para sustentar o despertar da energia Kundalini, resta-nos saber se estamos usando-a em toda extensão desta potencialidade.
O fluxo da Kundalini é liberado a partir do Chakra do umbigo e sobe até o chakra da coroa, acima do topo da cabeça; daí, a energia começa a descer passando pelos chakras até a base de nossa coluna. Depois de alcançar o chakra raíz, ela volta para o centro do umbigo.
A ascensão da energia é o caminho para a liberação. É chegar a percepção de que a realidade de Deus está dentro de cada um de nós. A ascensão da Kundalini é o desenroscar da consciência Divina, o testemunho da realidade do poder ilimitado que é a essência de nossas almas.

A descida da kundalini é o caminho da manifestação. Os chakras se abrem nesta descida. E assim que os chakras se abrem e nossa essência é consolidada em nosso caráter, os nossos dons são integrados em nossos comportamentos e ações. Talentos se tornam uma parte prática em nossas vidas.
O que nos referimos como manifestação aqui são as "vibrações" que é uma tradução aproximada do termo sânscrito Chaitanya. Chaitanya (vibrações). É a força integrada de nosso ser fisiológico, mental, emocional e religioso. Portanto, a descida da energia Kundalini simboliza esse despertar de nosso potencial e nos traz a consciência de Deus para todas as nossas atividades cotidianas.

A iluminação ou auto-realização é conquistada quando o ciclo de ascensão e descida se completa.
A Auto-realização é o nosso primeiro encontro com a verdadeira realidade,o despertar da Grande Mãe dentro de nós e que irá cuidar de nós, dando toda proteção que precisamos.
A kundalini nos cura, nos melhora e nos confere todas as bênçãos. Ela varre para fora de nossa realidade, todas as nossas preocupações dos níveis mais grotescos.

Fonte: Conhecendo Reiki

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Revolta contra a personagem Marnie de “True Blood”!

As bruxas de verdade estão bravas e muito descontentes com a personagem Marnie, de “True Blood”. Uma reportagem da agência Reuters mostra que Marnie é caricata, falsa e, no bom português, bem falcatrua.

Marnie Stonebrook (Fiona Shaw) é uma bruxa badass que combate de igual pra igual os vampiros de Bon Temps. O problema é que o que faz a série tão sensacional para nós, a vingança impiedosa de Marnie e o espírito que toma conta dela, é o que incomoda as bruxas reais.

Para a bruxa e professora de biologia da faculdade de New England, Taarna RavenHawk, a situação é grave. “Estou muito decepcionada. Quando Marnie desiste do poder próprio dela e permite a entidade Antonia possui-la, Antonia é quem controla tudo. É inconcebível uma bruxa agir assim”, disse Taarna à Reuters.

Já Elaanie Stormbender, bruxa e mãe de cinco filhos do Mississipi, acha que os produtores de “True Blood” são imprudentes e a personagem só reforça o medo que as pessoas no mundo real têm das bruxas. “Quando mantemos contato com os espíritos, nós ficamos no controle. Marnie, não.”, reclamou Elaanie.

Christopher Penczak, fundador do Templo da Bruxaria em New Hampshire, acredita que Marnie deveria ser mais “competente”. Segundo ele, uma boa bruxa combina disciplina, força e foco. E Marnie não tem sequer um propósito na vida.

Suzanne, uma bruxa de Atlanta, falou que depois da estreia da quarta temporada, o templo de que ela faz parte recebeu dezenas de novos membros. A bruxa fica preocupada porque a maior parte destes novos adeptos é adolescente e, por isso, pode estar impressionada com a exibição de poder de Marnie. “É perigoso quando os espectadores pensam em feitiçaria como a Marnie faz. Ela é um mau exemplo”, falou Suzanne à Reuters.

Cristopher também falou que bruxas modernas não têm essa relação com os espíritos que Marnie tem. Na verdade, essa prática é feita com muito cuidado e de modo muito específico. “Elas nunca dizem ‘estou abrindo as portas para quem quiser entrar”, disse.

Outro problema da personagem é que ela faz tudo parecer muito simples, muito fácil. A bruxa da ficção ressuscitou os mortos, o que não acontece. Elas apenas se comunicam com pessoas que já morreram. Cruzar essa linha é muito grave e não é algo que todas nós queremos. Marnie exagerou”, disse RavenHawk.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

IV Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa


No dia 18 de Setembro acontece no Rio de Janeiro uma marcha contra a intolerância e luta pelo respeito à pluralidade religiosa no país. Organizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, a marcha intitulada Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que este ano está em sua 4ª edição, tende a reunir representantes e membros dos mais variados sistemas religiosos no Brasil, desde os mais comuns como catoliscismo e protestantismo até linhas da umbanda, islamismo, ciganos, maçons, Wicca, entre outros.

A caminhada acontece às 11hs na Orla de Copacabana. Segundo dados fornecidos por diversas Organizações Não Governamentais (ONGs), a marcha é uma das manifestações democráticas de maior pluralidade religiosa em todo o planeta. Na edição do ano passado, que reuniu desde seguidores de Krishna, judeus até wiccans e maçons, além de neopagãos no geral (druidistas, neo-xamãns, entre outros), conseguiu reunir por volta de 120 mil pessoas na Orla de Copacabana.

Em um país em que as pessoas poucas vezes lutam por seus direitos, VENHA E FAÇA VOCÊ A DIFERENÇA!

Para mais informações acesse o site da Comissão de Combate a Intolerância Religiosa.

Instituições Parceiras:
  • Governo do Rio de Janeiro (SASDH)
  • Wicca pela Liberdade Religiosa
  • Jornal O Bruxo Pernambuco (Portal O Bruxo)
  • União Wicca do Brasil
  • Templo de Brigith
  • Movimento Orgulho Pagão - RJ; entre outras.
Covens Parceiros:
  • Círculo de Bruxaria Tradicional (CLAN)
  • Serpente de Ouro
  • Faces da Lua
  • Temenos Aetòs Thesmophoros; entre outros.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ESP-PE AGOSTO 2011 - EXPANSÃO DA CONSCIÊNCIA E AUTOCONHECIMENTO


O Encontro Social Pagão de Pernambuco (ESP®-PE) é um evento que acontece uma vez por mês trazendo palestras e debates, ao público em geral, sobre assuntos realcionados ao universo mágicko e pagão. O Encontro deste mês promete te levar a uma reflexão sobre si mesmo e a se fazer perguntas sobre suas escolhas. Qual o valor de se autoconhecer em um mundo que visa a ação imediata e não uma reflexão?

A palestra que acontecerá no dia 28 de Agosto de 2011 terá como tema a Expansão da Consciência e Autoconhecimento, que será ministrado por Erick Migge (psicólogo, pós-graduando em psicologia transpessoal; educador e terapeuta holístico). O evento acontece às 14hs na Praça da República (em frente ao Teatro Santa Isabel), Recife. 

Sabe-se que o autoconhecimento é a chave para uma melhor qualidade de vida. Através dele temos uma maior clareza sobre as escolhas e o rumo a se seguir. Com o apoio de conhecimentos sobre a expansão da consciência, abre-se um leque de conceitos que contribuem para nossa definição como seres humanos. Iremos abordar uma breve explanação sobre os aspectos psicológicos do desenvolvimento humano e sobre a constituição do ser de forma integral e holistica.

A pré-palestra deste mês é um debate com o tema: Os povos indígenas frente ao "progresso" da sociedade atual; que pretende trazer a debate a séria situação da perca gradativa da cultura indígena com a aprovação de projetos que visam o lucro monetário.

O material de apoio da palestra será divulgado aqui no blog, em breve. Aos que forem, se possível, pedimos que levem caneta e papel para eventuais anotações; e também, como é de praxe, aos que desejarem, levem comes e bebes a vontade (exceto bebida alcóolica) para uma confraternização na reunião. É pedido que cada um leve seu próprio copo a fim de evitar o uso de copo descartável. Venha e faça parte você também desse evento!

Para mais informações: esp_pe@yahoo.com.br

EVENTO TOTALMENTE GRATUITO

OBS: Em caso de chuva o evento é automaticamente cancelado e uma possível nova data será divulgada no site oficial.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

II Encontro de Druidismo e Reconstrucionismo Celta

Comunhão de conhecimentos, vivências e aprofundamento de saberes é o que promete o II Encontro de Druidismo e Reconstrucionismo Celta que acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de novembro. O encontro que este ano será realizado em Cotia, 35 minutos de São Paulo, traz palestras de renomados nomes do druidismo e estudiosos dos antigos povos que habitavam a região da Gália.

Dentre os palestrantes estão nomes como: Bellovessos (Porto Alegre - RS), Bandruir (Rio de Janeiro - RJ), Ëldrich Hazel Ybyraptã (Hortolândia - SP), Mayra Faro / Darona ni Brighid (Belém - PA), entre outros nomes. Palestras sobre a Lei Céltica, OBOD no Brasil, Aprofundando a hipótese Gaia, além de workshops na produção de bebidas artesanais, luta com espadas, danças circulares e folclóricas, fazem parte da programação do evento.

Toda a programação e os valores da hospedagem, camping ou outros modos de acomodação podem ser vistos no link: http://www.druidismo.com.br/Index/2_Encontro_de_Druidismo_e_RC.html

As inscrições são feitas pelo e-mail marcos.reis@druidismo.com.br

Realização: Caer Itaobi; Caer Tabebuya; Ramo de Carvalho; Ramo de Prata; Tyba Imbas h’Amairgin.

domingo, 14 de agosto de 2011

GRANDE MANISFESTAÇÃO MUNDIAL PRO-XINGU


As discussões sobre o Xingu voltaram a tona nos últimos dias, depois da situação relatada pelo relatório sobre os povos indígenas das américas. Todo o assunto sobre o Xingu foi sendo bem comentado, mas saiu da mídia após a adiamento da votação. O projeto pretende implantar uma hidrelétrica em áreas do Xingu. Desde que o projeto foi levantado, diversos manifestos foram feitos e mais um acontecerá simultâneamente em todo o mundo. 

O manifesto intitulado 'Grande Manifestação Mundial Pro-Xingu' será realizado no próximo dia 20 (sábado) às 14hs (variando de acordo com o fuso-horário local) nos seguintes estados brasileiros: Pernambuco, Acre, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Minas Gerais e Brasília.

A manifestação também irá acontecer em países como França, Equador, Peru, México, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Chile, Reino Unido, Espanha e Portugal.

Aqui no Recife, o encontro acontecerá na Praça do Derby às 14hs. Os locais dos encontros e seus horários podem ser conferidos abaixo:
No Brasil

- Em São Paulo – SP o evento se realizará na Av. Paulista, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) as 13 h.
- No Rio de Janeiro – RJ, posto 4 na Av. Atlântica em Copacabana, as 14 h
- Em Salvador – BA, Praça Campo Grande, até a Praça Municipal, as 14 h
- Em Fortaleza – CE, praça José de Alencar, centro, as 13 h
- Em Recife – PE, Praça do Derby, as 14 h
- Em Brasília – DF, em frente ao congresso nacional, as 14 h
- Em Belo Horizonte – MG, Av. Afonso pena, centro, em frente a sede da prefeitura, as 14 h
- Em João Pessoa – PB, feirinha de Tambaú, as 14 h
- Em Belém – PA, Praça da República, em frente ao Teatro da Paz rumo ao Ver o Peso, as 08h 30min

Na Europa

França
- PARIS, Parvis des droits de l'Homme, place du Trocadéro, 15 h
Portugal
- PORTO, Consulado Brasileiro, Av. França n° 20, as 13 h
- LISBOA, Consulado Brasileiro, Praça Luis de Camões, CHIADO

Nos EUA

- Em San Francisco, 300 Montgomery street, Suite 900, San Francisco, CA 94104, day 22, Monday, in Brazilian Consulate.

A organização do evento pede para que os participantes cheguem até duas horas mais cedo para serem pintados pelos guerreiros do Xingu. O evento contará com a presença de algumas etnias indígenas como Kalapalo, Kamayurá, Kuikuro, Guarani, Wassu cocal, Xavante, Tikuna, Pataxó, Pankararu, Fulni-ô entre outras mais. O evento contará com realização de cantos e danças tradicionais xinguanas, torés diversos e rituais de guerra xinguanos


COMPAREÇA VOCÊ TAMBÉM!!
E faça parte desta grande corrente de cidadania e justiça
PELO DIREITO DE SOBREVIVÊNCIA DOS POVOS XINGUANOS

Organização:
Sany Kalapalo
Neydison Pataxó
Kuana Kamayurá Kalapalo
Eduardo Vitszyn

Apoio:
Vedas
Casa Jaya
Greenpeace
Revolução da colher
Xingu vivo para sempre
Tradição Diânica Nemorensis
Movimento Brasil pelas florestas
Museu do índio – Embu das artes/SP

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Nascimento da Ordem Rosacruz

Ao começo da segunda década do século XVII, reuniram-se representantes de todas as organizações que congregavam Essénios ou Cátaros e os cristãos esotéricos espalhados pelas várias cidades da Europa, com a finalidade de constituírem uma única associação que lhes permitissem maior apoio, disciplina no estudo dos mistérios e mais segurança na guarda e difusão do imenso tesouro espiritual que possuíam. Para escaparem à ferocidade da "Santa Inquisição" reuniram-se numa caverna existente nas montanhas do Tirol, entre Salzburgo e Munique. Depois de longos debates assentaram no estabelecimento de um estatuto único para regência de todos. Como no espaço sidério se congregavam os divinos seres a que chamamos Irmãos Maiores, por pertencerem a uma humanidade anterior à nossa e serem os condutores da evolução de todos os seres que existem na Terra, à nova organização foi dado o nome de Ordem Rosacruz.

Entre estes grandes seres há humanos que já se elevaram acima da vulgaridade pela sua bondade e pureza de alma. Muitos são médicos que exercem a sua profissão como se fora um sacerdócio, no estado de vigília e no de sono, sempre no seu mister em favor da saúde e bem estar dos seres terrenos e assim merecem a amizade dos Irmãos Maiores, que os fizeram seus cooperadores permanentes. Foi por esta razão que os agrupamentos de estudantes de ocultismo deixaram de usar os seus títulos antigos e se constituíram em Ramos da Ordem Rosacruz, ministrando um ensino bem definido e igual. Os seres humanos que trabalham com os Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, são os chamados Irmãos Leigos. Foram altamente qualificados pelos Irmãos Maiores, que pelas suas altas qualidades os colocaram ao seu serviço.

Desta maneira os adeptos do grande filósofo, ocultista e místico que se chamou Paracelso - famoso como médico e alquimista, sábio cultor da astrologia - os Paracelsianos, bem como os Hermetistas, os Pictóricos, os Alquimistas e os Gnómicos, grupos de estudos esotéricos, parecem ter desaparecido. Na realidade apenas abandonaram as antigas designações para se integrarem na Ordem Rosacruz. Desde a sua existência, conhecida entre os hebreus, no tempo de Moisés (entre os Essénios), até ao fim do século XIX, a Ordem Rosacruz foi uma associação secreta, por os seus ensinamentos serem tão profundos que rareavam extraordinariamente as pessoas dignas de os receber! 


Se não foram a sua grande prudência no ministério da Sabedoria dos Rosacruzes, esta teria sido aplicada desonestamente, como acontece com a astrologia e outros ramos do saber oculto, na posse de pessoas sem as qualidades morais e intelectuais necessárias a tão elevados conhecimentos. Durante os séculos XVII e XIX a Ordem Rosacruz reunia grande número de pessoas escolhidas da Europa, e daqui irradiou os seus Ramos de estudo para a América do Norte.

[Fonte: Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 267, Janº-Marº, 1978]

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sacrificando Direitos em Nome do Progresso: povos indígenas ameaçados nas Américas

 

Pouco antes deste Dia Internacional dos Povos Indígenas (09/08/11), criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1994, a organização Anistia Internacional divulgou um relatório alarmante sobre a situação dos povos indígenas no continente americano. Intitulado Sacrificando Direitos em Nome do Progresso: povos indígenas ameaçados nas Américas, o documento cita o emblemático caso brasileiro de Belo Monte, no rio Xingu, e o dos Guaranis em Mato Grosso do Sul. Especialistas revelam que também as condições de vida dos índios no sul do país são preocupantes. Leia aqui a íntegra do documento (em inglês).
 
O relatório apresentado na primeira semana de agosto apela para que os líderes dos países americanos tomem medidas urgentes e decisivas para proteger os direitos indígenas. Além do Brasil - que abriga mais de 700 mil índios, de mais de 200 etnias e com 180 idiomas -, a organização enfoca Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru e Estados Unidos.

A Anistia destaca uma "dicotomia tão falsa quanto perigosa, que vê os direitos dos índios como contrários ao progresso". Frequentemente são aprovadas leis e são executados empreendimentos econômicos sem consulta prévia aos índios, acusa o documento.

No Brasil, as terras indígenas (TIs) representam 13,1% do território do país e 98,6% delas estão na Amazônia Legal - que compreende Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. O 1,4% das TIs restantes espalha-se pelas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, além do Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste.


VIOLÊNCIA EM DISPUTAS PELA TERRA

Os indígenas no Mato Grosso do Sul estão envolvidos em constantes conflitos com os agricultores locais. A Anistia Internacional acompanha de perto o caso dos Guarani-Kaiowá, sobre a qual publicou um relatório específico em fevereiro de 2011. Após sofrer com violência, assassinatos e discriminação e esperar pela demarcação de suas terras durante décadas, a comunidade - formada por cerca de 30 mil índios - começou a reivindicar seus direitos.

Os pequenos grupos indígenas se deparam com o forte lobby agrícola, especialmente devido ao boom do etanol. "Por isso há muitos conflitos e violência entre indígenas e pistoleiros contratados por proprietários de terras", relata Patrick Wilcken, pesquisador da equipe da Anistia Internacional que se ocupa do Brasil.

Dos cerca de 50 mil indígenas que vivem no Mato Grosso do Sul, os Guarani-Kaiowá são a etnia mais numerosa. Suas áreas, localizadas no sul do estado, são extensas, planas e férteis. Somente a TI localizada em Dourados, por exemplo, tem mais de 11 mil hectares, o que não significa que os índios realmente ocupem esta área.

Fany Ricardo - coordenadora do programa Povos Indígenas no Brasil, do Instituto Socioambiental (ISA) - considera a situação no Mato Grosso do Sul uma das mais críticas do país. "Lá é guerra total contra a demarcação de terras. Muitas vezes a terra indígena já está registrada, mas não há ou quase não há indígenas dentro porque os fazendeiros entram na justiça e conseguem se manter no local com liminares", afirma.

Para Wilcken, as áreas reivindicadas pelos Guarani-Kaiowá seriam suficientes para contemplar tanto a atividade agrícola quanto os direitos territoriais dos povos indígenas.

Apesar das iniciativas de promotores federais para acelerar o reconhecimento dos direitos dos índios, o processo continua paralisado. Segundo o pesquisador da Anistia, a demarcação de terras é impedida por bloqueios judiciais e pela influência dos produtores.


INTENSA OCUPAÇÃO

Desde que a questão indígena passou a ser um tema de relevância no âmbito da sociedade civil brasileira, no final da década de 1970, 400 terras indígenas já concluíram o processo demarcatório, segundo dados do ISA. A maioria delas fica no norte do país.

Enquanto 291 TIs da Amazônia Legal já estão homologadas e registradas, a situação nos estados da região Sul - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - e ainda de São Paulo e do Rio de Janeiro é diferente. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), das 186 terras indígenas dessa área, 29% não iniciaram ainda qualquer estudo de identificação - a primeira das sete etapas do processo demarcatório.

O contraste entre norte e sul pode ser explicado pelo fato de a colonização do Brasil ter sido iniciada pelo litoral, o que levou a embates diretos com os indígenas que ali viviam, aponta o ISA. Segundo o Instituto, aos índios restaram terras diminutas, conquistadas a duras penas. Além disso, o sul ainda hoje é mais desenvolvido e povoado que a Amazônia - região ainda em processo de ocupação. "Quanto mais ocupada a área, mas difícil é o reconhecimento da área indígena", afirma Fany Ricardo.

Segundo Clovis Brighenti, antropólogo e membro do Cimi, apesar de o Sul ser a região com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, os indígenas que ali vivem enfrentam uma situação precária. Ele explica que isso se deve à falta de terras e ao violento processo que os índios enfrentaram no passado, ao serem confinados pelo Estado brasileiro e controlados em suas reservas. Eles perderam as terras e, hoje, os poucos hectares que recebem de volta não bastam para garantir sua sobrevivência.


PEQUENAS, MAS CONFLITUOSAS

Além de poucas, as terras indígenas do Sul são pequenas. Mas o potencial de conflito é grande, por conta da intensa ocupação da região. É o caso da Aldeia Jaraguá, do povo Guarani Mbya, em São Paulo, cuja extensão de apenas 2 hectares, apesar de demarcada, impossibilita que os indígenas extraiam seu sustento da terra.

Já os Guarani Mbya e Ñandeva, de Morro dos Cavalos, Santa Catarina, por exemplo, esperam há 18 anos pela demarcação dos seus quase 2 mil hectares de terras. "É muito urgente, [...] a gente precisa de mais lugar para morar, está muito complicado", disse o cacique Teófilo Gonçalves a Rafaela Mattevi, autora do ensaio jornalístico Nhandereko Tenonde Rã (O futuro da nossa cultura). Sem a compreensão da sociedade, os índios enfrentam a especulação fundiária, a falta de espaço e a miséria dela proveniente, enumera Mattevi.

A terra indígena de Guarani Araça'í, de 2,7 mil hectares, também em Santa Catarina, é palco de conflitos entre pequenos proprietários rurais e os índios Guarani Ñandeva, que, confinados em áreas do povo Kaingang, reivindicam o direito de retornar à sua terra. Desde 2007, sua área encontra-se declarada pelo Ministério da Justiça, o quarto dos sete estágios da demarcação.

Wilcken, da Anistia Internacional, considera "chocante o fato de, no Brasil, um país relativamente rico", tantos grupos ainda viverem em condições de miséria e discriminação. "Houve muitos avanços desde a Constituição de 1988, com sua forte legislação em defesa dos direitos dos povos indígenas, mas ainda há muitos problemas em termos de direitos sobre a terra", conclui.

[FONTE: Deutsche Welle
; Autora: Luisa Frey; Revisão: Roselaine Wandscheer]

 
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