segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tânatos - O Deus da Morte


O deus da morte da mitologia grega nascido antes da criação da humanidade por Prometeu, que servia à Hades trazendo-lhe súditos, e em geral é mostrado como um espírito alado e é irmão gêmeo de Hipnos, o deus do sono. Diz-se que Tânato nasceu em 21 de agosto sendo a sua data de anos o dia favorito para tirar vidas. Como seus irmãos sofredores e libertários, era filho de Érebo e de Nyx, deusa da Noite, filha da união entre o Caos e a Escuridão.

Era representado como um jovem alado portando uma tocha apagada. Embora bastante utilizado na arte e poesia, sua adoração era apenas significativa em Esparta, onde era alvo do culto popular. Foi descrito por Eurípedes (484-406 a. C.) como uma figura sinistra coberta de negro, passeando entre os homens e com uma faca na mão. Porém outros autores gregos o descreveram com uma aparência menos hostil e com asas. Para os gregos era um deus, mas para os romanos era uma deusa e chamada de Mors.

Existe uma lenda que narra como o jovem Sísifo, o rebelde, astucioso e esperto fundador e primeiro rei de Corinto, o derrotou e o aprisionou quando este veio buscá-lo, dando, portanto, imortalidade às pessoas. Por algum tempo os homens não morriam, até que Ares o libertou. Sísifo foi condenado a descer aos infernos e teve sua punição final nos moldes da concepção grega do inferno como lugar onde se realizam trabalhos infrutíferos. Castigado após a morte, por tentar dar poderes divinos aos humanos, à rolar continuamente uma pedra pela montanha acima, em uma tarefa eterna, pois uma vez colocada no alto, a pedra rola novamente para o pé da montanha.

Além dele, existiam a serviço do deus dos inferiores Hades, as serviçais Erínias, as Fúrias para os romanos, conhecidas como as deusas vingadoras que buscavam os criminosos, e as Keres, deusas da morte violenta para buscar os mortais comuns.

[Fonte: Universidade Federal de Campina Grande - UFCG]

sábado, 29 de janeiro de 2011

Estupro corretivo na África do Sul

"O caso de Millicent Gaika, sul-africana que suportou cinco horas de estupro por ser lésbica, trouxe novamente à tona a situação de opressão da mulher na África do Sul, capital mundial do estupro.

O país, que garante em constituição a igualdade de todos os cidadãos, tem suas mulheres vivendo sob permanente estado de insegurança.

Por ano, são 500 mil casos de estupro registrados. Estima-se que quase metade da população feminina vá ser vítima de estupro em algum momento de sua vida.

Leia o relatório completo com depoimentos das sobreviventes
Assine a petição da Avaaz pelo fim do estupro corretivo
Aceitação social da violência
Embora a impunidade para quem comete crimes contra a mulher na África do Sul seja regra, o problema se agrava quando esse crimes são motivados pelo preconceito.

Para a maioria das lésbicas sul-africanas, é preferível suportar o sofrimento a denunciar esse tipo de agressão: na África do Sul, o estupro “corretivo” tem quase plena aceitação social.

Uma pesquisa realizada por uma organização local revelou, por exemplo, que 20% dos homens acreditam que as vítimas de estupro gostaram da experiência. E mais: que elas fizeram por merecê-la.

Omissão do Estado

Além disso, as mulheres que têm coragem de denunciar esses crimes se deparam com um sistema judiciário falho, que acaba protegendo os agressores. Embora a constituição da África do Sul proíba a discriminação em função da opção sexual, o estupro “corretivo” não é julgado como crime motivado pelo preconceito.

Em 2009, quando a ActionAid publicou o relatório Crimes motivados pelo preconceito: O aumento de ocorrências de estupro “corretivo” na África do Sul, só um em cada cinco casos de estupro “corretivo” era julgado. Desses, pouco mais de 4% resultava em condenação.

Onda de violência crescente
Diante da recusa do governo sul-africano em priorizar a violência contra a mulher como questão de segurança pública, a onda de crimes motivados pelo preconceito só aumenta. Em 2009, organizações LGBT locais afirmavam tratar de cerca de 10 casos por semana.

Ainda mais alarmante é a transmissão do ódio à nova geração de homens sul-africanos. Cresce a ocorrência de estupros cometidos em escolas por garotos que acreditam poder “curar” suas colegas do lesbianismo.

Leia o relatório completo com depoimentos das sobreviventes
Assine a petição da Avaaz pelo fim do estupro corretivo "


Fonte: Act!onaid

Material do ESP-PE Janeiro 2011

O material da palestra do Encontro Social Pagão de Pernambuco de amanhã, 30 de janeiro, com o tema LOVE MAGICK: o que há por detrás das magias de amor?, já está disponível para download.

Para mais informações acesse o blog do ESP-PE.

Download do material

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Wiccanique - PE 2011


Em uma proposta de proporcionar uma maior interação entre os membros do paganismo no estado de Pernambuco, algumas pessoas organizaram um piquenique wiccaniano. A proposta desse evento é bem antiga no Brasil e vem sendo uma ótima maneira de interação entre os praticantes. Ela atrai diversas pessoas. Os maiores eventos desse tipo foram realizados em São Paulo, chegando a alcançar mais de 100 pessoas na confraternização.

O evento com o tema "Celebrando a Magia", além da refeirção e da boa conversa ainda vai realizar o sorteio de brindes, realização de meditações e um ritual.
O evento está marcado para o dia 12 de março às 13hs na Praça da República (em frente ao Teatro Santa Isabel), Recife - PE. É solicitado a todos que irão um pratinho ou uma bebida para realizar a confraternização. Bebidas alcoólicas não serão permitidas, devido a possível presença de menores de idade.

Para mais informações entrar em contato com a organizadora através de:
(081) 8696.3343
lix_litrus@hotmail.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mudanças no ESP-PE Janeiro 2011


O Encontro Social Pagão de Pernambuco que está com sua palestra marcada para o dia 30 de janeiro, com o tema Love Magick, vai sofrer uma pequena alteração na apresentação.
Por motivos pessoais uma das palestrantes não poderar comparecer, Júh Gouveia (coordenadora do ESP-PE). Em função disso outro palestrante foi escalado para a companhar Rose Lima (palestrante).

Júh Gouveia pede desculpas por não poder comparecer e colocou em seu lugar Douglas Phoenix. O material de apoio da palestra será postado assim que possível no blog do ESP-PE e aqui no blog.
A Palestra continua sendo no mesmo dia e horário. Espero que compareçam.

Para mais informações a cerca dos encontros acesse o Blog do ESP-PE

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pesquisa de Práticas Pagãs em Pernambuco - PP's




Como está o movimento neo-pagão no Brasil? Uma pergunta que muitas pessoas trazem a resposta na ponta da língua: crescendo. Porém a que proporções? Os praticantes do Neo-paganismo, praticamente, se encontram à margem da sociedade, pois quase não são citados em nenhuma pesquisa oficial. Em diversas pesquisas realizadas por orgãos de grande nome, como Centro de Pesquisas Religiosas (CPR), e até mesmo em uma pesquisa simples feita pelo MEC no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), o neo-paganismo não é nem ao menos colocado em alguma categoria. Então quando consta alguma pergunta do tipo: Qual sua religião? ou Qual sua crença?; somos obrigados a escolher a última opção: Outros.

Uma pesquisa feita sobre o movimento neo-pagão no mundo revelou o Brasil como um dos grandes locais de crescimento dessa comunidade, porém o estudo foi baseado no número de participantes de uma famosa comunidade no orkut. Quando nosso real crescimento poderá ser evidenciado? Uma pergunta que diferente da que consta no ínicio desse texto, ninguém sabe responder. Colocar em números quantos praticantes pertencem a essa resgate da Antiga Crença, sem dúvidas, não é uma tarefa fácil de ser realizada. Além de todo o trabalho de pesquisa e colaboração de praticantes para responder a essas perguntas, verificar se essas pessoas são realmente pagãs ou usam o nome por pura "modinha" é uma coisa impossível de se definir ao certo.

Porém nenhuma pesquisa é 100% certa. Os números de praticantes de outras crenças, às vezes mudam drasticamente em um curto espaço de tempo, porque muitas pessoas já tem outra visão daquilo que achavam. Não importa se seremos reconhecidos oficialmente como religião, até por que isso não é o que realmente importa; Mas sim que quando tivermos que responder um questionário sobre o assunto, que não tenhamos que marcar a opção Outros.

Em uma proposta de tentar colocar em prática essa pesquisa, ano passado O Jornal O Bruxo Piauí, moderado por Rafael Nolêto, dono do Portal O Bruxo, realizou uma pesquisa intitulada de Censo Pagão. A pesquisa começou no Estado do Piauí e pretende tomar proporções maiores, atingindo assim diversos estados do país.

A pesquisa chegou ao estado de Pernambuco e foi intulada como Pesquisa de Práticas Pagãs em Pernambuco - PP's. A pesquisa, ainda sem data de conclusão, será feita pessoalmente, aproveitando os encontros pagãos no estado e também pode ser realizada via internet. Depois de preenchida a ficha da pesquisa é só enviar para o e-mail: pp-pernambuco@hotmail.com. Participe você também dessa proposta.

Baixe a ficha de cadastro no link abaixo.
DOWNLOAD

domingo, 23 de janeiro de 2011

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa


Em 27 de dezembro de 2007 foi estabelecido o dia 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data firmada vem defender o direito que cada um tem de definir sua forma de crença e/ou religião e o respeito entre as diferenças. Por ter sido uma data firmada a pouco tempo, nem todos tem o conhecimento devido sobre tal. Pela Lei federal, as capitais de todos os estados devem promover palestras e passeatas em comemoração a essa data que se tornou oficial no calendário comemorativo federal. Aqui em Pernambuco uma passeata partiu da praça Marciel Pinheiro às 16h na sexta-feira passada, 21.

A discriminação religiosa é uma verdade não só no Brasil, mas em nosso país, que se diz uma nação laica, a falta de valorização as diversas crenças no país é uma realidade inegável. Muitos até tentam afirmar que não, porém a discriminação é uma coisa real até de membros da mesma religião. Um exemplo vivo disso são os integrantes do Cristianismo, uma religião que se divide em 3 vertentes principais: católica, protestante e batista. Integrantes da vertente católica possuem uma certa "richa" com os da vertente protestante, visse e versa. O mesmo pode ser visto dentro do Neo-paganismo. Esta por ser muito rica em vertentes e religiões, diversas opiniões e conceitos, vários praticantes acabam passando por cima da linha do respeito e ofendem uns aos outros.

Viver sobre a capa da intolerância é uma coisa que aterroriza diversas pessoas. Pessoas se entregam as lágrimas, muitos com medo até ocultam sua forma religiosa para não sofrer com tais ataques. Isso é uma coisa que deve ser combatida em todas as formas. Já vivemos e ainda somos alvo dos resquícios da Inquisição. Sabemos bem o que é sofrer atos de intolerância e preconceito, então nós mais do que ninguém devemos combater tal atitude. Viver sobre essa sombra pode ser uma martírio ou uma arma de força.

Lute contra isso!

Texto de Douglas Phoenix

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O valor do Silêncio


Até onde vai o valor de uma palavra não dita?

No ato mágicko o uso das palavras é a forma mais simples de dizer ao Universo aquilo que só era pensamento; e através desse pequeno gesto somos capazes de fazer com que as coisas aconteçam, com ou sem nossa real intenção. Por mais simples que sejam, as palavras tem grande poder, pois atuam constantemente no espaço-tempo em que as coisas acontecem. Na prática mágicka diversos fatores atuam no resultado e na maneira com que a magia vai acontece. Um dos principais é a Intenção. Tal forma é capaz de definir o sucesso da prática, porém outros fatores também devem ser observados, como o modo com que essa intenção, esse pensamento, é revelado na forma mais básica: palavras.

Uma pequena palavra pode definir todo o resultado. Estas pequenas coisas que aprendemos por puro instinto e costume armazenam tal poder que é capaz de mexer não só com o mundo físico, mas também com o mundo metafísico. E seu uso pode ser percebido não só no momento em que está se realizando um feitiço ou algo do tipo, mas sim todo o momento, pois a magia é uma coisa que se encontra em todas as formas e momentos de existência. Quantas vezes coisas que falamos por brincadeira acabam se tornando reais? Quantas vezes as palavras machucaram pessoas que você amava ou, às vezes, que você nem conhecia direito? Quantas vezes uma única palavra poderia fazer toda a sua vida ser diferente?

Muitas vezes o silêncio vale mais do que muitas palavras. Quando se realiza uma ato mágicko o silêncio é perfeito para que nada ocorra errado. Assim, quando algo ainda não foi concretizado, manter silêncio sobre tal é fundamental. Falar sobre magias que ainda não se firmaram podem mudar todo o resultado delas, muitas vezes até deixando de acontecer. Além disso, quando se fala que algo vai acontecer sem ter acontecido, o Universo pode reverter tais coisas. Por exemplo, nunca diga que um emprego é seu sem ter total certeza. Muitas vezes acabamos pagando o preço por nossa língua.

São esses pequenos detalhes que geralmente não notamos que fazem diferença em diversas situações. Temos que ter cuidado com aquilo que dizemos, pois elas não podem ser apagadas. Palavras ao vento se perdem em um vácuo de mente, mas nunca desaparecem. O silêncio pode ser uma arma nos momentos de dor, porém pode ser um engano nos momentos em que se necessita de ação. Um sábio deve reconhecer o momento de falar e de se calar. Aqueles que conhecem o valor do silêncio são tão poderosos quanto as correntes subterrâneas.

Texto de Douglas Phoenix

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cartilha sobre Runas Mágicas do Mar está disponível para download

A cartilha Runas Mágicas do Mar, de Rafael Nolêto, agora já está sendo disponiblizada para download inteiramente grátis. Ela fala sobre "as bruxas janárricas, conhecidas como "streghe do Mar", que habitavam a região costeira da Itália e se utilizavam de vários símbolos mágicos associados ao poder e a magia da água. Tais símbolos eram conhecidos como "Runas Mágicas do Mar" e de acordo com a crença, deveriam ser gravados em conchas, na areia de alguma praia ou então deixados próximos ao mar para que fossem imantadas pela magia das águas.Acredita-se que estes símbolos ou "runas" tem o poder de extrair um pouco da essência do mar e, dessa forma, gerar e direcionar uma energia para determinada finalidade. As bruxas janárricas geralmente usavam tais símbolos para lançar encantamentos, confeccionar talismãs, etc."

Para saber mais sobre o assunto é só clicar no link Download.

Boa Leitura!



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O Tarot e o Inconsciente


O Tarot é um dos oráculos mais conhecidos em todo o mundo. Surgiu apenas como um jogo de cartas e devido aos seus significados místicos, alcançou universo Mágicko. Até hoje ninguém sabe ao certo quem foi o seu criador, mas relatos dizem que ele resolveu escrever preceitos místícos em cartas, devido que o jogo é um instrumento de maior interesse pelas pessoas do que os livros. Hoje em dia existem os mais variados tipos de Tarot, desde o de Marselha (um dos mais convencionais) até o das Bruxas, Vampiros e outros que vieram com os anos. A técnica de adivinhação pelas cartas do tarot remete ao deciframento do significado das cartas (Arcanos Maiores e Menores).

Diversas técnicas de tirar o tarot são descritas, algumas se dizendo mais eficientes que outras. Algumas pessoas utilizam a tiragem de 6 cartas em duas fileiras de 3; outras preferem a tiragem de 5 cartas na posição das pontas do pentagrama com uma carta ao meio fazendo a maior revelação; outras preferem simplesmente jogar o baralho contra o chão e ver qual carta aparece isolada das demais, esta carta pode dizer o próximo passo.

Porém não estamos aqui para tratar do velho uso de adivinhação do tarot, mas de seu uso no inconsciente. Este baralho pode servir como um instrumento ao despertar a Terceira Visão, ou como muitos chamam, a Visão Oculta. Com o uso das técnicas e os significaos básicos das cartas, nos deixamos levar por esses conhecimentos racionais, quando um conhecimento "irracional" pode ser muito mais útil.

Tirar as cartas sem nenhum sentido ou nenhuma ordem já é um grande estimulador de incosciência, porém até onde vai nossa mania de racionalizar as coisas? Muitos já devem ter olhado as cartas do tarot, porém nunca perceberam os detalhes da imagem, o por que da escolha de cores ou a simples posição dos mesmos na imagem. Muitas vezes mechemos com coisas que achamos que conhecemos.

O despertar da inconsciência não serve para tornar as pessoas loucas, mas sim para abrir os olhos para as coisas ao redor, pois no início tudo era caos. E mesmo que não percebamos, mesmo no caos pode haver uma ordem pré-estabelecida. Assim como o barulho e a música. A música trabalha com coisas que conhecemos, ela trabalha em uma ordem de sons e silêncios estabelecidos com suas durações, cortes, posição e ordenação com outros timbres. Ou seja, é totalmente racional. Porém o barulho não possui ordem, não tem regras e nem simplesmente pessoas específicas para que o execute. Reagimos tão mal a este porque ele não está em uma ordem que estamos acostumados, sendo assim, o puro fator de consciência oculta é uma de suas verdades.

Um exemplo desse uso é citado em um livro do autor Paulo Coelho, Brida. Tal autor não é muito bem visto no meio pagão, mas esse uso tem um fundamento bem forte. Grupos da Bruxaria Tradicional (Stregheria) e de covens em diversos lugares como França, Escandinávia e Islândia usam tal técnica no início do desenvolvimento de seus membros para que estes tenham um outro olhar sobre as coisas existentes e não existentes.

O Tarot em si, como oráculo, é um instrumento dedicado ao elemento AR, porém quando o mesmo deixa de trabalhar com a racionalidade e começa a trabalhar como o inconsciente, este pode ser um instrumento dedicado ao elemento ÁGUA.

Quando as cartas não "te dizem nada", na verdade ela revelou algo que você não entendeu, pois a visão técnica sobre as coisas perdura em sua mente. Primeira dica para esse uso, não guarde o seu tarot na ordem, deixe-o embaralhado, fora de ordem. Depois sem nenhum sentido lance algumas cartas ao chão e escolha uma de olhos fechados. Olhe para esta carta, mas não tente interpretá-la. Deixe sua mente livre de pensamentos. Quando sentir que conseguiu fazer isso, os resultados virão. Não espere resultados imediatos. A Paciência é uma virtude. O despertar da Terceira Visão pode ser um processo que te traz grnades surpresas e outros conceitos e visão sobre as coisas ao nosso redor ou sobre nós mesmos.

Texto de Douglas Phoenix

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Espiritualidade virou "modinha"


"Uma vez me perguntaram o que eu mais temia; Parei por um segundo, pensei em toda minha história de vida e respondi: viver num mundo em que a Espiritualidade se tornou mais um produto de marketing!" Rafael Barreto

A frase acima, dita por um jovem daqui do estado de Pernambuco, é uma das sérias verdades que se abatem sobre nossas cabeças. Um grande exemplo disso é a nossa própria cultura, o Neo-paganismo. Quando esse resgate a Antiga Crença veio a tona, lá pelos meados de 1940 e 1950, uma grande explosão dominava todo o mundo. As antigas práticas estavam novamente voltando a um número considerável de pessoas. Quando começou tudo era muito restrito, mas aos poucos foi atingindo outros patamares. Logo esse resgate teve um maior alcance, sendo descoberto por diversas pessoas, e, é claro, enfrentando diversas formas de preconceitos e discriminações, porém não parou de crescer.

Mas hoje em dia, qual será a verdadeira preocupação? Será o de alcançar diversas pessoas ou tentar fazer com que elas não se percam por detrás de fantasias, artigos de moda ou apelos da mídia? Frente a todo esse avanço na popularização do Neo-paganismo, a sociedade explora o mistério e a polêmica que se tem sobre esse tema, e o usa como um simples objeto de marketing. Apesar de tudo isso, o que mais corrompe a imagem desse resgate são as pessoas que se dizem praticantes, porém nada mais são do que ilusões que só servem para jogar na lama tudo aquilo que tentamos construir.

Como muitos dizem: "tudo já virou 'modinha'!". Diversas pessoas não sabem absolutamente nada sobre o paganismo, o resgate do mesmo ou os reais conceitos que abrangem os dois, porém saem de preto pelas ruas se intitulando bruxas, ou pagãs, só por que fizeram uma receita de bolo, que muitos chamam de feitiços, encontrados em alguma revista em uma banca de jornal. Outros já acham que lendo um livro sobre o assunto são experientes para falar sobre o mesmo, quando na verdade não aprendeu um terço do que realmente importa. De que servem os livros, se seus próprios conceitos e perspectivas sobre o mundo ao seu redor, ou sobre si mesmo, foram criados por pessoas que não vivenciam o que você vive? Apesar dos livros conterem diversas coisas importantes, nada se compara aos seus próprios conhecimentos, que são construídos com o tempo e a real consciência daquilo que se vive ou do que está acontecendo todo o tempo ao nosso redor, porém muitos insitem em não perceber.

Buscar respostas fáceis já virou rotina na vida dessa sociedade que não tem tempo para nada. O velho "copia e cola" já se tornou uma coisa normal, porém o conteúdo é o que importa, e ele não é criado por um simples texto ou algo que te disseram. Se quiser realmente ser alguém dentro do paganismo vá atrás da sabedoria. E quando me refiro a ser alguém, não me refiro a ser um grande autor ou uma pessoa conhecida no meio, mas sim uma pessoa que persiste e consegue construir aquilo que é melhor para si, não importando se essa pessoa é conhecida ou não.

Então antes de sair gritando que você é um bruxo, tente descobrir uma pequena base do que tudo é, e assim, veja se é isso que é melhor para você, pois caso não faça, você será apenas mais uma pessoa sem conteúdo que segue algo para impactar ou por pura modinha. Seja você mesmo e não aquilo que acha que é.

Texto de Douglas Phoenix

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vinícola mais antiga do mundo está em caverna da Armênia

Um aparato para amassar uvas, jarras de fermentação e até mesmo um copo e uma tigela para beber foram encontrados em uma caverna localizada na Armênia. Elas são as evidências mais antigas do hábito humano de saborear o vinho.

Segundo Gregor Areschiah, que fez parte da expedição internacional e pertence à Universidade da Califórnia (EUA), os objetos datam de aproximadamente 6.000 anos atrás e representam um conjunto completo da produção de vinho.

A produção em larga escala sugere que as uvas eurasianas já eram conhecidas pelo homem. Os pesquisadores também acharam sementes de uvas no local.


Gregory Areshian/AP
Expedição internacional encontra artefatos usados na produção de vinho; objetos têm cerca de 6.000 anos
Expedição internacional encontra artefatos usados na produção de vinho; objetos têm cerca de 6.000 anos

O lugar onde os artefatos estavam, conhecido como Areni-1, já revelou outras peças de valor arqueológico, como um sapato de couro com pelo menos 5.500 anos de idade.

Por sua localização entre tumbas, os pesquisadores imaginam que a produção de vinho era usada em cerimoniais.

A descoberta, anunciada nesta terça-feira pela National Geographic Society, estará disponível na edição on-line do "Journal of Archaeological Science".

[Fonte: Folha.com]

sábado, 15 de janeiro de 2011

Atriz global desenvolve coleção de artigos inspirada em Divindades de diversas culturas


A atriz Suzana Pires, que integra o elenco da novela Araguaia da TV Globo, visita o stand da Amarjon Biojoias, no Senac Rio Fashion Business, bolsa de negócios da moda que acontece na Marina da Glória.

Suzana desenvolveu para a marca a coleção “Divindades”, com peças inspiradas em deusas de diferentes religiões e culturas: Tara, Cy, Deusa Xamã, Ishtar e Oxum.

A Amarjon tem sede em Juiz de Fora (MG) e produz, há 10 anos, joias em ouro, desenvolvidas a partir de elementos da natureza de forma sustentável e não poluente.

[Fonte: Portal Joia br]

Indiano é acusado de envenenar mulheres em teste de bruxaria

Um curandeiro indiano foi preso após ter sido acusado de forçar dezenas de mulheres a beber uma poção para provar que não eram bruxas.

Trinta mulheres passaram mal após tomarem uma infusão herbal no vilarejo de Shivni, no Estado de Chhattisgarh, região central da Índia, como parte de uma caça às bruxas no domingo.

Um porta-voz da polícia, Rajesh Joshi, disse à BBC que moradores do vilarejo suspeitavam que a doença de uma jovem de 18 anos pudesse ter sido causada por bruxaria.

'O pai dela, Sitaram Rathod, e outros moradores suspeitavam que (a doença) poderia ter sido causada por um feitiço', disse o policial.

'Eles (os moradores) chamaram um ojha (curandeiro) para desfazer o feitiço.'

Autoridades dizem que o curandeiro, identificado como Bhagwan Deen, havia recebido a ajuda de outros moradores para reunir todas as mulheres adultas no centro do vilarejo.

Ele teria então conduzido rituais que não conseguiram identificar a suposta bruxa e teria decidido apelar para o teste com a poção.

'O curandeiro forçou as mulheres a consumir uma bebida feita com uma erva venenosa local', disse Joshi.

'Ele disse que, após beber a infusão, a verdadeira bruxa confessaria voluntariamente.'

Das 30 mulheres levadas a um hospital após o incidente, 25 já receberam alta.

A polícia diz que outras cinco continuam hospitalizadas, entre elas uma mulher de 70 anos cujo estado seria grave.

Outros seis moradores do vilarejo também foram presos por ajudar o curandeiro.

Caças às bruxas são comuns nas regiões Central e Leste da Índia. Todos os anos, mulheres acusadas de bruxaria são mortas.

[Fonte: O Globo]

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Astrônomo afirma que calendário do Zodíaco está errado e defende criação de novo signo; veja se o seu mudou


Bomba na astrologia: um novo signo pode ter sido "descoberto", e todo o horóscopo pode estar "torto" - se você é de Capricórnio, por exemplo, pode, na verdade, ser de Sagitário.

A tese é de astrônomos do Planetário de Minnesota, nos Estados Unidos. Em entrevista à rede NBC, o astrônomo Parke Kunkle explicou que, por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês. O novo signo seria o de Serpentário - ou "Ophiuchus".

Segundo Kunkle, conforme a Terra e o Sol se movimentam, os signos mudam. O astrônomo disse que "essa mudança não aconteceu do dia para a noite". Os 12 signos que conhecemos hoje foram definidos há quase três mil anos, com a criação da astrologia.

A tese é polêmica, e opõe astrólogos, que se baseiam na posição dos astros para fazer o horóscopo, e os astrônomos, preocupados com a posição atual de estrelas e planetas.

Como o signo astrológico é determinado pela posição do sol no dia em que a pessoa nasceu, tudo o que se sabia sobre horóscopo estaria errado, de acordo com os astrônomos do Planetário de Minnesota.

A crítica desses astrônomos é que um 13º signo deveria fazer parte da astrologia. Segundo eles, na Antiga Babilônia, apenas 12 das 13 constelações foram levadas em conta, ignorando Serpentário (Ophiuchus). O símbolo desse signo é a cobra. Vale ressaltar que Serpentário (Ophiuchus) é um signo que já existia em algumas versões do zodíaco e há uma constelação com o mesmo nome.

Veja como fica o novo mapa da astrologia, de acordo com os astrônomos de Minnesota:
Capricórnio: de 20 de janeiro a 16 de fevereiro
Aquário: de 16 de fevereiro a 11 de março
Peixes: de 11 de março a 18 de abril
Áries: de 18 de abril a 13 de maio
Touro: de 13 de maio a 21 de junho
Gêmeos: de 21 de junho a 20 de julho
Câncer: de 20 de julho a 10 de agosto
Leão: de 10 de agosto a 16 de setembro
Virgem: de 16 de setembro a 30 de outubro
Libra: de 30 de outubro a 23 de novembro
Escorpião: de 23 a 29 de novembro
Serpentário: de 29 de novembro a 17 de dezembro
Sagitário: de 17 de dezembro a 20 de janeiro

[Fonte: Yahoo! Brasil Notícias]

A Roda de Sansara - Os Reinos (Final)

Os humanos têm maior vantagem. As nossas felicidades e sofrimentos não são tão duradouras. E quando cruzamos de uma felicidade para uma infelicidade, buscamos os ensinamentos. Isso é a vida humana comum. Ainda assim ela é muito rara. Se comparamos a nossa vida com outros seres, eles são muito mais numerosos. O corpo humano é raro e improvável. Como nós somos geridos pelo karma, o nosso renascimento é construído pela nossa condição kármica. Nós não conseguimos dirigir esse processo. É como a tartaruga cega, que a cada cem anos vêm à superfície do oceano, de águas revoltas, onde há um aro boiando. O renascimento humano é tão improvável quanto esta tartaruga, justamente no momento em que sobe à superfície, conseguir colocar sua cabeça dentro do aro que estava boiando.

A nossa condição humana hoje é favorável. Os seres humanos têm a possibilidade de praticar. Temos a liberdade de olhar nossos impulsos e perceber aspectos mais sutis. Temos tempo livre. Isso significa méritos. Já a "vida humana preciosa" tem características peculiares que transcendem em muito a vida humana típica.

Quando vivemos em épocas em que os seres de luz não se manifestam, nos sentimos perdidos e a vida parece sem sentido. Na época atual os seres de sabedoria vieram; vieram e deram ensinamentos que foram guardados e transmitidos. Esses ensinamentos chegaram até nós e estamos numa região onde esses ensinamentos existem. Além disso, temos sensibilidade para ouvi-los. Dizem que há uma vida humana preciosa quando, além desses fatores, estamos engajados em transformar a nossa vida a partir dos ensinamentos dos seres de sabedoria. Se estivéssemos sob domínio de seres negativos, ou se tivéssemos um modo de ação incorreta, não conseguiríamos ouvir os ensinamentos. Se não estamos sob essas condições, isso completa as características da vida humana preciosa. Se a vida humana é numerosa como as estrelas no céu noturno, a vida humana preciosa é tão rara quanto estrelas que são vistas no céu diurno. A pessoa está engajada em produzir benefícios para todos os seres.

O segundo pensamento é sobre a impermanência. Todas as coisas são impermanentes. Nós estamos sempre buscando o que é estável, mas nos enganamos. Onde estão os meus amigos "inseparáveis" da escola? A gente nem sabe onde eles estão hoje. Onde está a casa da nossa infância? A nossa mãe, pai, irmãos? O primeiro namorado, que foi maravilhoso, mas sumiu. A nossa experiência é de instabilidade e transformação constantes. Se diz no buddhismo que o planeta Terra vai desaparecer. O que dizer então das nossas pequenezas? Estamos aqui por um curto espaço. Esse ensinamento vem para aprendermos a olhar com o olho correto à cada momento. O olho incorreto é pensar que tudo é estável. Quando entendemos a preciosidade da nossa vida, e a usamos para produzir benefícios aos outros seres, este é o sinal de que os ensinamentos produziram as transformações que buscávamos.

A seguir, o karma. Estamos sujeitos a impulsos internos com os quais não podemos lidar. Esses impulsos produzem as dez ações não-virtuosas ou as correspondentes dez ações virtuosas. As ações virtuosas vão produzir experiências favoráveis — isso também é karma, karma favorável ou positivo, mérito. São experiências de felicidade condicionada.

O karma se manifesta em quatro níveis: imediato, a curto, médio e longo prazo. Por exemplo, se desejamos que alguém morra, naquele exato instante estamos esquecidos da nossa condição búddhica, luminosa, perfeita, e isso já é sofrimento. O de curto alcance, é que de novo e de novo vemos a morte de alguém como solução para nossos problemas. O de médio alcance vai se prolongar por essa vida e por outras: a pessoa não se sente digna, sente-se impura por dentro, inferior, e tem uma marca de aversão pelos outros.

Pior que pensar é planejar como fazer. Aí a perturbação se intensifica. A pessoa vai ter sentimentos mais perturbadores, pode começar a ter pesadelos. Se fez isso e executou, a experiência que é muito intensa, vai haver uma intranqüilidade muito grande. E se o ser morreu, é pior ainda. Ela vai se sentir perseguida. Por um longo tempo vai sofrer. Então temos essas quatro etapas kármicas que acompanham cada ação.

Nós temos uma multiplicidade de possibilidades tanto positivas quanto negativas. Tanto uma quanto outra são condicionadas, podem flutuar, estamos sempre pulando de um ponto para outro. Estamos presos nisso, é automático. Esses impulsos estão a nosso serviço, mas quando eles começam a andar por si, são karma. Temos vários mecanismos condicionados, o nosso cabelo cresce, as unhas crescem, sem que a gente faça alguma coisa. E por causa do karma surge a etapa seguinte, o quarto pensamento, que é o sofrimento. Sempre que operamos com referenciais duais, o sofrimento é inevitável. Aí surge o pensamento final que é: eu gostaria de me liberar disso, revelar minha natureza luminosa, usar de forma positiva as relações que estou vivendo, beneficiar os seres.

Em meio às confusões do mundo e tendências kármicas, toda vitória que podemos ter é como vitória no campo de futebol, frágil, impermanente. Agora mudamos, queremos descobrir a nossa natureza completa. Quando olhamos na vida, a nossa vontade de mudar é testada várias vezes, isso é prática espiritual. Aí nossa paisagem ao redor se transforma de samsara, lugar de sofrimento e enganos, em terra pura, que é onde praticamos, recebemos ensinamentos e nos sentimos protegidos pelos seres de sabedoria.

Os buddhas olham o que chamamos de samsara e vêem a perfeição que ali existe. Somos como formigas num palácio, não conseguimos reconhecê-lo com nossos olhos de formiga. Há, então, uma longa etapa de transformação dos nossos olhos, até que possamos reconhecê-lo. Em geral, não conseguimos perceber o valor do benefício real que estamos recebendo.

Paralelamente ao processo de transformação das tendências kármicas, o Buddha ensinou a prática ininterrupta das "quatro qualidades incomensuráveis", que são o método positivo de manifestação no cotidiano solucionando as confusões e conflitos.

A primeira é a compaixão, o desejo que os seres realizem sua natureza interna e se livrem de suas complicações. Essencialmente é o desejo que o outro supere suas dificuldades e possa melhorar. Atenção: compaixão é diferente de "pena". Quando temos pena, estamos validando a imagem que a pessoa faz de si mesmo, e justamente por isso ela está mal. Compaixão é reconhecer no outro a sua natureza estável, perfeita, de luz, sua condição verdadeira, quebrando o encanto dos jogos que estão produzindo as complicações. A segunda é o amor, o desejo que o outro seja feliz, completamente. Não exclui ex-maridos, ex-esposas, ex-sócios... Depois a alegria, a capacidade de se alegrar com as alegrias e vitórias dos outros, pequenas ou grandes. É um poderoso antídoto contra a inveja. Finalmente a equanimidade: perceber as flutuações das alegrias e tristezas da vida; num momento se tem uma grande alegria, em outro aquilo mesmo vira uma grande tristeza. Surge uma serenidade estável frente a essas flutuações e uma fé permanente, inabalável na natureza de todos os Buddhas, que é a sua própria natureza.

O Buddha ensinou também os meios de produzir felicidade nas relações humanas: casamento, namoro, filhos, trabalho, estudo. Em primeiro lugar, ao invés de pensar "o quê vou obter do outro", pensar "o que posso oferecer". Alegrar-se em oferecer! Se estamos na dependência do comportamento do outro para obter felicidade, eventualmente pode até funcionar, mas quando surgir a impermanência e o outro flutuar, entramos em crise. S.S. o 14º Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz, sempre brinca, "que tipo de amor é o de vocês, aquele que só existe se o outro sorrir?" Esse tipo de amor está baseado em quanto estamos recebendo e, por isso, é frágil.

Praticando assim, podemos usar a vida cotidiana como caminho espiritual, superando os conflitos internos e trazendo benefícios a todos os seres. Alegria!

(Padma Samten, Prática na Vida Cotidiana)

Lembre-se que, nos infernos inferiores, os seres queimam como o sol, e que nos infernos superiores, eles congelam. Lembre-se de como os fantasmas e espíritos sofrem com a fome, a sede e o ambiente. Lembre-se de como os animais sofrem as conseqüências de sua estupidez. Abandone as causas kármicas de tais misérias e cultive as causas da alegria. A vida humana é rara e preciosa; não faça dela uma causa para o sofrimento. Tome cuidado; use-a bem.

(Nagarjuna, citado em Path to Enlightenment)


[fonte: Dharmanet]

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A Roda de Sansara - Os Reinos (Parte 1)

Existem seis reinos onde nós podemos ter renascimento, um deles é o reino humano. Cada reino tem um âmbito de experiência específico, ainda assim podemos vivenciar em corpo humano — embora com muito menos intensidade — as experiências dos seis reinos. Por exemplo, o reino dos infernos é vivido por nós através da experiência de que todas as pessoas que nos cercam são ruins, o filho, o marido, o chefe... Para todo lado que olhamos as coisas são difíceis e só há sofrimento. Através da raiva e da aversão nos conectamos com esse reino. No reino dos seres famintos há uma experiência de carência incessante, eles têm sempre muito pouco diante do que sentem que necessitam. Nos conectamos a essa experiência através da avareza e aquisitividade. Assim como nos infernos, esses seres também não praticam. Os seres nos infernos dizem: "estou sofrendo, tudo é horrível, como eu vou praticar?" Os seres famintos dizem "eu preciso disso e disso, como posso praticar?". Depois há o reino dos animais, eles não praticam porque tão logo eles estejam com suas necessidades satisfeitas, de barriga cheia, dormem. Assim, também não ouvem o Dharma.

Entre os reinos superiores, há os deuses. Não é o reino do Divino, mas dos deuses. No reino humano isso corresponde àqueles que andam de carro importado, jatinho, não tem problemas de dinheiro, desfrutam de todas felicidades do mundo material. Os deuses tem corpos específicos sutis, se deslocam no espaço e produzem benefícios para os seres humanos em dificuldades. O problema é que são benefícios condicionados, e não do tipo que produz liberação. Esse reino é o que os seres humanos buscam em seus sonhos, é a sua perdição... Vivemos almejando chegar lá, trabalhando para isso, ou sonhando com isso. Nos conectamos com esse reino através do orgulho.

Já os semi-deuses têm poder, mas são competitivos e invejosos; passam o tempo todo combatendo. A conexão se dá através da inveja. Os deuses não praticam porque estão imersos em facilidades e felicidades, então, por quê praticar? Os semi-deuses, como estão sempre guerreando, também não têm tempo para praticar.

(Padma Samten, Prática na Vida Cotidiana)

Não é um processo que necessariamente precise ser monitorado. As ações se desenrolam do seu próprio modo, sem que ninguém controle o resultado. Não é como se alguém tivesse que contabilizar tudo para que cada qual fosse parar no reino certo, etc. As ações de cada ser determinam as experiências futuras desse ser. [...]

A idéia de que podemos vivenciar estes reinos de sofrimento que chamamos de infernos deixa muitas pessoas céticas ou enraivecidas. Elas não acreditam em inferno; pensam que este conceito não passa de uma tática que algumas religiões empregam para assustar e controlar as pessoas. Em certo sentido, é verdade que o inferno não existe. Se fizermos uso de toda a tecnologia do mundo para tentar chegar ao centro da Terra, nunca acharemos o inferno. No entanto, muitos seres estão sofrendo no reino dos infernos neste exato momento.

O inferno é o fluxo dos enganos e fantasias da mente, dos pensamentos e interações raivosos, e das palavras e ações nocivas que eles produzem. Se não forem controlados, não há como deixarmos de vivenciar o inferno. [...] Algumas pessoas experimentam o inferno mesmo enquanto contam com um corpo humano. Muitas delas ocupam nossos hospitais. [...] Poderíamos estar sentados no mesmo quarto que elas, e não enxergar nada do que sofrem. Ao mesmo tempo, podemos estar bem ao lado de um grande meditador que vivencia o céu, a terra pura, sem que nós mesmos enxerguemos isso. [...]

Embora grandes meditadores consigam vislumbrar outros reinos, nós não temos prova absoluta sequer de que o nosso mundo fenomênico humano exista além das nossas mentes individuais e coletivas. Ainda assim, da mesma forma que tomamos nossos sonhos como reais enquanto estamos dormindo, consideramos real o nosso reino humano. E os cinco outros reinos são tão reais para os seres que neles existem quanto a nossa experiência é para nós. O inferno parece tão real para um ser no inferno, o reino dos fantasmas famintos tão real para um fantasma faminto, quanto o reino humano para nós. Em última análise, o sofrimento provém não dos fenômenos desses reinos, mas do fato dos seres conferirem realidade a eles.

Assim, não é contraditório dizer que nossa experiência é real ou verdadeira, e ao mesmo tempo falsa. Nem é contraditório dizer o mesmo de qualquer outro reino. Se insistimos que o reino humano é real, então todos os demais reinos são reais, porque os seres que neles existem os experimentam como reais. [...]

Quando tomamos consciência do sofrimento e das limitações da existência cíclica, passamos a ter motivação para encontrar uma saída, da mesma forma que, quando nos damos conta de que estamos doentes, buscamos algum remédio. Ao compreender que a virtude e a não-virtude determinam se a nossa experiência será de felicidade ou tristeza, prazer ou dor, cabe-nos uma escolha: podemos mudar nossas ações e cultivar qualidades virtuosas, buscando a liberação para nós mesmos e para os outros seres, ou podemos continuar a criar não-virtude, perpetuando sofrimento sem fim.

(Chagdud Tulku Rinpoche, Portões da Prática Budista)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Roda de Sansara

OBS.: Como o tema é grande e é uma coisa a se tratar com calma, a divisão dos reinos dessa roda que será exlicado logo a seguir serão mencionandos detalhadamente em outras postagens. Acompanhem o blog para ter o total conhecimento sobre esse tema.

Clique aqui para ver em tamanho grande

A Roda de Sansara (sânsc. Bhavachakra), também conhecida com a Roda da Vida, Roda da Existência, Roda do Devir e do Vir-a-ser, foi criada pela extinta escola Sarvastivada, precursora do buddhismo Mahayana. Este diagrama geralmente é encontrado nas portas de entrada dos monastérios tibetanos. Suas ilustrações representam simbolicamente a os doze elos da existência interdependente, os seis reinos da existência cíclica e os três venenos da mente. Segundo a tradição, a Roda da Vida foi desenhada pela primeira vez na época do Buddha Shakyamuni. Depois de pedir um conselho ao Buddha, o diagrama teria sido desenhado por ordem do rei Bimbisara de Magadha. Ele o enviou ao rei Udayana em retribuição a um manto de jóias preciosas que tinha recebido de presente. O rei Udayana teria atingido uma profunda realização espiritual após estudar este diagrama.

A assustadora figura que segura a roda é Yama, o demônio da morte da mitologia indiana. Aqui, sua terrível presença simboliza a impermanência; nenhum ser vivo pode escapar de suas garras. Entretanto, o Buddha está flutuando no céu e apontando para a lua cheia; isto representa que este atingiu a liberação.

Na borda da roda, doze ilustrações representam os elos da existência condicionada:

  • Uma velha mulher cega, andando com uma bengala, representa a ignorância;
  • Um oleiro fazendo um pote representa a vontade;
  • Um macaco pulando de galho em galho representa a consciência;
  • Um barco com duas pessoas representa o nome e forma;
  • Uma casa com seis janelas representa o conjunto dos seis sentidos;
  • Um casal se abraçando representa o contato;
  • Um homem dramaticamente ferido por uma flecha no olho representa a sensação;
  • Um homem tomando bebida alcoólica representa o desejo;
  • Um homem ou um macaco agarrando uma fruta em uma árvore representa o apego;
  • Uma mulher grávida representa a existência;
  • Uma mulher dando à luz representa o nascimento;
  • Uma pessoa carregando um cadáver representa o envelhecimento e morte.

A parte principal da roda é dividida em seis partes, representando os seis reinos da existência cíclica (sânsc. samsara). Na parte de baixo, estão os três reinos inferiores:

  • seres dos infernos (sânsc. naraka, nairayika);

  • fantasmas famintos (ou espíritos carentes, sânsc. preta);

  • animais (sânsc. tiryak, tiryagyona).

Na parte de cima, estão os três reinos superiores:

  • deuses (sânsc. deva);

  • semideuses (ou antideuses, deuses invejosos, demônios covardes, titãs, sânsc. asura);

  • humanos (sânsc. manushya).

Em cada reino há um buddha: Yama Dharmaraja no reino dos infernos; Jvalamukha no reino dos fantasmas famintos; Simha no reino dos animais; Indra no reino dos deuses; Vemachitra no reino dos semideuses; e Shakyamuni no reino dos seres humanos.

Em alguns sistemas, o reino dos semideuses também é considerado um reino inferior, tornando-se um dos "quatro estados miseráveis" (infernos, fantasmas famintos, animais e semideuses). Em outros sistemas, contam-se apenas cinco reinos (infernos, fantasmas famintos, animais, humanos e deuses), sendo que os semideuses são divididos entre o reino dos fantasmas famintos e o dos deuses.

No centro da roda há três animais que representam os três venenos (sânsc. klesha) da mente, a origem dos seis reinos e dos doze elos: o desejo (apego) é representado por um galo; o ódio (aversão) é representado por uma serpente; e a ignorância (conhecimento errôneo), a fonte dos outros dois venenos, é representada por um porco ou javali. O galo e a serpente geralmente aparecem saindo da boca do corpo, indicando que o apego e a aversão surgem da ignorância. Ao transcendermos estes três venenos, podemos nos libertar do sofrimento dos seis reinos e extinguir os doze elos que nos prendem a ele.

Ao redor do círculo com estes três animais, há dois semicírculos que representam a virtude e a não-virtude. O semicírculo negro representa o karma negativo, que conduz aos reinos inferiores. O semicírculo branco representa o karma positivo, que conduz aos reinos superiores.

Observando a roda da vida, é possível contemplar os quatro pensamentos que transformam a mente: a preciosidade do nascimento humano, a impermanência, o karma e o sofrimento. Esta contemplação é muito eficaz para despertar a compaixão, o amor, a alegria e a equanimidade.

[Fonte: Dharmanet]

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

"O Oráculo Animal dos Druidas " de Philip Carr-Gomm | A tradição dos animais sagrados na espiritualidade druídica


A Zéfiro editou a versão portuguesa da obra "O Oráculo Animal dos Druidas", da autoria de Philip & Stephanie Carr-Gomm, responsáveis pelo maior grupo druídico a nível mundial, a Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas (OBOD).

Trata-se de um livro em capa dura, que explora a simbologia dos animais sagrados da tradição druídica, partindo de antigas fontes literárias da Grã-Bretanha. O livro é acompanhado por um conjunto de cartas a cores, ilustradas por Bill Worthington, ele próprio um membro da Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas.

Tendo as suas raízes longínquas na antiga sociedade celta e tendo praticamente desaparecido com a implantação do Cristianismo na Europa, o Druidismo ganhou um novo fôlego a partir do séc. XVIII e é hoje um caminho espiritual seguido por milhares de pessoas em todo o mundo, caracterizando-se sobretudo pela sua profunda ligação à Natureza e pelo respeito por todas as formas de vida.

2010 foi um ano histórico para o Druidismo, pois foi reconhecido como religião oficial pelo Reino Unido, gozando agora de um estatuto social de igualdade com outras correntes espiritualistas já estabelecidas.

A Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas (OBOD) está também a implantar-se em Portugal e tem já uma página na internet: www.obod.pt

Livro ilustrado por Bill Worthington

[Fonte: O Rio.pt]

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

ESP-PE JANEIRO 2011: LOVE MAGICK - O QUE HÁ POR TRÁS DAS MAGIAS DE AMOR?


O ESP-PE andou sumido por um tempo, mas agora está voltando com novidades apra o ano de 2011. Começando com a primeira palestra do ano que tem um tema que vive na boca de muitos, porém que poucos tem real noção do que são ou de como surgiram.

A Palestra vai abordar a história e os usos das Magias de Amor, desde o seu possível início, sua história através dos séculos, a banalização da mesma, sua utilização e o psicológico que ronda a mente das pessoas que optam por esse tipo de magia. O tema será apresentado pela administradora do ESP-PE, Júh Gouveia, e Rose Lima.

O encontro acontece no dia 30 de janeiro às 14h00 na Praça da República (em frente ao Teatro Santa Isabel), Recife.

Não esqueça de levar lanches e/ou bebidas. O Encontro também é uma forma de confraternização.

Para mais informações acesse o blog do ESP-PE.
Ou acompanhe tudo pelo Jornal O Bruxo Pernambuco.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sumo-sacerdote fala sobre celebrações da religião wicca

A Wicca ressurgiu no início da década de 50, após a revogação da última lei inglesa contra a prática da bruxaria, quando Gerald B. Gardner publicou seu livro “Witchcraft Today” (Bruxaria Hoje), trazendo à tona o termo “Wicca”, como sendo o nome da religião que resgata antigos cultos pagãos da Europa Ocidental, com elementos cerimoniais da Alta Magia.

A Wicca é uma religião mítica, neo-pagã, politeísta, de culto dualista, tendo uma orientação matrifocal.
Nós wiccanos acreditamos em antigos deuses pagãos, senhores dos elementos e da natureza, que nascem, morrem e renascem a cada “roda”, movimentando assim os ciclos sazonais. Nós os reverenciamos através dos festivais solares, chamados de Sabbaths, e os lunares, chamados de Esbaths. Para nós a natureza é sagrada, pois ela reflete a própria existência do divino. Nós wiccanos também acreditamos na imortalidade da alma; na existência de outros mundos espirituais; e na reencarnação. Assim, buscamos uma relação íntima com os deuses e sua manifestação em nossa vida através da vivência do sagrado.

A Wicca não possui um livro sagrado, pois a maioria de nossas tradições e ensinamentos remontam práticas muito antigas que eram transmitidas oralmente, e com o passar das eras muito desse conhecimento foi perdido.

Há dois princípios básicos dentro da Wicca: O provérbio conhecido como “Rede Wiccan”, que diz que as pessoas podem fazer o que quiserem, desde que não prejudiquem a ninguém; E a “Lei Tríplice”, uma lei espiritual de causa e efeito que adverte que tudo aquilo que fizermos retornará a nós, multiplicado por três. Ambos nos lembram que somos os únicos responsáveis por nossas ações e que devemos estar cientes de suas consequências.

A Wicca é uma religião iniciática e sacerdotal, que possui uma estrutura hierarquizada. Para se tornar um sacerdote, além de vocação, é necessário passar por um longo processo de estudos, onde são transmitidas as doutrinas wiccanas e diversos sistemas de magia, que culmina com os ritos de iniciação, onde o postulante é formalmente apresentado à egrégora e recebe a carga de poder da ancestralidade.

Dentro da Wicca há várias ramificações chamadas de “Tradições”, cada qual com suas particularidades, como: o panteão cultuado, nomenclaturas, mistérios e ritos próprios. As Tradições se subdividem em “Covens”, que são formados por grupos de bruxos que se reúnem para juntos celebrarem os ritos, sob a liderança de um sumo-sacerdote ou suma-sacerdotisa.

Todos sabem do período sombrio que nós bruxos passamos durante a inquisição, muitos de nossos irmãos e irmãs foram perseguidos e queimados neste que chamamos ”Tempo das Fogueiras”. E devido a esta lembrança ainda latente em nossas mentes, que resolvemos sair das sombras e fazer algo para evitar que a ignorância e o preconceito causem novas vítimas. A Wicca estimula o desenvolvimento pessoal e coletivo através da tolerância, do respeito à diversidade, da convivência pacífica entre todas as pessoas, e de uma relação harmônica com a natureza.

Comemorações Sagradas


O Mito dos Ciclos Sazonais
A fé wiccana, bem como suas cerimônias, rituais e dias religiosos, é baseada na compreensão de um mito que se reflete nos processos dinâmicos da natureza. Os movimentos do sol e da lua produzem fenômenos que influenciam o mundo. A partir do sol, a fonte primária e essencial de energia do mundo, temos os ciclos sazonais, que comumente chamamos de estações do ano, que determinam o ciclo de vida dos animais e das plantas. A lua exerce uma força gravitacional que regula a velocidade de rotação da Terra; é um escudo natural contra meteoros; o que a torna indispensável para o desenvolvimento e manutenção da vida no planeta. A partir dela temos as lunações, que influenciam diretamente os níveis das marés e os demais ciclos reprodutivos femininos, dentre outros. As conseqüências das mudanças que esses astros proporcionam criam condições para que a vida se desenvolva e siga seu curso natural.


Sabbaths: Os Festivais dos Ciclos Sazonais

Cada trecho do mito simboliza um momento específico dos ciclos sazonais e seus atributos, dando origem a oito festivais conhecidos como Sabbaths, que são comemorados em datas específicas, e marcam o processo de nascimento, plenitude, morte e renascimento do Deus, que se reflete na natureza.

Essas datas variam um pouco a cada ano, e nelas comemoramos quatro festivais chamados de Sabbaths Menores, mas por isso não menos importantes que são: Yule, Ostara, Litha e Mabon, e os outros quatro festivais, chamados de Sabbaths Maiores, têm suas datas fixas, e marcam a metade do tempo entre uma estação e outra, que são: Imbolc, Beltane, Lughnassadh e Samhain.

Em Yule, o solstício de inverno, marca o início de um novo ano, de um novo ciclo. A Deusa está plena em seu aspecto de Grande Mãe e dá à luz ao Deus, que representa o próprio sol, trazendo a esperança da luz. Este é o ápice da escuridão, a noite mais longa do ano, mas também é o seu declínio, a partir de agora, as noites vão começar a se encurtar.


Em Imbolc, a Deusa está amamentando o Deus já nascido, e este vai ficando pouco a pouco mais forte. A Terra começa seu lento despertar do inverno, podendo ser arada e semeada, e prenunciando a primavera.

Em Ostara, o equinócio de primavera, o Deus já está mais crescido, e a Deusa também está jovem, estando ambos cheios de energia e promessas, e é quando se encontram e se apaixonam. A natureza desabrocha e floresce, promovendo a fertilidade da terra. Agora os dias e as noites têm a mesma duração, e em seguida vão se tornando cada vez mais longos.

Em Beltane, o Deus viril e a Deusa plena em fertilidade, se unem em amor e celebram seu Casamento Sagrado, quando Ela é fecundada por Ele. Essa alegre união abençoa a fertilidade da natureza, garante boas colheitas, e prenuncia o verão.


Em Litha, o solstício de verão, a Deusa e o Deus são coroados Rei e Rainha do verão, e a natureza está em sua plenitude. Ela já está grávida, mas o espírito do Deus já permeia os grãos em desenvolvimento, as plantas que crescem viçosas, absorvendo a energia Dele e o enfraquecendo. Este é o ápice da luz, o dia mais longo do ano, mas também o seu declínio, pois os dias vão começar a se encurtar.

Em Lughnasadh, o Deus, já está velho e cansado, e por já ter fecundado a Deusa e dado força aos grãos, agora não é mais necessário, e se entrega à morte, sendo sacrificado para alimentar a humanidade, pois ele é a espiga que é ceifada e as sementes para um novo plantio. Esta é a data que marca o início das colheitas, e o prenúncio do outono.


Em Mabon, equinócio de outono, a Deusa continua amadurecendo em sua gestação e em sabedoria, enquanto que o Deus é apenas uma presença sutil, percebido na colheita das últimas espigas. São rendidas oferendas em ação de graças pelas boas colheitas. O Deus, que já rumara para o submundo, é coroado Senhor da Morte e do Inverno. Mais uma vez dia e noite tem a mesma duração e em seguida as noites vão se tornando cada vez mais longas.

Em Samhain, a Deusa entristecida desce ao submundo em busca do Deus, e por ser a detentora dos mistérios, começa a rejuvenescer o espírito Dele em seu caldeirão da transformação, preparando-o para seu renascimento vindouro. Nessa noite o véu que separa os mundos está mais tênue, possibilitando a comunicação com outros mundos, além de marcar o fim do ano velho. A terra está seca e estéril, esfriando cada vez mais, prenunciando o inverno.


E mais uma vez, em Yule, o ciclo se completa, quando o Deus renasce do útero da Grande Mãe, garantindo a continuidade da vida e trazendo novamente esperança ao mundo.

Escrito por Og Sperle
Sacerdote bruxo da religião Wicca
Sumo-sacerdote do Temenos Aetós Tesmophoros (Tradição Heládica)
Conselheiro da UWB (União Wicca do Brasil)
Representante Wiccano na CCIR (Comissão de Combate a Intolerância Religiosa)
Diretor da UCB (União Cigana do Brasil)

[Fonte: Extra - O Globo]

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

"Bruxaria" é considerada profissão legal na Romênia

A Romênia alterou suas leis trabalhistas para reconhecer oficialmente a bruxaria como profissão. A determinação, que passou a valer hoje, faz parte de um pacote de medidas para combater a evasão fiscal num país que enfrenta forte recessão. Além das bruxas, astrólogos, embalsamadores, camareiros e instrutores de direção são agora considerados profissionais, o que deve facilitar os trâmites para que essas pessoas paguem imposto de renda.

A medida, debatida durante meses, foi alvo de protesto das bruxas e da zombaria da mídia. Hoje, uma bruxa chamada Bratara disse ao Realitate.net, o site de uma das principais emissoras de televisão do país, que planeja fazer um feitiço com pimenta-do-reino e levedura para criar discórdia no governo. As informações são da Associated Press.

[Fonte: Estadão]

Não Haverá encontros do Círculo Feminino este mês

O Círculo Sagrado de Visões Femininas é uma experiência de resgate ao feminino, a parte interna da Deusa em cada mulher, o despertar dessa vibração que vem sendo reprimida por diversos tempos com o poder masculino em vigor. Todos os meses, este mês marcado apra hoje, 04 de janeiro, há simultâneamente em diversas cidades do país e em outros países como Portugal, Perú e Chile, essa conexão com a forma feminina.

Os Encontros aqui em Pernambuco são organizados por Terezinha Marques (Elora Gaya), porém este mês não haverá o mesmo, visto que a representante local citada não se encontra em Pernambuco. O Jornal O Bruxo Pernambuco tentará entrar em contato com a representante local e assim dizer o que vai acontecer nos próximos meses.

Segue abaixo o cartaz de divulgação do encontro com o site para entender melhor esses encontros.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Mensagem do Jornal O Bruxo Pernambuco - 2011


O Jornal O Bruxo Pernambuco vem desejar a todos os seus leitores um feliz 2011, que os caminhos se mostrem cheios de mistérios e aprendizados. Nesse ano que passou, o blog local alcançou altos índices de visitas, não só daqui do estado de Pernambuco.
Viemos agradecer a todos que fazem esse blog.

Para esse ano de 2011 o blog tem alguns projetos que vão começar a partir da semana que vem. Entrevistas, matérias especiais e outras novidades.

Para sugestões, dúvidas, críticas ou outros entre em contato com o moderador, Douglas Phoenix, através do e-mail douglas_max3@hotmail.com.

Para informações a cerca das matérias do blog, o Jornal O Bruxo Pernambuco também se encontra em algumas redes sociais como o Twitter, Facebook e Orkut.

Abraços a todos.

Douglas Phoenix

 
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