quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Magia Sexual no Antigo Egito

Diferentemente das fórmulas contemporâneas que usam o sexo em trabalhos de magia, os egípcios usavam a magia sexual para melhorar seu desempenho. Não haviam deuses e deusas exclusivos do sexo na mitologia egípcia. Set era conhecido por suas luxúrias e pela liberalidade que vigorava em suas práticas sexuais. Por ser Bissexual e regido por todo tipo de desejos sexuais, comuns e incomuns, ele é o deus mais apropriado para invocações nas magias sexuais egípcias. Essa forma de magia, permitia aos magos possuir e seduzir qualquer indivíduo que eles desejassem. 

As técnicas mágicas usadas nesses encantamentos não são consideradas magias propriamente; na verdade, tratam-se de poções do amor, estimulantes e óleos, que, ao serem aplicados nos órgãos sexuais, garantiam um ótimo desempenho. Se a receita funcionasse, o mago seria respeitado pela experiência mágica bem sucedida.

Apesar de incansáveis pesquisas, os únicos encantamentos eróticos encontrados foram feitos para que homens obtivessem favores de mulheres. Além disso, o uso de muitas dessas receitas é inadequado nos dias de hoje. Alguns ingredientes são estranhos e repulsivos, como excremento de crocodilo e bílis de bode Quando misturados a outros itens, eles produziam uma espécie de linimento que deveria ser passado no pênis, a fim de aumentar o prazer sexual do parceiro. 

Sendo muito provavelmente os primeiros na história a usarem ervas medicinais, alguns papiros apresentavam encantamentos se utilizando também de ervas para a prática de magia sexual. Nossa conversa termina por hoje. Abaixo lanço um exemplo de encantamento, para os leitores que querem "receitinhas básicas" e não apenas linhas e mais linhas acerca da Antiga Magia através do Sexo. No próximo artigo, espero revelar mais sobre a magia sexual egípcia em relação ao deus Set e a Kundalini. Até o próximo encontro!

Exemplo de encantamento:

Encantamento usado com Acácia* e Mel - destinado a fazer com que uma mulher se apaixone por um homem, retirado da coluna III do Papiro de Leyden.

Preparação da egrégora: Seiva de acácia e mel natural.

1. Triture as vagens da acácia com o mel e misture bem.
2. o homem deverá untar o pênis com a mistura, depois manter relações sexuais com o (a) parceiro (a).


*A acácia é uma árvore-arbusto espinhosa da família das leguminosas. Também conhecida como árvore alfarrobeira, e alguns tipos dessa planta são usados na fabricação de cola, tintura e goma arábica.









terça-feira, 24 de setembro de 2013

Neblina do Tempo: As mudanças nas religiões

A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença privada devido ao aspecto público, enquanto que a crença privada é de caráter individual.

As práticas religiosas podiam incluir comemoração das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança ou outros aspectos religiosos e culturais de determinada civilização.

Com o crescimento das cidades e o fortalecimento das civilizações o sistema religioso sofreu diversas mudanças, como o conceito de moral e a dualidade entre bem e mal, luz e escuridão.

O que antes era responsabilidade de um único homem ou mulher começa a ser compartilhado por ajudantes ou auxiliares do(s) sacerdote(s).

No início das civilizações o sacerdote tribal  ainda se mantém como líder religioso, mas com o passar do tempo e a multiplicação das cidades outros sacerdotes surgem nesse contexto. Entretanto, nem todos estarão preocupados em seguir os passos do "sacerdote principal", digamos assim. Essas pessoas vão se utilizar de maneira inapropriada dos conceitos e lições agora ligados à religião.

Como mencionei no post anterior, a proximidade que ocorre entre comércio e religião fez com que surjam "artigos religiosos" e falsos sacerdotes. O antigo sacerdote tribal começa a treinar jovens moças e rapazes para que possam ir até as cidades mais distantes, dando continuidade ao seu trabalho, mas isso não ocorre em todo lugar, na maior parte das vezes, há um único templo central para onde a população se dirige.  São atendidos alguma vezes pelo sacerdote principal, mas agora geralmente são seus aprendizes ou auxiliares que fazem o atendimento à população.

É o surgimento dos aprendizes que vai fortalecer o aparecimento dos charlatões. Estes se passarão por sacerdotes, dando falsos conselhos, vendendo remédios e ervas que fazem mais mal do que bem. Muitos desses "sacerdotes" vão se vestir e falar como os antigos sacerdotes tribais, xamãs e pajés, buscando, dessa forma, criar uma falsa imagem de que são mais legítimos do que àqueles que agora habitam o luxo e conforto dos templos.

Aprendizes que buscavam o lucro, ao invés do conhecimento, e falsos aprendizes/sacerdotes vão disputar espaço dentro ou próximo aos templos, criando assim uma concorrência em relação aos sacerdotes reais. Com esses "novos sacerdotes" surge uma tecnologia religiosa que reforça a sua "legitimidade" como representantes dos Deuses. Isso força alguns dos antigos e legítimos mestres a adotarem alguns desses artifícios, tais como: fogo, fumaça, efeitos ilusionistas e impressionistas, dentre outros.

Algumas civilizações, para legitimar a religião frente a sociedade, utilizam da "personificação" do seu Deus principal durante uma determinada época ou festividade, fortalecendo a crença das pessoas nessa religião. Esses fatos não vão ocorrer em todas as religiões, mas em boa parte delas. Escavações arqueológicas encontraram e vem encontrando vestígios dessas câmaras e artefatos utilizados em algumas cerimônias religiosas.

Em outros casos, fragmentos de relatos feitos por pessoas da época (geralmente visitantes) dão uma pista sobre algumas dessas civilizações e como funcionava a sua religião, já que infelizmente muitas dessas antigas civilizações foram destruídas sem que tenhamos muitas provas de como funcionavam.

Bem. Até a próxima viajantes da neblina.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Primeiro Dia do Orgulho Pagão é celebrado na Espanha

Paganos españoles celebran el primer Día del Paganismo en España
No último dia 21 de setembro, a Pagan Federation International (PFI) e o Templo da Deusa organizaram o primeiro Dia do Paganismo no L'Hospitalet de Llobregat, contando com a presença de figuras de diversas tradições pagãs da Espanha. A comemoração, conhecida internacionalmente como Dia do Orgulho Pagão (DOP), é celebrada em dezenas de países ao redor do mundo com  o nome "Pagan Pride Day". 

O objetivo da jornada é reconhecer a riqueza das antigas tradições que tem contribuído na manutenção da cultura atual e, ao mesmo tempo, festejar o fato de algumas dessas tradições terem sobrevivido ou se reconstituído ao longo dos anos. "A intenção é oferecer uma imagem realista de um conjunto de tradições que, só no Reino Unido, contava com mais de 80.000 praticantes em 2001", afirma Daniel Expósito, Coordenador Nacional da PFI Espanha.

Durante o transcorrer do dia, os convidados ofereceram informações a comunidade local sobre o Paganismo, Asatrú, o Movimento da Deusa, Reconstrucionismo Romano e Wicca Correlliana, entre outras. O evento finalizou com um rito aberto de celebração do equinócio de outono, organizado pelo Templo da Deusa.

Fonte: deNotícias
Tradução: Douglas Phoenix

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Romuva: O Paganismo Báltico

Muitas tradições pagãs tem ganhado força nos últimos anos, se espalhando por todos os continentes e especialmente em nações indo-europeias e latinas, onde a influência de certas tradições pagãs foi transmitida com mais força. Romuva é o termo usado para designar a religião neopagã dos povos bálticos.


Definição de Romuva
Esse termo refere-se ao paganismo lituano. Seguidores da religião lituana nativa escolheram o nome "Romuva" para denominar a tradição, em 1920. O termo foi escolhido em homenagem ao santuário Báltico prussiano chamado Romuva, localizado na terra de Nadruvia (perto Chernahovsk região de Kaliningrado). O termo Romuva significa "templo, santuário, espaço interno, área sagrada". Os seguidores são chamados romuviai ou romuvitas. Também podem ser chamados de Sentikiai, que significa "Velhos Crentes". 

Essa religiosidade pagã é originalmente inspirada nos cultos politeístas dos povos bálticos. O termo báltico se refere as nações que habitavam as margens do mar báltico, como a Suécia, a Finlândia, a Polônia, e os países que compõem ex-repúblicas soviéticas (Lituânia, Letônia e Estônia). Os povos dessa zona fazem parte do grupo étnico indo europeu, semelhantes aos povos eslavos e nórdicos. 

Divindades

Laima e Žemyna são as duas maiores Deusas cultuadas pelos seguidores da Romuva. Elas foram cultuadas desde muito tempo nessas áreas pelos antepassados dos povos bálticos atuais. Laima é a amada Mãe Divina , que protege a vida humana . É invocada para conceder sorte (seu nome está ligado ao significado de sorte). 
Žemyna é a querida Mãe Terra , que protege a vida de animais e plantas. É tanto o útero como também o túmulo. Os lituanos costumam rezar a Žemyna ao se levantar de manhã e ao ir para a cama à noite.

Dievas, Perkunas e Velnias

O Templo Romuva Prussiano estabeleceu Dievas, Perkunas e Velnias como os três principais Deuses. Dievas é o Deus do Céu , que vive no topo da Montanha Celestial. é ele quem tem a função de proteger e orientar o trabalho agrícola, sendo invocado para ajudar os necessitados. 

Perkunas é o Deus do Clima e da Montanha que eleva a justiça . Velnias é Deus promíscuo e truculento, considerado o Deus de Morte. O cristianismo deturpou e usou o nome "Velnias" para designar o Satanás. 

A religião báltica da Lituânia possui muitas outras divindades. Por conta da influência da dominação monoteísta, desde a Idade Média muitos pagãos assimilaram a ideia de uma unidade divina, um só Deus que se manifesta sob diversas faces, diversos Deuses e Deusas. Com esse pensamento, muitos acreditam em várias personificações da divindade e escolhem aquelas que mais lhe agradam. Essa influência monoteísta ocorre tanto na Lituânia como na Letónia. 

Celebrações 

* Krikštas: É a mais importante celebração da Lituânia. Uma celebração da vida. É realizado com bebês recém-nascidos. O bebê recebe um banho sagrado onde são feitos pedidos para que ele tenha uma vida saudável e boa sorte. 

* Vestuvės: É festa de casamento e dura três dias. Através de uma série de belos rituais antigos, uma menina e um menino se tornam adultos. Eles deixam suas famílias e formam uma nova família. Os participantes costumam evocar os Deuses e fazem pedidos de prosperidade, saúde e fortuna para o casal.

* Šermenys e Laidotuvės: São as cerimônias fúnebres onde são feitas libações longe do local de residência do falecido, onde se coloca a frase: "Onde você vai, nós vamos"

* Kalėdos: É um dos grandes festivais agrícolas. Marcado pelo Solstício de Inverno e celebrado em 25 de Dezembro. As pessoas visitam os vizinhos e amigos, compartilham alimentos, queiman a "árvore de Yule" e fazem previsões para o ano novo. É bastante semelhante com a celebração de Yule dos neopagãos wiccanos.

* Pusiaužiemis: Marca o meio do inverno, em primeiro de Março.

* Užgavėnės: Simboliza o fim do inverno. As pessoas se vestem com disfarces sobrenaturais e entram nos campos para afastar o inverno com ruídos, danças, truques e alimentos. 

* Velykos: É a comemoração do Solstício de Primavera, quando se festeja a nova vida através da troca de ovos decorados com símbolos mitológicos entre os participantes.

* Jore e Samboriai: . É celebrada a colheita dos primeiros frutos e grãos.

* Rasa ou Kupolinė: É a celebração do Solstício de Verão. As pessoas caminham através dos campos e recolhem ervas para serem abençoada nesta noite. Os jovens se mantem acordados durante toda a noite, fazendo vigília. Durante a manhã, o orvalho é recolhido e utilizado para fins medicinais.

* Rugių Svente e Dagotuvës: Rugių Svente é a festa que marca o início do Verão e o fim das colheitas. Dagotuvës é a festa que marca a semeadura de inverno. Ambas as festas agradecem pelas bênçãos e pela proteção dos Deuses.

* Vélines: Uma celebração da morte que é realizada no mês de outubro, culminando em 01 de novembro (semelhante ao Samhain). Uma data em que os mortos são lembrados convidados para jantar com os vivos. Os "refrigerantes" oferecidos aos mortos são móbiles pendurados nas mesas de jantar.

* Kūčios: É o Solstício de Inverno, o ponto culminante do ano. Como preparação para essa festa, todos que por ventura estejam "brigados" com alguém devem reconciliar-se. As famílias se reúnem para celebrar a união entre vivos e mortos. Ritos de adivinhação são realizadas no ano novo. Todos são abençoados com pedidos de sorte, prosperidade, saúde e sabedoria. 

As celebrações lituanas são uma tradição ininterrupta desde os tempos mais antigos. Sobreviveram mesmo com as perseguições do Cristianismo e do bolchevismo soviético, que tentaram erradicar a todo custo essas manifestações. Como aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, muitas vezes as festividades assumiram"rótulos cristãos" em tempos de perseguição.


Rituais

O rito do fogo é, desde que a história registrada, um dos rituais mais centrais da religiosidade báltica e lituana. O ponto focal de cada templo báltico é o Aukuras, o Altar de Fogo. O rito é realizado para comemorar ocasiões especiais e é um componente essencial em muitas comemorações. 


O Aukuras é erguido em um lugar sagrado, geralmente em área aberta em meio a natureza. Os participantes lavam as mãos e rostos para a ocasião. Um grupo de pessoas coordena e auxilia os fieis na hora de cantar os Dainas, antigos hinos espirituais recitados enquanto o fogo é aceso. 

Os sacerdotes entregam flores, comida e bebida para o fogo, continuando a cantar os Dainas. Os participantes geralmente são convidados a adicionar suas ofertas e também suas próprias contribuições verbais ou silenciosas. 

O simbolismo deste rito é relacionado com a crença de que as oferendas e preces são entregues aos Deuses através do fogo, subindo aos reinos divinos em forma de fumaça e faíscas. Em casa, também são realizados ritos domésticos diariamente, com libações semelhantes

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Crime e preconceito: mães e filhos de santo são expulsos de favelas por traficantes evangélicos

Traficantes evangélicos proíbem candomblé em favelas do Rio de JaneiroA roupa branca no varal era o único indício da religião da filha de santo, que, até 2010, morava no Morro do Amor, no Complexo do Lins. Iniciada no candomblé em 2005, ela logo soube que deveria esconder sua fé: os traficantes da favela, frequentadores de igrejas evangélicas, não toleravam a “macumba”. Terreiros, roupas brancas e adereços que denunciassem a crença já haviam sido proibidos, há pelo menos cinco anos, em todo o morro. Por isso, ela saía da favela rumo a seu terreiro, na Zona Oeste, sempre com roupas comuns. O vestido branco ia na bolsa. Um dia, por descuido, deixou a “roupa de santo” no varal. Na semana seguinte, saía da favela, expulsa pelos bandidos, para não mais voltar.

— Não dava mais para suportar as ameaças. Lá, ser do candomblé é proibido. Não existem mais terreiros e quem pratica a religião, o faz de modo clandestino — conta a filha de santo, que se mudou para a Zona Oeste.

A situação da mulher não é um ponto fora da curva: já há registros na Associação de Proteção dos Amigos e Adeptos do Culto Afro Brasileiro e Espírita de pelo menos 40 pais e mães de santo expulsos de favelas da Zona Norte pelo tráfico. Em alguns locais, como no Lins e na Serrinha, em Madureira, além do fechamento dos terreiros também foi determinada a proibição do uso de colares afro e roupas brancas. De acordo com quatro pais de santo ouvidos pelo EXTRA, que passaram pela situação, o motivo das expulsões é o mesmo: a conversão dos chefes do tráfico a denominações evangélicas.

Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefe do tráfico no Morro do Dendê, ostenta, no antebraço direito, a tatuagem com o nome de Jesus Cristo. Pela casa, Bíblias por todos os lados. Já em seus domínios, reina o preconceito: enquanto os muros da favela foram preenchidos por dizeres bíblicos, os dez terreiros que funcionavam no local deixaram de existir.
Guarabu passou a frequentar a Assembleia de Deus Ministério Monte Sinai em 2006 e se converteu. A partir daí, quem andasse de branco pela favela era “convidado a sair”. Os pais de santo que ainda vivem no local não praticam mais a religião.
A situação se repete na Serrinha, ocupada pela mesma facção. No último dia 22, bandidos passaram a madrugada cobrindo imagens de santos nos muros da favela. Sobre a tinta fresca, agora lê-se: “Só Jesus salva”.
O babalaô Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), criada justamente após casos de intolerância contra religiões afro-brasileiras em 2006, afirma que os casos serão discutido pelo grupo, que vai pressionar o governo e o Ministério Público para que a segurança do locais seja garantida e os responsáveis pelo ato sejam punidos. “Essas pessoas são criminosas e devem ser punidas. Cercear a fé é crime”, diz o pai de santo.


Desde novembro de 2008, a Polícia Civil considera como crimes inafiançáveis invasões a templos e agressões a religiosos de qualquer credo a Lei Caó. A partir de então, passou a vigorar no sistema das delegacias do estado a Lei 7.716/89, que determina que crimes de intolerância religiosa passem a ser respondidos em Varas Criminais e não mais nos Juizados Especiais. Atualmente, o crime não prescreve e a pena vai de um a três anos de detenção.


Segundo o presidente do Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), Roberto dos Santos, denúncias já foram encaminhadas ao Cedine. “Mas a intolerância armada só pode ser vencida com a chegada do Estado a esses locais, com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs)”, disse.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pagãos celebram dia de Hybla em Teresina

No Parque da Cidade, em Teresina (PI), colonos e apoiadores da Vila Pagã se reuniram para celebrar o Dia de Hybla, uma Deusa da fartura e dos alimentos. O encontro ocorreu no domingo, 08 de Setembro. Por volta dessa data era tradição celebrar o dia de Hybla, divindade da Terra, das flores e do mel. 


Em Teresina o grupo Brumas Samurb em parceria com a administração do Projeto Vila Pagã comemorou a ocasião com debates e ritual. Também esteve presente no evento a representante do grupo Amapá Pagão, Samara de Oliveira, que conduziu o ritual. Essa data era comemorada na Sicília, região da Itália, onde Hybla era honrada como uma Deusa da Terra. 
Na literatura e poesia clássicas, o nome de Hybla aparece como um adjetivo relativo a mel. O mel, por si só, já é um símbolo de fartura gerada pela Mãe Natureza, resultado do trabalho coletivo das abelhas. Além disso, Hybla era o nome de um monte da Sicília, famoso no Mundo Antigo pelo perfume de suas flores e a excelência de seu mel. 


 O mês de setembro é marcado pelo florescimento de muitas espécies, incluindo o Ipê em suas diversas cores. Esse florescimento pode ser encarado como um sinal de vida, fertilidade e instinto de continuidade da própria natureza. Hybla é uma Deusa que rege escolhas e também têm nas flores importantes símbolos. 
O florescer da natureza é nada mais que uma escolha, uma alternativa estratégica para a reprodução e continuidade das espécies. 


 No mês quente de setembro, quando o solo fica seco e as árvores perdem as folhas, o Ipê opta por florir, garantindo não apenas um espetáculo de cores, mas também a sua reprodução e perpetuação. Trazendo esse simbolismo para a vida, nos vemos diversas vezes em situações em que o ambiente se encontra desfavorável, feio e até desesperador, mas o desespero nunca é saída. 


Aprender com o florescimento dos Ipês é aprender a extrair a beleza dos terrenos mais inférteis, das situações mais difíceis, para que a nossa continuidade seja garantida, afinal, a vida segue. Na mitologia da antiguidade, as montanhas também eram consideradas lugares sagrados. Existia a conotação do divino que se desprendia do corpo material da montanha e cada montanha era morada de uma divindade específica. E no monte Hybla, adorava-se a deusa de mesmo nome. 


 A melhor forma para honrar Hybla em pleno o século XXI é aprender a reconhecê-la na realidade local, extraindo sua mensagem e também buscando conhecer os arquétipos regionais que se assemelham à Ela, vibrando de forma semelhante.







Representação vilapaganense de Hybla

6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa invade as ruas do Rio de Janeiro

A 6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa acontece neste domingo (8) na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio. (Foto: Gabriel Barreira/G1)Milhares de pessoas se reuniram ontem (8) na Praia de Copacabana para a 6ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, promovida pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio.

O objetivo do evento é chamar a atenção da sociedade para a necessidade do respeito, dos direitos de todos e, do amor ao próximo, princípio pregado por qualquer religião. Os participantes também pretendem denunciar ameaças a grupos religiosos e a espaços dedicados a cultos de origem africana no Rio.
Além disso, a comissão reivindica a implementação da lei 10.639/03, que  institui os ensinos das histórias da África e da cultura afro-brasileira nas escolas do país, e a formulação do plano nacional de combate à intolerância religiosa.
"A caminhada é importante porque mostra o conjunto de todas as religiões. A gente tem que defender o Estado Democrático de Direito, e levar em conta que, além de religiosos, somos todos cidadãos. A democracia no Brasil tem que se consolidar e compreender que a religião não tem que se impor ao Estado Laico. Ela pode sugerir, mas respeitar o espaço de todos. Essa é uma riqueza da sociedade brasileira em que temos que insistir", disse o babalaô Ivanir Santos, presidente da comissão.

Ivanir destacou que a caminhada cresceu em número de religiões representadas, e comemorou a adesão maior dos evangélicos ao movimento. Apesar disso, ele lamentou a ausência de líderes protestantes. "O desafio é avançar e convencer os segmentos evangélicos de que temos que estar todos juntos".

Abraçado ao umbandista Adalmir Palácio, o monge budista Jyunsho Yoshikawa resumiu: "Toda crença religiosa prega por uma sociedade melhor". Sacerdote, ele trouxe cerca de 300 alunos de São Paulo e Paraná para participar do evento no Rio. "A semente está plantada. Trouxe eles aqui para sentirem esta realidade e levá-la às suas cidades", explicou.

Sacerdote e presidente da União Wicca do Brasil, Og Sperle, destacou que mesmo nos debates pela liberdade religiosa é preciso dar espaço a grupos menos numerosos, como o seu. "O problema é que as minorias não são vistas pelas religiões majoritárias. Não somos convidados a participar dessa construção da liberdade. Existe uma dúzia de religiões que se juntam para ditar as regras".
A interação entre as mais diversas religiões abriu espaço também para quem não possui uma crença divina. O ateu Sergio Viula compareceu para comemorar o evento e deixou claro que é contra qualquer tipo de fundamentalismo. Inclusive no ateísmo. "Eu estou aqui porque apoio a liberdade religiosa. Nós não precisamos de um estado teocrático, nem ateu. Precisamos de um estado laico", concluiu Sergio.
Fontes: G1 e EBC

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Igreja Anglicana cria "igreja pagã" para atrair novos membros

The Church of England is trying to recruit pagans and spiritual believers as part of a drive to retain congregation numbers. Quando a cristianização da Inglaterra anglo-saxã começou, por volta do ano 600, predominava nas ilhas diferentes formas de paganismo (adoração dos espíritos da natureza), incluindo o ensinamento dos druidas (feiticeiros da cultura celta). Os primeiros cristãos ensinavam que isso não passava de “cerimônias satânicas” e deveriam ser abandonadas.
Embora nunca totalmente extinguido da cultura inglesa, as práticas pagãs agora parecem ter reencontrado seu caminho justamente no seio da igreja cristã. A Igreja da Inglaterra, também conhecida como Anglicana ou Episcopal, está tentando reunir no mesmo culto, cristãos, pagãos e todas as pessoas que tenham interesse nas coisas espirituais. Esse seria um novo esforço para estancar a constante perda de membros de suas congregações.
A liderança da denominação está fazendo treinamento para ensinar os pastores e bispos a “criar uma igreja pagã onde o cristianismo está no centro”, segundo o jornal The Telegraph. Embora não explique como isso seria feito, o objetivo seria tentar criar novas formas de cultuar a Deus, “mais adequadas para as pessoas de crenças alternativas”.
O reverendo Steve Hollinghurst, teólogo e pesquisador de novos movimentos religiosos, disse que a intenção é “formular uma exploração da fé cristã, que estaria de acordo com a cultura local”. Para ele, a questão é simples: a Grã-Bretanha não é mais um país cristão, mas a espiritualidade é parte da vida de muitas pessoas.
“Minha jornada espiritual começou na adolescência, quando explorei todos os tipos de religiões e espiritualidades alternativas antes de escolher o Cristianismo como o meu caminho. Se Deus fez-se homem em Jesus não somente para se relacionar com seres humanos, mas também para transformar a criação, então o cristianismo deve ser relevante para todas as pessoas”, acrescenta. ”Mas como essa conexão pode ser feita quando, para muitos, ele [cristianismo] é visto como uma religião antiga e ultrapassada? Só posso dizer que gosto de um bom desafio!”
A Church Mission Society, órgão da denominação que cuida do treinamento de ministros explica que deseja “abrir novos caminhos”, e com isso espera ver todas as pessoas com interesse nas questões spirituais “alinhar-se com o cristianismo”. Andrea Campenale, um dos responsáveis pelo programa, justifica: “Hoje em dia as pessoas querem sentir alguma coisa, desejam ter alguma nova experiência… Vivemos em uma Inglaterra onde há um foco muito individualista. Acho que com isso poderemos iniciar outro diálogo com a sociedade”.
O famoso monumento de Stonehenge, cuja origem antecede a Cristo, reúne regularmente pagãos e druidas para cerimônias de culto à natureza e aos astros. Mais de 20.000 pessoas se reuniram no local este ano para celebrar o solstício, a chegada do verão no hemisfério norte. Isso mostra a força do movimento em uma sociedade considerada pós-cristã.
O Reino Unido é a nação europeia onde o islamismo tem uma das maiores taxas de crescimento e o movimento neoateista de Richard Dawkins está cada vez mais popular. Uma recente pesquisa do Instituto YouGov aponta que apenas 25% das pessoas da Geração Y (com menos de 35 anos) dizem crer em Deus, enquanto 38% declaram não crer. Apenas 10% delas participa de um culto religioso pelo menos uma vez por mês. Além disso, 41% dos entrevistados acreditam que a religião causava mais mal do que bem ao mundo. Apenas 13% deles é filiado à Igreja da Inglaterra. Com informações de WND e Telegraph.
Fonte: Gospel PrimeFontes consultadas: Telegraph e WND

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Hostgator Discount Code