Gildéptis é uma Deusa indígena dos povos Tlingit e Haida da América do Norte. Ela é considerada a Mãe da floresta. Seu nome significa "dama do cabelo comprido". Os índios percebiam a Deusa no musgo da floresta, que protegia e recobria. Talvez daí venha seu nome. Imagino-a como uma mulher toda verde, com cabelos de folhas que caem sobre a floresta docemente, como a figura ao lado.
Conta a lenda que Gildéptis é a Deusa da síntese, pois, certa vez, para proteger seu povo, ela convenceu todas as forças naturais a se unirem para deter o redemoinho Kaegyihl Depgeedk que ameaçava o seu povo. Ela fez uma festa para as forças naturais. Com o seu poder, ela uniu todos os outros poderes e transformou o redemoinho em um calmo rio.
Bom, o poder de Gildéptis é unir os opostos, as partes contraditórias de todos os nossos poderes, sentimentos, em suma, de nossas vidas. É complicado e delicado unir os pares de opostos, mas não é impossível. Ao meditar com a Deusa, aprendemos que nosso poder é melhor utilizado quando conseguimos escutar todos os lados, quando conseguimos passear por todas as posições possíveis em uma situação e aproveitar o que há de melhor. Buscar, compreender e sintetizar.
Escute-a. Calmamente ela chama...
Entre na floresta
Perceba os sons
Sinta a terra em seus pés
Para e ouça
Toda a vida
Que existe na floresta
Perceba as diferenças
As vezes são sutis
As vezes são gritantes
Consegue ouvir?
O silêncio
E os sons dos animais?
Consegue sentir
O quente e o frio?
Faz parte da vida
Ser diferente
Ser e não ser
Pare e ouça
O seu ser
Amor e ódio
Alegria e tristeza
Todos convivem dentro de você
Integre-os
Isso não irá fazer de você
Pior ou melhor
Mas apenas, mais você
Sintetize. Una. E descubra novas formas de viver.
Beijocas estaladas no coração de todos.
Bibliografia consultada:
MARASHINSKY, A. S.; O oráculo da Deusa: um novo método de adivinhação. São Paulo: Pensamento, 2007, 200p.
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