terça-feira, 31 de maio de 2011

Críticas de uma das fundadoras da IBWB causam revolta no meio neopagão

Denise de Santi
Sobre as recentes críticas feitas por uma das fundadoras da IBWB, Denise de Santi, ao programa "Sagrado", a comunidade neopagã mais uma vez se revoltou. A tão polêmica Igreja de Bruxaria e Wicca do Brasil, mais uma vez conseguiu causar um grande rebuliço não apenas no meio neopagão.

Dentre as diversas críticas, a maioria afirma que isso foi apenas uma maneira de divulgar o nome da Igreja através de mídias não restritas ao público neopagão. Também dizem que Denise não poderia se manifestar tomando o nome da comunidade wicca no Brasil, já que a IBWB não possui autoridade nenhuma para isso.

"Só pode ser piada. E piada de mau gosto. E desde quando a Igreja da bruxaria é representante de alguma coisa? E desde quando alguém terá autoridade para falar em nome da bruxaria em um programa da Globo?
O que declaradamente esse pessoal quer é aparecer", disse Laurus Paganus em uma comunidade do Orkut intitulada 'Paganismo e Bruxaria' .

Alguns praticantes ainda estipulam que isso só serviu para tratar a comunidade neopagã como piada, diante do cenário religioso nacional, visto que diversos sites, tanto religiosos como de fofocas trataram o nome 'Igreja de Bruxaria' e até mesmo a Wicca como alvo de ridicularização. Alguns acham a proposta viável, onde o neopaganismo ou mesmo a Wicca deveria ter um espaço no programa, mas não concordam que a IBWB deveria ter se manifestado contra tal, levando seu nome como "uma dita representante da Bruxaria e Wicca no Brasil".

"Acho a proposta válida, mas se ela quissesse fazer a crítica que fizesse por si própria, não levando o nome da IBWB junto. Além de que o texto da crítica dela nem foi divulgado e nenhum dos outros fundadores falaram nada, o que me faz acreditar ainda mais que isso foi apenas um marketing barato", disse Natália Lima em um e-mail enviado a nossa equipe.


A equipe do Jornal O Bruxo Pernambuco tentou entrar em contato com Denise, tanto pelo e-mail fornecido pela organização geral da IBWB quanto por redes sociais pessoais da fundadora, para que a mesma se colocasse diante de tais críticas, porém nenhuma resposta foi obtida.

Texto de Douglas Phoenix

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Palestra sobre O Poder das Pedras ocorre dia 03 de junho na UFPE

Na próxima semana acontece a Feira de Minerais na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com direito a palestras, exposições, entre outros. Dentre estas palestras, D. Joana Coutinho abordará o tema: "O Poder das Pedras para a Transição Terráquea", onde ela traz a importância das pedras, desde seus ditos poderes místicos e influências na transição planetária e no desenvolvimento do homem.

A palestra ocorrerá na próxima sexta-feira, 03 de junho, às 14h no hall do Centro de Convenções da UFPE. A palestra é totalmente gratuita e aberta aos mais diversos públicos. Essa é uma ótima oportunidade de conhecer mais sobre cristais e também adquirir alguns.

Venha e participe dessa interação.

domingo, 29 de maio de 2011

Curso Arte de Viver

sábado, 28 de maio de 2011

II Simpósio Brasileiro de Hermetismo e Ciências Ocultas

O II Simpósio Brasileiro de Hermetismo e Ciências Ocultas, que será realizado nos dias 23, 24 e 25 de junho de 2011 em São Paulo, tem por objetivo trazer estudos mais aprofundados à Ciência Hermética. Com apoio da Associação Educacional Sirius-Gaia e do Projeto Mayhem, o evento tem como tema geral a discussão sobre as práticas ocultistas. A Programação deste ano será composta de Palestras e Workshops com alguns dos mais importantes estudiosos de Hermetismo, Ordens Iniciáticas e Magia no Brasil.

PROGRAMAÇÃO

23/jun/2011
08:30 – 08:50 – Abertura Oficial
08:50 – 10:50 – Astrologia Hermética – Marcelo Del Debbio
11:00 – 12:45 – Umbanda, Xamanismo e Magia – Alexandre Cumino
12:45 – 14:00 – Almoço
14:00 – 16:00 – O Tarot de Crowley e a Magia Sexual Thelemica – Frater Goya
16:00 – 16:30 – Coffe Break
16:30 – 18:00 – Magia no Islamismo – Mário Alves da Silva Filho
18:00 – 20:00 – Xamanismo: O Arquétipo do Animal de Poder – Fernando Maiorino
20:00 – Jantar de Confraternização

24/jun/2011
09:00-11:00 – Arquitetura Sagrada: Simbologia, Geometria e o Ser – Márcio Lupion
11:10 – 12:40 – I Ching, do Xamanismo ao Computador – Gilberto Antônio Silva
12:40 – 13:50 – Almoço
13:50 – 15:50 – Magia Egípcia: O Novo Equinócio dos Deuses – Frater Goya
15:50 – 16:10 – Coffe Break
16:10 – 18:10 – Escolas iniciáticas da Kabbalah: Judaica, Cristã, Hermética, Maçônica e Mágica – Edmundo Pellizzari
18:15 – 20:15 – Mesa Redonda – O lado místico das religiões: Sufismo, Hinduismo, Cristianismo e Judaísmo

25/jun/2011
09:00 – 11:00 – A Felicidade segundo a ótica da Magia Cerimonial – André Calladan
11:10 – 12:45 – Magia do Budismo Esotérico – Renan Romão
12:45 – 14:00 – Almoço
14:00 – 14:55 – Visão da Teosofia sobre os 7 raios – Carlos B. Conte
15:00 – 16:00 – As 7 raças humanas – Carlos B. Conte
16:00 – 16:30 – Coffe Break
16:30 – 18:00 – LHP – O Caminho da Mão Esquerda – Adriano Camargo
18:00 – 19:30 – Projeção Astral – Lázaro Freire

PALESTRANTES

  • Adriano Camargo – Autor do “Sistemagia” e “Cabala Draconiana”, membro da Dragon Rouge e um dos pouquíssimos caras sérios em LHP no Brasil.
  • Alexandre Cumino – autor de “A História da Umbanda” e editor do “Jornal da Umbanda Sagrada”. Um dos sacerdotes mais respeitados no Brasil.
  • Carlos Basílio Conte – Membro da Sociedade Teosófica e Secretário de Cultura da Maçonaria, autor dos livros: “Magia Cerimonial” e “Pitagoras- Ciencia e Magia na Antiga Grecia”.
  • Edmundo Pellizzari – Prof. Edmundo Pellizzari é teologo (BD, BTh, OCR) com formação em estudos biblicos e judaicos. Durante trinta anos estudou a Mistica Judaica (Kabalah) em institutos internacionais e com mestres tradicionais. E membro da Order of Corporate Reunion, da Order of Christian Renewal e da Apostolic Church of the Divine Mysteries.
  • Fernando Maiorino – Fundador e Presidente da Associação Educacional Sírius-Gaia (AESG). Orientador Espiritual em Umbanda Natural, vertente filosófica trazida por seus Guias Espirituais há uma década.
  •  Frater Goya – Mais conhecido nos meios internéticos, é o fundador do Círculo Iniciático de Hermes (CIH).
  • Gilberto Antônio Silva – Estudioso de filosofias e culturas orientais desde 1977, pesquisou e analisou com profundidade a cultura e o modo de pensar oriental, especialmente o Taoísmo. É atual Coordenador Editorial da revista Medicina Chinesa Brasil e Editor-responsável do jornal Saúde & Longevidade.
  • Marcelo Del Debbio – Arquiteto com especializações em Semiótica, História da Arte e História das Religiões Comparadas. Autor da Enciclopédia de Mitologia e coordena o blog “Teoria da Conspiração” e o Projeto Mayhem. É autor da Wikipedia de Ocultismo, com cerca de 5.000 verbetes.
  • Márcio Lupion – Discipulo da Maha Yoga Chegada ao Ramana Ashram do Brasil Swami Sri Maha Krishna – Aprende as 4 yogas, Bakti, Raja, Jnana e Karma Yoga. Iniciado no budismo tibetano com Chagdud Tulku Rinpoche, Templo Odsal Ling, São Paulo, SP.
  • Mário Alves da Silva Filho – Pratica e estuda o Sufismo ha mais de 15 anos, tendo sido membro das seguintes Ordens Sufis (Turuq): Attasiyya (foi o representante – Muqadam – para o Brasil), Khalwatiyya al-Jerahiyya e Ahmadiyya at-Tijaniyya (é membro desta atualmente). Viajou pela Turquia, Irã, Iraque e Arábia Saudita entrando em contato com diversos Shaykhs da Tradição do Tasawwuf (Sufismo), aprendendo com eles. Dirige o Centro de Estudos Filosóficos e Espirituais Caminho do Oriente (CEFECO). É membro do Grupo de Pesquisas CERAL- Centro de Estudo de Religiões Alternativas de Origem Oriental, Setor de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP.
  • Renan Romão – Graduando em Psicologia e Letras (FFLCH-USP), estuda Magia e Misticismo atraves de diversas tradicoes ocidentais e orientais sob a luz do Iluminismo Cientifico. Maçom, membro da ARLS “Estrela do Brasil” n°4321 GOB/GOSP, representante do CALEN/SP e membro-fundador da Confraria de Estudos Antigos.

Informações e inscrições: http://www.simposiohermetismo.com.br/

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Oficina de Tambor Xamânico em Recife


O Tambor é um dos instrumentos mais importantes no xamanismo e seu som é a base de todo o trabalho xamânico. É o veículo pelo qual o xamã faz suas viagens a outros mundos, sua comunicação entre o Céu e a Terra e o conduz ao mundo espiritual. O som representa as batidas do coração e útero da Mãe Terra.
Nesta Jornada Xamânica você vai confeccionar o próprio Tambor e consagrá-lo com sua energia e poder pessoal. No ritual de consagração você convida ancestrais, animais de poder e elementos da natureza para habitar dentro dele e, assim, criar sua magia pessoal de cura, expansão da consciência e autoconhecimento.

"UM XAMÃ TEM EM SEU TAMBOR A OUTRA PARTE DO SEU CORAÇÃO"

SERÁ REALIZADO EM ITAMARACÁ NO PRIMEIRO FINAL DE SEMANA DE AGOSTO - Contudo para que eu possa fazer a reserva das passagens do facilitador (O xamã Marcos Fraga), eu precisarei da confirmação (até o próximo dia 03/06) e depósito de cobertura da vaga até o dia 20/06. O valor da oficina será o do tambor escolhido por você (entre R$ 200,00 e R$ 400,00) mais a partilha do valor da passagem e refeição do evento (o que acredito ficará em aproximadamente RS 100,00 por pessoa). Aguardo retorno dos interessados. VAGAS LIMITADAS.

Programação Prevista:

Sábado - No primeiro dia montamos os tambores, as baquetas e conversamos sobre tambores, as lendas o uso dentro de rituais xamânicos etc.

Domingo- No segundo dia é feito um curso vivencial de 3 partes.

1ª parte - Nessa parte são transmitidos alguns toques e canções xamânicas, onde aprendemos os toques do coração, da jornada, do urso, do búfalo do beija-flor, do trovão etc. e canções em português e língua nativa;

2ª parte- Nessa parte é ensinado o uso do tambor em Terapia Xamânica, uma técnica Cherokee de alinhamento dos chakras que se chama "Toques do Tambor no Fogo Arco Iris"

3ª parte - Jornada Xamânica e Consagração dos instrumentos.


Observações: 

  • No ato da inscrição, o participante deverá indicar qual tipo de tambor deseja. Para tanto, deve acessar o site http://tamboresxamanicos.wordpress.com/loja-de-tambores/ e escolher por afinidade, sabendo que não será possível trocar.
  • Observe que no caso do Pueblo, o valor varia conforme o tamanho. Caso seja sua escolha, deverão ser informadas, no ato da inscrição, as especificações desejadas e a diferença (em valor) acrescida ao valor de investimento da oficina.
  • Cada participante precisa dispor uma boa tesoura e martelo.
  • Para quem já tem tambor, existe a possibilidade de participar somente do segundo dia do curso. Se for o caso, verificar disponibilidade de vagas e valor.

Focalização:

Marcus Fraga - Artesão de Tambores Xamânicos, Terapeuta Xamã e condutor de Cerimônias de Inipi (Tenda do Suor), Roda de Cura, Chanupa (Cachimbo Sagrado) e Busca da Visão (Vision Quest). Reconhecido por seu trabalho, já tendo construído tambores para alguns dos maiores nomes do Xamanismo no Brasil e no mundo. Ministra oficinas, cursos e seminários sobre Tambores e Xamanismo e pode ser contactado em http://www.tamboresxamanicos.wordpress.com.br/

Contato aqui em Recife: Regina Oliveira (Arnora Olaug)
Fone: (81)8868.5706

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pesquisa de Práticas Pagãs em Pernambuco - PP's


O projeto Pesquisa de Práticas Pagãs em Pernambuco - PP's -  é uma proposta do Jornal O Bruxo Pernambuco para tentar evidenciar o número de pagãos aqui no estado. A pesquisa é direcionada a pessoas que nasceram ou vivem em Pernambuco. A pesquisa lançada pelo Jornal no início deste ano agora pode ser feita no próprio blog.

Na página "Pesquisa Pagã" você encontra o formulário da pesquisa, respondendo a perguntas básicas. Todas as respostas são sigilosas. Para mais informações é só mandar um e-mail para pp-pernambuco@hotmail.com ou para douglasphoenix.3@gmail.comEspero que colaborem com essa pesquisa.

Bençãos Plenas!

domingo, 22 de maio de 2011

Àmon-Rá, um Deus Transcendente

Deus principal de Tebas (Waset), cidade do Alto Egito sede do governo durante o Novo Império (cerca de 1550-1070 a.C.), Àmon tornou-se um dos mais poderosos deuses da Antiguidade.
Sua proeminência na região já é notada no Médio Império (cerca de 2040-1640 a.C.), quando, por razões que ignoramos, os príncipes da XI Dinastia, o adotaram como deus da sua residência.
Instalado em Tebas, ao lado do antigo deus local Montu, foi logo assimilado a Min, deus da fecundidade.
Foi, entretanto, nos cinco séculos do Novo Império que Àmon se tornou o líder do panteão egípcio.
Àmon não tinha mitologia própria. Criaram-lhe, então, uma família: Mut (uma deusa mãe) tornou-se sua esposa e Kensu (o deus da lua) seu filho.

Àmon foi associado ao deus criador solar Rá (de Heliópolis) daí o nome Àmon-Rá; e posteriormente o assimilaram à outro deus criador, Ptah (Mênfis).  Tantas associações devem ter causado muita confusão, mas Àmon-Rá tornou-se uma síntese de todos os deuses criadores, sendo chamado de "Àmon-Rá, Rei dos Deuses".

Ele era o chefe indiscutido do panteão e deus do Império.  Seu nome quer dizer "O Oculto", e seu mistério está contido em seu nome, pois sua essência é imperceptível, e ele não pode ser chamado por qualquer termo que dê idéia de sua natureza íntima, e subjacente de "ocultação".  Sua identidade é tão secreta que nenhum outro deus conhece seu nome verdadeiro.  Tebas, sua cidade sagrada era o Olho de Rá, e vigiava todas as outras cidades.  Àmon-Rá criara-se a si próprio, era invisível, nascido secretamente.  Todos deuses tomaram forma depois de ele ter realizado o primeiro ato de criação.




















Originalmente, Àmon fazia parte de uma das forças elementares da criação.
No mito da criação que vem da cidade de Mermópolis, Àmon e mais três deuses aparecem com suas esposas (contrapartes femininas) sobre o montículo que emerge das águas primordiais.  Parte deste mito foi assimilado pelos sacerdotes de Àmon-Rá, que associaram Tebas com montículo que emergiu do oceano primeiro. Àmon-Rá era o criador de homens, deuses e tudo o que existe sobre a terra.
 
Era ele quem fazia o Nilo transbordar na época das cheias.  Um pouco da água da inundação era recolhida em um vaso cuja tampa era esculpida na forma de uma cabeça de carneiro (o animal sagrado de Àmon-Rá) e oferecida ao deus pelo faraó.
Sem dúvida, o Nilo tornava o Egito próspero, mas Àmon-Rá também era o deus que protegia o faraó (seu filho e representante da terra) durante as conquistas militares.  A maior parte das riquezas era entregue ao clero de Àmon-Rá.  Nas paredes dos templos, o faraó é representado fazendo oferendas a Àmon-Rá e apresentando-lhe as riquezas trazidas das terras distantes.

Em honra ao deus foram construídos templos tão impressionantes, que rumores do esplendor de Tebas se espalharam para fora do Egito.
O maior templo dedicado à Àmon-Rá é o Templo de Karnak, chamado de Ipet-isut pelos antigos egípcios.  Karnak é uma vasta aglomeração de templos, capelas e outras construções de vários períodos, medindo cerca de 1,5 Km por, pelo menos 0,5 Km.

Ipet-isut era o principal centro de culto da tríade tebana, com Àmon-Rá à frente, sua esposa Mut, seu filho Kensu, e várias divindades "convidadas".  Nenhum outro lugar do Egito deixa uma impressão mais irresistível e duradoura do que Karnak: paredes lindamente decoradas, obeliscos, colunas imensas, estátuas colossais, estelas...
Visitando hoje este lugar, dá para se ter uma idéia do que foi o esplendor deste imenso local sagrado.  Durante séculos este templo foi reformado e ampliado pelos faraós.  Em Luxor (Ipet-resyt), um outro templo foi dedicado ao Rei dos Deuses.  Estendendo-se numa área de quase 260 metros, este templo foi construído essencialmente por dois faraós, Amen-Hotep III (a parte interna) e Ramsés II (a parte externa).  Vários outros reis contribuíram para as suas inscrições e decorações em relevo, acrescentando pequenas estruturas ou fazendo alterações, sobretudo Tut-Ankh-Àmon, Hor-em-heb e Alexandre Magno.  

Em Luxor, Àmon-Rá tomava a forma do deus Min.  Este templo estava em estreita ligação com o Grande Templo, em Karnak.
Uma vez por ano, durante a estação das cheias, tinha lugar em Luxor uma grande festa religiosa, a festa de Opet.  A festa tinha início em Karnak, onde as imagens de Àmon, Mut e Kensu eram colocadas em três barcos magnificamente decorados com ouro, prata, cobre e pedras preciosas.  Estes barcos, verdadeiros templos flutuantes, eram rebocados através do Nilo, até o templo de Luxor, onde as imagens permaneciam por cerca de um mês.

O último episódio da festa era o retorno da frota sagrada.  As imagens eram devidamente colocadas em seus santuários em Karnak, e oferendas e libações eram feitas pelo próprio faraó.  Os templos, as riquezas fabulosas que Àmon possuía, o clero poderoso que o servia, clero esse que desempenhou em inúmeras ocasiões papel importantíssimo, mostram a evidência que o prestígio e poder cresceram desmesuradamente no espaço de poucos anos.  O fato de os filhos de sacerdotes herdarem o poder religioso e político dos pais, assegurou um aumento cada vez maior de seu domínio sobre todo o Egito.

Porém, na XVIII Dinastia, o faraó Akh-en-Àton (1370 a.C.) tentou mudar esta situação fundando uma nova capital, onde o único deus era adorado, Àton (o disco solar).  Tebas foi abandonada e os sacerdotes privados de seu poder, pois os templos foram interditados e o nome de Àmon-Rá, assim como o de outros deuses, foram apagados dos monumentos.  Esta mudança, porém, não durou mais do que vinte anos.  Com a morte de Akh-en-Àton tudo voltou ao que era antes.  Como não poderia deixar de ser, o poder do clero de Àmon-Rá continuou a crescer.  Esse mesmo excesso de poder causou a decadência de Àmon-Rá; muitos cultos tinham sido lesados e os sacerdotes de Àmon-Rá, excessivamente poderosos, não raro representavam uma constante ameaça para os faraós.  Com o passar do tempo, houve uma contínua ascensão dos cultos que Àmon-Rá eclipsara.  Durante muito tempo, o poder de Àmon-Rá controlou o Egito, chegando até os oásis líbios, e à Kush, onde os reis o adotaram como deus supremo.  

Os sacerdotes tebanos governavam como qualquer outro poder secular e estabeleciam pequenas rivalidades com o governo dos faraós.
O resultado final de tudo isto foi que, conquistada pelos Assírios em 663 a.C., Tebas e o clero caíram como o reino.  Os deuses das províncias, libertados do jugo econômico de Tebas, retomaram antigos direitos e privilégios; Osíris, um antigo deus agrícola, aos poucos começou a ocupar o lugar que fora de Àmon-Rá.  O culto à Àmon-Rá, agora despojado de toda a sua grandeza, ainda permaneceu até o primeiro século da era cristã.
A trajetória do deus Àmon-Rá mostra como o homem é capaz de manipular e extorquir seus semelhantes através da fé.  O que o deus representava era o conceito mais puro e completo da divindade.  Àmon-Rá era o "Oculto" que se fazia presente em toda a criação.  Era o "Rei dos Deuses", que fazia o Egito prosperar e dava vida a todos os seres.

A decadência de seu poderoso clero não abalou sua majestade divina, pois Àmon-Rá transcendeu todas as falhas humanas.  A concepção de Deus que ele representava serviu de inspiração às primeiras seitas cristãs, e o grau de refinamento artístico dos tempos em que foi o deus do império, nunca foi igualado.

Texto de Wallace Gomes (egiptólogo e artísta plástico)

sábado, 21 de maio de 2011

Fotos do ESP®-PE E WICCANIQUE


O ESP®-PE deste mês foi vinculado ao Wiccanique-PE. O evento que aconteceu no último dia 15, reuniu pessoas para uma confraternização entre praticantes de diferentes vertentes do neopaganismo. Por problemas pessoais, a organizadora geral do Wiccanique aqui em Pernambuco não pôde comparecer, mas o evento aconteceu normalmente, começando às 13h. 

O encontro ainda contou com uma palestra especial de André Raven sobre o tema Ética na Magia, em que abordou todos os sentidos da ética na vida mágicka de uma neopagão, leis práticas, diferença entre os conceitos de Bem e Mal; Certo e Errado, além de outras coisas.
Além da palestra, também houve o piquenique, sorteio de brindes, dentre eles um livro de cosmotologia e um tarot cigano, encerrando o evento com um exercício de musicoterapia e percepção, escrito por Cristina Sanches.

Agradecemos a presença de todos e estejam atentos a palestra do próximo mês. Abaixo segue algumas das fotos do evento, para conferir todas as fotos vá nos álbuns do perfil do ESP-PE no orkut.



André Raven - Palestrante

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Programa "Sagrado" recebe críticas de uma das fundadoras da IBWB


O programa "Sagrado", uma coprodução da Rede Globo com o Canal Futura, foi lançado em 5 de outubro de 2009 tentando abordar temas atuais sobre a visão de algumas crenças e religiões aqui no Brasil. A série que conta com representantes do catolicismo, islamismo, protestantismo, afro-brasileiras e do espiritismo vem recebendo críticas declaradas de Denise de Santis, uma das fundadoras da Igreja de Bruxaria e Wicca do Brasil (IBWB).

Ela afirma que uma forma de espiritualidade como é a Bruxaria e a Wicca, com cerca de 700 mil adeptos no país (números não oficiais) também deveria ganhar espaço no programa. O programa também já foi criticado anteriormente por alguns líderes religiosos do Budismo, que mesmo tendo grande abrangência aqui no país, também não possuam espaço no programa. O que logo depois foi corrigido pela produção do mesmo.

Texto de Douglas Phoenix
Fonte consultada: Ocanal

Agradecimentos aos nossos leitores no exterior

O Jornal O Bruxo Pernambuco agradece a todos os leitores de nosso blog, que teve por início uma abrangência local, mas que vem tomando proporções maiores aos poucos. Gostaria de agradecer a todos que visitam o nosso blog e também queria deixar uma agradecimento em especial aos nossos leitores de Portugal e Estados Unidos.

Para aqueles que quiserem colaborar com o Jornal, seja enviando textos para publicação ou mesmo comentários e sugestões, basta enviar um e-mail para douglasphoenix.3@gmail.com

Abraços a todos!

Douglas Phoenix

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ativista incentiva mulheres a celebrar sua menstruação


Na primeira semana do mês de maio comemorado o dia da menstruação. E não era marketing de marca de absorvente.
Era ativismo menstrual. O termo é usado para descrever ações como falar abertamente sobre o assunto ou promover produtos ecológicos para usar "naqueles dias" --expressão que não deve agradar às ativistas.
Quem são elas? O slogan da campanha, chamada "Segunda Vermelha" (2/5), dizia "1 milhão de mulheres celebrando sua menstruação". Cerca de uma dúzia delas se reuniram no final daquela tarde em São Paulo, em um centro de cultura hindu na zona oeste da cidade. 

O objetivo era valorizar e dar visibilidade à menstruação e incentivar as mulheres a cuidar de sua saúde íntima e reprodutiva. Também havia a proposta de criar um "senso de diversão" em torno do tema e o mantra do "empoderamento" feminino.
"O ativismo menstrual faz parte da terceira onda do feminismo: ecofeministas, espiritualidade feminina", diz Sabrina Alves, 32, coordenadora do evento paulista.
Sabrina criou o coletivo de mulheres Clã Ciclos Sagrados. Ela é terapeuta corporal, mestranda em ciência da religião e "facilitadora" de eco-espiritualidade. 

DIREITOS MENSTRUAIS
 
Algumas militantes defendem a criação de políticas públicas como o direito de faltar ao trabalho por causa de cólicas, a distribuição de produtos como absorventes de pano em postos de saúde e campanhas educativas.
Elas também querem colocar em discussão a segurança de tratamentos hormonais para parar menstruar e o uso de materiais sintéticos em absorventes e tampões.
A expansão do movimento, por sinal, foi nos anos 80, quando surgiram relatos de mortes por síndrome de choque tóxico causada pelo uso de absorventes internos.
Absorventes de toalha (de R$ 10 a R$ 16) da Artefatos de Pano (artefatosdepano.blogspot.com)
Absorvente de Pano

As alternativas propostas são absorventes de pano (sim, as "toalhinhas" de nossas avós) e os coletores menstruais --que costumam causar certo frisson em quem ainda não está tão organicamente ligada ao seu fluxo mensal de sangue.
Feito de material flexível (látex ou silicone), em forma de sino, o coletor é introduzido no canal vaginal. Ao ficar cheio, é retirado, esvaziado, lavado com água e sabão e recolocado. A operação deve ser repetida umas quatro vezes ao dia, mas, segundo os fabricantes, dá para segurar até 12 horas. 

HONRA TEU SANGUE
Nem todas as presentes adotam o utensílio, mas aprovam o conceito. "Vivemos na cultura do desperdício, tudo é descartável. Quem aqui não joga sangue no lixo?", perguntou a psicoterapeuta Monika von Koss, que deu uma palestra sobre "o poder criativo da menstruação".
Mais da metade das presentes levantaram a mão. O ativismo menstrual também prega que as mulheres honrem seu sangue. 

Como assim? Depende do grau de comprometimento de cada uma. As mais espiritualizadas falam em rituais para devolver o sangue à "mãe Terra", como, contam elas, faziam os povos ancestrais.
Outras insistem que é preciso prestar mais atenção à menstruação e, em consequência, aumentar o conhecimento sobre o próprio corpo. O que não é má ideia. 

Texto de Iara Biderman (Folha.com)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fauno



Na mitologia romana, Fauno é uma divindade campestre que primitivamente fora um rei da Itália, e cujo nome se tornou célebre, segundo a lenda, por ter criado leis para o seu povo e por ter inventado a flauta. Interessado em ensinar a prática da agricultura e da pecuária aos seus súditos, passou, por isso, a ser adorado como deus dos campos e dos rebanhos.

Mas também era venerado como divindade profética correspondente ao deus grego Pã, e por isso era representado da mesma forma que ele, Sileno ou Mársias, ou então sob o aspecto de um homem barbado, coroado de folhagens e recoberto apenas por uma pele de animal, tendo numa das mãos uma cornucópia. Cultuado originariamente como deus protetor dos pastores e dos rebanhos, com o tempo passou a ser tido como uma das entidades que apesar de serem divinas, não eram imortais. Sua esposa, a princípio chamada Marica, era a divindade que predizia o futuro das mulheres, mas após o casamento passou a ser denominada Fauna.

Seu principal santuário, denominado Lupercal, localizava-se no monte Palatino - uma das sete colinas romanas e sede da Roma quadrata, primeira cidade cuja fundação se atribuiu a Rômulo -, em cuja base existe uma gruta onde, segundo se acredita, os gêmeos Rômulo e Remo foram amamentados por uma loba. Nesta furna se celebrava o culto ao deus Luperco, ou Fauno, mais tarde assimilado pelos romanos a Pã, divindade grega associada à fertilidade, em cerimônias chamadas Lupercálias, ou Lupercais, realizadas no dia 15 de fevereiro. Infelizmente, a memória dessas festas perdeu-se no tempo, pois nem mesmo os romanos dos séculos anteriores à era cristã a elas se referiam. Sabe-se, porém, que os sacerdotes dessa confraria iniciavam a cerimônia religiosa sacrificando um bode; em seguida, tocavam na fronte de dois rapazes nobres com uma faca ensangüentada, a mesma usada no abate dos animais, gesto que simbolizava a memória dos homicídios sagrados que antes se consumavam; depois limpavam a nódoa com lã molhada em leite, iniciando, a partir daí, uma orgia em que os dois jovens percorriam dançando as ruas de Roma, usando chicotes feitos com a pele dos bodes imolados para açoitar as mulheres. Os romanos acreditavam que tal prática tornava os casais mais fecundos e as famílias mais numerosas.

As Lupercais foram criadas pelo rei Evandro, filho de Mercúrio e da ninfa Arcádia. Era uma das mais importantes do calendário romano porque além de apresentarem o caráter de uma purificação, se destinavam, também, a garantir a prosperidade do solo e dos rebanhos, protegendo-os, sobretudo, dos lobos. Evandro é considerado o civilizador do Lácio, berço dos povos latinos que, depois de se unirem e subjugarem os vizinhos, construíram o Império Romano e empreenderam a conquista do mundo conhecido dos antigos. Ali o rei se fixou cerca de sessenta anos antes da Guerra de Tróia, edificando uma cidade na base do monte Palatino, a qual deu o nome de Palantéia, e introduzindo no país o uso do alfabeto, as Artes, a agricultura e a música, além de ensinar a seu povo o culto de Pã (Fauno), Heracles (Hércules) e Deméter (Ceres). Admite-se que a palavra luperco tenha origem em lupus, lobo, e em arcere, afastar, repelir, donde "aquele que repele ou protege dos lobos".

Na mitologia romana os faunos são a multiplicação tardia do deus Fauno, cujo nome deriva do latim favere, "ser favorável", "benéfico". Representado como um ancião de barba longa, coberto com pele de cabra e às vezes segurando uma cornucópia, ele assim se assemelha ao deus grego Pã, mas posteriormente apareceu com patas de bode, tal como os sátiros gregos, multiplicando-se em numerosos semi-deuses representados com chifres, cauda e cascos de bode, todos mortais porém longevos.
     
            Na definição de Márcio Pugliese, em Mitologia Greco-Romana – Arquétipo dos Deus e Heróis, “os faunos e silvanos eram, como os deuses rústicos, representados sob a mesma forma que os sátiros, mas com feições menos feias e, acima de tudo, eram menos brutais nos amores. (...) Os faunos eram considerados filhos ou descendentes de Fauno, terceiro rei de Roma, o qual, dizia-se, era por sua vez filho de Picus ou de Marte, e neto de Saturno. (...) Os silvanos moravam nos pomares e bosques. Diz-se que seu pai, o deus Silvano, era um filho de Fauno”.

Texto de Fernando Dannermann 

domingo, 15 de maio de 2011

Os Sons e a Água na Cosmologia do Antigo Egito

O “Livro dos Mortos” do antigo Egito cita: “Numerosas são as formas daquilo que procede da minha boca”. O deus era também chamado de Amen-Ra, com o prefixo “Amen”. O termo AMEN, ou AMN conforme entendiam os sacerdotes egípcios da Antigüidade equipara-se ao OM dos hindus.
Praticamente todas as cosmogonias falam do som e da água no processo da criação; são dois elementos que quase sempre aparecem juntos. 

Existe um papiro em que está escrito: “Ra falou no princípio da Criação e mandou que a Terra e os céus se erguessem da imensidão das águas ”.

Segundo a cosmologia egípcia os deuses eram hábeis em pronunciar a palavra creadora. Com as “palavras de poder” a hierarquia dos deuses criavam e destruíam a forma, curavam os enfermos e davam vida aos mortos.  Assim foi que o Deus RA pronunciou palavras criadoras a fim de dar existência a todos os “deuses menores” da hierarquia celeste. Ra também revelou o segredo de certas palavras de poder ao clero terreno; palavras mediante as os répteis podiam ser dominados, e diversas enfermidades e outros males podiam ser vencidos. Isto revela que o poder criador da fala não se limitava àquilo que muitos podem chamar de mito da criação do universo. 

Segundo os escritos da Antigüidade egípcia o poder criador e transformador não era apanágio apenas dos deuses; os mortais que soubessem manejar as palavras de poder também podiam invocar e dirigir as energias dos céus, de conformidade com o que um papiro que aparece a figura de Rá ordenando: “Ouvi-me agora! Minha ordem é que todos os meus filhos sejam trazidos para junto de mim afim de que possam pronunciar palavras de poder que serão sentidas na terra e nos céus.”
Mesmo que tudo o que existe em alguns papiros, como o que mencionamos nesta palestra seja considerado por muitos como simples mitos ainda assim mostra a existência de um paralelismo com relação ao valor que era dado aos sons entre sistemas religiosos afastados no espaço e no tempo. 

A religião egípcia afirmava que do mesmo modo como os deuses criavam - pela visualização e pela fala, também era possível ao homem operar mudanças no mundo físico. Considerava que a visualização combinada com certos mantras e invocações era uma chave vital no sucesso na maioria dos atos de magia que ocupava um lugar de destaque nas atividades dos sacerdotes. Indo mais adiante, afirmava que o homem, graças ao seu versátil aparelho vocal e à sua capacidade de construir instrumentos musicais, podia ser investido de um enorme poder desde que, conhecendo o som da nota tônica de um objeto e reproduzindo aquele som ele podia assimilar a energia daquele objeto, ou pessoa. Isto constituía a principal base da magia egípcia.

Tal como na China, também no antigo Egito era mencionada a existência de sete tons cósmicos, que eram chamados de “os sete tons principais do Amen”. Existe um texto egípcio gnóstico de data e origem desconhecida que diz talvez numa forma alegórica: “No princípio Deus riu sete vezes:  Há -Há - Há - Há - Há - Há - Há. Deus riu e dos sete risos surgiram sete deuses que abarcaram todo o universo constituindo-se assim os primeiros deuses”.
Vimos que a religião do antigo Egito de várias outras são concordes com a idéia da existência de seres que denominam de “os sete primeiros deuses” os quais na cosmologia das religiões védicas eram resultantes das sete primeiras diferenciações do Tom Único. 

Por sua vez os Hebreus chamavam a esses deuses Eloim.  Em muitas passagens do gênese como consta na Bíblia, quando Deus decreta a Criação, a expressão “Senhor Deus” é, na realidade, uma simples tradução da palavra hebraica plural Eloim. Existe uma versão hebraica original que atribui ao Creador à denominação de “Deus dos sete Tons”.
A cada um dos sete primeiros deuses emanados da Trindade é atribuída uma nota tônica da escala musical, e por isso os cabalistas colocam os sete deuses no lugar dos sete sephirot da “Árvore da Vida” onde também cada sephirah corresponde a uma das notas da oitava musical.

O mesmo é dito em referência aos ensinamentos hindus; mas no Hinduísmo faz-se uma distinção entre cinco e mais dois em referência aos cinco tons e os dois semitons. (São considerados semitons duas das sete notas da escala diatônica). Dizem os brâmanes: “ Sete são os grandes Deuses abaixo do Trimurti e só cinco deles trabalham Indras, Vayu, Agni, Varuna, Kshiti” e dois estão ocultos. 

[Fonte: Laercio do Egito]

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aberta as inscrições para o Coven Grupo de Estudos Wiccaniano (G.E.W)


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Confirmado o Wiccanique - PE 2011

O Encontro Social Pagão de Pernambuco (ESP®-PE) já tem o encontro deste mês marcado, mas dessa vez o evento acontece juntamente com outro que foi adiado desde fevereiro. O Wiccanique - PE que será realizado neste domingo (15/05) tem como realização conjunta o encontro do ESP®-PE. O evento acontece às 13h na Praça da República.

O evento tem por objetivo criar uma reunião entre pagãos e curiosos para uma interação com lanches, meditações, sorteio de Brindes e outros. Cada participante deverá levar um prato ou uma bebida. Aos homens é pedido uma bebida (bebidas alcoólicas não serão permitidas) e as mulheres que levem um pratinho de comida. Descartáveis a afins serão dados pela organização do evento.

OBS.1: Atentamos para que os menores de 16 anos, que desejem participar, compareçam ao evento acompanhados do responsável legal (maior de 18 anos).

OBS.2: As ideias e conteúdos expostos no Wiccanique não são de responsabilidade da Organização do evento, visto que é um debate aberto ao público interessado, sem restrição de raça, credo ou orientação sexual, o que nos leva ao patamar apenas de intermediadores de um encontro de pura liberdade e expressão pagã.

OBS.3: O Encontro Social Pagão de Pernambuco não deve ser vinculado às práticas do Wiccanique. Nosso intuito é apoiar as iniciativas do mundo pagão, sem pretender imbutir o ideal do ESP ao evento. Serviremos como um forte apoio, contudo, todos os direitos e reservas do Evento deverão ser fornecidos à idealizadora do mesmo em Pernambuco.

sábado, 7 de maio de 2011

O significado do Silêncio na Espiritualidade

07 de maio - Dia do Silêncio

A palavra silêncio segundo o dicionário é derivada do latim silentiu e significa “interrupção de ruído”; “estado de quem se cala ou ou se abstém de falar “; diz ainda a respeito da “privação, voluntária ou não, de falar, de publicar, de escrever, de pronunciar qualquer palavra ou som, de manifestar os próprios pensamentos etc..”
Nós vivemos em um mundo cheio de ruídos, numa época de muita agitação, de poluição sonora, enfim de muito barulho e o silêncio passou a ser algo ameaçador. O som do silêncio, entretanto, é poderoso.

Há muito tempo, desde as primeiras civilizações, o silêncio é um importante elemento cultural, imposto, drasticamente, para salvaguardar seus segredos. Em quase todas, é representado por uma criança com o dedo sobre os lábios. Constitui-se uma exceção, o antigo Egito, onde existia um “Deus” do silêncio chamado Harpócrates, com a mesma posição já descrita. Entre os sacerdotes egípcios, os iniciados assumiam um estado de silêncio total, a fim de se manterem os segredos e incitá-los à meditação.

Buda, em 500 a.C., também valorizava o silêncio como condição para a contemplação. Dentre os mistérios gregos, encontramos o de Orfeu, que com a magia de seu canto e de sua música, executada numa lira, silenciava a natureza e a tudo magnetizava. Para os Talhadores de Pedras, o segredo e o silêncio sobre sua arte eram uma questão de sobrevivência, constituindo-se, inclusive, num salvo-conduto.
Realmente, vivemos num mundo agitado, confuso, violento e muito barulhento. Então celebrar um pouco de silêncio é precioso.

Não é fácil aceitar o poder do silêncio, quando o mesmo causa temor. Contudo, ao colocar o silêncio para trabalhar em seu favor, a pessoa vê o poder de observação mais aguçado e aprende a ler linguagens não verbais.
É necessário arranjar tempo, criar oportunidades para estar para um profunda reflexão sobre a vida a fim de suportar todo esse clima e superar as tensões do mundo moderno. Pois o silêncio e tão importante quanto a prática da palavra.

Texto de Marcelo Lisboa

sexta-feira, 6 de maio de 2011

União de Wicca do Brasil lança Cadastro Nacional de Tradições da Wicca

Depois de um tempo de calma, sempre há tempestades. A revolta do movimento pagão sobre a criação da Igreja de Bruxaria e Wicca do Brasil (IBWB) foi estupenda, porém um movimento bem mais antigo tem quase os mesmos objetivos, porém grande parte ainda não sabe de sua existência. A União Wicca do Brasil (UWB), idealizada em julho de 2004 é uma organização sem fins lucrativos que visa, como eles próprios dizem "promover a afiliação e a união dos seguidores das diversas Tradições Wiccanas, visando o fortalecimento social, a preservação cultural, o reconhecimento da legitimidade e a garantia do cumprimento dos direitos constitucionais expressos no Art. 5º da Constituição Federal no que concerne a liberdade de religião, visto que o Estado Brasileiro é laico (alheio, por obrigação legal, a qualquer religião). Assim sendo, poderemos atuar em defesa de um membro, caso aconteça algum problema motivado pela intolerância religiosa".

A organização ainda diz que não procura representar a religião Wicca, mas sim lutar por seus direitos. Sendo regida por um Conselho de Elders que não são identificados, a UWB possui alguns projetos, que como dito antes, se assemelham muito as propostas da IBWB, além do uso de "Conselho de Elders" na administração das duas. Entre alguns de seus projetos, ou como os mesmos dizem, "missões", estão:
  1. A criação e a disponibilização de um cadastro nacional de todas as tradições, templos e sacerdotes wiccanos que realmente existam em nosso país e a localização de suas sedes e/ou representações oficiais;
  2.  A criação de um Conselho de Sacerdotes (Conselho de Elders) com pelo menos um representante de cada tradição, para juntos deliberarem acerca das questões pertinentes à Wicca, suas tradições e mediar, quando necessário seus conflitos;
  3. Prestar direcionamento e acessória jurídica básica a todos os interessados em registrar seus covens e/ou templos;
  4. Promover eventos religiosos, culturais, artísticos, ambientais e sociais do meio wiccano;
  5. Denunciar situações difamatórias e a deturpação da imagem da religião Wicca junto à mídia, no que couber.
 Por mais que se tente negar, as semelhanças são inevitáveis. Uma das poucas diferenças entre as duas organizações é que a UWB não declara que os grupos, templos e sacerdotes terão que ser aprovados pelo seu conselho, como havia dito a IBWB. O principal motivo de questionamento da comunidade pagã acerca dessas organizações é o fato de que mais tarde esta possa ser considerada representante, no caso, da Wicca no Brasil. Sua organização trazendo bases de Igrejas Pagãs norte-americanas, porém com alguns de seus objetivos semelhantes ao Conselho Druida Britânico (claro que trazido para o universo wiccan), deixa dúvidas e um certo receio.

Até que ponto podemos confiar nas palavras dessas organizações? O cadastro já está sendo realizado e agora é esperar como a comunidade wicca reagirá quanto a esse projeto. A administração do Jornal O Bruxo Pernambuco já se compromete em entrar em contato com a organização do mesmo para que eles próprios possam se pronunciar. No mais, aguardamos comentários de nossos leitores sobre o tema.

Para mais informações: União Wicca do Brasil

quarta-feira, 4 de maio de 2011

As Tradições Pagãs continuam vivas na Eslováquia

Vinte anos após o fim do comunismo, a Páscoa na Eslováquia é celebrada entre as tradições do cristianismo, incluindo tradicionais receitas culinárias, e os costumes pagãos alusivos à fertilidade. Alimentos como ovos cozidos, presunto cozido com sal, bolo com requeijão, pãezinhos com aipo, pasta de batata com queijo de ovelha, purê de arroz com manteiga e sorgo fazem parte do receituário tradicional das celebrações da Páscoa eslovaca.

Alguns são consumidos durante os dias de abstinência, já que com exceção da Quinta-Feira Santa, muitos católicos do país centro-europeu cumprem esse preceito religioso e não comem carne até o Domingo da Ressurreição.

Também se destacam as decorações das casas, que dão entrada a elementos da natureza - galhos e brotos de videira verdes e ovos ornamentais pintados à mão - quando esta recupera vigor com a chegada da primavera, que também fala da vida e é considerada símbolo da ressurreição. "Espero ansiosamente pelo presunto com sal, feito em casa da forma tradicional", disse Cyril Hamrak, capelão da Igreja de Santa Catarina de Alexandria, em Dolny Kubin, no norte do país. O clérigo lembrou que é forte o costume de apresentar estes alimentos caseiros para serem benzidos no final da vigília de Páscoa ou durante a missa do Domingo da Ressurreição.

Entre os costumes pagãs mais difundidos, e que são festejados principalmente durante a segunda-feira de Páscoa, destaca-se o de jogar água fria - em pequena quantidade - sobre mulheres jovens. "Esse costume é para desejar que sejam bonitas e sadias. Os antigos eslavos o faziam para adorar divindades da floresta", afirmou o pastor evangélico Rastislav Stancek.

Além da água, em alguns lugares as moças recebiam leves golpes com varas de salgueiro como forma de desejar sorte, e em troca deveriam entregar um presente, como um pedaço de bolo. "Depois que os homens derramavam água sobre as meninas solteiras, elas os presenteavam com um ovo cozido, que é um símbolo pagão da fertilidade", explicou Stancek.
Também era costume enterrar nos campos as cascas dos ovos de Páscoa, para que fossem mais férteis. "Isso estava ligado à tradição que existia nas zonas agrícolas, onde antes de arar se rezava", lembrou também o pastor.

[Fonte: Notícias Terra]

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Celtic Legends em Recife


Em comemoração aos seus 10 anos de criação, a companhia irlandesa de dança Celtic Legends chega ao Brasil em uma turnê especial por 9 cidades brasileiras, incluindo a capital pernambucana. Se apresentando em Recife pela primeira vez no róximo dia 07 de maio (sábado). Uma trupe de seis músicos e quatorze bailarinos apresentam um espetáculo de 90 minutos, no Teatro da UFPE às 21hs. Todos o elenco são de cidades como Galway, Dublin e Belfast, bastante conhecidos por participarem de musicais como “Lord Of The Dance” e “Riverdance”.

Criada em 2002, a companhia traz para a capital pernambucana um espetáculo com música, técnica e performance ao vivo. A música é produzida pelos instrumentos tradicionais da Irlanda: o  violino, o tambor bodhran (que conduz a banda) e o uileann (instrumento de sopro, muito evocativo das sonoridades medievais). Além disso, os sons da civilização celta são a base para as velozes coreografias de sapateado.  

Ingressos à venda na Livraria Saraiva (Shopping Recife), bilheteria do teatro e Ingresso Rápido (4003.1212 e  no site). O Teatro da UFPE fica localizado na Av. dos Reitores, s/n – Cidade Universitária.
Plateia: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)
Balcão: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)

Mais informações: 3207-5757

 
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