terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A Deusa no Reino da Morte


Neste mundo, a deusa é vista na lua, aquela que brilha na escuridão, aquela que traz a chuva que move as marés, a senhora dos mistérios.
E, enquanto a lua cresce e mingua, e anda três noites no sei ciclo da escuridão, diz-se que a deusa, certa vez passou três noite no reino da morte.
Pois, no amor, ela sempre busca seu outro self e, uma vez no inverno do ano em que ele havia desaparecido da TERRA verde, ela o seguiu e chegou, finalmente, aos portões além dos quais os vivos não entram.
O guardião do portão desafiou-a e desnudou-se de suas roupas e jóias, pois nada pode ser levado para aquela terra.
Por AMOR ela estava aqui confinada como todos os que ali penetram, e foi conduzida à morte.
Ele a amava e ajoelhou-se a seus pés, deu-lhe o beijo quíntuplo e disse: -Não retorne ao mundo dos vivos, mas permaneça aqui comigo e tenha paz, descanso e conforto. Mas ela respondeu: -Por que você faz com que todas as coisas que amo e prezo murchem e morram? -Senhora - disse ele -É destino de tudo que aquilo que vive morrer. Tudo passa, tudo se esvai. Eu trago CONFORTO e consolo para aqueles que cruzam os portões, para que possam rejuvenescer, mas você é o desejo do meu coração, não volte, fique aqui comigo.
E ela ficou com ele durante três dias e três noites, e ao final da terceira noite, ela colocou sua coroa, que se tornou o diadema que ela colocou em seu pescoço, dizendo: -Eis o circulo do renascimento. Através de você todos saem da vida, mas através de mim todos podem renascer novamente. Tudo passa tudo muda. Mesmo a morte não é eterna. Meu é o mistério do ventre, que é o caldeirão do renascimento. Penetre em mim e me conheça e estará liberto de todo o medo. Pois se a vida é somente uma passagem para a morte, a morte é somente uma passagem de volta para a vida e em mim, o círculo sempre gira.
Amorável ele penetrou-a e assim renasceu para a vida.
No entanto ele, é conhecido como senhor das sombras, o confortador e consolador, aquele que abre os portões, rei da TERRA da juventude, o que dá paz e descanso.
Mas ela é a mãe de toda a vida; dela todas as coisas nascem e para ela devem retornar novamente.
Nela estão todos os mistérios da morte e do renascimento; nela encontra-se a realização de todo o amor.

Fontes: Extraído do Livro - A Dança Cósmica das Feiticeiras - Autor: Starhawk - Editora: Best Seller

Blessed be

Camila Mendes

Ares

Origem

Deus Ares, conhecido como Marte pelos romanos, era o deus da guerra e o único filho de Zeus e Hera.
Há uma outra versão romana sobre o seu nascimento, segundo a qual, Hera enciumada de Zeus, procura a Deusa Flora, que a ajuda a conceber partenogeneticamente, d
epois de tocar uma flor que crescia nos campos de Achaia.
Hera designou Príapo como tutor de Ares, que ensinou-lhe a arte da dança e depois a da guerra.
A visão de Ares que temos hoje, nos foi fornecida por Homero em sua "Ilíada", que descreveu-o como um sedento sanguinário que era freqüentemente derrotado e insultado por sua meia-irmã Atena.
Deimos, "o terror", e Phobos, "o medo", eram seus companheiros na guerra, crianças nascidas de Afrodite segundo Hesíodo. A irmã e companheira de assassinato de Ares era Eris, a deusa ou a discórdia ou Enyo, a deusa da guerra, do derramamento de sangue e da violência. Ele também foi assistido pelo deus menor da guerra Enyalios, seu filho com Enyo, cujo nome ("bélico", o mesmo significado que Enyo) também servia como um título do próprio Ares. A presença de Ares era acompanhada por Kydoimos, o demônio do estrondo da batalha, bem como o Makhai (Batalhas), o Hysminai (Carnificinas), Polemos (um espírito menor da guerra; provavelmente um epíteto de Ares, como ele não teve nenhum domínio específico), e a filha de Polemos, Alala, a deusa personificação do grito de guerra grego, cujo nome Ares usou como o seu próprio grito de guerra. Sua irmã Hebe também desenhou banhos para ele.
Na mitologia, o deus Ares era tomado por um descontrolado e irracional frenesi que o levava a lutar e matar. Sua reação, sempre violenta, vinha após uma provocação, porque o ele não deixava "nada barato", ele tem sede de guerrear e se deleita com o fragor das batalhas. Para os deuses gregos que idealizavam o pensamento e a racionalidade, este temperamento brigão de Ares foi muitas vezes condenado.
Zeus detestava Ares porque ele era a sua sombra

Amores

Ares foi um deus de muitos amores, mas a sua Deusa preferida era Afrodite, a Deusa do Amor. Com ela teve três filhos: Deimos (Terror), Phobos (Receio) e a filha Harmonia, que se casou com Cadmo e fundou a cidade de Tebas. Já Eros, o outro filho de Afrodite, pode ter sido filho de Ares ou talvez tenha sido uma força primária, presente desde os primórdios dos tempos.
Como deus romano, Ares teve com Réia dois filhos: Rômulo e Remo. E, foi, especialmente em Roma que este deus era especialmente venerado.
Ele também teve outros muitos filhos.
Com Aglauros teve Alcipe, com Cirene teve Diomedes, com Harpina ou Sterope teve Oenomaus. Com Otera, a rainha das Amazonas teve três filhos, Penteshilea, Hipólita e Antíope. Com Pirene teve mais dois filhos, Cicno e Biston. Com Astyoche teve Ascalaphus e Lalmenus. Com Bistonis teve Tereus e com Eritéia, filha de Atlas teve Eurition.

Mitos

Vingança de Ares

Quando um de seus filhos, Ascolafo, que comandava os beócios no cerco de Tróia foi morto, Ares foi pessoalmente vingar a sua morte, contrariando as ordens de Zeus. Atena instigou então, Diomede, a bater-se com Ares, que acabou ferido no flanco com a lança do herói. Seu pai, Zeus, apesar de repreendê-lo, ordena que os médicos curem seu filho.

Ira de Poseidon

Ares sempre foi um pai protetor de seus filhos e ele era o único deus a agir desta maneira. Quando Alirótio, filho de Poseidon, estuprou sua filha Alcípe, Ares vingou-se matando-o. Poseidon, desesperado com a morte do filho, citou Ares em julgamento em uma colina de Atenas próxima a acrópole, denominada mais tarde de Acópago (colina de Ares), onde defendeu-se e foi absolvido.

Fundação de Tebas

Um dos papéis de Ares que era situado em terra firme na própria Grécia estava na fundação do mito de Tebas: Ares foi o progenitor do dragão d’água assassinado por Cadmo, e disso o antepassado dos Espartanos, já que os dentes do dragão foram semeados na terra como uma colheita e cresceu como Espartanos totalmente armados, uma corrida de homens combatentes, os descendentes de Ares. Para propiciar Ares, Cadmo tomou como noiva Harmonia, a filha da união de Ares com Afrodite, assim harmonizando toda a luta e fundando a cidade de Tebas.

Ares e os Gigantes

Em um mito arcaico e obscuro relacionado na Ilíada pela deusa Dione a sua filha Afrodite, dois gigantes ctônicos, os Aloídas, chamados de Otus e Ephialtes, lançaram Ares em cadeias e puseram-no em uma urna de bronze, onde ele permaneceu durante treze meses, um ano lunar. "E teria sido o fim de Ares e o seu apetite da guerra, se a bela Heriboea, a madrasta dos jovens gigantes, não tivesse dito a Hermes o que eles tinham feito," ela relatou (Ilíada 5.385–391). "Em um destes suspeitos um festival de licença que é feito no décimo terceiro mês." Ares ficou gritando e uivando na urna até que Hermes o resgatasse e Arthemis enganou os Aloídas fazendo um assassinar o outro.

Armadilha de Hefesto

No conto cantado pelo bardo na sala de Alcínoo, Deus do sol Hélios uma vez espiou Ares e Afrodite amando um ao outro secretamente na sala de Hefesto, e ele prontamente informou o incidente ao cônjuge Olimpo de Afrodite. Hefesto conseguiu pegar o casal em flagrante, e para tanto, ele fez uma rede especial, fina e resistente como o diamante para pegar os amantes ilícitos. No momento apropriado, esta rede foi jogada, e encurralou Ares e Afrodite em um abraço apaixonado. Mas Hefesto ainda não estava satisfeito com a sua vingança — ele convidou os deuses Olimpos e deusas a examinar o casal infeliz. Por causa da modéstia, as deusas duvidaram, mas os deuses testemunharam a vista. Alguns comentaram a beleza de Afrodite, os outros opinavam em trocar de lugar ansiosamente com Ares, mas todos zombaram dos dois. Uma vez que o casal foi solto, Ares, embaraçado, fugiu para longe à sua pátria, Trácia.
Em um detalhe interpolado muito posterior, Ares põem o jovem Alectríon à sua porta para avisá-los da chegada de Hélios, como Hélios diria a Hefesto da infidelidade de Afrodite se os dois fossem descobertos, mas Alectrión adormeceu. Hélios descobriu os dois e alertou Hefesto. Ares ficou furioso com Alectrión e o transformou em um galo, que agora nunca esquece de anunciar a chegada do sol na manhã.

Ilíada

Na Ilíada, Homero representou Ares como não fixando lealdades nem respeito à Têmis, a ordem certa das coisas: ele prometeu a Atena e Hera que ele lutaria do lado dos Aqueus, mas Afrodite foi c
apaz de persuadir Ares para o lado dos troianos. Durante a guerra Diomedes, lutou contra Heitor e viu Ares lutar do lado dos Troianos. Diomedes pediu que os seus soldados retrocedessem lentamente. Hera, a mãe de Ares, viu a sua interferência e perguntou a Zeus, o seu pai, para a permissão de expelir Ares do campo de batalha. Hera estimulou Diomedes a atacar Ares, portanto ele jogou uma lança em Ares e os seus gritos fizeram Aqueus e Troianos igualmente tremem. Athena então pegou a lança e machucou o corpo de Ares, que gritou de dor e fugiu para o Monte Olimpo forçando Troianos a retroceder.
Depois quando Zeus permitiu que os deuses lutassem na guerra novamente, Ares tentou lutar contra Athena para vingar-se de seu dano prévio, mas foi mais uma vez ferido quando ela lançou um enorme seixo rolando nele. Contudo, quando Hera durante uma conversa com Zeus mencionou que o filho de Ares, Ascalaphus foi morto, Ares desatou a chorar e quis se juntar à luta do lado dos Aqueus descartando a ordem de Zeus que nenhum deus Olímpico devia entrar na batalha. Atena parou Ares e ajudou-o a tirar a sua armadura.




Fonte: Rosane Volpatto e Wikipédia


- Douglas Phoenix -

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Bruxas no Brasil

Ano de 1586. No pequeno vilarejo de Treves, na França, devido ao inverno duríssimo que enfrentavam, o arcebispo local condena 120 homens e mulheres à morte sob a acusação de que eles interferiam nos elementos da natureza. A confissão havia sido conseguida através de métodos violentos de tortura. Todos foram queimados.

Na Europa, uma histeria coletiva surgiu após a publicação do livro "O Martelo das Bruxas" (1486), pelos monges alemães Heinrich Kramer e Jakob Sprenger, que delineava os métodos mais eficazes de se descobrirem as bruxas. Literalmente, era um manual de processo contra os acusados de bruxaria. Por quase 300 anos, o continente europeu viveu sob as ferozes regras de queimar e caçar as pessoas acusadas de bruxaria.


Inúmeros filmes e livros já dissecaram o tema desta perseguição criada pela Igreja Católica. Mas o que poucos sabem é que aqui no Brasil também ocorreu uma caça às bruxas, afinal, os portugueses também faziam parte do círculo católico que dominou a Europa por muito tempo. Os relatos mais comuns são registrados no Nordeste do país, onde o conflito com holandeses (de outra religião) davam motivos de sobra.

Entretanto, a cidade de São Paulo também teve sua bruxas que, seguindo a orientação, também foram queimadas em público para deleite bizarro dos espectadores. Era a purificação de uma sociedade cheia de falhas e que escolhia a dedo os que deveriam ser eliminados para se evitar maiores compromentimentos.

Feitiço nos homens

Por volta de 1692, uma das bruxas paulistanas foi Mima Renard, uma francesa que veio tentar a sorte com o marido René e acabou por se estabelecer na ainda vila de São Paulo. Por se tratar de uma mulher muito bela, causava invejas nas outras mulheres e a cobiça nos homens. Por conta disto, seu marido foi assassinado por um suposto pretendente, já casado. Desta forma, Mima foi empurrada para a prostituição para sobreviver.

E, assim, despertou de vez a fúria das mulheres. O estopim para sua condenação como bruxa foi mais um assassinato: desta vez, um de seus clientes matou outro no que pode se entender como uma crise de ciúmes. Detalhe: ambos eram casados. A comunidade local, especialmente as mulheres, deram queixa ao padre da paróquia local acusando-a de enfeitiçar os homens. Seu destino foi ser queimada viva.

Traição

Caso ainda mais bizarro foi o que aconteceu com Ursulina de Jesus em 1754, queimada como herege após ser acusada de praticar bruxaria pelo próprio marido, Sebastião. Ele era um homem de certa importância na então jovem cidade de São Paulo, ao participar de algumas entrada dos bandeirantes à procura de ouro.

Consta que ela estaria retirando a virilidade de seu marido para evitar que ele tivesse filhos. Nos relatos encontra-se até o depoimento da amante de Sebastião, Cesária, que o apoiava e dizia que estavam tentando ter filhos mas que era impossível. Sebastião casou-se com Cesária dois anos após a morte de Ursulina e não há registros de filhos.

Padre Luís e Poções

Outra das bruxas de São Paulo foi Maria da Conceição, morta em 1798, queimada em uma fogueira perto do Convento São Bento, no centro antigo de São Paulo. Maria era uma conhecida mulher da localidade, que preparava alguns remédios para curar doentes, algumas poções para atrair homens e gozava de uma certa reputação. Por motivos incertos, ela arrumou problemas com um padre conhecido somente como padre Luis. Ao que parece, ele era radicalmente contra o que ela fazia e conseguiu levá-la a julgamento por bruxaria.


Por Danilo Corci


- Douglas Phoenix -

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

História do Tarô

Teorias e crenças à parte, ninguém sabe exatamente de onde veio ou o motivo da invenção do tarô. Tudo o que sabemos é que não há qualquer registro, pintura, literatura ou qualquer coisa que se pareça com o tarô, ou a jogos de cartas no geral, muito anterior à época da Renascença (1400-1600). Os mais antigos tarôs e documentos relacionados datam do final do século XIV.

Hoje existem três museus sobre o tarô:

  • Museu Fournier (Ávila, Espanha)
  • Museu da Cidade (Marselha, França)
  • Museu da U.S. Games (Stamford, EUA)

Também podem ser encontrados documentos e decks de tarô variados nos principais museus do mundo, tais como o Louvre (França).

As primeiras cartas do tarô não tinham nome nem numeração, somente sua expressão simbólica. Entre 1500 e 1600, começaram a surgir as primeiras cartas com numeração e nominação. O número de cartas também variava – foram encontrados tarôs com mais de 90 cartas. Por volta de 1690, todos os tarôs da Europa já tinham sua estrutura fixa com 78 cartas e numeração e nominação específicas, mas não existe um consenso de como ou porque se chegou a essa estrutura.

O tarô era exclusivamente europeu até sua chegada aos Estados Unidos entre 1870 e 1920. No Brasil e demais países da América do Sul, apareceu somente entre 1945 e 1980.

Um dado interessante é que as cartas não se chamavam tarô, nem cada uma delas chamada de arcano. Nos primeiros registros, no final do século XIV, o tarô era chamado de ludus cartarum. Depois, entre 1400 e 1450, de naibis. Posteriormente, entre 1450 e 1590, começou a ser chamado de tarocco ou tarochino. Foi precisamente em 1592, na fundação de uma associação de artesãos franceses, que a palavra tarot surgiu. Finalmente, a partir de 1850, as unidades passaram a ser chamadas de arcanos.

Desde seu aparecimento na Europa, no final do século XIV, até o final do século XVIII, as cartas eram vistas de forma lúdica e mística. Nenhum ocultista deu importância ao seu significado simbólico e oracular até 1775.O tarô era visto como uma atividade feminina, e o primeiro homem a jogar tarô em sua forma oracular foi o parisiense Etteila, por volta de 1780/85. Pamela Smith foi a primeira mulher a desenhar um tarô (Rider-Waite), em 1910.

Somente a partir do século XIX, o tarô começou a ser estudado definitivamente pelos grandes ocultistas. No século XX, se popularizou entre esotéricos e exotéricos. Antes disso, também não existia nenhum livro sobre o tarô escrito por uma mulher.

Fonte: livro “Curso Completo de Tarô” (Nei Naiff)


- Douglas Phoenix -

Oráculos: fatalidade e livre-arbítrio

Previsões meteorológicas dizem sem muita precisão se vai chover no feriadão. Analistas prevêem quedas no mercado financeiro. Profissionais de várias áreas se especializam em técnicas que pretendem prever o futuro, ou algumas situações possíveis. Após séculos tentando prever o que nos aguarda, ainda não sabemos o que acontecerá amanhã.

O ser humano sempre se preocupou em saber as possibilidades do seu destino, para se preparar para ele ou tentar combater as alternativas indesejáveis. Nas civilizações antigas, as adivinhações eram ligadas às previsões do tempo, da astrologia ou da astronomia, por exemplo. O futuro era lido em números, animais e consultas aos espíritos. Alquimistas, magos, bruxos e outros visionários interpretavam fenômenos naturais e sobrenaturais. Muitos locais onde se faziam previsões eram chamados de oráculos. As pessoas que faziam previsões também eram conhecidas como oráculos. Eles ajudavam os homens a compreender os desígnios dos deuses e eram consultados antes de decisões importantes.

Havia também os oráculos transmitidos através dos sonhos, nos rituais de cura chamados “mântica por incubação”. Asclépio, mestre em medicina e filho de Apolo, tinha seu santuário mais famoso em Epidauro. Lá, os doentes passavam a noite e esperavam que o deus indicasse a cura para as doenças através das profecias recebidas durante o sonho.

Além de Epidauro, o oráculo mais famoso ficava na região montanhosa de Delfos, local religioso mais importante do mundo grego, considerado o centro do mundo e representado pelo “omphalós” , a pedra em forma de umbigo. Uma lenda diz que Zeus mediu o centro do mundo soltando duas águias de lugares opostos da Terra; ambas se cruzaram próximo ao Monte Parnaso, onde foi colocada a pedra. Outra lenda diz que cabras pastavam pelo monte quando se aproximaram do local de onde saíam vapores que as deixaram em convulsões.

Nesse lugar havia um oráculo mais antigo consagrado à deusa Gaia, guardado pela serpente Píton. Apolo matou a serpente e tomou o Oráculo. Derivados do nome da serpente, os nomes Pítia ou Pitonisa denominavam a sacerdotisa que recebia previsões no Oráculo de Apolo. Os vapores e a água da fonte Castália, que saíam de uma fenda do Parnaso, auxiliavam na preparação da pitonisa. Estudos científicos atuais tentam confirmar se gases encontrados nas falhas geológicas da região do Parnaso poderiam ter sido os vapores que induziam o transe das pitonisas.

Sob efeito da inalação dos vapores e possuída por Apolo, a pitonisa profetizava. Muitas vezes as palavras não faziam sentido e eram interpretadas pelos sacerdotes. A linguagem simbólica nem sempre permitia interpretações corretas, como na história de Creso, rei da Lídia, que consultou o Oráculo antes de atacar a Pérsia. Se o fizesse, destruiria um grande império, foi a resposta obtida. O rei interpretou a seu favor e, ao atacar a cidade, destruiu mesmo um grande império, o seu.

Como diz um ditado, “cada um ouve o que quer”, assim foi também com Neo, no filme “Matrix”, ao consultar o Oráculo para saber se era predestinado a salvar o mundo. No filme, a humanidade estava presa na Matrix, mundo virtual criado pela inteligência artificial que os próprios humanos criaram. Os que não aceitavam essa realidade criam na profecia que um predestinado libertaria a humanidade das máquinas. No início, Neo não acreditou ser esse herói, nem o oráculo ajudou na resposta para sua dúvida, disse que somente ele podia encontrar a verdade. A questão é o livre-arbítrio, a liberdade de fazer escolhas.

Nem sempre os oráculos permitem escolhas. As mais famosas previsões dos oráculos estão nas fatalidades de alguns personagens da mitologia, como Édipo. Quando seus pais reinavam em Tebas, souberam que se tivessem um filho, ele mataria o pai e casaria com a mãe. Quando nasceu o bebê, livraram-se dele, mas ele continuou vivo. Já adulto, Édipo soube da profecia e, pensando se tratar de seus pais adotivos, fugiu. Na estrada, brigou com Laios sem saber que era seu pai, resolveu o enigma da Esfinge de Tebas e casou a rainha Jocasta. Depois descobriu que matou seu pai e estava casado com a própria mãe.

Édipo não teve liberdade para evitar seu infortúnio. Uma das características do oráculo grego era a fatalidade, não havia como fugir do destino. Nessas histórias, os deuses mandavam prenúncios aos oráculos, mas o destino não dependia dos deuses, pois também eles eram submissos às Moiras.

Desde o nascimento até a morte, as Moiras controlavam os destinos de cada um. Cloto tecia o fio da vida; Láquesis sorteava quem ia morrer; Átropos cortava o fio no momento previsto. Esse determinismo do destino como lei imutável não aparece em todas as histórias, muitos heróis foram purificados através de sacrifícios. Pela redenção da culpa, conseguia-se o poder de moldar seu destino.

No mundo moderno não há oráculos como o de Delfos, mas ainda há vários instrumentos de adivinhações, como runas, tarô e quiromancia. Por mais que saibamos um pouquinho sobre o que nos aguarda, parece que o mais importante é o livre-arbítrio, que deve comandar as ações conscientes e facilitar o autoconhecimento. Diante disso a única saída é seguir o que dizia na entrada do Oráculo de Delfos: “Nosce te ipsum ”, “Conhece-te a ti mesmo”.


Camila Mendes


Blessed be

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Afrodite

Origem

Há duas versões sobre o nascimento biológico desta Deusa. Na versão de Homero, Afrodite nasce de modo convencional, como sendo filha de Zeus e Dione, ninfa do mar. Já na versão de Hesíodo, ela nasce em conseqüência e um ato bárbaro. Cronos, cortou os órgãos de seu pai Urano e os atirou no mar. Uma espuma branca surgiu em torno deles e misturando-se ao mar, gerou Afrodite. Sendo assim, Afrodite é filha do Céu e do Mar, a Deusa Mãe original em muitas tradições, e o primeiro fruto da separação do céu e da terra. Como foi gerada no mar, é a filha do começo, é a figura que, igual a Deusa original, volta a unir as formas separadas de sua criação. Nesse sentido, Afrodite "nasce" quando as pessoas recordam, com alegria, o vínculo que une os seres humanos com os animais e com toda a natureza e ainda, quando percebem esse vínculo como uma realidade clara e sagrada. O mito sugere que isso aconteceu mediante o amor. A união se converteu em reunião, pois o amor que gera vida se faz eco do próprio mistério da vida.
O nome de Afrodite, surge da mesma forma que seu nascimento: "afrós" significa "espuma" em grego. Contudo, o útero do mar que a acolheu e alimentou o sêmen do céu não foi concebido como uma concha até que Botticelli a imortalizou com a dita imagem (kteís, a palavra grega que designa a concha, significava também os genitais femininos).
Seu nome latino, Vênus, é a raiz da expressão "doença venérea". A sexta-feira (vendredi, em francês), dia da semana, era-lhe consagrada (Veneris dies).
Afrodite também era chamada "Dionéia" como sua mãe. "Anadómene", isto é, "saindo das águas". Possuía um cinto onde estavam encerradas as graças, os atrativos, o sorriso sedutor, o falar doce, o suspiro mais persuasivo, o silêncio expressivo e a eloqüência dos olhos. Conta-se que Hera o pediu emprestado a Afrodite para reanimar a paixão de Zeus e para vencê-lo na causa dos gregos contra os troianos.
Afrodite chegou à Grécia vinda do Chipre e, antes disso, desde Mesopotâmia. Era portanto, uma Deusa muito antiga, tão antiga como o tempo, entretanto, no Monte Olimpo era uma divindade de aparição recente, cujo papel havia sido reduzido, pois sua esfera de atuação era tão somente as paixões humanas. As divindades anteriores tem maior transcendência: tendem a ser deidades que realizam todo tipo de obra. Porém quando é esculpida e pintada com seus animais e pássaros, os golfinhos, o bode macho, o ganso, o cisne e a pomba, pode-se vislumbrar claramente sua antiga linhagem. Como Deusa do mar, se desliza por cima das ondas sobre o lombo dos delfins; como Deusa dos animais, faz com que o desejo os impulsione, atraindo-os entre si; como Deusa da terra em seu aspecto fértil, através da chuva reúne o céu e a terra, e faz com que as sementes da terra úmidas brotem raízes raízes e folhas.
Como Deusa do céu, viaja pelo ar em carruagens de cisnes e gansos, e se senta sobre um trono de cisnes.
Afrodite rege o céu, a terra, as ondas e a todas as criaturas vivas. "Foi ela que deu o germe das plantas e das árvores, foi ela que reuniu nos laços da sociedade os primeiros homens, espíritos ferozes e bárbaros, foi ela que ensinou a cada ser a unir-se a uma companheira. Foi ela que nos proporcionou as inúmeras espécies de aves e a multiplicação dos rebanhos. O carneiro furioso luta, às chifradas, com o carneiro. Mas teme ferir a ovelha. O touro cujos longos mugidos faziam ecoar os vales e os bosques abandona a ferocidade, quando vê a novilha. O mesmo poder sustenta tudo quanto vive sob os amplos mares e povoa as águas de peixes sem conta. Vênus foi a primeira em despojar os homens do aspecto feroz que lhes era peculiar. Dela foi que nos vieram o atavio e o cuidado do próprio corpo." (Ovídio).
Igual a Inanna-Isthar, Afrodite encarnava a estrela mais brilhante do céu, a estrela da manhã e do entardecer que chamamos por seu nome romano, Vênus. O templo micênico chipriota do século XII a. C. consagrado a Afrodite estava decorado com uma estrela e com uma lua crescente e também com a pomba.
Afrodite é uma divindade da Lua Cheia, a qual sustenta e nutre a vida. Seus poderes são maduros, cheios de vida e poderosos, mas ela também protege ferrenhamente tudo aquilo que cria. Por simbolizar o amor e a fertilidade, seus símbolos são as vacas, cervos, cabras, ovelhas, pombas e abelhas.
A Deusa presidia ainda, os casamentos, os nascimentos, mas particularmente à galanteria.


Amores

Na mitologia tardia, Afrodite estava casada com Hefesto, o coxo, o deus que como o vulcão, produzia o fogo nas profundezas da terra. É filho de Hera que, como deus ferreiro, forjava os relâmpagos para Zeus. Conta-se que seu pai, Zeus, a entregou como esposa à Hefesto, para castigar o seu orgulho. A Deusa aceitou, pensando que o deus ferreiro seria fácil de contentar.
São inumeráveis os episódios que a relacionam com relações amorosas infiéis.
A relação adúltera de Afrodite com Ares, o deus da guerra, alternadamente valente e covarde, porém sempre indisciplinado, foi descoberta por Hefesto.
Com Ares, a Deusa teve três filhos: uma filha, Harmonia e dois filhos, Deimos (Terror) e Fóbos (Medo). A união entre estes dois deuses, o amor e a guerra, são duas paixões incontroláveis, as quais se em perfeito equilíbrio, poderiam estabelecer a harmonia.
Afrodite também uniu-se a Hermes e dessa união nasceu um deus Hermafrodito, que herdou a beleza de ambos os pais, trouxe igualmente consigo seus nomes, e teve as características sexuais de ambos. Como um símbolo, este deus pode representar a bissexualidade ou a androginia.
Com Dionísio procriou a Príapo, um feio menino de grandes genitais.
Eros (Cupido), deus do amor, foi o filho mais famoso de Afrodite. Armado com seu arco, desfechava as setas do desejo no coração dos deuses e dos homens. Entretanto, mitos posteriores descrevem-no como filho ilegítimo de Afrodite. Com o tempo, passou a ter sua força diminuída e o que hoje conhecemos dele é a representação sob a forma de um bebê de fraldas com um arco e flechas, conhecido com o nome de Cupido.
Sob o nome romano de Vênus, viu Anquines cuidando de seu gado em uma certa montanha, enamorou-se . Fingindo ser uma jovem muito linda, arrancou fervorosa paixão dele. Mais tarde, revelou sua real identidade e contou que concebera um filho, o piedoso Enéias, que foi o lendário fundador de Roma.
Os romanos consideravam Vênus sua mãe ancestral e a cidade de Veneza recebeu este nome em sua homenagem.

Mitos

Julgamento de Paris

Nada é mais célebre do que o julgamento de Paris e a vitória conquistada por Afrodite sobre Hera e Atena, apesar das suas rivais terem exigido dela que, antes de qualquer coisa, deveria tirar o seu temível cinto. A história se passou, mais ou menos assim:
Todos os Deuses Olímpicos, menos Éris, Deusa da Luta e da Discórdia, uma Deusa Menor, foram convidados para o casamento de Peleu, rei de Tessália, com a bela ninfa marítima Tétis. Mas Éris apareceu mesmo sem ser convidada e resolveu vingar-se pela desconsideração. Ela interrompeu as festividades atirando uma maçã de ouro onde estava gravado "para a mais bela" entre as convidadas reunidas.
A maçã rolou pelo chão e foi imediatamente reivindicada por Hera, Atena e Afrodite. Cada uma sentiu que a maçã era legítima e merecidamente sua. Elas não podiam, certamente, decidir entre si qual era a mais bonita, portanto apelaram pela decisão de Zeus. Ele recusou fazer a escolha, e as enviou ao pastor Páris, um mortal que sabia apreciar as mulheres bonitas; ele seria o juiz.
As três Deusas encontraram Páris vivendo a vida bucólica com uma ninfa dos montes nos declives do monte Ida. Sucessivamente, cada uma das três bonitas Deusas esforçaram-se para influenciar sua decisão com um suborno.
Hera ofereceu-lhe poder sobre os reinos da Ásia se ele lhe concedesse a maçã. Atenas prometeu-lhe vitória em todas as batalhas. Afrodite ofereceu-lhe a mulher mais bonita do mundo. Sem hesitação Páris declarou Afrodite a mais bela, e ofereceu-lhe a maçã de ouro, incorrendo portanto no ódio eterno de Hera e Atenas. O Destino acabou selando o amor que já havia sido despertado entre Páris e Helena. Mas, ao optar pela beleza e o amor, não só rechaçou a maternidade, a castidade, mas também perdeu a proteção de Hera e Atena, que acabaram ajudando os gregos.

Adonis, Filho e Amante

Adonis nasceu de uma árvore de mirra, segundo conta uma lenda. Ele era filho de uma relação incestuosa de Mirra e seu pai, Ciniras, rei de Pafos. De acordo com uma versão dessa história, a própria Afrodite teria motivado essa paixão proibida pelos seguintes motivos: porque a mãe de Mirra teria negligenciado venerar Afrodite. De qualquer forma, ela se aproximou do pai disfarçada e no escuro, e se tornou sua amante secreta. Depois de diversos encontros clandestinos, ele descobriu que a tal mulher era a sua própria filha. Tomado de horror e de repugnância, induzido pela necessidade de puni-la, ele tentou matá-la. Grávida e desesperada e ainda,quando seu pai estava a ponto de alcançá-la, orou aos deuses para que a salvassem.
Por ordem divina, para protegê-la da ira do pai, pois ela foi transformada em uma árvore de mirra, de modo, que sua gravidez se converteu na gravidez da árvore. Dez meses depois, a árvore se abriu e Adonis nasceu. Ele é portanto, meio-humano e meio-divino.
Tão belo era o bebê que Afrodite o ocultou em um baú e o deu a Perséfone para que o cuidasse. Porém, quando a Deusa o vê, decide ficar com ele, enquanto que Afrodite decide que o quer de volta. Afrodite apelou então para Zeus, que julgando as exigências, permite que Adonis passe parte do ano com Perséfone e a outra parte com Afrodite.
Adonis cresceu e se transformou num lindo rapaz, amado e protegido por Afrodite. Porém um dia, contra seu conselho, foi caçar um javali selvagem e por circunstâncias do destino é morto pelo animal. Afrodite escuta seus gemidos e vai buscá-lo com sua carruagem puxada por aves, porém já o encontra sem vida e ensangüentado. O sangue era tão brilhante que a Deusa o transforma em uma flor, a anêmona, que cresce na primavera nas ladeiras das colinas.
Adonis, como deus da vegetação, do trigo e de todas as formas de vida visíveis, que crescem e morrem, deve morrer para que tudo viva, do mesmo modo que Osíris e Atis (há um javali que também o mata em certos relatos). O javali encarna o aspecto masculino da Grande Mãe. A Deusa sacrifica o amante para que possa renascer como filho e o filho-amante deve aceitar a morte, porque é a imagem do ser encarnado que, como a semente, regressa à fonte que o originou; enquanto a Deusa, aqui o princípio contínuo da vida, permanece para produzir novas formas a partir de seu inesgotável depósito.

Ira da Deusa

Embora seja considerada a Deusa do Amor, Afrodite não foi muito amável com seus adversários, sendo muito vingativa e impiedosa nas suas vinganças. Para punir o deus Sol (Apolo) da indiscrição de haver advertido Hefesto do seu adultério com Ares, tornou-o infeliz em quase todos os amores. Perseguiu-o mesmo pelas armas, até os seus descendentes. Castigou da mesma maneira, a musa Clio, que havia censurado o seu amor por Adonis.
Fedra foi outra vítima do poder de Afrodite. Era a madrasta de má sorte de Hipólito, jovem elegante que tinha se dedicado a Ártemis e a uma vida de celibato. Afrodite usou Fedra como instrumento de seu descontentamento com Hipólito, que se recusou honrar a Deusa do amor ou seus ritos. Afrodite motivou Fedra a apaixonar-se perdidamente por seu enteado.
No mito, Fedra tentou resistir à paixão, lutou contra seu desejo ilícito e ficou doente. Finalmente, uma criada descobriu a causa de sua miséria, e aproximou o jovem em favor dela. Ele ficou tão insultado e horrorizado diante da sugestão de ter um romance com sua madrasta que irrompeu num discurso longo e alto, que ela pode ouvi-lo.
Humilhada, Fedra se enforcou, deixando uma nota suicida acusando falsamente Hipólito de tê-la estuprado. Quando seu pai Teseu retornou para encontrar sua esposa morta e a nota, chamou Poseidon, deus do mar, para matar o filho. Enquanto Hipólito dirigia sua carruagem pela praia, Poseidon enviou enormes ondas e um monstro marinho para amedrontar os cavalos. A carruagem tombou e Hipólito foi levado de rastos até a morte. Dessa forma Afrodite se vingou, às custas de Fedra.

Fonte: Rosane Volpatto


- Douglas Phoenix -

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Livreto Mágico: Amuletos e Talismãs: A Magia dos Artefatos Mágicos

Caros leitores do blog, venho aqui divulgar um dos trabalhos de meu estimado amigo e um dos grandes divulgadores da cultura pagã no Brasil, Rafael Nolêto.

Um de seus trabalhos é esse ao lado - Amuletos e Talismãs: A Magia dos Artefatos Mágicos - em que fala sobre a diferença entre amuletos e talismãs, dicas para fazer seu próprio talismã, talismãs históricos de várias culturas e muito mais.

A venda é feita para todo o país.

Para mais informações entre em contato com o autor através do e-mail: rafaellugh@gmail.com



- Douglas Phoenix -

Entendendo melhor os Espíritos

Por Douglas Phoenix

Muitos os confundem com seres aterrorizadores, outros como pura imaginação. Na verdade os espíritos são pessoas desencarnadas, ou seja, que não estão em corpo físico.
Esses seres são estudados desde os tempos antigos e já foram feitas várias teorias sobre sua existência. Os espíritos estão por todos os lugares, enquanto você está aí lendo esse texto, mais de trezentos desses seres provavelmente já passaram por você.
Mas agora você deve estar se perguntando: se existem vários espíritos presentes todo o tempo por que nem sempre é possível sentir sua presença?
A resposta é clara: Energia. Assim como nós, os espíritos têm um fluxo de energia que os fazem ser o que são, mas só alguns têm uma energia forte o suficiente para ser sentida por pessoas. E só algumas mais sensíveis conseguem senti-los.
Em alguns casos os espíritos podem nos contactar em busca de ajuda, outras vezes podem se fazer presentes para oferecê-la.
Espíritos podem ser divididos em três tipos:
1. Espíritos “Não-evoluidos” - São espíritos que por algum motivo ainda estão presos a terra, por isso não podem evoluir. Eles são taxados de espíritos maus, pois mesmo sem querer estão fazendo mal a várias pessoas, mas tudo que eles querem pode ser ajudar e ser ajudados. São vários os motivos que podem manter um espírito ligado à vida terrena, alguns deles são:
* Chorar muito por alguém que morreu - O choro contínuo dos vivos não os deixa em paz.
* Vingança – Geralmente quando a pessoa é morta por algum motivo de briga, assassinato ou traição, sua energia vingativa se torna muito grande e o espírito permanece entre nós para vingar sua morte, mesmo que machuque várias pessoas inocentes em busca de sua vingança.
* Coma – Teorias afirmam que muitas pessoas que estão em coma há muitos anos ficam presas entre dois mundos e acabam por perturbar pessoas, tentando fazer com que alguém as escute.
* Segredos - Muitos têm segredos tão grandes que precisam revelá-los mesmo após a morte.
* Não aceitação - São os que não aceitaram que estão mortos.
2. Espíritos “em desenvolvimento”- São espíritos no caminho da mudança, eles estão aprendendo como podem crescer em sabedoria.

3. Espíritos “Desenvolvidos”- São espíritos que completaram seu estágio de desenvolvimento e que então ajudam os outros espíritos e aos vivos também, na medida do possível, segundo algumas fontes esses espíritos não mais reencarnam, pois já completaram sua jornada na terra.
Certos cuidados também devem ser tomados, pois seres espirituais podem ser muito poderosos. Nunca se deve insultar ou brincar com um espírito, pois isso pode resultar em uma reação negativa por parte dele. Em qualquer caso de perturbação é recomendável buscar ajuda de alguém mais experiente. Os verdadeiros médiuns não cobram nada para ajudar. Caso você se perturbe com alguma presença a primeira coisa a fazer é orar, não apenas rezar essas frases ensaiadas, mas sim proferir palavras de fé verdadeira, direcionando energia para que o espírito siga para a Luz.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

DEUSAS: Kali, a Deusa Negra

Kali é uma das divindades mais cultuadas do Hinduísmo. Apresenta-se com aspecto terrível e a tradição inclui sacrifícios animais e antigamente humanos -- segundo observado ainda pelos colonizadores ingleses no século XIX. No entanto, no paganismo ela é a verdadeira representação da natureza e é também considerada por muitas pessoas a essência de tudo o que é realidade e a fonte da existência do ser.

Deusa da morte e da sexualidade, Kali - cujo nome, em sânscrito, significa "negra" - é a esposa do deus Shiva, segundo o tântrismo é a divina Mãe do universo, destruidora de toda a maldade. É representada como uma mulher exuberante, de pele escura, que traz um colar de crânios em volta do pescoço e uma saia de braços decepados - expressando, assim, a implacabilidade da morte.


A lenda conta que, numa luta entre Durga e o demônio Raktabija, este fez o desespero de Durga com um maléfico poder: cada gota do sangue se transformava em um demônio. Durga e Shiva, ao tentar matar os vários demônios que surgiam a cada gota de sangue, cortavam a cabeça (e daí nasciam mais e mais demônios). Já em desespero, surge Kali, que cortava as cabeças e lambia o sangue (daí representado pelo colar de cabeças, pela adaga e a língua de fora). Assim, dizimou os demônios-clones de Raktabija.


Mas Kali não é uma deusa do mal pois, na verdade, o papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Os devotos são recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos. Kali é a destruidora do demônio Raktabija. Ela é também uma das formas da deusa Parvati, esposa de Shiva. A figura da deusa tem quatro braços, o corpo pintado de vermelho sombrio, os olhos ferozmente arregalados, os cabelos revoltos, a língua pendente, os lábios tintos de hena e bétele.

No pescoço traz um colar de cabeças humanas, e nos flancos uma faixa de mãos decepadas. Sempre é representada em pé sobre o corpo caído do esposo Shiva.
Apesar da aparência malvada, Kali é só mal compreendida pelas pessoas. Ela mostra o lado escuro da mulher e a verdadeira força feminina. Kali é venerada na Índia como uma Mãe.


(Texto retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Kali)


- Douglas Phoenix -

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Carnaval: desfile de respeito


O carnaval é uma festa de felicidade, em que vários gostos e ritmos se misturam causando essa explosão, sendo que o carnaval brasileiro é o mais diversificado e multicultural do mundo. Na noite de ontem, 14 de fevereiro, aconteceu o 1º Dia de Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, como sempre veio exibindo uma grande mistura de cores e alegria, mas esse ano houve algo a mais.

A Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense baseou sua apresentação no tema - Respeito Religioso - em que trouxe uma pequena demonstração das diversas crenças e religiões do mundo, em especial o Brasil. Ela trouxe várias alas apresentando a cultura indígena e africana, além do cristianismo, judaísmo, islamismo e hinduísmo, trazendo também no final uma alegoria mostrando todas essas crenças unidas em pró da paz.


Além do tema super interessante, o que deu mais destaque a apresentação foi o seu samba enredo que encantou a todos com sua letra espetacular, falando sobre a miscigenação de culturas do Brasil e do respeito religioso que tanto buscamos, como o próprio samba diz: "A luz de Deus é a chama da paz [...], Brasil: país de todos os Deuses".


Isso mostra que cabe a nós colocar esse respeito em prática, mesmo que muitos não sigam esse conceito e acabem por nos ofender, devemos tomar a iniciativa e fazer a diferença, pois é só num mundo em que cada um sabe respeitar o próximo é que poderemos conviver em harmonia e felicidade.


Viver no verdadeiro intuito do carnaval é um desafio que vale apena ser enfrentado.


- Douglas Phoenix -

Bruxaria: busca pessoal



A Bruxaria consiste basicamente no descobrimento de si mesmo, uma busca individual no interior de nossa alma para nos conhecer e assim enxergar verdadeiramente o mundo a nossa volta, visando tudo como parte de nós mesmos, cada pedra, cada grão de areia e cada molécula de ar, absolutamente tudo faz parte de nós e nós fazemos parte de tudo.

Essa busca pessoal é confundida como solitária, na verdade é convivendo com o mundo a nossa volta que descobrimos a nós mesmos. Sabendo sentir a magia em cada momento, num sorriso amigo, numa ofensa, na respiração, um um desafeto, tudo pode nos ensinar algo e sabendo ouvir essas lições é que vamos conhecendo nós mesmos.


Muitos bruxos, neófitos ou não, se baseiam exclusivamente em rituais escritos em folhas de papel ou achados na Internet, mesmo que se tenha escrito o próprio ritual, ainda sim precisa senti-lo, não apenas fazer por que achou que assim ficaria melhor, mas fazer sentindo cada movimento que se faz, sentindo o fluxo de energia que emana de você indo em direção ao universo.


Muitos praticantes realmente acreditam que só porque leram vários livros tem um vasto conhecimento, quando na verdade os antigos seguidores da crença não escreviam absolutamente nada, eles não leram enormes livros estrangeiros ou tiveram vários instrumentos, eles se baseavam, muitas vezes no que sentiam, o conhecimento deles era dado pela maneira com que eles olhavam o mundo. Muitos bruxos que conheço só chegaram a ler no máximo uns dois livros de Bruxaria, mas são dotados de vastos conhecimentos, muitos que apenas me dei conta quando tive uma conversa com eles.


Não estou dizendo que se deve parar de ler os livros a cerca do tema, mas sim que não devemos achar que iremos ficar sábios só porque lemos livros, temos que saber conciliar o conhecimento que outros descobriram, o que torna nosso caminho mais fácil, e o que descobrimos com nossas experiências.


Esse caminho de conhecimento nunca tem fim, a cada dia aprendemos coisas que antes não percebemos, temos que ficar atentos a nosso universo e mesmo assim nos mantermos ligados aos diversos universos a nossa volta. Saber reconhecer a magia em cada instante é o verdadeiro significado da Bruxaria.



- Douglas Phoenix -



sábado, 13 de fevereiro de 2010

Religiosidade Cigana





Origem


Feiticeiros, andarilhos, artistas... Quem são os ciganos? Qual é a sua origem? Para onde caminham?

Muitos talvez nem imaginam que esse povo começou a imigrar da Índia por volta do século 16 a.c. mas, como uma cultura em constante fuga ao controle da história, existem mais versões do que fatos concretos. É certo que eles passaram pelo Egito, Grécia, Irã, Ásia Ocidental, Romênia, e já no século 15 podiam ser encontrados por toda a Europa. Perseguidos, excomungados, tachados de bruxos ou odiados pela sociedade que não conseguiam submetê-los, os ciganos sobreviveram graças as força da sua alma indomável. Força essa que não lhes faltava nem a beira da morte, quando aguardavam o extermínio com palmas e cantos.

Os ciganos chegaram ao Brasil no século XVII, como degredados ou enviados de Portugal para trabalhar como ferreiros e ferramenteiros. Os do grupo Kalon, foram os primeiros a chegar e marcaram a sua presença fortemente nesta terra. Eles eram católicos, mas conheciam os mistérios da Mãe Natureza e sabiam que os queridos ancestrais, podiam se comunicar, apesar de habitarem outros mundos.


O Credo

Os ciganos não possuem pajés ou curandeiros, ou ainda um feiticeiro em particular, pois cada cigano e cigana tem seus talentos para a magia, possui dons místicos, sendo portanto um feiticeiro em si mesmo. Todo povo cigano se considera portador de virtudes doadas por Deus como patrimônio de berço, cabendo à cada um desenvolver e aprimorar seus dons divinos da melhor e mais adequada maneira.

Existem autores que citam que cada grupo cigano tem seu feiticeiro particular denominado kakú, porém isso pode variar de clã para clã, para alguns essa palavra significa apenas tio.

O ciganos não são politeístas. Adoram e veneram um só Deus, mas tais como vários povos viveram e vivem em estreito contato com a natureza, vêem as naturais manifestações desta como divindades. Assimilam dos astros do céu, abençoam e pedem bençãos à chuva, as águas dos rios, cachoeiras, às árvores das matas, respeitando os trovões, a força devastadora dos raios e o fogo, que aquece, protege e purifica. Admiram os pássaros, as flores, os animais, toda a forma de vida que brota da natureza, pois entendem que todas são maneiras de Deus se revelar aos homens, sendo tratados portanto com carinho e respeito. Eles compreendem que o ar é energia vital, o elemento vivificante da vida e oram para que as ventanias, tufões e vendavais não destruam seus acampamentos e seus lares (tendas).

O povo Cigano é místico por essência e trazem latente na alma a religiosidade e o amor pelas divindades e, dentro de seu mundo espiritual, mantém seu equilíbrio e harmonia cultuando a grande Kali. Santa Sara Kali é tida como a santa do povo cigano. Hoje mais do que nunca, devido a cultura dos ciganos entrar em quase todos os países, os não ciganos passaram a conhecer e venerar o culto a Santa Sara.

Santa Sara Kali, esta presente em toda tenda cigana, com sua tradicional veste azul-céu e o rosto negro. A lenda nos conta que os inimigos do Nazareno , que naquela época não eram poucos, condenaram por diversas artimanhas as três Marias. Maria Madelena, Maria Jacobé (mãe do Tiago menor) e Maria Salomé (mãe de São João). Elas deveriam ser jogadas ao mar, numa barca sem remos ou previsões, acompanhadas tão somente de uma das escravas de José de Arimatéia, Sara a Kali ( Kali em romanês, quer dizer negra).

Esse barco teria miraculosamente apostado numa praia próxima a foz do RIO PETIT-RHÔNE, onde hoje se encontra a igreja de SAINTES-MAIES-DE-LA-MER ( Santa Marias Vindas do Mar), um lugar de peregrinação e de culto para Santa Sara Kali, que foi quem converteu os ciganos para o Cristianismo.

Das Marias, a história não guarda vestígios ou mesmo seus destinos, mas quanto a Sara, dizem que ela foi cuidada pelo povo cigano e o ajudou a tornar-se unido e a desenvolver-se como povo e como cultura.

(texto retirado do site http://www.culturacigana.com.br/)

- Douglas Phoenix -

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CONHECIMENTOS: Sensibilidade


Quem não já sentiu alguma presença ao seu lado ou uma sensação estranha?

As chamadas presenças e sensações fazem parte de algo chamado "Sensibilidade", que é um ato mediúnico muito comum. Mesmo pessoas que não possuem a mediunidade muito desnvolvida podem sentí-la, como é o caso de várias mães, que muitas vezes sentem algo de ruim com seus filhos antes de acontecer ou no exato momento.

Quanto mais uma pessoa é sensível ao mundo exterior, mais ela poderá sentir as coisas a sua volta. Sensibiliade não deve ser confundido com algo emocional, mas como uma maneira de estar atento as coisas ao seu redor.

A presença de algo ou alguém próximo a você é uma das mais notórias sensações, é como se uma pessoa estivesse ao seu lado, mas ao mesmo tempo você não pode vê-la e isso às vezes causa uma sensação de medo. Nada se tem a temer em relação a isso. Essas sensações podem ser muitas vezes pura imaginação devido a um filme ou algo que alguém lhe falou, mas também pode ser a presença de espíritos.

O mundo espiritual é uma coisa que deixa muitas pessoas com medo e outras com bastante emoção e curiosidade, e quando a sensibilidade atravessa a vida dessa pessoa, muitos tentam escondê-la ou até tentar usá-la como um modo de ganhar dinheiro ou imprecionar os outros.

A sensibilidade não só serve para sentir más vibrações, mas qualquer vibração forte, se alguém muito próximo a você sentir uma grande felicidade, você começa a ficar feliz de uma hora para outra sem imaginar de onde aquilo surgiu.

Por fim, a sensibilidade é uma das maneiras de prevenção e conexão com as coisas ao nosso redor e não tem como comandá-las, elas simplesmente acontecem e qualquer uso indevido dessa capacidade pode prejudicar pessoas e até você mesmo, não por razão desse poder, mas pelo modo que você o utiliza.

Fique mais atento ao mundo ao seu redor!

"A sabedoria do mundo pode ser vista nas coisas mais simples da vida, como o andar de uma formiga, é só saber enxergar". - Douglas Marques -


- Douglas Phoenix -

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Invisibilidade


Quantas vezes você desejou que alguém não te visse? Quantas vezes você não quis não ser percebido por alguém? Às vezes o desejo de ficar um pouco "invisível" nos toma conta por diversos motivos. No uso da magia o uso da técnica da invisibilidade é uma coisa que fascina uns e amedronta outros.

Na verdade, essa técnica não torna a pessoa invisível realmente, mas sim a deixa mais fácil de ficar despercebida, não chamando a atenção de ninguém e assim se passar por invisível.
Há várias maneiras de se realizar isso e abaixo há uma delas.

A técnica abaixo foi retirada a muito tempo por mim de um site, por isso não posso dizer qual a origem fiel do texto.


Prática:


ATENÇÃO:
É aconselhado que este exercício apenas seja realizada com a máxima concentração e seriedade! Se ainda não desenvolveu o poder da visualização, é melhor não praticar este exercício.


Feche os olhos. Imagine um círculo branco ao seu redor e imagine que a sua cor é sugada para dentro dele, até que se torne transparente. Enquanto visualiza, recite:


"Círculo de luz, círculo de poder!
Durante algum tempo
depositarei em ti a minha cor!
Por favor, a devolva ao meu pedido,
e só a mim deverás obedecer!
Torne-me invisível,
me faça movimentar sem ninguém perceber!"


Quando desejar voltar ao normal, ordene ao círculo que devolva a sua cor, agradecendo por tê-la guardado.
- Douglas Phoenix -

Jornal O Bruxo em PDF!!!



Nosso querido amigo e organizador de todo o sistema do Jornal O Bruxo, Rafael Nolêto, lança mais uma novidade. Jornal O Bruxo é um informativo pagão disponibilizado para todo o Brasil. Para saber como obter a versão impressa do jornal mande um e-mail para: rafellugh@gmail.com

Agora o informativo pagão com milhares de leitores em todo o Brasil está disponível em PDF, para download GRÁTIS! Todas as edições passadas, desde março de 2007 estão disponíveis para curiosos, colecionadores e pesquisadores do mundo místico.

Na página "Jornal O Bruxo - Arquivo", os internautas poderão ler e baixar à vontade, os arquivos estão na versão em PDF para impressão. Quem desejar pode imprimir, tirar cópias e distribuir nos encontros místicos de suas cidades!

Para pegar seu exemplar, clique no link abaixo!
Para mais informções acesse o Portal O Bruxo


- Douglas Phoenix -

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A Magia do Alho


Breve Histórico

Nos primórdios da nossa civilização já era usado pelo homem, tanto como recurso culinário como recurso terapêutico. Gravações antiquíssimas nos contam que o alho era usado como remédio por chineses, babilônios, gregos e romanos muito antes do nascimento de Cristo. Na Sicília e em outros lugares da Europa o alho cresce espontaneamente. Russos e búlgaros atribuíram ao hábito de ingerir alho a causa principal de sua saúde e vitalidade. Durante a Primeira Guerra Mundial as forças armadas britânicas usaram muito o alho para impedir infeções. No Brasil o alho é muito conhecido e usado, tanto na cozinha como na farmácia.

Seu nome botânico do Alho é Allium Sativum L., e pertence à família Liliaceae , e o bulbo é a parte utilizada.

Ação medicinal

A ação do alho como fitoterápico é expectorante, anti-séptica pulmonar, analgésica, anti-inflamatória, anti-bacteriana, tônica, hipotensora, vermífuga, hipoglicemiante, febrífuga, anti-plaquetária, anti-oxidante e hipocolesterolemizante. Diminui a viscosidade sangüínea e é anti-helmíntico. São muitas suas propriedades farmacológicas...


Ação Mística

Planeta: Marte
Elemento: Fogo

Erva extremamente protetora. Pode ser pendurado em casa para proteger. Também utilizado para fazer exorcismos. Os antigos gregos colocavam o bulbo do alho em um monte de pedras em um cruzamento como uma oferenda à Hécate.


- Douglas Phoenix -

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ESP-PE FEVEREIRO/2010 - Artes Negras - Visão geral da Magia das Trevas


O ESP -PE, Encontro Social Pagão de Pernambuco, que reune bruxos de várias práticas para o debate de temas relacionados a Bruxaria já está com o encontro de Fevereiro marcado.

No dia 21 de fevereiro de 2010, o palestrante
Anderson Enigma - discípulo de Hades, apresenta o tema "ARTES NEGRAS - visão geral da magia das trevas".

Ele irá falar sobre o conceito e uso das Artes Negras, também esclarecendo certas visões mal vistas da magia a cerca do tema.

O encontro acontece na Praça da República, em frente ao Teatro Santa Isabel, no Recife às 14:00 horas.

Para mais informações vistite o blog do ESP-PE.


- Douglas Phoenix -

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Informações


O Jornal O Bruxo Pernambuco é um blog que visa a divulgação de eventos, da cultura e de coisas que acontecem no mundo pagão, em base no estado de Pernambuco.

Se você tem algum assunto que gostaria muito de ver no blog ou está em dúvida sobre algum tema relacionado ao paganismo, estando ou não no blog, entre em contato conosco.


Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=94950349

E-mail do blog: jornalobruxo.pernambuco@gmail.com


Caso você queira falar diretamente comigo - Douglas Phoenix:

E-mail: douglas_max3@yahoo.com

MSN: douglas_max3@hotmail.com


- Douglas Phoenix -

Grupo de Estudos sobre Wicca e Neopaganismo do Recife


Tomando a iniciativa, um grupo de amigos interessados no estudo da Wicca e do Neopaganismo formaram um grupo de estudos. O grupo tem por base apostilas de conceituados escritores como Juan Duarte e Oberón.
Os estudos acontecem no centro do Recife, sempre nas tardes de domingo, às 14:30 hs. O grupo de estudos se reúne, geralmente, na praça de alimentação do Shopping Paço Alfândega no Recife Antigo.


Para mais informações, se comunique com o administrador do grupo, André Raven.
E-mail: tradicaotelurica@yahoo.com.br

MSN: andre-raven@hotmail.com


Roda Sul: Lammas


Hemisfério Norte: 1 de Agosto
Hemisfério Sul: 2 de Fevereiro


Conhecido como Lughnasadh, Véspera de Agosto e Primeiro Festival da Colheita, o Sabbat Lammas é o Festival da Colheita. Nesse Sabbat (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra, e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.

Lammas era originalmente celebrado pelos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.


A confecção de bonecas de milho
(pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabbat Lammas. As bonecas (ou bebês da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar do Sabbat para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. é costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Lammas são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de olmo.


Incensos:
aloé, rosa e sândalo.
Cores das velas:
laranja e amarela.
Pedras preciosas sagradas:
aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
Ervas ritualísticas tradicionais:
flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.

Ritual do Sabbat Lammas


Comece marcando um círculo com cerca de 3 m de diâmetro. Erga um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat. à esquerda (oeste) da vela, coloque um cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de milho e uma do Sabbat Lammas do ano anterior.

À direita (leste da vela), coloque um incensório com incenso de sândalo ou de rosa, e um prato com sal, pó ou areia para representar o elemento Terra. Diante da vela (sul) coloque um punhal consagrado e uma espada cerimonial consagrada.


Salpique um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo leste, trace o círculo com a ponta da espada cerimonial, movendo-a de modo destrógiro, enquanto diz:
COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU CONSAGRO E TE INVOCO, OH CíRCULO DE MAGIA E LUZ DO SABBAT. SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEçãO INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Coloque de volta no altar a espada cerimonial. Acenda a vela e diga:
NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO FOGO.

Acenda o incenso e diga:
NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO AR.

Segure o punhal na mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga:
NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO TERRA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga:
NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO áGUA.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a boneca nova de milho e coloque-a à direita da vela, e diga:
OH SENHORA DA COLHEITA, EU TE AGRADEçO POR NOS SUSTENTAR NAS PRóXIMAS ESTAçõES E PELA GENEROSIDADE DESTA COLHEITA. ASSIM SEJA.

Pegue a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabbat:
SENHORA DA COLHEITA DO PASSADO, QUEIME AGORA. à DEUSA VóS DEVEIS VOLTAR. ABENÇOAI-ME COM A SORTE E O AMOR DO DEUS E DA DEUSA ACIMA. ASSIM SEJA!

Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo em movimento levógiro com a espada cerimonial. Enterre as cinzas da antiga boneca de milho, como oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova para o próximo Sabbat Lammas.



Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich


- Douglas Phoenix -

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Hostgator Discount Code