sábado, 31 de julho de 2010

RODA SUL: IMBOLC (CANDLEMAS)


Hemisfério Norte: 2 de Fevereiro
Hemisfério Sul: 1o de Agosto

Também conhecido como Imbolc, Oimelc e Dia da Senhora, Candlemas é o Festival do Fogo que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabbat é o de Brígida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.

Esse Sabbat representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo" simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, ou vassoura da bruxa, tradicionalmente realizado pela Alta Sacerdotiza do Coven, que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.

Na Europa, o Sabbat Candlemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e os espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.

A versão cristianizada da procissão de Candlemas honra a Virgem Maria e, no México, ela corresponde ao Ano Novo Asteca.

Incensos: manjericão, mirra e glicínia.
Cores das velas: marrom, rosa, vermelha.
Pedras preciosas sagradas: ametista, granada, ônix, turquesa.
Ervas ritualísticas tradicionais: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores amarelas.


Ritual do Sabbat Candlemas

Comece erigindo o altar voltado para o norte. Diante dele coloque uma vassoura de palha. Prepare uma coroa com 13 velas vermelhas e coloque-a no centro do altar. Em cada lado da coluna, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat. à esquerda, um incensório com incenso apropriado e um ramo de sempre-viva. Pode também ser usado um galho da árvore ou da guirlanda do Natal anterior como decoração do altar. à direita coloque um cálice com água (água fresca de chuva ou neve derretida, se possível), um pequeno prato com pó ou areia e um punhal consagrado.

Marque um círculo com cerca de 3m de diâmetro em torno do altar, usando giz ou tinta branca. Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace o círculo na direção destrógira com a espada cerimonial sagrada ou com uma vara de salgueiro dizendo: COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU TE CONSAGRO E TE INVOCO, OH CíRCULO DE SABBAT DE MAGIA E LUZ. NO NOME SAGRADO DE BRíGIDA E SOB A SUA PROTEçãO ESTE RITUAL DE SABBAT AGORA SE INICIA.

Coloque a espada cerimonial no altar diante da coroa de velas. Acenda as duas velas do altar e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREçO ESTE SíMBOLO DO FOGO. ASSIM SEJA. Acenda o incenso e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREçO ESTE SíMBOLO DO AR. ASSIM SEJA. Peque o punhal com a mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no pó ou areia e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREçO ESTE SíMBOLO DA TERRA. ASSIM SEJA. Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREçO ESTE SíMBOLO DA áGUA. ASSIM SEJA.

Coloque o punhal de volta no altar. Acenda o ramo de sempre-viva e visualize na sua mente a escuridão do Inverno se desfazendo, sendo substituída pela luz agradável da nova Primavera. Coloque o ramo ardente no incensório e diga: ASSIM COMO ESTE SíMBOLO DO INVERNO é CONSUMIDO PELO FOGO, DA MESMA FORMA A ESCURIDãO é CONSUMIDA PELA LUZ. ASSIM SEJA.

Acenda a coroa de velas e coloque-a cuidadosamente no topo de sua cabeça. Quando este ritual de Sabbat é realizado por um Coven, é costume o Alto Sacerdote acender as velas e colocar a coroa sobre a cabeça da Alta Sacerdotiza. Pegue o punhal com a mão direita e segure-o sobre seu coração, enquanto diz: COMO A DOCE CIBELE, EU USO UMA COROA DE FOGO EM TORNO DA MINHA CABEçA. COMO DIANA, ABENçOADA DEUSA DA SABEDORIA, EU ACENDO AS VELAS VERMELHAS PARA FAZER BRILHAR UMA LUZ SOBRE A MINHA PRECE DE PAZ E AMOR SOBRE A TERRA. OUçAM-ME, OH, ESPíRITOS DO AR, OS ESPíRITOS ABAIXO E OS ESPíRITOS ACIMA. ASSIM SEJA.

Coloque o punhal de volta no altar e termine o rito varrendo o círculo em direção levógira com uma vassoura para desfazê-lo e simbolizar a "destruição" das coisas velhas. Apague as velas e devolva a coroa ao altar.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

RODA NORTE: LUGHNASADH (LAMMAS)


Hemisfério Norte: 1o de Agosto
Hemisfério Sul: 2 de Fevereiro

Conhecido como Lughnasadh, Véspera de Agosto e Primeiro Festival da Colheita, o Sabbat Lammas é o Festival da Colheita. Nesse Sabbat (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra, e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.

Lammas era originalmente celebrado pelos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.

A confecção de bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabbat Lammas. As bonecas (ou bebês da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar do Sabbat para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. é costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Lammas são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de olmo.

Incensos: aloé, rosa e sândalo.
Cores das velas: laranja e amarela.
Pedras preciosas sagradas: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.
Ervas ritualísticas tradicionais: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.


Ritual do Sabbat Lammas

Comece marcando um círculo com cerca de 3m de diâmetro. Erga um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat. à esquerda (oeste) da vela, coloque um cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de milho e uma do Sabbat Lammas do ano anterior. à direita (leste da vela), coloque um incensório com incenso de sândalo ou de rosa, e um prato com sal, pó ou areia para representar o elemento Terra. Diante da vela (sul) coloque um punhal consagrado e uma espada cerimonial consagrada.

Salpique um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo leste, trace o círculo com a ponta da espada cerimonial, movendo-a de modo destrógiro, enquanto diz: COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU CONSAGRO E TE INVOCO, OH CíRCULO DE MAGIA E LUZ DO SABBAT. SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTEçãO INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.

Coloque de volta no altar a espada cerimonial. Acenda a vela e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO FOGO.

Acenda o incenso e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO AR.

Segure o punhal na mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO TERRA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPíRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MíSTICO ELEMENTO áGUA.

Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a boneca nova de milho e coloque-a à direita da vela, e diga: OH SENHORA DA COLHEITA, EU TE AGRADEçO POR NOS SUSTENTAR NAS PRóXIMAS ESTAçõES E PELA GENEROSIDADE DESTA COLHEITA. ASSIM SEJA.

Pegue a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabbat: SENHORA DA COLHEITA DO PASSADO, QUEIME AGORA. à DEUSA VóS DEVEIS VOLTAR. ABENçOAI-ME COM A SORTE E O AMOR DO DEUS E DA DEUSA ACIMA. ASSIM SEJA!

Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo em movimento levógiro com a espada cerimonial. Enterre as cinzas da antiga boneca de milho, como oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova para o próximo Sabbat Lammas.

Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

domingo, 25 de julho de 2010

Os Deuses, Paganismo e Ecologia

Por Nuvem que Passa

Quando o pretenso civilizado aqui chegou e impôs sua cultura, impôs a ferro e fogo, com morte e dor, encontrou aqui uma cultura complexa, de valores ecológicos sofisticados. A sintonia com a Vida e com a Terra, vista como Mãe, é algo que nós neopagãos bem entendemos. Este é o valor mais ausente desta cultura utilitarista e consumista que se instalou no mundo: Não conseguem sentir a Vida pulsando em tudo à nossa volta, perderam o elo com a Mãe Terra, ser vivo e dinâmico, com o qual podemos criar uma relação que nos permite um grau de completude, de plenitude existencial e energética inominável.

Um dos riscos que vejo no Paganismo hoje é uma adoção de um culto formal aos Deuses, fazendo aquilo que tantos chamam de criar um "jeová" de saias. Sem a consciência ecológica não há ligação com o Divino. Sem a mudança dos paradigmas fundamentais nos quais fomos criados, que não são ecológicos, não levam a uma relação direta com a divindade sem intermediários e sentindo faces da divindade em cada aspecto da existência. Sem esses pontos-base não há paganismo. Sem perceber o sagrado na natureza e na vida como um todo não há paganismo efetivo. É minha opinião que os cultos a uma "personalização" dos deuses pouca relação tem com "sentir" e "celebrar" a os deuses, que sempre foi sentir e celebrar a própria vida em seus ciclos. Uma pessoa que se diz pagã e não possuí aguda, clara e intensa consciência ecológica é alguém diletante, alguém que apenas repete formas prontas, sem entender a essência.

Pois como estar em um movimento que busca ser uno com a vida sem ter essa consciência ecológica plenamente desenvolvida? Este me parece o primeiro ponto. Segundo ponto a debater é a questão de sentir a Divino. A percepção do sarado sem faces, da origem e fonte sempre foi um conhecimento iniciático. Pelo que pesquisei nenhum culto "popular" tinha essa concepção. Sempre neste nível mais "exotérico" o culto era a uma das faces da divindade. O conceito da Fonte sem Fronte, do divino sem face sempre esteve associado aos trabalhos já dentro dos chamados mistérios.

Estes dois níveis da religiosidade antiga nunca podem ser esquecidas quando falamos sobre os cultos ancestrais, os cultos abertos ao público e portanto os únicos que deixaram registros possíveis de serem estudados pelos historiadores tinham um outro aspecto, secreto, oculto, transmitido apenas de boca para ouvido e que sobrevive até os dias de hoje dentro destas mesmas premissas, pois me parece uma das grandes ilusões contemporâneas crer que o secreto e o sagrado estão revelados. Aliás podem até estar, já que etmologicamente revelar é velar de novo. RE-velar. Mas nunca o sagrado, o segredo, os mistérios serão revelados neste sentido que dão ao termo, pois não é o mistério que pode ser aberto à compreensão limitada de quem apenas foi condicionado pela sociedade, mas somos nós que temos que nos desenvolver, sutilizar e ampliar nossa percepção para mergulhar na vastidão onde reside o secreto e o sagrado.

Como a cor só se revela a alguém quando este alguém abre os olhos, não há como falar sobre cores a quem insiste em manter os olhos fechados. O esoterismo contemporâneo, ou, melhor dizendo, o que se convencionou chamar de esoterismo hoje, é um conjunto de idéias que remete ao transcendente, mas ir ao transcendente é algo para ser feito com plenitude, jamais apenas como conceito intelectual. Da mesma forma, o paganismo é algo que hoje precisa ser recuperado. Não está em nós, criados como civilizados, de forma "natural".

Por isso gosto do termo Neo pagão, fica claro que somos pessoas com toda uma influência cultural urbana, que pouco a pouco lutam para recuperar uma abordagem mais plena e realista da vida, que inclui o perceber da Vida em sua plenitude e da natureza como ser vivo e do qual fazemos parte. Por isso, lendo a carta do chefe Sattle a gente volta a notar como são distintos e distantes os paradigmas da cultura que fomos criados e destes povos nativos. Nossa chance é de hibridação, de fusão entre estas culturas.

Quando notamos o que aconteceu de fato aos povos nativos, como foram subjugados e quase completamente destruídos percebemos que algo falhou em termos práticos, na realidade da luta pela continuidade existencial algo não foi pleno neles, pois perderam a guerra para este modelo cultural no qual fomos também limitados. Este é um dos pontos mais fundamentais quando vamos estudar o paganismo em geral. O paganismo, embora tenha as melhores respostas para a sobrevivência efetiva da humanidade, uma vez que os modos de vida do mundo civilizado nos levam a esta crise ecológica e social sem precedentes históricos que vivemos, não conseguiu resistir à invasão, saque e genocídio, acompanhados de destruição da cultura, subjugação e imposição de um modelo cultural estranho que aconteceu onde quer que os conquistadores chegassem com seu estilo de vida.

Das legiões romanas aos navegadores cristãos católicos e protestantes dos séculos XV e XVI o fato é o mesmo: destruição de povos nativos com ricas e milenares tradições seguidas da imposição de uma cultura servil aos dominadores. Portanto, há algo que os povos nativos precisavam aprender em termos reais de sobrevivência frente a grupos outros que não os seus. O irônico é que o grupo social vencedor, até agora, nesta guerra entre nações, não é o mais apto à sobrevivência, ao contrário, apresenta mesmo um comportamento danoso e perigoso a si e a todos os outros grupos de seres vivos da Terra, pois em sua loucura e luta pelo poder constrói armas cada vez mais nefastas, já suficientes par acabar com o mundo num nível alarmante, fora as tecnologias pesadas e poluentes que adotamos em nosso cotidiano, com um total desrespeito à vida e as próximas gerações.

Daí que considero que o paganismo é revelado antes de mais nada pela prática que pelo discurso. Discursos verborrágicos, cheios de erudição não fazem de ninguém pagão.O paganismo vem da realidade prática, que pode e deve mesmo, ser embasada por um bom conhecimento da teoria do que se faz, mas é no fazer que se revela. Paganismo é atitude.


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Arte Pagã Contemporânea

“A Arte é a manifestação sensível da idéia”
Hegel

O que é Arte Pagã Contemporânea? - Toda Arte Contemporânea é pagã; me respondeu um filósofo, surpreendido com a pergunta. Afinal, vinculações religiosas não são mais uma necessidade para a arte, e faz tempo. Natural que a resposta fosse essa, em um primeiro momento, pois a palavra ‘pagão’ passou a se assemelhar à palavra ‘ateu’, aquele que não acredita em Deus e/ou não faz votos de comprometimento religioso, ganhando o significado daquele que 'não é cristão' ou que não recebeu o batismo. Assim a palavra tem sido compreendida no mundo judaico cristão, mas se retrocedermos um pouco e atentarmos para a etimologia, veremos que paganus significa “do campo” ou ainda “morador do campo”. E também tem o significado extra de "civil", ou seja, pessoa que não mantém relações com o militarismo[1], o que nos faz lembrar da natural postura anárquica do pagão (no sentido político que é dado à palavra 'anarquia', é claro).

Obviamente, usamos o sentido original da palavra "pagão", deixando de lado seu significado corrompido. E acrescentamos ainda outros significados no seu bojo, já que uma postura pagã frente à vida vem tomando concretude, não se restringindo mais nem mesmo à etimologia original acima dada e invadindo o campo das realizações e reflexões humanas em diversas áreas de atuação. Deixando-se de lado a apropriação da palavra “paganismo” feita pela Igreja, descortina-se um imenso leque de possibilidades. No entanto, a excessiva proficuidade do termo é também um fator complicante, porque, afinal, o que seria Arte Pagã Contemporânea? Um olhar pagão sobre o mundo? Caracterizaria-se pela escolha dos suportes? Pelo que é representado? Um determinado estilo? Uma arte engajada? Uma arte interdisciplinar? Definiria-se pela decifração de um determinado Imaginário?

Cumpre primeiro procurar definir o que é paganismo na contemporaneidade e observar como a Arte vai se apropriando disso.

Se a alma pagã é a mesma através dos tempos, a sua materialização se insere em outra leitura de mundo; estamos no século XXI. O pagão é um panteísta - os deuses são a natureza do mundo - e, antes de tudo, um animista - as coisas naturais são todas animadas, tem vida. O pensamento pagão é mágico, por excelência. Os deuses pulsam em nós e ao nosso redor. O prazer é lícito, a fruição necessária. Sensualistas e sinestésicos, o poder do pagão é o exercício pleno da sua vontade. Comprometido com a Natureza, assim como preserva a sua vida, encara o mundo como uma grande rede que a tudo permeia e no qual as suas ações fazem toda a diferença.

A Arte Pagã Contemporânea absorve as tecnologias, os avanços e aprecia a evolução dos tempos. Mas guarda a essência pagã, que existe há milênios. Para ser mais exata, a alma pagã, o paganismo como filosofia de vida, é EXtemporâneo, assim como a Natureza é transtemporal, perene em sua magnitude, embora em constante mutação - a única coisa que não muda é a mudança, é bom lembrar. A Natureza é intranscendível pela técnica. O Paganismo escapa às particularidades do mundo presente exatamente porque não se localiza em lugar algum do tempo; o que a alma pagã tem de mais peculiar, é de todos os tempos. A palavra "Contemporâneo" neste contexto apenas indica o uso de materiais dos tempos atuais, assim como antes foram usados os materiais do passado: o mármore das esculturas gregas e os pigmentos da pintura rupestre.

Podemos pensar no que nos diz o filósofo Schweppenhäuser [2], ao se reportar ao distanciamento humano em relação à Natureza:
“O distanciamento da natureza através da moderna racionalidade é o meio de sua dominação, que, entretanto, não produz liberdade, mas sim o retorno violento da natureza esquecida, reprimida. Assim, a dominação da natureza torna-se irmã gêmea da sua decadência”.
Absorvemos a tecnologia porque não encaramos a racionalidade como algo separado do corpo, contrariando o ponto de partida dualista do filósofo. E porque os instrumentos são prolongamentos dos nossos gestos. O difícil é a justa medida, saber temperar as necessidades da Terra com a sede pelo domínio tecnológico que, não raro, ultrapassa as fronteiras do permissível. Dominando a Terra e o Corpo, considerados aprisionamentos do Homem, a Alma e o Espírito se soltariam, para cumprir a sua verdadeira Missão: a de uma racionalidade canhestra, ou de uma religiosidade tapada. Este é império das Religiões, dos inúmeros re-ligares que observamos em ação e dos excessos cometidos em nome da Ciência. O retorno da Natureza esquecida, vilipendiada, é sempre violento, principalmente no âmago, no inconsciente do ser humano. Dominar a natureza é causar o seu estrago e nesse sentido, apesar do didatismo de uma separação entre a realidade e a natureza, é impossível não concordar com Schweppenhäuser.

É uma das funções críticas da Arte refletir sobre essa questão. Eduard Kac, por exemplo, ao trabalhar com a Arte Biotelemática e a Arte Transgênica, questiona a apropriação do uso da genética em Arte e levanta questões de cunho ético e social [3] que dizem respeito à apropriação excessiva da Natureza pela tecnologia.

O Paganismo Contemporâneo busca repensar o que ainda se costuma ver como dicotomia: corpo e espírito estão juntos e não separados. Ainda dentro de uma lógica e filosofia marxista, cantou a bola o visionário Oswald de Andrade [4] : a vida primitiva integrada na civilização, criando a sua síntese. A vida primitiva de que fala Oswald é, ao meu ver, essa alma pagã de séculos.

Existe uma correlação, uma cooperação entre o homem e máquina, que pode ser traduzido em gesto, em Linguagem, em Arte. Então, temos incluídas no paganismo contemporâneo também as propostas de uma arte da cibercultura, uma percepção física de um modelo teórico e a compreensão formal das sensações físicas [5].

Os deuses não negam a máquina, os avanços, as possibilidades inúmeras da criação humana. Não é mais possível ressentir-se com que está feito, somos agentes do mundo presente e nos cabe a tarefa de preservar a Terra com inteligência, respeitando e fluindo nos seus ritmos diversos. E procurando coibir abusos contra a Natureza, que também é a nossa Natureza Humana. E a melhor crítica sempre foi, através de todos os tempos, a Arte.

O Paganismo Contemporâneo nesse sentido faz uso do que é essencialmente anárquico, no melhor sentido do termo: auto gestão e responsabilidade.

Buscando responder as questões levantadas no início deste artigo, podemos dizer que incluem-se no Paganismo Contemporâneo a EcoArt, a LandArt, a pintura matérica. O uso de materiais naturais, recicláveis e reciclados; nas Artes Plásticas, a paisagem como suporte para intervenções. Na música, os ritmos tribais, a boa World Music, as temáticas autócnes, as danças sagradas, os mantras pessoais. Na literatura, a poesia de fôlego, intensa, muitas vezes desencanada, de sentido libertário - mas concebida com rigor - e identificada com as aspirações do seu tempo. A Arte Pagã Contemporânea se associa aos mitos & ritos e está imbuída de Magia, sua Mãe, a temática primitivista.

Seria então toda Arte Contemporânea, pagã?

Talvez seja muito cedo para definir, muito cedo para vislumbrar ou tentar cercear o que seja uma expressão que encerra três palavras tão abrangentes e complexas. Existe ou não a Arte Pagã no Brasil, hoje?

Muita teoria ... sejamos mais empíricos. Exemplos, por favor.

Em Cy,

Zoe de Camaris (Monica Berger)

sábado, 17 de julho de 2010

Belo Monte: a volta triunfante da ditadura militar?

24/02/10

Por: Leonardo Boff, teólogo, representante e co-redator da Carta da Terra.

"O governo Lula possui méritos inegáveis na questão social. Mas na questão ambiental é de uma inconsciência e de um atraso palmar. Ao analisar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) temos a impressão de sermos devolvidos ao século XIX. É a mesma mentalidade que vê a natureza como mera reserva de recursos, base para alavancar projetos faraônicos, levados avante a ferro e fogo, dentro de um modelo de crescimento ultrapassado que favorece as grandes empresas à custa da depredação da natureza e da criação de muita pobreza.
Este modelo está sendo questionado no mundo inteiro por desestabilizar o planeta Terra como um todo e mesmo assim é assumido pelo PAC sem qualquer escrúpulo. A discussão com as populações afetadas e com a sociedade foi pífia. Impera a lógica autoritária; primeiro decide-se depois se convoca a audiência pública. Pois é exatamente isto que está ocorrendo com o projeto da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, estado do Pará.
Tudo está sendo levado aos trambolhões, atropelando processos, ocultando o importante parecer 114/09 de dezembro de 2009, emitido pelo IBAMA (órgão que cuida das questões ambientais), contrário à construção da usina, e a opinião da maioria dos ambientalistas nacionais e internacionais que dizem ser este projeto um grave equívoco com conseqüências ambientais imprevisíveis.
O Ministério Público Federal que encaminhou processos de embargo, eventualmente levando a questão a foros internacionais, sofreu coação da Advocacia Geral da União (AGU), com o apoio público do presidente, de processar os procuradores e promotores destas ações por abuso de poder.
Esse projeto vem da ditadura militar dos anos 70. Sob pressão dos indígenas apoiados pelo cantor Sting em parceria com o cacique Raoni foi engavetado em 1989. Agora, com a licença prévia concedida no dia 1º de fevereiro, o projeto da ditadura pôde voltar triunfalmente, apresentado pelo governo como a maior obra do PAC.
Neste projeto tudo é megalômano: inundação de 51.600 hectares de floresta, com um espelho d’água de 516 km², desvio do rio com a construção de dois canais de 500m de largura e 30 km de comprimento, deixando 100 km de leito seco,  submergindo a parte mais bela do Xingu, a Volta Grande e um terço de Altamira, com um custo entre 17 e 30 bilhões de reais, desalojando cerca de 20 mil pessoas e atraindo para as obras cerca de 80 mil trabalhadores para produzir 11.233 MW de energia no tempo das cheias (4 meses) e somente 4 mil MW no resto do ano, para, por fim, transportá-la até 5 mil km de distância.
Esse gigantismo, típico de mentes tecnocráticas, beira a insensatez, pois, dada a crise ambiental global, todos recomendam obras menores, valorizando matrizes energéticas alternativas, baseadas na água, no vento, no sol e na biomassa. E tudo isso nós temos em abundância. Considerando as opiniões dos especialistas podemos dizer: a usina hidrelétrica de Monte Belo é tecnicamente desaconselhável, exageradamente cara, ecologicamente desastrosa, socialmente perversa, perturbadora da floresta amazônica e uma grave agressão ao sistema-Terra.
Este projeto se caracteriza pelo desrespeito às dezenas de etnias indígenas que lá vivem há milhares de anos e que sequer foram ouvidas; desrespeito à floresta amazônica cuja vocação não é produzir energia elétrica mas bens e serviços naturais de grande valor econômico; desrespeito aos técnicos do IBAMA e a outras autoridades científicas contrárias a esse empreendimento; desrespeito à consciência ecológica que devido às ameaças que pesam sobre o sistema da vida pedem extremo cuidado com as florestas; desrespeito ao Bem Comum da Terra e da Humanidade, a nova centralidade das políticas mundiais.
Se houvesse um Tribunal Mundial de Crimes contra a Terra, como está sendo projetado por um grupo altamente qualificado que estuda a reinvenção da ONU sob a coordenação de Miguel d’Escoto, ex-presidente da Assembléia (2008-2009), seguramente os promotores da hidrelétrica de Belo Monte estariam na mira deste tribunal.
Ainda há tempo de frear a construção desta monstruosidade, porque há alternativas melhores. Não queremos que se realizem as palavras do bispo Dom Erwin Kräutler, defensor dos indígenas e contra Belo Monte: "Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu". (Leonardo Boff)

PALESTRA: Neo-paganismo e Biodiversidade


Em comemoração ao Ano Internacional da Biodiversidade e ao Mês do Meio Ambiente, será realizada uma palestra com o tema NEO-PAGANISMO FRENTE À SITUAÇÃO ECOLÓGICA ATUAL, que será ministrada pelo moderador do Jornal O bruxo Pernambuco e Ambientalista Douglas Phoenix.

O Objetivo é abordar uma explanação holística do meio ambiente, que é a base de toda a cultura pagã; a atuação da comunidade pagã nesses assuntos, em que muitos tem se esquecido de suas raízes; e tentar criar uma consciência da importância desta para nós.

O Evento será realizado dia 25 DE JULHO na Praça da República, em frente ao Teatro Santa Isabel (Próximo ao Baobá), no Recife, às 14:00 horas.

Para mais informações sobre esse evento entre em contato com o organizador e palestrante pelo e-mail www.douglas_max3@ibest.com.br

Espero a presença de todos.

- Douglas Phoenix -

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Que é Odinismo?

Odinismo é uma forma de neo-paganismo nórdico que busca resgatar a religiosidade dos povos vikings através da reconstrução histórica de sua tradição para a promoção de uma espiritualidade capaz de responder aos nossos anseios mais íntimos. Também comumente chamado de asatru (fé nos aesir), o odinismo é uma espiritualidade libertária, isto é, busca instigar a libertação espiritual do ser em sua jornada pelo reencontro com seu eu.

Odinismo no Brasil

Ser odinista é ser capaz de contribuir com a fé no paganismo nórdico em toda a sua causa e o Brasil não fica de fora. Nossos grupos de paganismo nórdico lutam por um livre pensamento onde não deverá existir radicalismo e atos de ódio como racismo, neo-nazismo, xenofobismo e outros crimes que sempre devem ser combatidos! Caros leitores, irmãos, pagãos, odinistas, asatruares, devemos unirmos por esta causa. Atitudes como denúncias e combates a estes tipo de idealogias precisam entrar em ação! O Odinismo não deseja estar associado a pensamentos odiosos advindos de mentes insanas e marginais. O movimento odinista no Brasil deseja acima de tudo estudo, espiritualidade e paz para todos.
E isso é Odinismo na Terra Nova, na Terra Jovem, a América, que um dia já recebeu nossos ancestrais. Para onde os Aesir e Vanir viajam sempre haverá palacetes heróicos os esperando. A Terra Nova procurará se mostrar tão valorosa quanto a Terra Antiga para celebrar o retorno dos Deuses.
Eu sou Vagner Cruz, odinista e pesquisador de paganismo nórdico, também moderador do grupo O Troth; e que Odin mostre os valores das supremas virtudes a todos, sempre.
Paz e Tempos Fecundos!

Texto retirado do site http://otroth.org/?cat=9

terça-feira, 6 de julho de 2010

ESP-PE MAIO/2010 - DRUIDISMO


O ESP -PE, Encontro Social Pagão de Pernambuco, que reune bruxos de várias práticas para o debate de temas relacionados a Bruxaria já está com o encontro de Julho marcado.

No dia 11 de julho de 2010, a palestrante Renata Gueiros, apresenta o tema "Druidismo".

Ele irá falar sobre a cultura dos antigos Druidas e o Neoduridismo hoje em dia.

O encontro acontece na Praça da República, em frente ao Teatro Santa Isabel, no Recife às 14:00 horas.

Para mais informações vistite o blog do ESP-PE.

- Douglas Phoenix -

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Revisão do Conceito de Paganismo

Virou lugar comum dizer que PAGANISMO é a crença dos camponeses, crença da gente do campo. Este velho discurso introdutório está na boca de curiosos, de autodidatas, de membros e representantes de organizações BRUXAS e até mesmo nos lábios de sumo-sacerdotes/sacerdotisas bem como de representantes de tradições BRUXAS da atualidade. Todavia, PAGANISMO não é crença de camponês nem mesmo em sua origem, o que dirá na atualidade...
Numa reunião aberta, curiosos, praticantes e estudiosos da BRUXARIA se voltam para o palestrante, que com AR enfadonho de quem declara o óbvio, como se fosse uma verdade já cristalizada e de conhecimento comum, diz: “Paganismo vem da palavra latina paganus, que significa camponês, então, paganismo é a religião dos camponeses, a religião da gente simples do campo, a religião do povo.”
Na igreja, uma senhora idosa credenciada pelo pároco ensina aos candidatos a padrinhos: “tem gente que diz que é pagão ou neopagão, mas não são coisa nenhuma. Se foram batizados, não são pagãos, não importa o que digam por aí.”
Ora, tanto wiccanos quanto cristãos podem compreender e usar as palavras pagão e PAGANISMO com os sentidos que bem entenderem, conforme lhes seja útil, mas, sem sombra de dúvida, estes significados foram adquiridos por derivação, estando muito distantes do significado original. Ao menos para nós bruxos tradicionais, vale a pena retomar o sentido original da palavra pagão. Quem sabe os wiccanos também chegam à mesma conclusão após ler este texto...
Paganismo vem sim da palavra latina paganus, mas podemos traduzi-la melhor como aldeão do que como camponês. Na época do Império Romano, aldeão e camponês eram conceitos praticamente indistintos, as aldeias ficavam no campo, os poucos centros urbanos eram inspirados na cultura romana ou grega, pouco tendo a ver com a cultura do povo local. Prosperava quem se integrasse ao modus vivendi romano. Hoje, aldeão é quem mora num pequeno centro urbano, mas ainda assim um centro legitimamente urbano; e camponês, quem mora no campo.
Ainda assim, PAGANISMO não é a cultura de quem mora ou morava em pequenos centros urbanos. Para compreender isso, precisamos recuar mais no tempo e analisar a palavra grega para pagão.
Em grego, língua mãe do latim, pagão é xênos (xenoj), que também significa estrangeiro. Nada mais lógico para o contexto, pois o PAGANISMO seria a crença do estrangeiro.
Mas que estrangeiro seria este?
Não o cristão, pois o cristianismo ainda não existia; não o muçulmano, pois o islamismo ainda não existia. O que havia era a religião de cada local, a religião da TERRA do estrangeiro.
Muito lógico para uma época pré-messiânica, em que a religião era uma expressão cultural de um povo. Assim era com os judeus, assim era com cada cidade do Egito antigo mesmo após a unificação e assim foi com os povos conquistados pelo Império Romano até a conversão compulsória ao cristianismo.
Paganus vem de pagus, e pagus significa terra. TERRA não no sentido de área rural, como já ouvi alguns dizerem, mas no de espaço geográfico, o que é plenamente coerente com o conceito grego de pagão.
Para os romanos, como conquistadores do mundo de sua época (ignoravam os orientais), pagão era aquele que mantinha a religiosidade típica da região conquistada, não adotando os DEUSES romanos (posteriormente o cristianismo), ou seja, paganismo era nada mais que a religião do povo local.
Considerar o paganismo como a religião da gente simples do povo é, portanto, mais do que um embaraço com as palavras, é um erro que traz o risco de ignorar um dos fundamentos mais universais do paganismo: o respeito às especificidades locais da religiosidade, o espírito da TERRA que fala através de seus habitantes.
Paganismo, para nós bruxos ancestrais, assim como para os antigos romanos, é o conjunto de crenças locais, a forma de religiosidade autêntica encontrada em cada grupo cultural. Ele pode ter um eixo comum a quase todas suas expressões, mas buscar incutir uma só forma de expressão a diversos povos e regiões é a mera reprodução do que fizeram/fazem o cristianismo e o islamismo, nada além de aculturação.
Texto de Taliesin

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mobilização Social

Acredito que todos já estão cientes dos problemas causados pelas enchentes no estado de Alagoas e aqui em Pernambuco. Só aqui no estado já se tem notícia de 26.966 mil desabrigados, 55.643 mil desalojados e 20 óbitos; 27 municípios decretaram situação de emergência e 12 estão em estado de calamidade pública.

O Governo tem tentado amenizar a situação ao máximo possível. O nível das águas já está baixando nos municípios atingidos, a principal preocupação agora é com a proliferação de doenças que são facilitadas com as águas da chuvas, como é o caso da Leptospirose que é o caso mais frequente nessas situações e que agora não tem sido diferente.

Quase todas as escolas públicas da região foram danificadas, não só em sua estrutura, mas também em seus materiais e objetos de ensino. Unidades de pronto atendimento da Secretaria de Saúde e das Forças Armadas estão instalados no locais. Restos de objetos e eletrodomésticos, além de camas entre outros móveis trazidos pela correnteza do rio podem ser vistos na praia de Boa Viagem.

Para quem puder ajudar as famílias que passam por essa situação em ambos os estados pode levar alimentos não-perecíveis, água mineral e roupas para os postos de coleta, nos bombeiros, delegacias e postos de saúde. Para os que moram em outros estados, sua ajuda também é indispensável, os correios de todo o país estão nessa arrecadação.

As doações em dinheiro feito pela campanha SOS Pernambuco e Alagoas poderão ser depositadas no Banco do Brasil, Agência 3505-X, Conta Corrente 5821-1.

Obrigado a todos.

- Douglas Phoenix -

 
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