quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fenris

Fenris, Fenrir, ou ainda Fenrisulfr, é um lobo monstruoso da mitologia nórdica. Filho de Loki (filho de criação de Odin) com a giganta Angrboda. Tem como irmãos Jormungand (a serpente de Midgard) e Hel (a Morte).
Acorrentado pelos deuses até o advento do Ragnarok (O Destino Final dos Deuses), Fenrir se solta e causa grande devastação, antes de devorar o próprio Odin (O Supremo deus Guerreiro), sendo morto, posteriormente, pelo filho do grande deus, Vidar, que enfiará uma faca em seu coração.
A fonte mais importante de informação sobre Fenrir aparece na seção de Gylfaginning no édico de Snorri Sturluson, embora haja outros, freqüentemente contraditórios. Por exemplo, em Lokasenna, Loki ameaça Thor com a destruição por Fenrir durante o Ragnarök, uma vez que Fenrir pode destruir Odin.
Fenrir tem dois filhos, Hati ("Odioso") e Skoll. Os dois filhos perseguem os cavalos Árvakr e Alsviðr, que conduzem a carruagem que contém o sol. Hati também persegue Mani, a lua. Deve-se notar que Skoll, em determinadas circunstâncias, é usado como um heiti (palavra que descreve uma espécie de kenning, frase poética que é utilizada substituíndo o nome usual de um personagem ou de uma coisa) referenciando, indiretamente, ao pai (Fenrir) e não ao filho (esta ambigüidade também existe no outro sentido.
A partir da "A profecia dos Völva" ou "A profecia de Sybil",(Völuspá) e de sua luta com Vafthruthnir (também relatado no Vafthruthnismal ), Odin percebe que as crianças de Loki e de Angrboda trariam problemas aos deuses. Logo, o poderoso deus traz a sua presença o lobo Fenrir, junto com seu irmão Jormungand e sua irmã, Hela. Após lançar Jörmungandr nas profundezas do mar e enviar Hel para baixo, na terra dos mortos (Niflheim), Odin mandou que o lobo fosse levado pelos Æsir.
No entanto, somente o deus Týr era audaz o bastante para alimentar o monstro crescente. Os deuses temiam pela força crescente do lobo e pelas profecias de que o lobo seria sua destruição. Duas vezes, Fenrir concordou em ser acorrentado e, pelas duas vezes, ele estourou facilmente os elos que o prendiam. A primeira corrente, feita do ferro, foi chamada Loeðingr. A segunda, também de ferro, mas duas vezes mais forte, foi chamada Drómi. Finalmente, Odin pediu ajuda aos anões, e eles fizeram um grilhão chamado Gleipnir, era macio como a seda e foi feito com ingredientes muito especiais.
Os deuses então, levaram Fenris-lobo para uma ilha deserta e o desafiaram a quebrar Gleipnir. Percebendo a armadilha, o lobo concorda, mas com a condição de que um dos deuses pusesse a mão em sua boca, como sinal de "boa fé".
Assim, o bravo Tyr enfiou a mão direita entre as mandibulas do terrível monstro.
Eles amarraram o lobo com os grilhões macios, mas, dessa vez, quanto mais Fenris-lobo puxava, mais Gleipnir apertava-se em seu pescoço. Furioso, ele fechou vigorosamente suas enormes mandíbulas e decepou a mão do deus.
Tyr ainda teve a oportunidade de se vingar colocando uma espada na boca do lobo para que ele não fizesse tanto barulho.
Mesmo sabendo que chegaria um dia em que Fenrir se libertaria e traria morte e destruição a todos eles, os deuses não o mataram. "O que tem de ser, será", disseram.

sábado, 22 de maio de 2010

ESP-PE MAIO/2010 - O RESGATE DO SAGRADO FEMININO


O ESP -PE, Encontro Social Pagão de Pernambuco, que reune bruxos de várias práticas para o debate de temas relacionados a Bruxaria já está com o encontro de Maio marcado.

No dia 30 de maio de 2010, o palestrante Elora (Tereza Marques), apresenta o tema "O Resgate do Sagrado Feminino".

Ele irá falar sobre a deturpação da imagem da Deusa através dos séculos e seu resgate pelo neo-paganismo na sociedade atual.
Espaço Terapêutico Multidisciplinar - Rua do Sossego Nº 341 - 1º andar. Boa Vista (Google Maps/Como Chegar?) Ponto de referência - Rua paralela a CONTAX e a ESUDA, no Recife às 14:00 horas.

Para mais informações vistite o blog do ESP-PE.


- Douglas Phoenix -

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Aura e Clarividência


1. Aura (do latim: "aura": "sopro de ar"): É o campo energético que apresenta-se em torno do corpo denso. Aparece à percepção parapsíquica do clarividente como um campo luminoso mesclado por várias cores. Essas cores refletem a qualidade dos pensamentos e sentimentos manifestados pela consciência.

2. A aura apresenta várias camadas vibratórias correspondentes aos diversos corpos (veículos de manifestação da consciência) por onde a consciência manifesta-se nos vários planos.

3. Para facilitar, vamos dividi-la em três frequências básicas:
A. A aura do corpo físico, também denominada duplo etérico (Teosofia), corpo vital (Rosacruz), pranamayakosha (Vedanta), holochacra (Conscienciologia), corpo bioplásmico ou bioplasmático (pesquisadores russos) ou simplesmente corpo energético (pesquisadores ocidentais). Essa aura reflete apenas as condições do corpo físico no momento e suas predisposições energéticas. Contudo, é bom lembrar que o soma (Grécia: "soma": "corpo") é afetado diretamente pelo clima psíquico dos corpos sutis.
B. A aura do corpo extrafísico, também chamada de alma. É a aura do corpo espiritual (Cristianismo; Paulo de Tarso, Cor. I , Cap. 15, vers: 44), também denominado corpo astral (Teosofia), perispírito (Espiritismo), psicossoma (Projeciologia), corpo de luz (Ocultismo), corpo psíquico (Rosacruz), corpo bardo (Tibetanos), thanki (Chineses), kha (Iniciados Egípcios) ou corpo não-físico (pesquisadores ocidentais). Essa aura reflete as condições psíquicas e parapsíquicas da consciência. Reflete diretamente as emoções do ser humano.
C. A aura do corpo mental, também chamada de aura mental ou aura dos pensamentos. É a aura que reflete diretamente o clima interno de nossos pensamentos e idéias. O corpo mental (Teosofia) também é denominado mentalssoma (Conscienciologia), manomayakosha (Vedanta), corpo dos pensamentos ou simplemente mente. Essa aura reflete o clima mental de uma consciência. Nessa aura é possível perceber as formas-pensamento e suas cores.

4. Obviamente que a foto Kirlian apenas mostra a repercussão energética no soma e no duplo etérico, freqüências mais densas e passíveis de mensuração. Acho que a disparidade entre as percepções de sensitivos e das fotos em questão deve-se a que a foto Kirlian reflete principalmente o duplo energético, enquanto que os sensitivos muitas vezes estão percebendo a aura dos corpos mais sutis. Até mesmo entre sensitivos existe diferenças nos níveis de percepção parapsíquica.

5. Na natureza tudo é energia. A matéria é energia condensada; a energia é matéria em estado radiante. Logo, tudo é energia em graus variados de densidade. Desde o sutil até o mais denso, tudo é energético e natural.

6. O estudo das capacidades parapsíquicas do ser humano não tem nada de sobrenatural, pois são capacidades latentes e inerentes a todos os seres, independentemente de raça, sexo, cultura ou religião. Sobrenatural é a ignorância humana sobre a naturalidade da vida!

7. Muitas vezes, um sensitivo sem muitas informações técnicas para embasar suas percepções, percebe coisas pelas vias telepáticas, intuitivas, clariaudientes ou mediúnicas e chama-as de clarividência.

8. O fato de alguém apresentar percepções parapsíquicas desenvolvidas não garante que ela seja inteligente ou desenvolvida espiritualmente. Desenvolvimento parapsíquico não é desenvolvimento espiritual. Isso explica porque alguns sensitivos são canalhas e até piores do que muitas pessoas sem percepção nenhuma.

9. O desenvolvimento espiritual demanda esforço no trabalho de aprimoramento consciencial, demanda crescimento interno e ampliação do amor, lucidez, maturidade, alegria, modéstia, respeito, autoconhecimento, paz íntima, generosidade, equanimidade e luz no coração. Tudo isso leva a autêntica sabedoria, que não é encontrada em curso algum, nenhum guru pode realizá-la por alguém, não é alcançada no estudo de livro algum, não pertence a instituição humana alguma e nem é encontrada em meio a fenômenos parapsíquicos sem o equilíbrio necessário a maturidade real.

10. Da mesma forma, o fato de alguém ser um pesquisador desses temas não garante que ele seja uma maravilha de serenidade, amor e consciência manifestados. Há muitos pesquisadores baseados apenas no intelecto inferior. São refratários a inteligência superior, cósmica, abrangente, não limitada por parâmetros convencionais de percepção. Ou seja, são pesquisadores limitados. Não suportam manifestações de amor e alegria, que para eles não passa de imaturidade emocional das pessoas. Na verdade, muitos desses pesquisadores são covardes e têm medo de exporem suas fragilidades internas mediante a abertura de seus corações às ondas do amor. Conheço pesquisadores teóricos de várias áreas que odeiam sensitivos desenvolvidos. Será por que os sensitivos têm na prática o que o teórico só sonha na teoria?

11. De um lado temos os pesquisadores teóricos, que acham que sabem explicar tudo, mas que não sentem nada praticamente em si mesmos. Do outro lado, os sensitivos que não estudam para entenderem melhor os mecanismos de suas percepções e vivências parapsíquicas. O pesquisador necessita de grandes doses de modéstia, de abertura mental, de ética e de generosidade em suas abordagens. O sensitivo precisa de muito estudo, conhecimentos generalizados, boa vontade em crescer e também de muita modéstia. E os dois precisam muito (incluo-me nisso também) de um monte de luz no coração, amor nos objetivos, alegria na manifestação diária e muito discernimento em seus pensamentos, sentimentos e atos.

12. Clarividência (do latim: "clarus": "claro"; "Videre": "Ver"): É a capacidade supranormal, parapsíquica, de perceber imagens independentemente do concurso dos sentidos da visão normal (vidência). Essa capacidade é anímica e natural (lembrando que vários animais percebem auras e espíritos), não é mediúnica, pois reside na própria capacidade dos chacras frontal e coronário, que por sua vez, estão conectados as duas principais glândulas do sistema endócrino: pineal (epífise) e hipófise (pituitária). Seres extrafísicos podem ajudar uma pessoa a desenvolver a clarividência, incrementando energias no chacra frontal, contudo, independentemente deles, o potencial clarividente é da própria alma (faculdade anímica).

13. Para entendermos a clarividência, vamos ver como funciona a vidência (visão normal, percepção visual natural). Para vermos alguma coisa, dependemos da reflexão da luz em cima de algo. Sem luz não conseguimos enxergar. É mais fácil explicar por exemplos: - Se dispararmos um tiro de um revólver calibre 22 em cima de três alvos diferentes, veremos repercussões diferentes na trajetória do projétil:
a) Bala calibre 22 X Uma parede de granito: a bala ricocheteiará. Será refletida.
b) Bala calibre 22 X Um pudim de leite condensado: a bala atravessará o pobre do pudim (aliás, isso seria um crime hediondo, inafiançável, destruir pudim dá carma...)
c) Bala calibre 22 X Uma lista telefônica da cidade de São Paulo: a bala ficará presa dentro da lista, pois a mesma, sendo bem grossa, absorverá o impacto.

Usando esses exemplos como analogia, podemos dizer que a incidência dos fótons (partículas luminosas) nos objetos se comporta de maneira semelhante. Por exemplo:
a) A luz incidindo sobre um objeto denso, como a parede, o corpo humano ou uma tela branca, será refletida. Havendo reflexão da luz, o objeto em questão será percebido pela visão normal.
b) A luz incidindo sobre algo transparente, como uma placa de vidro, a água ou partículas de água em suspensão na atmosfera (daí o surgimento das cores do arco-íris) será refratada, atravessará aquilo. Esse é o motivo pelo qual muitas pessoas que moram em prédios com portas de vidro estão sempre batendo de frente nelas. Quando a luz atravessa um objeto fica difícil percebê-lo pela visão normal.
c) A luz incidindo sobre um vidro fumê será absorvida (por isso esse vidro é escuro).

Resumindo: a visão normal (vidência) depende da reflexão da luz em cima de algo. Vidente é quem vê! Se você está lendo essas linhas, então você é vidente (aquele que vê). Por uma questão de confusão semântica, muitas pessoas chamam o clarividente de vidente.

14. Por motivos óbvios, o cego não é vidente. Entretanto, pode ser clarividente. Conheço um cego que percebe auras e espíritos facilmente. Ele só não consegue ver as pessoas e os objetos físicos. Inclusive, recentemente no meu programa da Rádio Mundial, uma ouvinte narrou no ar, que mesmo sendo cega de nascença, conseguia perceber os objetos em seu quarto nos momentos entre o sono e o despertar (estado alterado da consciência: hipnopompia) e também percebia seres espirituais. Isso também pode ocorrer nos momentos entre a vigília e o sono (estado alterado: hipnagogia).

15. Você que lê essas linhas é vidente e poderá ser um clarividente, caso ative as energias do seu chacra frontal. O cego não é vidente, mas poderá ser clarividente em alguns casos. Aliás, tudo isso é EVIDENTE!... 16. Se uma pessoa está vendo uma outra pessoa ou um objeto, isso é a sua vidência normal. Porém, se está vendo uma aura, algo à distância ou um ser espiritual, que não refletem a luz nessa dimensão densa, isso é clarividência. 17. Às vezes, uma pessoa percebe algo à distância e parece que sua percepção subdivide-se. Parece que metade dela está centrada no corpo e a outra parte está "in loco" observando alguma coisa, como se estivesse presente ali, mesmo estando distante daquele local. Essa não é uma clarividência comum. É uma percepção mais complexa denominada "clarividência viajora". Esse fenômeno muitas vezes acompanha estados alterados de consciência, como o transe mediúnico e a projeção da consciência, experiência fora do corpo (Parapsicologia), viagem astral (Ocultismo), projeção astral (Teosofia), emancipação da alma, desprendimento espiritual ou desdobramento espiritual (Espiritismo), projeção da consciência (Projeciologia) ou projeção do corpo psíquico (Rosacruz).

18. A clarividência refere-se ao momento presente. Se as imagens percebidas pelas vias parapsíquicas referem-se às imagens do passado da própria pessoa, isso é chamado de "retrocognicão" (do latim: "retro": "atrás"; "cognição": "conhecimento"), popularmente chamada de "regressão de memória". Isso pode ocorrer em relação ao passado dessa vida atual ou ao passado relativo a vidas anteriores. Se as imagens referem-se ao futuro (suposto, presumível, relativo), o fenômeno é chamado de "pré-cognição" (chamado popularmente de premonição). Se as imagens percebidas referem-se ao passado alheio ou são relativas ao passado de algum objeto, ambiente ou situação, o fenômeno é chamado de "psicometria" (do grego: "psico": "alma"; "metria" - oriundo de "metron": "medida").

Resumindo:
- percepção de imagens no momento presente: fenômeno clarividente.
- percepção de imagens passadas (da própria pessoa): fenômeno retrocognitivo.
- percepção de imagens futuras: fenômeno pré-cognitivo.
- percepção de imagens passadas pertencentes a alguém ou a ambiente e objetos: fenômeno psicométrico.

19. Há um fator que altera as energias de alguém e pode dar grande diferença na avaliação de sua aura: a presença de espíritos desencarnados ligados à pessoa. No caso de espíritos densos (energias intrusas perniciosas), a alteração energética é mais ostensiva. Já a ação de seres espirituais avançados é naturalmente mais sutil e mais difícil de ser percebida. Qualquer clarividente razoável pode falar com propriedade da ação nefasta e espíritos desencarnados assediadores espirituais na aura de alguém. Isso não é científico, mas é real.

20. Como foi dito antes, o estudo desses temas é natural. A existência de vida além da vida é natural. Os espíritos são apenas seres humanos extrafísicos. Portanto, não vejo como a abordagem natural em cima desses temas jogue pelo ralo qualquer conceito espiritualista. Talvez jogue pelo ralo a ignorância das pessoas sobre o mecanismos parapsíquicos. Porém, explicar tecnicamente uma coisa não significa limitar a consciência de ninguém a apenas essa nossa terceira dimensão (se considerarmos a influência do tempo, quarta dimensão, dependendo do enfoque que alguém coloque na abordagem) e jogar pelo ralo a existência de causas e dimensões extrafísicas. Estudo tecnicamente tudo isso e continuo espiritualista, cada vez mais, por tudo que já vivi em prática nessa área.

21. Na própria Ordem Rosacruz (AMORC), citada antes, há estudos avançados sobre a aura humana, a projeção do corpo psíquico (sétimo grau) e a sobrevivência da consciência após a morte. A abordagem lá é natural, consciente, mas, espiritual em essência, além dos parâmetros tridimensionais.

22. Não é possível (por enquanto) medir os pensamentos e sentimentos de alguém através de fotos Kirlian. É possível apenas detectar suas repercussões psicofísicas no soma. No entanto, alguém duvida de que pensa e ama?

23. O objetivo desse longo texto é só clarear genericamente as informações sobre esse tema. O estudo das fotos Kirlian é importante, principalmente na prevenção de doenças. A percepção extrafísica dos sensitivos (quando extirpada de toda distorção sensorial e da falta de interpretação correta) também é importante, pois a percepção parapsíquica, quando bem dosada por discernimento e amor, é capaz de transformar-se em ótima ferramente para o crescimento consciencial da pessoa. É capaz de tornar-se um poderosa alavanca evolutiva que permite o acesso a outras dimensões de vida e a certezas inabaláveis sobre a imortalidade da consciência e a interdependência dos seres, físicos e extrafísicos, na natureza.

24. Ainda há uma questão a ser colocada no estudo da aura: os chacras, que já comentei em vários textos anteriores.


- Douglas Phoenix -

quinta-feira, 20 de maio de 2010

As Origens das Runas


Texto retirado do site Casa do bruxo

Como informações históricas e arqueológicas, as runas se destacaram por um período que se estende de 200 A.C., até o final da Idade Média (e até o presente) em uma área da Islândia até a Romênia, do Báltico ao Mediterrâneo. Se levarmos em consideração que as runas nunca foram utilizadas como escrita de caneta e tinta, mas apenas como símbolos talhados ou gravados sobre madeira, osso metal e pedra, essa vasta extensão geográfica é realmente notável e diz muito a respeito de sua atração e durabilidade.

Há uma tendência a menosprezar as runas como sendo simplesmente a escrita da Idade Média utilizada por aqueles povos setentrionais que não foram convertidos ao cristianismo e, consequentemente, não aprenderam o monkalpha (alfabeto dos monges) ou alfabeto latino. Por muitas razões, isso é um infortúnio. Estigmatizar simplesmente as runas por serem um alfabeto pagão faz com que muitas de suas outras funções sejam negadas.

Em diversos momentos dos últimos 150 anos, os eruditos têm postulado uma variedade de origens para as runas. Uma das teorias advoga que elas sejam originárias da migração para o norte da escrita cursiva grega. Outra, que sejam baseadas no alfabeto latino, o que, pelo menos, tem mérito de destacar algumas similaridades superficiais nos formatos das letras, especialmente quando consideramos que as formas angulares das runas provêm do fato de serem talhadas e não escritas. Se fossem uma escrita de caneta e tinta, as semelhanças poderiam aumentar dramaticamente. A teoria citada com maior freqüência defende que as runas derivam de um alfabeto itálico do norte. Com certeza, quando a evidência arqueológica é levada em conta, isso parece ter alguma veracidade. Existem ainda outras idéias menos definidas que precisam ser exploradas. As runas apresentam também uma forte semelhança com vários símbolos do hallristningar, os símbolos do culto pré-histórico usados pelos povos setentrionais e registrados em gravuras em rochas. E não importa qual seja a origem das runas, existem a debatida questão sobre quem foi a primeira pessoa que realmente utilizou a escrita. Teria sido desenhada por uma comissão ou teria sido criada como obra de um único indivíduo inspirado? Provavelmente nunca saberemos e isso, por si só, aumenta o poder e o mistério da escrita rúnica.


- Douglas Phoenix -

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Asatrú - Introdução

Texto retirado do site Casa do Bruxo

A menos de mil anos atrás os antigos sábios da Islândia tomaram uma decisão. Sob pressão política da Europa cristianizada e enfrentando a necessidade de comércio, a assembléia nacional declarou a Islândia como sendo um oficialmente um país cristão. Dentro de poucos séculos os últimos remanescentes do Paganismo Nórdico, acabaram morrendo. Contudo, a Islândia era um país tolerante e os mitos, estórias, e lendas da era pagã felizmente não foram queimados, e com isso, acenderam o fogo das crenças pagãs em gerações posteriores. Em 1972, depois de uma longa campanha feita pelo poeta e Godhi (Sacerdote) Sveinbjorn Beinteinsson, a Islândia novamente reconheceu o paganismo nórdico como uma religião legitima e legalizada.

Hoje o paganismo nórdico, conhecido como Asatru ("lealdade aos Deuses" do nórdico antigo), é praticado em vários países além dos países escandinavos. O Asatru também faz parte do grupo das religiões neo-pagãs como o Druidismo, a Wicca, a Bruxaria Tradicional, a Stregheria, etc. Contudo, o Asatru permanece desconhecido pela maioria, até mesmo dentro da comunidade neo-pagã.

O mais importante para se lembrar é que o Asatru é uma religião. Não é um sistema de magia ou uma "Prática New Age". A palavra Asatru derivou-se do "As" (Aesir, família principal dos Deuses de Asgard) e "tru" (tru - true - verdade - confiança - lealdade). Ser Asatru é estar ligado com lealdade e confiança aos antigos arquétipos do norte da Europa, contudo, você pode pegar coisas de outras religiões e outros arquétipos e continuar sendo Asatru, basta você ter o panteão nórdico como o seu preferido e sua base nos princípios nórdicos. Outra coisa característica do Asatru é a condenação da conversão, como nas religiões missionárias tipo o cristianismo. Para o Asatru não existe "verdade absoluta"; cada pessoa é dona de si mesma e é capaz de escolher sua "verdade", nenhuma religião é errada. Asatru valoriza seus ancestrais, valoriza o estudo do passado e das origens e valoriza a guerra com sabedoria. O Asatru não é universal e não considera seu caminho como sendo o correto para todos, o Asatru acredita que há espaço para todos os arquétipos no mundo e que todos eles tem o seu valor. Baseado nisso, clamar que Zeus é o mesmo Deus que Odin é loucura.


- Douglas Phoenix -

terça-feira, 18 de maio de 2010

Bruxo diz que procuradora denegriu a imagem da bruxaria

Texto de Liana Leite, do G1 RJ

Publicado em 17 de maio de 2010


Bruxos estão revoltados com a imagem passada pela procuradora aposentada Vera Lúcia Sant’Anna Gomes sobre a bruxaria. A acusada de torturar a menina de 2 anos que ela pretendia adotar faz parte de diversas comunidades virtuais ligadas ao tema. Segundo o terapeuta holístico e membro da comunidade no Orkut 'Bruxaria Natural', Newton Souza, de 30 anos, a bruxa Vera denegriu a imagem do ritual. “Fazemos ritos para o bem, é um culto à mãe natureza. Não serve ao mal", garantiu.

Newton acredita também que a procuradora só está sendo citada como bruxa por preconceito. “A bruxaria é perseguida há mais de dois mil anos. Se ela fosse católica ou evangélica, ninguém estaria falando nada”, afirmou.

A procuradora participa de comunidades no site de relacionamento Orkut como 'Sociedade Wicca & Bruxaria', 'Xamanismo' e 'Tarologia'. De acordo com Newton, na bruxaria wicca existem sacrifícios simbólicos. Ele explicou que os rituais de purificação, muita vezes marcados pela internet, acontecem para saudar a chegada de uma nova estação.

“Existem rituais de iniciação e de exaltação ao quatro elemento, água, terra, fogo e ar, onde se forma uma roda com um caldeirão no meio. O objetivo é comemorar a vida e a natureza. Fazemos pedidos e colocamos no caldeirão”, detalhou.

Vera Lúcia Sant’Anna Gomes está no Presídio Nelson Hungria, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A procuradora se entregou à Justiça depois de mais de uma semana foragida.

Procuradora terá que pagar tratamento de menina

No dia 6 de maio, a Vara de Infância, Juventude e Idoso da capital determinou que Vera Lúcia Gomes pague o tratamento psicológico ou psiquiátrico da criança, informou o Ministério Público.

O MP informou que a procuradora terá que começar a custear “imediatamente” o tratamento, em unidade particular de saúde, no valor de 10% de seus rendimentos. Ainda segundo o MP, a Justiça enviou ofício ao abrigo onde a menina se encontra para que providencie o profissional que fará o tratamento.

A ação sustenta que o “tratamento psicológico contribuirá para atenuar, desde logo, o sofrimento da criança, proporcionando-lhe a oportunidade de se tornar uma pessoa livre dos traumas acarretados pelos atos praticados pela ré”. Os promotores pedem ainda estudo psicológico para verificar o dano emocional sofrido pela criança. Segundo o MP, ainda cabe recurso da decisão.

Na ação, cujo mérito ainda não foi julgado, o MP pede ainda a condenação da procuradora aposentada ao pagamento de indenização por danos morais de, pelo menos, mil salários mínimos (R$ 510 mil) e de uma pensão mensal de 10% de seus rendimentos, a título de danos morais, até que a criança complete 18 anos de idade.


- Douglas Phoenix -

ESP-PE MAIO/2010 - O RESGATE DO SAGRADO FEMININO

O ESP -PE, Encontro Social Pagão de Pernambuco, que reune bruxos de várias práticas para o debate de temas relacionados a Bruxaria já está com o encontro de Maio marcado.

No dia 30 de maio de 2010, o palestrante Elora (Tereza Marques), apresenta o tema "O Resgate do Sagrado Feminino".

Ele irá falar sobre a deturpação da imagem da Deusa através dos séculos e seu resgate pelo neo-paganismo na sociedade atual.

O encontro acontece na Praça da República, em frente ao Teatro Santa Isabel, no Recife às 14:00 horas.

Para mais informações vistite o blog do ESP-PE.


- Douglas Phoenix -

domingo, 16 de maio de 2010

Encontros do ESP-PE confirmados

Foi divulgado pela administração do ESP-PE ( Encontro Social Pagão de Pernambuco) os temas e datas de seus próximos encontros.

O Encontro deste mês será realizado no dia 30 de maio, submetendo a palestra que seria em março, O resgate do sagrado feminino pela palestrante Elora (Tereza Marques).

O Encontro de Junho será realizado no dia 20 de junho, com uma das administradoras do ESP-PE, Júh Gouveia, apresentando o tema Covens x Bruxo Solitário.

Também está confirmado o encontro do mês de julho, marcado para o dia 11 de julho, apresentando o tema Druidismo pela palestrante Renata Gueiros.

OBS: As datas e eventos podem ser submetidos a mudanças devido a imprevistos que possam ocorrer, por isso sempre confira os eventos pelo blog do ESP-PE e por nosso blog.


- Douglas Phoenix -

sábado, 15 de maio de 2010

Princípios fundamentais sobre ataque e autodefesa psíquicos

Texto retirado do Bruxaria.net


Ataques psíquicos existem? Óbvio. São sempre intencionais? Não.

Partimos do ponto onde compreendemos que de tudo no universo emana energia. De pedras a pessoas. Magia é lidar com as diversas energias que existem. A Bruxaria lida especificamente com a magia da natureza, o que inclui pessoas. E nós vivemos em meio a isso tudo. Logo, recebemos e enviamos energia o tempo todo.

Qual a principal vantagem em ser um estudante ocultista ou praticante de Bruxaria? Identificar a influência dessas energias e fazer algo a respeito.

Erro primário no tato com a magia:

Confiar somente em nossos instintos, pois eles podem nos enganar. Não somos feitos apenas de instinto, mas de intelecto. Por isso é importante estarmos preparados, e isso é constante, trabalho de uma vida.

Princípios fundamentais sobre ataques psíquicos:
  • Algumas forças da natureza são como são, e ir contra elas será desastroso somente para nós mesmos.
  • Há pessoas que sabem como lidar com tais forças e sempre existiram aquelas que usaram tais energias para propósitos egoístas e, muitas vezes, nocivos aos outros.
  • É necessário primeiramente identificar um ataque, antes de achar que “tudo é ataque” e sair se protegendo contra tudo e contra todos. Isso é desequilíbrio. O diagnóstico sempre deve vir antes do tratamento.
  • Nenhuma manifestação de ataque psíquico deve ser ignorada.
  • Antes de concluir que se trata de um ataque psíquico, deve-se tentar encontrar todas as soluções naturais e materiais possíveis.
  • Há duas portas de acesso para ataques psíquicos em qualquer pessoal: o instinto de autopreservação (medo) e o instinto sexual (desejo). Veja como o instinto pode se tornar facilmente um vício espiritual se você não sabe o que está fazendo.
  • Para atacar uma pessoa, é necessário criar uma atmosfera densa em torno de sua imagem. Isso é exaustivo. Essa atmosfera é criada a ponto de transbordar, e quando isso acontece, ela é direcionada a determinada pessoa. Se o atacante não sabe controlar essa energia, a mesma ficará dispersa no universo e será respondida por todos os seres que tiverem essa nota tônica como base de sua natureza. A lei do retorno. O que ele enviou, voltará para si mesmo, e frequentemente de forma muito pior, pois envolverá outras energias e criaturas de todos os tipos.
  • Uma pessoa que opera um ataque psíquico nunca se livrará do ato. Ficará preso para sempre em sua alma e consciência.
  • Se existe um vínculo entre o atacante e o defensor, o ataque fica mais fácil. Tal vínculo pode inclusive vir de vidas passadas.
  • Os ataques acontecem, em 99% dos casos, durante o sono da vítima, que é o momento quando sua mente está mais frágil e receptiva.
  • Um ataque não necessariamente tem como foco a pessoa principal, mas pessoas vinculadas a ela que podem ser mais receptivas a esse tipo de problema. Trata-se de um ataque indireto.
  • Animais percebem as energias mais rapidamente que os seres humanos. Se uma pessoa se aproxima do seu cão ou gato, e este sai correndo ou tem qualquer outra reação repulsiva, fique atento(a).
Natureza dos ataques:
  • A forma mais comum de ataque psíquico não é intencional, provendo apenas de mentes ignorantes e malignas, mas não preparadas magicamente. Essas pessoas acabam se tornando as próprias vítimas de seu despreparo. Nesses casos, jamais um ataque deve ser respondido com outro ataque, pois você estará se rebaixando ao nível da ignorãncia.
  • Outra forma comum de ataque psíquico se refere não somente a pessoas, mas a lugares. Aquela sensação de entrar em um lugar e se sentir mal é verdadeira. Algumas pessoas são sensíveis para identificar imediatamente o que está acontecendo, outras não. Identificando, você evita o problema. Tem gente que nunca percebe e sofre do mesmo mal há anos, pois não sabe qual é o problema.
  • O ataque intencional, apesar de ser mais raro, também acontece, claro. É lançado por quem sabe o que está fazendo. Esses são os mais graves, pois não existe outra alternativa senão bater de frente.
Formas de ataques psíquicos:
  • A projeção do corpo etéreo tem não apenas a mente em ação, como a manifestação no plano físico. Esse ato é chamado de duplo etéreo ou ectoplasma: quando a ação física é produzida à distância por meios ocultos e em transe profundo. Também é absolutamente exaustivo e pode levar o projetor ao limite de suas forças, ocasionando perda de peso etc. Uma mente confusa ou doente pode se projetar sem intenção, também.
  • Existe igualmente a projeção de elementais artificiais. Trata-se do mesmo tipo acima, mas a pessoa projeta outra coisa, que não sua imagem. Uma mãe que pede com muita fé a proteção do anjo da guarda para o seu filho pode projetar inconscientemente um elemental artificial nesse formato. Desnecessário dizer que a imagem mental bem definida é fundamental nesses casos. Além disso, a projeção inconsciente pode aterrorizar o próprio projetor (projetar um fantasma no seu quarto, por exemplo). O conceito fundamental a respeito dessa “coisa” é que ela é uma parte do projetor exteriorizada. Uma espécie de “patrono do Harry Potter” de verdade, que fica ligado a você por um cordão fino em seu plexo solar.
  • O vampirismo é extremamente comum e trata-se basicamente da relação entre um parceiro dominante que mais ou menos conscientemente absorve a energia do mais fraco. A cura é o afastamento da vítima. Sempre que se tem o relato de uma união estreita e possessiva entre duas pessoas com a desvitalização de uma delas, é uma boa recomendar uma separação temporária e observar os resultados. É de essencial importância ao ocultista saber diferenciar o parasitismo do vampirismo. Como se pode deduzir, um é inconsciente e o outro, consciente.
  • Assombrações também podem acontecer, existindo duas formas que podemos considerar: uma alma presa a uma pessoa em particular e uma alma presa a um determinado lugar, afetando todas as pessoas que ali se encontrem. Exceto quando se trata de uma influência excepcionalmente forte, a pessoa insensível é imune. É importante ter em mente que, quando falamos de assombrações, primeiramente falamos em interferências, e não em ataques, pois a perturbação não necessariamente precisa constituir um ataque. Por isso o ensino espiritualista é tão popular (e valioso) – ele ajuda a suavizar a tensão entre os mundos. O que é necessário considerar é que existem almas e almas, assim como as pessoas são diferentes. Da mesma forma que existem almas de pessoas ignorantes, existem almas de pessoas que sabem bem o que estão fazendo. E obviamente a forma de lidar com cada uma delas difere enormemente.
  • Contatos não-humanos caracterizam-se também como uma forma de ataque, se for o caso. Aqui entram criaturas diversas que habitam o imaginário das mais diversas culturas do planeta. Lobisomens, demônios, extraterrestres, seres das montanhas, goblins etc. Para saber como lidar com tais seres, é necessário estudar sua literatura específica.
  • Riscos incidentais da magia, ou a lei do retorno. Em todos os caminhos ocultistas, há suas consequências. Um ataque pode ser a resposta de algo que você tenha feito. O adepto iniciado é extremamente cauteloso quando trabalha com magia porque sabe o que existe na retaguarda. O ocultista não-iniciado vai sem destino e não pensa nas consequências, falando em voz alta nomes que leu em algum livro sobre o assunto, de tão fácil acesso, sem saber que tipo de energias está invocando ou acreditando que nada irá acontecer. Foi graças a esse tipo de pessoas que a magia ganhou tão má fama no decorrer da história da humanidade, pois existe uma frequência assustadora de resultados desfavoráveis, quase sempre ligados ao despreparo dos praticantes.
Características comuns de quem está sofrendo um ataque psíquico:
  • Sonhos esquisitos relacionados ao ataque (geralmente é o primeiro sinal).
  • Sensação de peso sobre o peito, como se alguém estivesse se ajoelhando sobre você à noite (geralmente esse é um sinal da influência do lugar).
  • Sensação de mal eminente, medo e opressão.
  • Exaustão progressivamente mais forte.
  • Doença que nenhum médico consegue identificar.
  • Colapso mental.
  • Maus odores.
  • Manchas pela casa.
  • Pegadas bizarras.
  • Presença de sino astral (audição de um som semelhante a um sino mesmo).
  • Explosões inexplicáveis de fogo.
  • Poltergeist (objetos que caem das estantes e outras manifestações ruidosas).
Princípios fundamentais para a autodefesa psíquica:
  • Controle da imagem mental (auto-sugestão) é essencial. Paciência, equilíbrio, foco e concentração são essenciais.
  • Toda mensagem à mente subconsciente deve ser expressa em termos muito simples. Nada de termos difíceis e conceitos complexos na hora de exteriorizar.
  • Se pensamos em uma pessoa, estamos em contato com essa pessoa. Esse é um princípio básico. Se você a retratar com nitidez, será como se estivesse cara a cara com ela. Se não conseguir visualizar direito, é como se a visse à distância. Obviamente isso pode ser utilizado de diversas formas, e é assim que se opera tanto um ataque quanto uma defesa.
  • Em todo ataque psíquico, o defensor sempre tem a vantagem, pois lidar com o inconsciente e as energias é exaustivo e demanda muito controle. Se tiver alguns poucos – mas eficientes – conhecimentos, dificilmente algum ataque lhe será problema.
  • Enquanto a aura não for transpassada, não há nenhum acesso, e as duas maneiras pelas quais a aura pode ser transpassada é pelo medo ou pelo desejo vindos de dentro para fora, com relação à entidade atacante. Esses dois sentimentos são instintivos e, por isso mesmo, frágeis, fáceis. Um mago jamais se deixa levar por eles porque isso significa abrir as portas.
  • É prudente afastar-se de pessoas que manifestam certo tipo de fascinação, obsessão ou paixonite a seu respeito.
  • É prudente afastar-se de pessoas claramente desequilibradas e que ainda não tenham qualquer vínculo com você. Não deixe que tenham.
  • O uso de talismãs e amuletos é útil, especialmente colares feitos de prata ou espelhos.
  • Cuidar do seu corpo é uma das ações mais importantes. Nunca fique sem se alimentar, não perca muito peso, mantenha-se em equilíbrio. Corpo vazio é vítima mais fácil. O mesmo vale para o uso de álcool e substâncias prejudiciais ao corpo no geral: evite-as, pois alteram seu estado de quilíbrio.
  • As impressões que temos são coisas importantes nos assuntos psíquicos, pois representam o conhecimento e a experiência que temos inconscientemente.

- Douglas Phoenix -

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Grande Rito

Texto retirado do Bruxaria.net


O Grande Rito é a representação da Deusa e do Deus fazendo amor, e quando isso acontece nasce o universo. A Bruxaria é um conjunto de crenças que se baseia no êxtase, seja através de danças, cânticos e rituais, até a própria energia gerada pelo sexo, que é considerado sagrado. Isto não significa uma orgia ritual e não existe a possibilidade de isso existir.

O Grande Rito pode ser (e geralmente o é na maioria dos covens) totalmente simbólico, e o coven está presente o tempo todo. Mas também pode ser “real”, com uma relação sexual de verdade entre o Sumo Sacerdote e a Suma Sacerdotisa, e o resto do coven não está presente no círculo.

Simbólico ou “real”, o Grande Rito é parte essencial dos rituais wiccanos. Para as bruxas, o sexo é sagrado, “uma manifestação daquela polaridade essencial que penetra e ativa o universo todo, do macrocosmo ao microcosmo, e sem a qual o universo seria inerte e estático ou, em outras palavras, não existiria” (Janet e Stewart Farrar, em Oito Sabás para as Bruxas).

O casal que realiza o Grande Rito está oferecendo a si mesmo aspectos dos deuses como fonte suprema. Trata-se da crença de “como é em cima, o é embaixo”, ou seja: como é no domínio dos deuses, é também no domínio dos homens. O casal está representando (e sendo) as polaridades que movem o universo em todos os níveis, e é por isso que se chama “Grande Rito”.

Também é por esse motivo que o Grande Rito “real” é realizado sem outras pessoas no local, não por uma razão de pudor, mas pela dignidade da privacidade. E o Grande Rito deve ser representado por parceiros casados ou que tenham uma união semelhante a um casamento. Como é um rito mágico, poderoso e carregado pela intensidade da relação sexual, se o casal tiver relações estreitas, o Grande Rito pode desencadear energias que podem desestabilizar e perturbar os envolvidos.

Doreen Valiente diz: “A relação sexual ritual é realmente uma idéia muito antiga, provavelmente tão antiga quanto a própria humanidade. Obviamente, é o próprio oposto da promiscuidade. Relação sexual com propósitos rituais deve ser com um parceiro cuidadosamente selecionado, na hora certa e no lugar certo… É amor e exclusivamente amor que pode transmitir ao sexo a centelha da magia” (Natural Magic).

O Grande Rito simbólico, em sua contraparte, por assim dizer, é absolutamente seguro e benéfico para dois bruxos do sexo oposto experientes e muito amigos, em um nível normal de amizade dentro do coven. A Suma Sacerdotisa decide quem é adequado.

Janet e Stewart Farrar sugerem: “Talvez uma boa maneira de expressá-lo seria dizer que o Grande Rito ‘real’ é magia sexual, enquanto que o Grande Rito simbólico é magia do gênero” (idem).

Realizar o Grande Rito remete à idéia de que o corpo da mulher é um altar, com seu ventre e órgãos de geração como seu foco sagrado, e o reverencia como tal.

Vale lembrar aqui que isso não tem absolutamente nada a ver com “missas negras”, pois a própria missa negra nada tem a ver com a bruxaria. Era uma heresia cristã, na qual eram utilizados objetos cristãos deturpados, realizada por sacerdotes corruptos ou destituídos da batina. O altar vivo era usado para profanar a hóstia, obscenidade pouco relacionada ao Grande Rito.

Doreen Valiente fala mais uma vez sobre o Grande Rito, aludindo à religiões pagãs honradas, onde “há uma figura genuinamente antiga: a mulher nua sobre o altar. (…) Seria mais correto dizer, a mulher nua que é o altar pois este é o seu papel original (…). Este uso do corpo de uma mulher viva como o altar, onde as forças da vida são veneradas e invocadas, remonta à época anterior aos primórdios da cristandade; aos dias do antigo culto da Grande Deusa da Natureza, na qual todas as coisas eram uma, sob a imagem da mulher” (An ABC Of Witchcraft). Tudo é o corpo da Deusa, na verdade.

O simbolismo apresentado pela Wicca é, então, apenas a forma mais viva e natural daquilo que outras religiões fazem indireta e inconscientemente.

O Grande Rito é realizado pelo Sumo sacerdote e pela Suma Sacerdotisa nos sabbats. Porém, a Wicca não tem nada a ver com regras e procedimentos fixos, então outro casal pode realizar o Grande Rito em outra ocasião.


- Douglas Phoenix -

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pesquisadores alertam para mistura de ervas e medicamentos

Pesquisadores estão alertando que ervas e suplementos populares, incluindo a erva de São João e até mesmo alho e gengibre, não devem ser misturados com medicamentos comuns para o coração. Eles também podem ser perigosos para pacientes que tomam estatinas, anticoagulantes e medicamentos para pressão.

A erva de São João eleva a pressão sanguínea e o batimento cardíaco, enquanto o alho e o gengibre aumentam o risco de sangramento em pacientes que tomam anticoagulantes, segundo os pesquisadores. Até mesmo suco de toranja (grapefruit) pode ser arriscado, por aumentar os efeitos dos bloqueadores dos canais de cálcio e das estatinas.

“Essa não é uma pesquisa nova, mas existe uma tendência a usar cada vez mais esses componentes, e os pacientes muitas vezes não discutem com seus médicos sobre os componentes que estão usando por conta própria”, disse o doutor Arshad Jahangir, autor principal do artigo que será publicado na edição de terça-feira do periódico The Journal of the American College of Cardiology.

O artigo inclui uma lista de mais de duas dúzias de produtos fitoterápicos com os quais os pacientes devem ter cautela, bem como uma lista de interações comuns entre drogas e ervas. Entre os produtos listados estão ginkgo biloba, ginseng e equinácea, além de algumas surpresas, como leite de soja e chá verde – ambos capazes de diminuir a eficácia da warfarina – e até mesmo babosa (aloe vera) e alcaçuz.

Os médicos precisam ser assertivos e perguntar aos pacientes sobre as ervas e suplementos que eles tomam, e os pacientes precisam fornecer essa informação aos médicos, disse Jahangir.

Para aqueles que tomam suplementos de alho na crença de que isso irá melhorar a saúde do coração, o doutor disse, “eles ficam muito surpresos em ouvir que podem estar tomando algo capaz de potencialmente aumentar o risco de sangramento.”

Fonte: Terra Notícias


- Douglas Phoenix -

FESTESP 2010


Dia 15/05/2010, ás 10:00, no Rio de Janeiro, estaremos juntos reunidos no
FestivESP®.


o FestivESP® é um evento de vivências!
A proposta do evento é promover os artesãos pagãos e integrar a comunidade pagã com atividades lúdicas como vivências,danç a,dramatizaçã o,recitais de poemas, oficinas, workshops, e muita alegria.

Durante o evento além das atividades acima expostas, haverá exposição do
trabalho de artesãos pagãos, venda de objetos de cunho pagão e oráculos.

Então você que é artesão, canta, dança, faz dramatização, ou qualquer outra atividade lúdica de cunho pagão e gostaria de participar entre em contato pelos e-mails:

daphy_witch@ yahoo.com
projetogaiapaganus@ yahoo.com. br
druidaerius@ hotmail.com

o FestivESP® Durará pelo dia todo,começaremos ás 10 hrs e só os Deuses
sabem que horas acabará!

vamos fazer deste dia, uma experiência maravilhosa de harmonia e
integração!
contamos com a presença de todos, dia 15 de Maio, ás 10 hrs da manhã!No parque da Quinta da Boa Vista, Lago dos pedalinhos, / Templo de Apollo - Rio de Janeiro

Nos vemos por la!


- Douglas Phoenix -

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mulheres acusadas de Bruxaria imploram por ajuda

Texto retirado do site www.northernghana.com, publicado no dia 06 de maio de 2010, o texto foi traduzido e ocorre em Gana, país da África.



Alguns 1.200 membros dos Kukuo alleged witches camp (Acampamentos de Bruxas Alegadas de Kukuo) tem apelado à NADMO (Organização Nacional de Gestão de Desastres) e ao Distrito Norte de Nanumba para ajudá-los no auxílio e na reconstrução de casas de 75 famílias, destruídas a última tempestade. Ao compartilhar sua experiência com northernghana.com, Mma Abukari Mariama Nakpanzoo, líder de uma rede 6 acampamentos de bruxas alegadas com acampamentos na região Norte, reclamou que vários apelos foram feitos ao conjunto do distrito e a NADMO, mas que nada foi feito.


As cerca de 1.200 mulheres acusadas de Bruxaria no acampamento em Kukuo têm 171 netos e apenas 64 frequentam a escola do ensino básico, e há apenas um bloco educacional na comunidade que foi construido pela Action-Aid Ghana. Devido à falta de infra-estrutura educacional, alunos da Junior High sentam embaixo de árvores para leitura e palestra para toda a comunidade agrícola, com um total de 226 famílias, pode-se gabar de apenas 3 furos em sua tenda. Issah Mustapha que atua na Assembléia e Secretário da companhia de bruxas alegadas disse que somente um dos 9 professores destacados para a comunidade é regular devido a falta de alojamento para acomodá-los.


A história local tem que o acampamento de bruxas alegadas foi estabelecido há séculos e alguns deles que estão por lá a mais 35 anos confessaram que nunca visitaram a capital Bimbila, que fica a 6 km por razões sanitárias. Com parte das medidas destinadas a melhorar as suas condições de saúde, Yussif Salifu de SONGTABA disse que com o apoio da Action-Aid Ghana, a maioria dos membros foi registrado no Esquema Nacional de Seguros de Saúde.


VIÚVAS APELAM POR SUPORTE DO GOVERNO


Cerca de 200 membros do Maltiti Widows camp (Acampamento de Viúvas de Maltiti) em Bimbila estão apelando ao governo para salva-las de uma terrível fome, pobreza e doenças que tenham afetado seu bem-estar sócio-econômico, como resultado de um conflito tribal desde 1994. Elas reivindicam assistência pó assistência na forma de crédito familiar, maquinário agrícola, e outros insumos para expandir suas atividade agrícola de pequena escala para complementar as intervenções de organizações da sociedade civil que têm garantido o seu sustento durante anos. As viúvas revelaram que o chefe de Kpabi, uma comunidade satélite no distrito de Nanumba do Norte, lançou cerca de 10 hectares para eles, mas não foram capazes de desenvolver a área devido a restrições financeiras.


Narrando sua provação para northernghana.com em Bimbila, em uma missão com o apoio da Action-Aid Ghana, eles lamentam o que a maioria de suas crianças tenha saído da escola devido à monoparentalidade. Eles gritaram que os proprietários estavam rejeitando os colocar em casas alugadas e que a situação se agravou ao longo do tempo que leva seus adolescentes a fugirem da Zona Sul de Gana à procura de empregos inexistentes. As viúvas fazem sabão, pomadas, pó e pasta de amendoim, dawadawa (comida típica da região) e tecelagem. Elas comercializam seus produtos com o apoio da Paróquia Católica de Irmãs São Gredas.


Attah Abarika Wasila, zeladora da união de viúvas disse que elas perderam seus maridos durante o conflito de 1994 em Konkomba and Nanumba, e desde então não tiveram mais uma vida fácil. Ela é grata a Action-Aid Ghana, SONGTABA, a uma ONG local e a Paróquia Católica de Irmãs São Gredas, por suas instrumentalidades no estabelecimento do campo para servir como um centro de defesa da paz.


O Acampamento nasceu do conflito mortal entre tribos que custou a vida de milhares e pessoas e o desabrigo de vários em Chamba e Bimbila.



- Douglas Phoenix -

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Virgem Negra


Centenas de ícones de Maria, a mãe de Jesus de Nazaré, possuem as mãos e os rostos negros. Na França, elas são chamadas de "Vierge Noires" e em outros lugares da Europa de "Maddonas Negras". Alguns chamam sua imagem de "a outra Maria"; Carl Jung dizia que eram representações de ísis e sua iconografia remonta ao culto pré-histórico da Mãe Terra. Ela possui analogia com as Deusas Cybele, Diana e Vênus e associações culturais com Kali, Innana e Lilith. Historicamente ela foi introduzida pelos cruzados voltando da Palestina, os conquistadores espanhóis a levaram ao Novo Mundo e seguindo antigas tradições esotéricas, os Templários a chamavam de "Maria Madalena". Como a negra Sara-la-Kali, ela é reverenciada pelos ciganos em todo o mundo, possuindo sua data e lugar sagrado: 24 de maio, Saintes-Maries de la Mer, na região francesa de Camargue. Para os psicólogos modernos, ela expressa o Feminino Sombrio.

Mas independente do que ela possa aparecer, ou do que possam dizer dela, seu culto continua poderoso e exerce uma estranha fascinação em milhões de devotos em todo o planeta. Seus lugares sagrados são centros de energia telúrica, enlaçados com as "Linhas Ley" e a arquitetura sagrada. Desde os tempos remotos até hoje, multidões peregrinam a seus Santuários, mergulhando em seus mistérios e entregando-se a seus miraculosos trabalhos de cura, transformação interior e inspiração. A França possui mais de 300 lugares com Virgens Negras e existem mais de 150 deles no mundo.

O Brasil, com orgulho, exibe a sua Madonna: Nossa Senhora da Aparecida, retirada das águas por pobres pescadores. Sua imagem, reprodução da morena Virgem de Guadalupe do México, que é a manifestação da nativa Tonantzin, atrai milhares de devotos, católicos ou não. Nos meios hermetistas e pagãos (incluindo a Wicca), ela é a imagem da Sábia e Cthônica Anciã (Crone).

Um Antigo Ritual para a Virgem Negra (Bulgária, século XIII. Fonte: Fraternitas Bogomiliana)

Em uma noite sem Lua (Lua Nova), vista-se com cores negras e cubra a cabeça com um lenço também negro. Prepare um pequeno altar com oferendas de vegetais de casca escura (por exemplo - beterraba, ameixa, beringela, azeitonas pretas, etc...), incenso de aroma forte (benjoim, âmbar ou defumadores de ervas) e uma Vela Verde. Arrume o altar voltado para o Norte, acenda o incenso e a Vela.

Deite-se no chão, com o rosto voltado para a terra, coloque os braços abertos ao lado do corpo e diga: PURIFIQUE-ME SENHORA! PURIFIQUE-ME INTERNAMENTE E EXTERNAMENTE. PURIFIQUE MEU CORPO, ALMA E ESPíRITO! FAçA AS SEMENTES DE LUZ CRESCEREM DENTRO DE MIM E TRANSFORME-ME EM TOCHA FLAMEJANTE DE TEU AMOR. PARA QUE EU, TOMADO POR MINHAS PRóPRIAS CHAMAS, TRANSFORME TUDO EM MIM E AO MEU REDOR EM LUZ!

Imagine a Virgem Negra entronizada no centro da Terra, Senhora do Mundo Subterrâneo e Mãe da Natureza. Sinta o seu poder e sua majestade incomparável.
Levante-se e faça a oração mais uma vez.
Pegue a Vela Verde e caminhe, no sentido dos ponteiros do relógio, nove vezes.
Pare voltado para o Norte e faça a oração novamente.
Agradeça a Virgem Negra e peça a sua proteção. Deixe o incenso e a Vela consumirem-se totalmente. Use as oferendas vegetais para o consumo próprio, como uma dádiva da Mãe Terra.

O Ritual pode ser realizado fora ou dentro de casa. A Vela Verde (escura) é tradicionalmente usada em ritos para a Virgem Negra desde a Idade Média.

Fonte: Alemdalenda


- Douglas Phoenix -

terça-feira, 4 de maio de 2010

Fotos do ESP-PE Abril

No último encontro do ESP-PE realizado no dia 25 de abril, foi apresentado o tema "Mistérios Celta" pelo palestrante Victor Lira - Hypnos.

A palestra abordou uma introdução aos povos celtas, sua distribuição geográfica, uma explicação sobre os deuses, entre outros.

Vocês podem baixar todas as fotos em: http://www.4shared.com/file/vv388xe7/Fotos__esp_abril2010.html












- Douglas Phoenix -

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A Pirâmide das Bruxas

Retirado e traduzido do blog Aisha Shamise's - Book of Shadows


A pirâmide das Bruxas, também chamado de "As quatro leis do Mago", é muito antiga. É um grande valor para os seguidores da Antiga Crença.

Saber


Conhecer os meios para estudar e aprender tudo que puder sobre a Magia e a forma como pode ser usada. Como uma bruxa ou bruxo, você deve saber o que está fazendo quando se trata de Magia. Essa lei é representada pelo ar.

Ousar


Como um seguidor você deve se atrever a praticar o que você aprendeu. Você deve estar disposto a levantar-se e usar todo o conhecimento que adquiriu para realizar rituais e magias. É representado pela água.

Vontade


Uma vez que você decidiu praticar magia, você deve ser forte o suficiente para manifestá-lo (para fazer o feitiço virar realidade). No entanto, lembre-se, Também somos seres humanos. Portanto, somos obrigados a cometer erros, às vezes, mesmo que fazendo o nosso melhor para evitá-los. Ele é representado pelo fogo.


Calar


Deve-se manter silêncio sobre o trabalho que eles estão fazendo ou para quê se está fazendo. Todos têm seu tempo de falar sobre o trabalho mágico que está fazendo, parte da energia é dado de graça. Além disso, a bruxa pode dizer a alguém que, por qualquer motivo, que não quer que seja uma Bruxa por sucesso. Essa pessoa, sabendo o que está sendo feito, pode contrariar o resultado. Esta não é uma ocorrência normal, mas pode acontecer e acontece. No silêncio há conhecimento. Você é o mestre de seus pensamentos, mas um escravo do que você diz. É representada pela terra.



- Douglas Phoenix -

domingo, 2 de maio de 2010

Mitologia da Oceania

Na mitologia da Oceania, o mar, o grande espaço que rodeia as reduzidas extensões das terras insulares é, junto com o céu, a origem preferida para os seus grandes deuses ou para as mais potentes forças criadoras. Onde a atividade vulcânica é mais freqüente, os deuses que se supõem encerrados no interior das crateras são a explicação favorita ao mistério da vida e da morte.

Em geral, embora exista uma ligação básica animista e predomine o politeísmo e a tolerância aos cultos importados, cada zona geográfica - Austrália, Melanésia, Micronésia e Polinésia - e cada grupo de ilhas desenvolveu uma crônica legendária própria, com a natural inter-ligação devida à comum origem e aos contatos mais ou menos continuados, à qual se une uma muito peculiar série de ritos mágicos e de proibições rituais - o tabu - que complementam cada uma dessas teorias mitológicas.


Uma Constante Animista

Em toda a Oceania, especialmente na Melanésia, o animismo é o sistema de crenças mais importante. Este sistema animista, como apontava Sir James G. Fraser, que realizou um dos melhores estudos da zona, é a demonstração de que aqui a magia dominou a religião e venceu-a em toda a linha. Porque o ser humano, ao sentir-se impotente perante as forças da natureza, ao não poder aceder ao seu controle, ou pelo menos, ao não poder prever o seu desenvolvimento, trata de improvisar um ritual que lhe dê a possibilidade de recuperar parte da confiança perdida.

O animismo tem duas notas peculiares: o particularismo e o ceremonialismo. Tenta-se trabalhar a alma, o espírito particular, individual e definido, de cada um dos elementos sobre os quais se deseja atuar e, ao considerar a sua personalidade espiritual, se quer descobrir a maneira de agradar ou atemorizar o espírito em questão. Para isso, o pretendido conhecedor dessas almas desenvolve a cerimônia que melhor lhe parece que pode resultar, de acordo com a sua intenção.

Neste caso, resulta claro que não há necessidade de mediador, de sacerdote, porque as regras se vão criando segundo aparece a necessidade correspondente. O espírito da coisa, do animal, ou do fenômeno em questão, é uma alma concreta e o praticante também o é; portanto, a cerimônia animista é uma conversa, um contato pessoal entre o espírito e o demandante, que se ajuda com a magia que ele conhece, que aprendeu dos seus maiores ou que intuiu que é a mais indicada para essa alma, a melhor para essa ocasião concreta.


O Animismo Hoje

Temos um interessante exemplo atual deste culto animista na Papua Nova Guiné, a metade independente da ilha de Nova Guiné, com uma extensão de perto de meio milhão de quilômetros quadrados e uma escassa população, pouco mais de três milhões de habitantes; ora bem, neste novo país, no qual apenas três por cento da população se declara oficialmente não cristã, existe o culto animista mais moderno que se conhece. Começou com a chegada dos europeus e a sua exibição de grandes embarcações, das quais desciam portentosas maquinarias, instrumentos e bens, até a essa altura desconhecidos para os papus (nome malaio que se refere ao cabelo encrespado dos aborígenes).

Pois bem, desde a Segunda Guerra Mundial, num momento em que os papus assistiram a um portentoso incremento de transportes militares na sua ilha, Papua viu como se acelerava e se institucionalizava o culto da carga (Cargo Cult), com cerimônias particularizadas na espera dos papus para que cesse a intervenção maléfica do homem branco, o estrangeiro que muito bem sabem que foi quem desviou a carga a eles destinada, primeiro nos barcos e agora nos aviões; no ritual coletivo deste culto oficia-se através de modelos de aviões feitos ingenuamente em madeira, com os quais se invoca os de verdade; a cerimônia desenvolve-se periodicamente nas imediações do aeroporto da capital, em outra maquete ritual do aeroporto de Port Moresby, precisamente para fazer com que a magia atue em substituição, ao ser evidente que os aborígenes não têm o poder nem os meios técnicos necessários para reclamar pela força essa carga tão ansiada que exigem.

Com certeza, se afirma que não há signos de que este culto tenha remetido com a passagem do tempo, ao contrário, cada dia parece mais estabelecido e melhor definido. Mas, ao mesmo tempo que existe este culto moderno, se continua julgando que Kat foi o herói que trouxe a noite aos humanos. A magia, em toda a Oceania, se assimila a uma forma de defesa perante a realidade e a sua última conseqüência, a magia destrutiva é simplesmente uma arma utilizada pelo oficiante num ato de legítima defesa para destruir o inimigo, que não se pode parar doutro modo, mas esta magia destrutiva só reveste o inofensivo aspecto (para nós, que não temos a maldição) de um sortilégio pronunciado com todas as condições prescritas pelo ritual.


O Totemismo, O Outro Pilar

Uma visão especialmente significativa foi a que obteve da Austrália o grande sociólogo Emile Durkheim, que descreveu na sua obra "As formas elementares de vida religiosa" (1915) tudo o que pôde observar sobre o totemismo na Austrália, nos núcleos de população indígena, definindo esse totemismo com uma forma de pensamento que concebe os seres humanos como outra das diversas partes integrante duma única natureza. No totemismo, a vida inteira é uma unidade, e a vida religiosa, a crença, está tudo encadeado ao conjunto universal.

As cerimônias são a parte mais importante desta forma de crença e, mais ainda, as grandes cerimônias (como em todas as religiões estabelecidas) são também outra forma direta de explicar a sociedade; por isso, nos escassos grupos aborígenes que vivem no interior da Austrália, ainda se podem encontrar grandes ritos onde a presença da mulher está vetada. Esta proibição é outra forma de acentuar a diferença social entre homens e mulheres. Estas, por sua parte, também tinham e têm cerimônias exclusivas e separadas, como separada na sua vida civil.

Naturalmente, trata-se duma sociedade em que a poligamia era uma forma habitual de construção familiar, com um número de esposas variável dentro do continente australiano, mas oscilando entre um mínimo de duas ou três e um máximo de vinte e nove entre os tiwi. No estabelecimento do número de esposas, o critério mais importante era o dos meios de que dispunha o cabeça de família e, como em todas as poligamias, a primeira ou primeiras esposas eram as que pediam que se tomassem novas, dado que a incorporação de esposas jovens descarregava de trabalho as existentes e se traduzia num aumento da potência econômica do grupo familiar.


Práticas Totémicas da Austrália

Entre as práticas religiosas próprias da Austrália é possível encontrar em Arnhem verdadeiros cantores tradicionais do ritual da "alcovitagem", oficiantes em transe que recitam o que os espíritos lhes estão comunicando no seu especial diálogo pessoal. Mas a prática totémica mais representativa do território Ananda, na Austrália, está nos Tjurunga, os objetos sagrados elaborados sobre pedras ou peças de madeira, com decoração e linguagem sagradas, feito à base de incisões rituais. Outros ritos totêmicos de Arnhem foram desde tempo imemorial os maraiin e os rangga.

Os primeiros eram representações realistas de pessoas, animais, plantas e objetos; os rangga eram postes cerimoniais. Mas tudo isso construído sem nenhuma ideia de permanência, dado que se tratava de objetos que se sabiam perecedouros, porque só estavam destinados a servir de mensagem ritual nessa ocasião concreta.

No totemismo, a preocupação transcendental dos seres humanos centra-se unicamente em dois pontos: em primeiro lugar, que as estações não interrompessem a sua habitual sucessão nem variassem na sua forma climática; depois, que a vida mantivesse também o seu ritmo habitual e que decorresse com a continuidade esperada, isto é, que os seres vivos pudessem continuar vivendo tranqüilamente, como sempre se tinha vivido, dentro das coordenadas conhecidas através de gerações, sem que se tivesse que sofrer por conseqüência de alguma mudança inesperada e não desejada.


A Fácil Entrada dos Europeus

Na Oceania, o homem branco que acaba de chegar à zona não encontra oposição alguma, nem à sua presença nem às suas ideias. Só os fortes núcleos maoris da Nova Zelândia, os habitantes mais guerreiros de toda a Oceania, se enfrentam aos recém-chegados homens brancos e fazem-no durante um longo período, sem se importarem com as numerosas baixas causadas por um inimigo melhor armado e ainda melhor informado.

São duas as causas desta aceitação tão rápida, à parte do caráter aberto dos diferentes grupos de população estabelecida. Nas ilhas de menor tamanho e população da Polinésia e, sobretudo nas Havai, torna-se evidente a superioridade dos recém-chegados e os habitantes, com um pragmatismo admirável, preferem seguir em tudo os ditados dos europeus, até no concernente às suas diversas doutrinas cristãs que trataram com eles, para tomarem todo o tempo necessário, até chegarem a estabelecer a forma mais conveniente de atuar depois.

Por outra parte, na Melanésia, a cor pálida das peles européias está relacionada com a morte, com os sagrados espíritos dos mortos. É esse aspecto esbranquiçado o que torna os homens brancos respeitáveis aos olhos dos melanésicos e, em conseqüência, se acata a sua presença e se obedecem as suas ordens, porque são a gente vinda do mais-além, não só do outro lado do mar e, para maior evidência, o poder que emana deste heterogêneo, mas decidido grupo de marinheiros, penados, soldados, traficantes, missionários e aventureiros, com as suas grandes e até a essa altura desconhecidas embarcações, as suas armas de fogo e as suas inexplicáveis posses e energias, só faz reforçar o primeiro conceito de que pertencem a um grupo diferente de seres sobrenaturais, pelo menos.


Mitos Comuns

Há muitos pontos comuns na mitologia dos diferentes agrupamentos insulares da Oceania. Mas, naturalmente, as coincidências são tantas como as discrepâncias e as peculiaridades de cada etnia ou grupo, digamos nacional, sobretudo porque a enorme dispersão geográfica torna impensável que, embora se partisse da mesma raiz religiosa, fosse possível conservar inalterada a essência após pouco mais de um par de gerações, principalmente na cultura de transmissão oral, na qual três gerações é o máximo passado que se pode estabelecer com precisão cronológica. Portanto, a característica primeira da mitologia de toda a região da Oceania é que se misturam com facilidade os cultos gerais da zona com os desenvolvidos localmente, sem que exista absolutamente nenhuma colisão ou oposição a esse casamento.

Um dos seres legendários e semi-divinizados que aparece com maior freqüência nas diferentes áreas é Maui ou, mais exatamente, Maui-Tiki-Tiki, que é o herói legendário, o ser divinizado de origem um humano pescador. Foi capaz de realizar o descobrimento do fogo. E, como em tantas e tantas mitologias, esse herói proporcionador do supremo bem do fogo não atuava em seu proveito, porque o grande Maui-Tiki-Tiki, uma vez que possuiu o segredo do fogo, cedeu-o generosamente aos seus companheiros os humanos.

Também se tem o grande Maui por divindade dos primeiros frutos nalgumas zonas da Polinésia e Micronésia. Na Nova Zelândia, para os maoris, Maui é a divindade que representa o Céu; nas ilhas Havai, Maui-Tiki-Tiki é o mesmo deus que Kanaroa, isto é, é o deus supremo do seu panteão, enquanto nas ilhas Tonga, ao noroeste da Nova Zelândia, Maui é somente um dos deuses simplesmente importantes do seu abigarrado olimpo local.

Mas também em Nova Zelândia, no Havai e nas Tonga, coincide-se em relacionar Maui, o pescador, com a origem da terra; firme, dado que nas três zonas, tão diversas, se fala do pescador Maui como do artífice desse prodígio que foi recuperar a terra seca e habitável das profundidades do mar. Noutras zonas da Austrália, como Queensland ou New South Wales, conta-se que Maui marcou de vermelho a cauda de um pássaro local, porque a ave quis roubar-lhe o fogo que ele tinha descoberto, que é uma lenda muito similar à que se conta dos pássaros e do fogo nas ilhas Havai.


A Ilha de Páscoa, no Extremo Oriental

A ilha de Páscoa, Rapa-Nui no seu toponímico original, marca o confim oriental da Oceania, numa longínqua avançada que se situa a mais de duas mil milhas marinhas da Polinésia Francesa, a mais de mil milhas de Pitcairn e a outras duas mil milhas da costa do Chile, país ao qual agora está adscrita, quase em zona de ninguém. Esta ilha, à parte das estupidezes extraterrestres que se tramaram a partir da surpreendente presença dos moais, as suas peculiares estátuas monolíticas, é também a amostra de que a separação implicou a perda da tradição original maori, embora se conserve grande parte do idioma primigênio na linguagem atual.

No caso concreto da ilha Rapa-Nui, também há que dizer que as sucessivas erupções dos seus três vulcões, que praticamente chegaram a acabar com quase toda a vida humana na sua superfície, são a causa deste esquecimento das tradições, junto com as mortíferas incursões de piratas e as não menos cruéis expedições a partir das costas americanas à procura de mais escravos para dotar de mão de obra barata as grandes plantações continentais, o que leva à perda da capacidade de compreensão e interpretação completa da linguagem autóctone dos pictogramas que se conservam nas escassas tabuinhas supervinientes, nas poucas rangorango não destruídas.

O que sim se mantém em parte é a lenda do rei Hotu Matua, de um ariki do desconhecido e longínquo reino de Hiva, que se viu obrigado a abandonar a sua terra quando as águas do mar circundante começaram todas a crescer, inundando pouco a pouco a ilha de Hiva, destruindo tudo com a sua imparável enchente, homens, animais e cultivos. Hotu Matua mandou um dos seus mais leais súbditos, o fiel Hau Maka, que realizasse uma viagem de exploração, submerso nos poderes de um sonho mágico, para encontrar uma nova terra para onde levar a parte do seu povo que pudesse salvar.

Hau Maka sonhou em primeiro lugar com os ilhéus que rodeiam Rapa-Nui, e deu-lhes os nomes dos netos que teria no futuro; de lá viu a ilha grande e para ela foi. Percorreu-a toda, pela costa e o interior, vendo as praias e subindo aos vulcões, pondo a todos os pontos o seu devido nome até Anakena, na costa do norte da ilha, como lugar de chegada para as canoas que tinham que vir trazer mais tarde toda a gente de Hiva que pudesse escapar da morte segura.


A Expedição a Rapa Nui

Despertado do seu sonho, Hau Maka comunica o conteúdo do mesmo ao ariki Hotu Matua; o rei, contente com a precisa mensagem onírica recebida por Hau Maka, ordena que sete homens saiam para a ilha para esperar nela a chegada do grosso da emigração que tem que conduzir mais tarde o araki. Saem então para a ilha salvadora de Rapa Nui os sete escolhidos: Ira, Raparenga, A-Huatava, Ku-uku-u, Nomona A-Huatava, Ringingi A Huatava, Uure A-Huatava e Makoi Ringingi A-Huatava.

Cumprindo o real mandato, os sete chegam à ilha indicada, mas o que vêem não lhes agrada, pois estão numa ilha arrasada pelos ventos, rodeados por fortes correntes circulares que não permitem a navegação para o mar aberto, numa má terra cheia de matagais e onde não parece possível cultivo algum. Após os sete anos dedicados à construção dos dois catamarans gigantes, chega, por fim, a Rapa Nui a expedição de Hiva, com o ariki Hotu Mútua, com a ariki Vakai, comandando de um catamaran.

No outro vai a sua irmã Ava Rei Pua, esposa do ariki Tuu-ko-Ihu. Em total são duzentos os passageiros das duas grandes embarcações, cem em cada uma delas. De terra, os sete da ilha tratam de avisar para que não se deixem levar pelas águas e saiam de lá, pois Rapa Nui não é um bom sítio para tentar continuar a vida.

Mas Hotu Matua responde que não há outra terra para eles senão essa ilha. E se separam as duas pirogas, para que cada uma chegue a Anakena a partir de um rumo diferente: Hotu Matua e a sua esposa Vakai fazem-no pelo este, a sua irmã Ava Rei Pua aproxima-se pelo oeste. As duas mulheres parem asim que pisam terra firme; Vakai teve um filho, a sua cunhada Ava Rei uma filha; a estirpe real foi a primeira em nascer na nova terra. Após o duplo nascimento, o rei e a sua comitiva plantaram as primeiras sementes, aquelas sementes trazidas da Polinésia e que dão forma a uma ilha de Hiva ressuscitada, apesar de que já não se pode sair de Rapa Nui e o povo de navegantes esquece a navegação e fica confinado no último canto do Pacífico.


Os Deuses de Rapa Nui e os Moais

No entanto, em todo este relato da saída do rei Hotu Matua (Matua significa pai) da ilha Hiva e a posterior chegada dos maoris a Rapa Nui, não há nenhuma explicação para os gigantescos moais, que nada significam para os atuais habitantes, nem como ídolos sagrados nem como estátuas de personagens históricos ou legendários respeitados, à parte do fato de comentar-se que antes de estes maoris chegarem, habitava a ilha a gente de orelhas largas, que o povo das orelhas curtas do araki Tuu-ko-Iho, o esposo de Ava Rei Pua, matou tentando explicar o seu desconhecimento sobre a origem dos moais, e a plausível versão da desaparição dos talhistas daqueles monólitos antropomórficos, dos quais só sabem que muitos estão abandonados nas canteiras das cimeiras, a meio talhar, sem que nenhum rapanuino tenha podido dar conta de quando nem de como se produziu tal interrupção na sua talha e posterior ereção nem a razão da sua presença nas ladeiras da ilha.

Quanto à mitologia da ilha de Páscoa, se menciona em primeiro lugar o deus-pássaro Makumaku, do qual há multidão de talhas antigas, seguramente da mesma época que a dos construtores de maois, nas rochas das montanhas vulcânicas da ilha: se fala da existência dos Aku-aku, os espíritos invisíveis que dão a chave das almas à população de origem maori; se pensa em outros deuses secundários, como são Hava, Hiro, Raraia Hoa e Tive, mas não existe uma doutrina sólida que una estes deuses e espíritos duma maneira coerente, nem sequer que possa estabelecer um nexo entre as esculturas e os povoadores atuais, dado que os nomes do mito que se mantiveram após a cristianização só são personificações animistas residuais que dão sentido a determinadas manifestações visíveis das forças mais temidas da natureza.


De Regresso à Austrália

Embora Austrália seja um continente-ilha duma enorme extensão, com quase oito milhões de quilômetros quadrados, a desertização do interior fez com que, desde tempo imemorial, os núcleos de população aborigem da Austrália se tenham dispersado nas mais férteis zonas costeiras; por essa razão, são muito diversos os desenvolvimentos mitológicos próprios, com influências exteriores ou sem elas.

Entre os deuses principais está Upulera, o Sol, mas nas tribos de Queensland diz-se que o Sol (que é feminino) foi criado pela Lua, e a tribo Arunta pensa que o Sol é uma mulher nascida da terra e que ascendeu ao céu com uma tocha, embora muitos grupos acreditem que o Sol saiu do interior de um grande ovo de emú lançado para o Céu, recebendo o deus do Céu advocacias como Koyan e Peiame. Como se pode ver, a Lua é uma divindade de mais categoria que o Sol, o seu criador em muitas ocasiões, e se dá bastante mais importância ao seu percurso noturno do que ao diurno do Sol.

Em Vitória, no sudoeste australiano, é o deus Pungil ou o seu filho Pallian, o criador do primeiro homem, que modelam, um ou outro, do barro, embora outras tribos do país falem do excremento dos animais como a base da sua criação, ou de homens feitos de pedras e mulheres feitas com a madeira dos arbustos, ou tiradas do fundo dum charco, com Pungil como pai dos homens e Pallian como pai das mulheres. Também se cita os irmãos gêmeos Inapertwa como os dois criadores dos primeiros seres humanos, sendo o deus Nurrudere o criador do Universo completo.

Em Queensland, no nordeste, Molonga é o nome dado ao demônio. O demônio Potoyam é outra das personificações do mal, sendo Wang o nome das almas sem corpo dos defuntos, enquanto Ingnas é o apelativo dado aos duendes e o de Kobone é o nome de um animal totêmico com poderes mágicos. Mas, como já se comentou antes, são as explicações animistas dos animais as que figuram no primeiro lugar da mitologia indígena australiana, com os pássaros ocupando, por sua vez, o degrau principal dos totens zoomórficos, sobretudo nas lendas relacionadas com o descobrimento do fogo, dado que são pássaros tão diferentes entre si como o corvo, a gralha, o falcão, o régulo, os que roubam, trazem ou conseguem diretamente com o seu esforço o primeiro brote da chama viva; mas também os pássaros são mensageiros do dia e da noite, da vida e da morte, pescadores e caçadores primigênios, e até uma grande ave terrestre, como é a avestruz australiana, o emú. É mãe involuntária do Sol, porque de um ovo seu saiu o astro-rei.


Nova Zelândia

Os maoris foram os mais combativos e aventureiros povoadores da área, emigrantes eternos dos mares da Oceania; com eles se estenderam também as suas divindades, sob a presidência do deus Tangaroa, que é o ser supremo e com a inevitável presença da divindade mais ubíqua, Maui, que é o deus do Céu e está acompanhado pela sua esposa Innanui. Nesse céu brilha Rona, o Sol do dia, e Moramá, a Lua da noite, embora exista Papa, a Mãe, que também representa a Lua, sendo então Rangi ou Raki, o seu companheiro e o deus do Céu para outros grupos da Nova Zelândia, para quem esta é a dualidade suprema. A raça humana começou com Oranova e Otaia, sendo Dopu, o filho de Otaia, o senhor das trevas.

No paraíso reina Higuleo e é Hne-Nui-Te-Po quem se encarrega de levar lá os espíritos dos humanos após a sua morte, porque é a deusa das almas, enquanto Tokai representa na terra o poder do fogo e o perigo dos vulcões, e no céu está Tawhaki, deus das nuvens e o trovão, um dos seis filhos de Papa e Rangi, e irmão de Tane Mahuta, que é uma divindade da selva.

Estes dois irmãos, fiéis aos seus pais, enfrentaram os outros quatro maiores, que queriam matar Papa e Rangi para que a luz do céu lhes chegasse a eles, e conseguiram o seu propósito, embora na briga, a fúria do combate arrastasse grande parte da superfície sob as águas do mar, por isso ficou tanta extensão de água e tão pouca de terra firme. Finalmente, os animais totémicos Kobong de Nova Zelanda cumprem a mesma função dos seus homônimos, os fetiches Kobone da Austrália.


A Polinésia Francesa

Em Taiti goza-se duma rica mitologia, com o casamento dos deuses Tane e Tarra como seres supremos e criadores de tudo o que existe no nosso Universo visível, incluídos os seres humanos, como também o são em partes da Nova Zelândia, onde Tane, criador da primeira mulher, teve com ela os humanos. Em Taiti, o divino casal está acompanhado na sua glória por outras deidades como são: Po, a noite; o deus Aie, representação do céu; Avié, divindade da água doce; Atié deidade do Mar, ou Malai, divindade do Vento.

No céu estão o luminoso Mahanna, o deus do Sol e as suas mulheres, como Topoharra, que também é a divindade das rochas, e Tanu. Mas há uma grande deusa, a deusa Pelé, a divindade do respeitado, por temível, interior dos vulcões, que tem na maligna divindade de Tama-Pua, o porco-homem, o seu inimigo mortal e eterno, embora Pelé conte com uma grande família de muitos irmãos e irmãs, tão vulcânicos como ela, sempre dispostos a ajudá-lo na sua luta.

Trata-se de irmãos como Kamo-Ho-Arii, o deus dos vapores vulcânicos; Tané-Heitre, o terrível bramido; Ta-Poha-I-Tahi, a explosão do vulcão; Te-ua-Te-Po, o da chuva noturna, e o furioso Teo-Ahitama-Taura, o filho da guerra que cospe fogo. As mais importantes irmãs da deusa Pelé são oito, desde as doces Ópio, a personificação da juventude, e Tereiia, a que faz as guirnaldas de flores, até Ta-bu-ena-ena, a personificação da montanha em chamas, passando por Hiata-Noho-Lani, a Mãe e Senhora do Céu, Taara-Mata, a deusa dos olhos brilhantes, Hi-te-Poi-a-Pelé, a que beija o seio de Pelé, Makoré-Wa-Wa-hi-aa, a dos olhos fulgurantes que envia a brisa para as pirogas, e Hiata-WawahiLani, a irmã que tem o poder de abrir os caminhos ao Sol e à Lua no céu e nas nuvens.


Outras Mitologias Insulares

Os criadores, nas ilhas Havai, são Haumea e Akea, com Kanaroa, outra das identidades do criador, como ser supremo, que também se conhece como o Maui Tikitiki que reina sobre tantas ilhas do Pacífico, embora também se pense que foram três os criadores do ser humano, os deuses Lono, Kane e Ku. Na ilha de Molokai, Karai-Pachoa é o deus do Mal, enquanto o seu oponente, Keoro-Eva, é o deus do Bem. O primeiro casal da Terra está formada por Rono, que também é o deus do Mar, e a sua esposa Haiki-Vani-Ari-Apouma.

No grupo de cento cinqüenta pequenas ilhas que formam o reino de Tonga, Kala-Futonga é a deusa criadora verdadeiramente aborigem, enquanto Maui e Tangaloa, adotados aqui como em tantas outras zonas de Oceania, são simplesmente divindades importantes do panteão local, mas sem chegarem a ser da entidade de Kala-Futonga, embora aqui também Maui seja o herói que pescou a terra firme do fundo do mar e proporcionou a sua morada aos humanos, embora fosse despedaçada em ilhas apartadas.

Junto deles estão Fenulonga, divindade da chuva: Tali-Ao-Tubo, da guerra; Alo-A-Io, divindade dos elementos da natureza; Futtafua e a sua esposa Falkava, divindades do mar, e os dois filhos de Tangaloa, Vaka-Ako-Uli e Tubo. Nas ilhas Fidji, como no grupo das Tonga, outra deusa, Viwa, é a criadora primordial do Universo e de tudo o que nele existe, incluídos os seres humanos, embora também esteja o deus criador Onden-Hi, e Naengei seja um deus supremo à parte. Junto deles estão Rua-Hata, divindade das águas e Rokowa, o ser legendário que se salvou do dilúvio. Finalmente, para ajudar os humanos no êxito dos seus cultivos está o deus Ratumaimbalu.

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Fonte: Avallonlist



- Douglas Phoenix -

 
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