quarta-feira, 19 de maio de 2010

Asatrú - Introdução

Texto retirado do site Casa do Bruxo

A menos de mil anos atrás os antigos sábios da Islândia tomaram uma decisão. Sob pressão política da Europa cristianizada e enfrentando a necessidade de comércio, a assembléia nacional declarou a Islândia como sendo um oficialmente um país cristão. Dentro de poucos séculos os últimos remanescentes do Paganismo Nórdico, acabaram morrendo. Contudo, a Islândia era um país tolerante e os mitos, estórias, e lendas da era pagã felizmente não foram queimados, e com isso, acenderam o fogo das crenças pagãs em gerações posteriores. Em 1972, depois de uma longa campanha feita pelo poeta e Godhi (Sacerdote) Sveinbjorn Beinteinsson, a Islândia novamente reconheceu o paganismo nórdico como uma religião legitima e legalizada.

Hoje o paganismo nórdico, conhecido como Asatru ("lealdade aos Deuses" do nórdico antigo), é praticado em vários países além dos países escandinavos. O Asatru também faz parte do grupo das religiões neo-pagãs como o Druidismo, a Wicca, a Bruxaria Tradicional, a Stregheria, etc. Contudo, o Asatru permanece desconhecido pela maioria, até mesmo dentro da comunidade neo-pagã.

O mais importante para se lembrar é que o Asatru é uma religião. Não é um sistema de magia ou uma "Prática New Age". A palavra Asatru derivou-se do "As" (Aesir, família principal dos Deuses de Asgard) e "tru" (tru - true - verdade - confiança - lealdade). Ser Asatru é estar ligado com lealdade e confiança aos antigos arquétipos do norte da Europa, contudo, você pode pegar coisas de outras religiões e outros arquétipos e continuar sendo Asatru, basta você ter o panteão nórdico como o seu preferido e sua base nos princípios nórdicos. Outra coisa característica do Asatru é a condenação da conversão, como nas religiões missionárias tipo o cristianismo. Para o Asatru não existe "verdade absoluta"; cada pessoa é dona de si mesma e é capaz de escolher sua "verdade", nenhuma religião é errada. Asatru valoriza seus ancestrais, valoriza o estudo do passado e das origens e valoriza a guerra com sabedoria. O Asatru não é universal e não considera seu caminho como sendo o correto para todos, o Asatru acredita que há espaço para todos os arquétipos no mundo e que todos eles tem o seu valor. Baseado nisso, clamar que Zeus é o mesmo Deus que Odin é loucura.


- Douglas Phoenix -

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