sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

História do Tarô

Teorias e crenças à parte, ninguém sabe exatamente de onde veio ou o motivo da invenção do tarô. Tudo o que sabemos é que não há qualquer registro, pintura, literatura ou qualquer coisa que se pareça com o tarô, ou a jogos de cartas no geral, muito anterior à época da Renascença (1400-1600). Os mais antigos tarôs e documentos relacionados datam do final do século XIV.

Hoje existem três museus sobre o tarô:

  • Museu Fournier (Ávila, Espanha)
  • Museu da Cidade (Marselha, França)
  • Museu da U.S. Games (Stamford, EUA)

Também podem ser encontrados documentos e decks de tarô variados nos principais museus do mundo, tais como o Louvre (França).

As primeiras cartas do tarô não tinham nome nem numeração, somente sua expressão simbólica. Entre 1500 e 1600, começaram a surgir as primeiras cartas com numeração e nominação. O número de cartas também variava – foram encontrados tarôs com mais de 90 cartas. Por volta de 1690, todos os tarôs da Europa já tinham sua estrutura fixa com 78 cartas e numeração e nominação específicas, mas não existe um consenso de como ou porque se chegou a essa estrutura.

O tarô era exclusivamente europeu até sua chegada aos Estados Unidos entre 1870 e 1920. No Brasil e demais países da América do Sul, apareceu somente entre 1945 e 1980.

Um dado interessante é que as cartas não se chamavam tarô, nem cada uma delas chamada de arcano. Nos primeiros registros, no final do século XIV, o tarô era chamado de ludus cartarum. Depois, entre 1400 e 1450, de naibis. Posteriormente, entre 1450 e 1590, começou a ser chamado de tarocco ou tarochino. Foi precisamente em 1592, na fundação de uma associação de artesãos franceses, que a palavra tarot surgiu. Finalmente, a partir de 1850, as unidades passaram a ser chamadas de arcanos.

Desde seu aparecimento na Europa, no final do século XIV, até o final do século XVIII, as cartas eram vistas de forma lúdica e mística. Nenhum ocultista deu importância ao seu significado simbólico e oracular até 1775.O tarô era visto como uma atividade feminina, e o primeiro homem a jogar tarô em sua forma oracular foi o parisiense Etteila, por volta de 1780/85. Pamela Smith foi a primeira mulher a desenhar um tarô (Rider-Waite), em 1910.

Somente a partir do século XIX, o tarô começou a ser estudado definitivamente pelos grandes ocultistas. No século XX, se popularizou entre esotéricos e exotéricos. Antes disso, também não existia nenhum livro sobre o tarô escrito por uma mulher.

Fonte: livro “Curso Completo de Tarô” (Nei Naiff)


- Douglas Phoenix -

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