Esta noite tive um sonho com Freya. Não um daqueles sonhos espetaculosos onde muita coisa acontece, mas simples e quente, assim como essa Deusa. Encontrava-me suspensa em algum lugar que não sei explicar e estava envolvida pela energia de Freya. Ela estava com seu manto de plumas e cada vez que os seus dedos percoriam meu corpo, eu sentia uma nova energia eletrizando meu ser.
A história de Freya conta que ela era a Deusa ancestral dos Deuses Vikings. Usava um manto de plumas (ou penas de pavão) e um colar mágico de âmbar, vestida assim ninguém pode resistir a ela. Todos os deuses foram seus amantes e ela ensinou a eles também as artes da adivinhação, as runas, e das guerras.
Às vezes, podia ser vista cavalgando pelos céus com uma carruagem puxada por gatos, outras por um porco do mato enfurecido, que pode ser considerado o seu irmão, o Deus Frey. Ela era considerada a Deusa mais bela de todas as Deusas. Era casada com Odin (a Inspiração Divina) e tinha duas filhas com ele, Hnoss e Gersemi (Deusas que simbolizam a consciência divina em cada um de nós).
Uma de suas histórias fala sobre a busca de seu amado. Certo dia o Deus Odin saiu de casa e não avisou a Deusa onde poderia encontrá-lo. Ela ficou bastante triste e chorou durante muito tempo, e ao passar semanas e o Deus Odin não voltar, ela resolveu sair para procurá-lo. Perguntou em todos os lugares de Asgard e Aesir, ninguém tinha notícias do seu amado. Viajou pelos nove mundos e cada vez que uma lágrima caia na terra e tocava uma pedra, ela transformava-se em uma pedra maciça de ouro ou em âmbar. Até que um dia, com o sol alto ao Norte, ela conseguiu vislumbrá-lo. Ele estava sentado sobre uma árvore de Murta, silenciosamente, a pensar. Quando a viu, ele voltou a si e seguiu a Deusa de volta pra casa. (Será que com isso podemos vislumbrar a nossa eterna busca pela inspiração de nossos dias?)
Ela também era a chefe das Valquírias, e em seu palácio, Sessrumnir, os espíritos dos guerreiros (que ela reivindicava ao cair mortos em batalha ) ficavam. Ainda se conta que no inverno e outono, o cair das folhas e o cair da neve era possibilitado pelo afastamento de Freya do mundo.
Seu colar mágico, Brisingamen, foi conseguido ao dormir com 4 duendes que são os seus criadores. Seu manto lhe dá o poder de mudar de forma, transforma-se em pássaro e assim pode cruzar o limiar entre o mundo dos Deuses e dos humanos. Além disso, dominava a arte de Seidr, portanto as premonições vistas ao se entoar cânticos para entrar em estado alterado de consciência (a Arte de Seidr) são mandadas por Freya.
Essas são algumas das histórias de Freya... E então, procuraram meditar com Freya durante essa semana? Deixaram que Ela entrasse em suas vidas para vitalizar e curar o seu corpo para o novo ano que se inicia?
Feliz 2012 para todos! E beijocas estaladas com sabor de festa no coração de todos!
Posted in: Caminhando entre as Deusas,Sagrado Feminino
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