A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença privada devido ao aspecto público, enquanto que a crença privada é de caráter individual.
As práticas religiosas podiam incluir comemoração das atividades de um deus
ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços
funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança ou outros
aspectos religiosos e culturais de determinada civilização.
Com o crescimento das cidades e o fortalecimento das civilizações o sistema religioso sofreu diversas mudanças, como o conceito de moral e a dualidade entre bem e mal, luz e escuridão.
O que antes era responsabilidade de um único homem ou mulher começa a ser compartilhado por ajudantes ou auxiliares do(s) sacerdote(s).
No início das civilizações o sacerdote tribal ainda se mantém como líder religioso, mas com o passar do tempo e a multiplicação das cidades outros sacerdotes surgem nesse contexto. Entretanto, nem todos estarão preocupados em seguir os passos do "sacerdote principal", digamos assim. Essas pessoas vão se utilizar de maneira inapropriada dos conceitos e lições agora ligados à religião.
Como mencionei no post anterior, a proximidade que ocorre entre comércio e religião fez com que surjam "artigos religiosos" e falsos sacerdotes. O antigo sacerdote tribal começa a treinar jovens moças e rapazes para que possam ir até as cidades mais distantes, dando continuidade ao seu trabalho, mas isso não ocorre em todo lugar, na maior parte das vezes, há um único templo central para onde a população se dirige. São atendidos alguma vezes pelo sacerdote principal, mas agora geralmente são seus aprendizes ou auxiliares que fazem o atendimento à população.
Aprendizes que buscavam o lucro, ao invés do conhecimento, e falsos aprendizes/sacerdotes vão disputar espaço dentro ou próximo aos templos, criando assim uma concorrência em relação aos sacerdotes reais. Com esses "novos sacerdotes" surge uma tecnologia religiosa que reforça a sua "legitimidade" como representantes dos Deuses. Isso força alguns dos antigos e legítimos mestres a adotarem alguns desses artifícios, tais como: fogo, fumaça, efeitos ilusionistas e impressionistas, dentre outros.
Algumas civilizações, para legitimar a religião frente a sociedade, utilizam da "personificação" do seu Deus principal durante uma determinada época ou festividade, fortalecendo a crença das pessoas nessa religião. Esses fatos não vão ocorrer em todas as religiões, mas em boa parte delas. Escavações arqueológicas encontraram e vem encontrando vestígios dessas câmaras e artefatos utilizados em algumas cerimônias religiosas.
Em outros casos, fragmentos de relatos feitos por pessoas da época (geralmente visitantes) dão uma pista sobre algumas dessas civilizações e como funcionava a sua religião, já que infelizmente muitas dessas antigas civilizações foram destruídas sem que tenhamos muitas provas de como funcionavam.
Bem. Até a próxima viajantes da neblina.
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