Olá
pessoal, primeiramente gostaria de pedir a todos os leitores da coluna
“Universo Simbólico”, minhas sinceras desculpas pela não publicação nestas
ultimas semanas. Enfrentei alguns obstáculos, que agora já transpassados,
retorno ao ritmo costumeiro agradecendo de certa a compreensão de todos.
Pergunto
logo no início do nosso encontro, quantos de nós já não ouvimos que nada nesta
vida seja por acaso? Tenho ouvido este pensamento desde que iniciei meu caminho
na Arte e a cada dia ele se auto reafirma, e nestas semanas em que passei
ausente comecei a refletir que as coisas podem não ser por acaso, mas se nós
não fizermos a nossa parte, seja lá qual for o ramo de nossas vidas, as boas oportunidades
aparecerão com menor frequência, se tornarão más oportunidades, ou simplesmente
desaparecerão. Sendo assim, me vem á mente a palavra “INICIATIVA”.
A
Vontade para o Magista é uma força muito poderosa, que até criam certas
mudanças, porém o que adiantaria possui-la numa escala realmente monumental no
desejo de realizar algo muito promissor, se não há a força da iniciativa? Nós
seres humanos, somos movidos pelo íntimo de nossos desejos e percebemos que são
muitas as pessoas que se deixam acomodar em frente as suas ambições por não
terem o poder da ação. E ficamos a pensar que essas pessoas já não possuem a ação
para realizar coisas próprias, quais garantias teremos de que coisas a favor de
terceiros ganhem tamanha força para serem executadas? Uma preocupação, mesmo
que saibamos respeitar o ritmo de cada indivíduo, ainda assim para a
compreensão de que “Todos somos Um” é um fato importante a ser analisado e
revertido.
Transformação= Vontade + Iniciativa
Podemos
encontrar no estudo simbólico do “Tetragrammaton”, Pentagrama, estandarte mais
utilizado em Bruxaria, algumas referências e incentivos para não acomodarmos no
caminho e fazer de nossas ações instrumentos conjuntos com nossa vontade. Se
analisarmos esta imagem veremos nela conselhos na riqueza de seus ícones, porém
são diretrizes e não regras para serem seguidas cegamente. Segundo o Ocultista
Samael Aun Weor, a meditação diária no Pentagrama é muito importante para o
Magista, pois ele passa a entrar em contato com seu interior através da
linguagem simbólica e mergulha no universo do Divino se harmonizando com estas
incessantes energias. Lembremos agora da analogia feita por Cornélius Agrippa,
Filósofo, Médico e Mago, que desenhou o Pentagrama como arquétipo do corpo
humano e possibilitou a Hierofania do Homem renovado. C.Agrippa representou o
homem semelhante a estrela de cinco pontas, onde de braços e pernas abertas e a
cabeça elevada representa a parcela humana em contato com o Sagrado natural.
O
“Tetragrammaton” possui um acréscimo de signos que tornam as diretrizes de
equilíbrio mais explícitas destinadas a quem pratica o caminho oculto. Acima,
onde representa a cabeça, vemos o símbolo do planeta Júpiter, o Pai dos Deuses,
a representação do extremo Divino. O Guia de todos os pensamentos e responsável
por nossas obras. Os Olhos do Espírito sempre abertos, reforça a premissa de
jamais ser abandonado no caminho. Júpiter está entre as colunas de Anjos e
Demônios o que faz perecer aqueles que visam somente a maldade, motivo este de
ser bastante utilizado como signo de proteção. Se observarmos com cautela
veremos que na posição dos braços estão gravados os Signos de Marte, onde
mostram nossa força espiritual tanto para o combate com para a defesa. Sabemos
das influências deste planeta em nossas ações e em praticamente tudo que se
encontra abaixo do firmamento. Nas partes inferiores, onde representam as
pernas, está o contraponto sob o signo de Saturno, o ceifador, que faz perecer
os maldosos. A esquerda da imagem pode-se ver o signo da Lua e a direita o Sol,
que nos mostra o reforço das energias masculinas e femininas do Universo. Logo
abaixo está o “Caduceu de Mercúrio”, o Mensageiro dos Deuses e acima seu signo,
que é a nossa auto realização, seguido de dois cordões entrelaçados (“Idá” e
“Pingalá”) que transportam as energias criadoras pela coluna vertebral em
direção ao cérebro.
A
esquerda da imagem enxergamos o bastão florescido dos reis, uma vara de bambu
de sete nós. Uma coluna Dorsal por onde sobe o Fogo Sagrado da vontade. Como já
mencionado, a vontade sem Iniciativa não gera transformações definitivas, por
este motivo vemos no “Tetragrammaton” abaixo a espada flamejante, a força da
Iniciativa e da criação que afasta os males. Existe uma tríade que anseia ser
bem trabalhada pelos Magistas: O Cálice, o bastão e a espada, onde o cálice é o
Útero de onde provém as bonanças, o bastão, falo fertilizador e a espada da
inicialização de nossos feitos.
A
palavra TETRAGRAMMATON simboliza o Santo Quatro, onde “TETRA”, é a trindade
dentro da unidade da vida. Aparece também o tetragrama sagrado: IOD-HE-VAU-HE,
o equilíbrio dos princípios masculino e feminino que nos cerca, assim como o
selo de Salomão a direita da imagem, fazendo-nos analisar o quanto o equilíbrio
é a Luz do caminho Oculto.
Toda
esta riqueza simbólica em apenas uma única imagem, que tem muito a nos oferecer
além do que já foi descrito. A meditação diária por Samael Aun Weor se torna
bastante eficaz na busca pela introspecção e encontro com o Divino. Faz-nos
perceber que além de nosso querer, agir se torna primordial para não cairmos na
estagnação. Sendo assim, que possamos acordar e percebermos que ainda temos
tempo para realizar o que tanto almejamos, bastando termos “visão”, boa vontade
e aceitarmos que o Fogo Sagrado da Espada Flamejante faça parte de nosso ser.·.
A Todos,
Pax, Lux et Nox
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