sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Bosque: Druidismos pelo Brasil afora

Há três anos estou conhecendo, estudando e praticando o Druidismo. E durante esse tempo, conheci pessoas que estão nele há mais de vinte anos (e são druidas de fato e formação) e pessoas como eu, que começaram há poucos anos ou que ainda estão começando. É interessante perceber as abordagens e manifestações de cada um, as dúvidas, a curiosidade a respeito das celebrações rituais, das lendas, do Ogham. Aos poucos e com a ajuda valiosa dos mais experientes, vamos discernindo o que é “viagem esquisotérica” do que é o real, possível e praticável dentro da religião que chamamos de Druidismo.

Como não vivemos juntos e estamos espalhados por todo o país (ou pelo menos por uma parte dele), a maneira que a maioria dos interessados tem de aprender e desmistificar o Druidismo é muitas vezes virtual mesmo, já que os bons livros sobre o assunto são caros para muitos, e ainda por cima são em outras línguas. Então, através de listas de discussão e grupos em redes sociais são feitas amizades e trocam-se conhecimentos e ensinamentos. E eles aparecem até mesmo em brincadeiras: um jogo de charadas, por exemplo. A pessoa que participa do jogo é levada a estudar para encontrar a resposta (caso não saiba), ou é levada a vasculhar na memória aquilo que aprendeu anos atrás. É uma forma divertida e leve de se aprender e compreender as lendas que guardam os mitos, o comportamento e as regras dos povos de origem celta. 

Alguns grupos druídicos do Brasil
Apesar de serem poucos (se comparados aos covens Wicca, por exemplo) os grupos druídicos no Brasil, há uma união saudável e respeitosa entre eles. Claro que não são todos iguais, há os que seguem uma linha reconstrucionista, mais ligada ao factual e, há os que estão ligados ao Renascimento Druídico do século XVIII, que abrange outras linhas como o ocultismo e a maçonaria. Há grupos devotos de deuses irlandeses, gauleses, celtibéricos, e por aí vai. Existem grupos druídicos no Pará, na Paraíba, em Brasília, em São Paulo (a maior concentração), no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. 

Se são assim tão diversos, o que todos possuem em comum? Talvez, a busca pelo equilíbrio, honradez e sabedoria, qualidades tão divulgadas a respeito dos druidas da antiguidade; o respeito e devoção à Terra sagrada, aos deuses e ancestrais. 

Ainda existem indivíduos que não estão ligados a nenhuma escola ou grupo druídico em particular no Brasil, o que não os torna de forma alguma menos importantes, muito pelo contrário. Conheço dois que são de extrema importância para a comunidade druídica (e para todos que tenham curiosidade pelos celtas e druidas) pelo trabalho excelente que realizam ‘online’: o druida Bellovesos Isarnos e o celtista Claudio Quintino Crow. Pode parecer rasgação de seda (e é), mas sem a consulta ao material que eles disponibilizam eu não saberia muito do que sei hoje, tanto sobre os celtas, quanto sobre Druidismo. Extremamente válida e recomendável a leitura de ambos. 

Essa união saudável da qual falei acima gerou um encontro nacional itinerante, que em 2012 vai para a sua terceira edição. Através dele podemos assistir a várias palestras, além de participar de vivências que nos conectam uns aos outros, e nos direcionam ao estudo sério e prática sincera da espiritualidade ancestral dos sábios druidas do passado. 

Vida longa ao Druidismo brasileiro. /|\


Links para pesquisa e estudo:

* Encontro Brasileiro de Druidismo e Reconstrucionismo Celta - EBDRC:

*Bellovesos Isarnos:

*Claudio Quintino Crow:

*Druidismo Brasil - lista de discussão no Yahoo! Grupos:

*Teallach - lista de discussão no Yahoo! Grupos:

*Grupo de estudos Caer Siddi



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