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Com tudo o que vimos até aqui podemos compreender como somos todos parte de Atum. Pois, em todos nós temos uma cuspidela do Deus, o Sopro do Ka, nossa alma divina, nossa essência faz parte desse todo invisível e incompreensível chamado Atum.
Enfim, para finalizar o texto sobre Atum, iremos falar sobre uma última alegoria com a qual Ele era identificado: a "Serpente nas Trevas Primordiais" ou Quematef, "aquela que completou o seu tempo". Também conhecida como Sito, "Filho da Terra" ou Iru-to, "Criador da Terra", ergia-se das águas Primordiais na forma de uma serpente monstruosa que tomou forma antes que existisse qualquer coisa a ser definida (Clark, s/d).
Enfim, para finalizar o texto sobre Atum, iremos falar sobre uma última alegoria com a qual Ele era identificado: a "Serpente nas Trevas Primordiais" ou Quematef, "aquela que completou o seu tempo". Também conhecida como Sito, "Filho da Terra" ou Iru-to, "Criador da Terra", ergia-se das águas Primordiais na forma de uma serpente monstruosa que tomou forma antes que existisse qualquer coisa a ser definida (Clark, s/d).
A serpente torna-se portanto símbolo da criação verbal, é Aquela que cria toda a multiplicidade e os delimita ao determinar sua essência. Aqui temos duas figuras superpostas: a representação de Atum e a criação pela masturbação e, os anéis da serpente que irão delimitar a criação, funcionando como os limites do mundo. Situa-se também nas duas extremidades do tempo é Aquela que cria e dá início e Aquela que estará no fim quando irá submergir novamente para as Águas Primordiais (Clark, s/d).
Com o passar do tempo Atum foi deixando de ser cultuado e Ptah passou a ocupar o seu lugar. Isso provavelmente ocorreu, pois Atum possuía muitas características humanoides e quando Mênfis passou a ser a capital do Egito eles rejeitaram essa ideia por conceber Deus como um princípio fundamental da organização do mundo. E assim, Atum passou a ser o intermediário entre o pensamento de Deus e sua criação (Clark, s/d).
Para efeito de causa, Atum é o Deus Primordial aquele que não pode ser conhecido, que está além do que nossa mente humana pode captar. Ele é e não é. É a potência e é a criação.
Para encontra-lo, basta mergulhar nas Águas Primordiais, voltar ao Abismo e ao que não existia.
Até a próxima.
Referência Bibliográfica:
Clark, R. T. R.;Símbolos e Mitos do Antigo Egito: Deuses, mitos e cultos: Osíris, Néftis, Órus, Ísis, Seth. Apopis. Editora Hemus. p. 29 a 35.
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