sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Runenmagie: Significados das Runas e Runa Branca


Hail leitores! Como estão?

Para começar o nosso uso prático das runas precisamos primeiramente observar cada uma em específico. Darei nesta postagem a relação das vinte e quatro runas, palavras-chave para cada uma delas e ainda explicarei sobre a vigésima quinta runa.

Vigésima quinta?
Isso mesmo! Há muito ocorre a disseminação da runa branca, a famosa runa de Odin. Segundo as pessoas que defendem seu uso. A runa branca, também conhecida como “Wyrd”, é a runa que definiria a ação direta das divindades, ou mais especificamente, as Nornas. Wyrd em si significa DESTINO: a força carmática, a predestinação, o caos e o poder das Nornas - que estão numa ‘hierarquia’ maior que os Deuses no ponto de vista Aesir - controlando assim o destino destes. O significado obvio, e abrangente é tudo o que vir a acontecer está nas mãos das Senhoras da Fonte Sagrada.
Todo este significado é encontrado em outras runas o que de certa forma invalida o uso da branca. Os próprios historiadores crêem que a utilização desta runa foi uma coisa que aconteceu em decorrência do tempo sem um motivo específico ou com base em algum dos mitos. Já que em nenhum trecho dos Eddas a presença desta runa é citada.
Eu, particularmente, não utilizo esta runa. Na Wanen ela não é utilizada e  sinceramente acho que quando compramos um jogo de runas e vem uma runa em branco em meio às outras é para o fato de que se por um acaso você perder uma das runas você tem outro molde para substituí-la e nada mais. Tudo uma questão de precaução...

Mas enfim. Tornou-se comum a comparação entre o alfabeto rúnico e o nosso alfabeto comum. Isto dá às runas certos valores fonéticos, que na prática do Galdr nos contribui com muita coisa, já que o valor fonético real das runas se perdeu. O que temos hoje é uma especulação e adaptação. Seguem na imagem os símbolos rúnicos disposto na ordem dos Aett’s com a sua correspondência no alfabeto comum.



As runas tem como partida norteadora do seu significado certas ‘palavras-chave’. São certos príncípios que identificam qual o real significado de cada runa, sua apresentação. Diferente de outros oráculos, cada símbolo rúnico carrega uma imensidão de significados, mesmo se tratando de alguns riscos. Certas runas tem uma carga tão grande de significados (como Peorth) que em uma leitura se sua intuição não estiver afiada e sua sintonia com o jogo não for suficientemente boa, você pode se atrapalhar.
Listarei três princípios de cada runa para servir de base para futuras interpretações na ordem da imagem anterior. Mas desde já indico o estudo intensivo, pesquisa e meditação sobre os significados das runas, você vai se surpreender com o quão rico é cada um dos símbolos. Eu mesmo já observei várias visões diferentes da mesma runa em consagrados autores de livros sobre o assunto. E sobre o mais completo, indico o que sempre aparece na maioria dos meus textos daqui: Mistérios Nórdicos. Faur conseguiu reunir várias simbologias e fazer várias correspondências das runas, seu significado e uso prático no capítulo específico para as mesmas.

FEHU – Riqueza, Fertilidade, Prosperidade
URUZ – Força Primitiva, Iniciação, Bisão
THURIZAS – Espinho, Escudo, Trovão
ANSUZ – Sabedoria, Expressão, Boca
RAIDHO – Caminhos, Movimento, Viajem
KAUNAZ – Fogo espiritual, Transmutação, Tocha
GEBO – Dádiva, Harmonia, União
WUNJO – Prazer, Alegria, Orgulho
HAGALAZ – Granizo, Ação direta, Impacto
NAUTHIZ – Necessidade, Ajuda, Motivação
ISA – Gelo, Concreto, Dar forma
JERA – Ciclos, Causa e Efeito, Semente
EIWHAZ – Morte, Equilíbrio, Beleza
PEORTH – Lareira, Destino, Mulher
ALGIZ – Proteção, Atenção, Perigo
SOWELO – Sol, Vitória, Ofuscação
TIWAZ – Justiça, Direção, Agir com razão
BERKANA – Renascimento, Transformação, Cura
EHWAZ – Cavalo, Força bruta, Instinto
MANAZ – Homem, Posição social, Sociedade
LAGUZ – Intuição, Sentimentos, Inconsciente
INGUZ – O Eu, Sexo, Evolução
DAGAZ – O Dia, Portais, Espelhos
OTHILA – A Tradição, A Família, Ancestralidade

Estes são os princípios básicos de cada runa. Por eles podemos nos nortear numa consulta oracular, feitiços, encantos e demais utilizações mágicas. Mas como eu disse, e repito, são princípios básicos, há muito a se explorar em cada uma das runas. È um caminho imensiso e sem fim para aquele que se dedica completamente a ele.
Bem... Por hoje é só.
Até o próximo texto!!!

Bibliografia consultada:
- FAUR, Mirella. Mistérios Nórdicos: deuses, runas, magias, rituais. Ed. Pensamento, 2007
- PERICO, Wagner. Apostila: "Curso de Runas". Abrawicca-PE, 2009
- DAVIDSON, Hilda R. E. Myths and symbols in pagan Europe.

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