Hail leitores! Como estão?
Para começar o nosso
uso prático das runas precisamos primeiramente observar cada uma em específico. Darei
nesta postagem a relação das vinte e quatro runas, palavras-chave para cada uma
delas e ainda explicarei sobre a vigésima quinta runa.
Vigésima quinta?
Isso mesmo! Há muito
ocorre a disseminação da runa branca, a famosa runa de Odin. Segundo as pessoas
que defendem seu uso. A runa branca, também conhecida como “Wyrd”, é a runa que
definiria a ação direta das divindades, ou mais especificamente, as Nornas.
Wyrd em si significa DESTINO: a força carmática, a predestinação, o caos e o
poder das Nornas - que estão numa ‘hierarquia’ maior que os Deuses no ponto de
vista Aesir - controlando assim o destino destes. O significado obvio, e
abrangente é tudo o que vir a acontecer está nas mãos das Senhoras da Fonte
Sagrada.
Todo este significado
é encontrado em outras runas o que de certa forma invalida o uso da branca. Os
próprios historiadores crêem que a utilização desta runa foi uma coisa que
aconteceu em decorrência do tempo sem um motivo específico ou com base em algum
dos mitos. Já que em nenhum trecho dos Eddas a presença desta runa é citada.
Eu, particularmente,
não utilizo esta runa. Na Wanen ela não é utilizada e sinceramente acho que quando compramos um
jogo de runas e vem uma runa em branco em meio às outras é para o fato de que
se por um acaso você perder uma das runas você tem outro molde para
substituí-la e nada mais. Tudo uma questão de precaução...
Mas enfim. Tornou-se
comum a comparação entre o alfabeto rúnico e o nosso alfabeto comum. Isto dá às
runas certos valores fonéticos, que na prática do Galdr nos contribui com muita
coisa, já que o valor fonético real das runas se perdeu. O que temos hoje é uma
especulação e adaptação. Seguem na imagem os símbolos rúnicos disposto na ordem
dos Aett’s com a sua correspondência no alfabeto comum.
As runas tem como
partida norteadora do seu significado certas ‘palavras-chave’. São certos
príncípios que identificam qual o real significado de cada runa, sua
apresentação. Diferente de outros oráculos, cada símbolo rúnico carrega uma
imensidão de significados, mesmo se tratando de alguns riscos. Certas runas tem
uma carga tão grande de significados (como Peorth) que em uma leitura se sua
intuição não estiver afiada e sua sintonia com o jogo não for suficientemente
boa, você pode se atrapalhar.
Listarei três
princípios de cada runa para servir de base para futuras interpretações na
ordem da imagem anterior. Mas desde já indico o estudo intensivo, pesquisa e
meditação sobre os significados das runas, você vai se surpreender com o quão
rico é cada um dos símbolos. Eu mesmo já observei várias visões diferentes da
mesma runa em consagrados autores de livros sobre o assunto. E sobre o mais completo,
indico o que sempre aparece na maioria dos meus textos daqui: Mistérios
Nórdicos. Faur conseguiu reunir várias simbologias e fazer várias
correspondências das runas, seu significado e uso prático no capítulo
específico para as mesmas.
FEHU – Riqueza,
Fertilidade, Prosperidade
URUZ – Força
Primitiva, Iniciação, Bisão
THURIZAS – Espinho,
Escudo, Trovão
ANSUZ – Sabedoria,
Expressão, Boca
RAIDHO – Caminhos,
Movimento, Viajem
KAUNAZ – Fogo
espiritual, Transmutação, Tocha
GEBO – Dádiva,
Harmonia, União
WUNJO – Prazer,
Alegria, Orgulho
HAGALAZ – Granizo,
Ação direta, Impacto
NAUTHIZ –
Necessidade, Ajuda, Motivação
ISA – Gelo, Concreto,
Dar forma
JERA – Ciclos, Causa
e Efeito, Semente
EIWHAZ – Morte,
Equilíbrio, Beleza
PEORTH – Lareira,
Destino, Mulher
ALGIZ – Proteção,
Atenção, Perigo
SOWELO – Sol,
Vitória, Ofuscação
TIWAZ – Justiça,
Direção, Agir com razão
BERKANA – Renascimento,
Transformação, Cura
EHWAZ – Cavalo, Força
bruta, Instinto
MANAZ – Homem,
Posição social, Sociedade
LAGUZ – Intuição,
Sentimentos, Inconsciente
INGUZ – O Eu, Sexo,
Evolução
DAGAZ – O Dia,
Portais, Espelhos
OTHILA – A Tradição,
A Família, Ancestralidade
Estes são os
princípios básicos de cada runa. Por eles podemos nos nortear numa consulta
oracular, feitiços, encantos e demais utilizações mágicas. Mas como eu disse, e
repito, são princípios básicos, há muito a se explorar em cada uma das runas. È
um caminho imensiso e sem fim para aquele que se dedica completamente a ele.
Bem... Por hoje é só.
Até o próximo
texto!!!
Bibliografia
consultada:
- FAUR,
Mirella. Mistérios Nórdicos: deuses, runas, magias, rituais. Ed. Pensamento, 2007
- PERICO, Wagner. Apostila: "Curso de Runas". Abrawicca-PE, 2009
- DAVIDSON, Hilda R. E. Myths and symbols in pagan
Europe.
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