Sou contra o uso de qualquer substância psicoativa de forma desmedida, pelo mesmo motivo de objetos e símbolos mágicos. Apesar de serem absurdamente úteis, são nada mais, nada menos que ferramentas, e o uso a longo prazo pode gerar dependência, dependência esta que regride a capacidade mental natural do magista.
Não invalido o uso quando se é realmente necessário, mas não vamos cair na desatenção de começar a crer que efeitos mágicos simples venham a depender de ferramentas que provavelmente nem sempre estarão lá.
A magia, no ponto de vista do sistema o qual sigo, é erroneamente tratada quando limitada a sensação (limite do psicoativo), desprezando o elemento racional (vontade). Por isso observo que há cada vez mais magistas dependentes de entidades, símbolos ou estados cósmicos adequados.
Quando o uso de ferramentas constitui um vício, aos poucos o magista que caminha na forma do homem maior (Homo Magnos) passa a estagnar ou a regredir para o estado comum ou do homem médio, uma vez que os vícios afastam o mago de seu lado ascendente ou humano, e o direcionam para o seu lado descendente ou animal. Quando somos dominados pelo lado animalesco (nada contra o xamanismo) regressamos, nos tornamos mais vulneráveis e menos magos.
Uma vez identificado o uso inconsequente de ferramentas como elemento regressivo, e que o regresso nos leva a nossa bestialidade, nosso animal que naturalmente faz parte de nós deve ser domado e transmutado, e não alimentado como há muito se tem feito.
A transformação do animal por consequência irá se desfazer dos estados de hibridismo, nos elevando a maior pureza.
Lord Vincus.
0 comentários:
Postar um comentário