segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Lança: Osíris (Parte 1)

Recado da autora: Nas próximas três semanas a coluna "A Lança" está entrando em recesso, por isso, iremos fazer uma reprise das histórias mais lidas pelos leitores durante o ano de 2010 até agora, claro! Os textos escolhidos foram os que falam sobre o Deus Osíris. A história desse Deus foi contada em três partes. Para mim foi muito importante ver o quanto Ele pode alcançar os olhos de nossos leitores, visto que Ele convive muito comigo. Tenho um carinho especial por ele. Então, vamos lá, vamos reler e vivenciar novamente a Grande Jornada de Osíris!

Osíris, filho de Geb e Nut, irmão e consorte de Ísis, irmão de Néftis e Seth. Ensinou aos antigos egípcios os segredos da agricultura, da guerra e foi um rei bondoso e querido. E ficou conhecido por ser o Deus perecível da vegetação e muito mais por ser o soberano do mundo dos mortos.

Esta é a sua história:

Nut, sua mãe, deitou-se com Geb, seu pai. Rá pai de Nut com tanta raiva desta união proibiu a filha de ter filhos em qualquer dia do mês ou do ano. Nut ficou muito triste, em seu ventre já estavam seus cinco filhos: Osíris, Isís, Seth, Néftis e Hórus.  Ainda no ventre de sua mãe, Osíris desposou Isís.

Nut ficou muito triste por não poder dar à luz seus filhos. E o Deus Thot vendo toda aquela tristeza, resolveu tentar ajudar Nut. Thot procurou a Lua, que era o olho esquerdo do Hórus mais velho, e convidou-a para jogar dados. Para que o jogo ficasse mais interessante ele lançou um desafio: a cada partida que ele ganhasse a Lua lhe daria um setenta e dois avos do seu brilho. A Lua muito convencida, não pediu nada em troca se ele perdesse, e assim iniciaram os jogos.

Thot ganhou a primeira partida e a Lua franziu a testa. E quando Thot ganhou a segunda partida ela ficou preocupada, e eles continuaram jogando até que o olho esquedo de Hórus mais velho escureceu. Ele levou então os cinco setenta e dois avos do brilho da Lua a que tinha direito, e com eles aperfeiçoou o calendário egípcio. Já que Ele era o Deus do calendário, ele criou com o brilho da Lua mais cinco dias que colocou à parte no final dos dozes meses de trinta dias que formavam calendário da época. Com cinco dias fora do ano e do mês, Nut pode assim dar à luz seus filhos.

Primeiro nasceu Osíris, e por ser o primogênito ele recebeu o direito ao trono. Neste dia, uma voz estranha anunciou: "Quem está vindo à luz é o senhor de todas as coisas". E em Tebas, no mesmo instante, um sacerdote que havia ido buscar água no templo de Amon ouviu uma voz a lhe dizer: "Acaba de nascer o Grande Rei, o benfeitor Osíris!"

Osíris e Ísis regiam o Delta Inferior do Nilo. Ele foi considerado o Deus da civilização, do casamento, do dever do homem para com sua esposa. Ensinou a todos a arte da agricultura e da vida em comunidade. Ele era o Deus dos grãos do mundo, e sua vida representava o sacrifício e a renovação. Osíris era o Deus do Nilo e por isso a fonte de abundância.

Seu reinado prosperou ao lado de sua querida esposa. Ele viajava em sua barca por todo o Nilo, mantendo as fronteiras e ensinando as artes das quais era regente ao seu belo povo. No entanto, no 28° ano do seu reinado, que também é considerado o seu 28° aniversário, Osíris foi traído e assassinado pelo seu irmão Set, que tinha ciúmes da estima do povo pelo rei e invejava as qualidades do irmão, além da raiva de não poder ser o senhor do Egito.

Set recebeu seu irmão de braços abertos, depois de mais uma conquista pacífica de Osíris e seu exército em solo estrangeiro. Disse que estava feliz com sua volta e convidou-o para um banquete em sua honra. Durante o banquete, Set apresentou uma arca e prometeu dá-la àquele que ocupasse exatamente todo o seu espaço. Todos tentaram alegremente, mas ninguém conseguiu, até que chegou a vez de Osíris. Assim que ele entrou na arca, os 72 convidados presentes se precipitaram e fecharam a tampa, pregando-a com marteladas e lacrando-a com chumbo derretido. Depois, jogaram a arca com o corpo de Osíris dentro do rio Nilo.

Bem... o resto da história fica para a semana que vem. Beijos estalados na bochecha de todos.

Bibliografia Consultada:
- ELLIS, N.; Deusas e Deuses Egípcios: Festivais de Luzes: Celebrações para as estaões da vida baseadas nos mistérios das deusas egípciasSão Paulo: Mandras, 2003;
GENESTE., FÉRON, J., DESMURGER, M. ;  As mais belas lendas da mitologia. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
REGULAD.; Os mistérios de Ísis: seu culto e magia. São Paulo: Mandras, 2004;

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