segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A Lança: Anúbis (Parte 2)

Recado da autora:


Anúbis também é conhecido por ser o guardião dos portais, aquele que acompanha as almas entre os mundos.

Sua tarefa, além de mumificar os corpos e protegê-los, é também a de fazer com que a 
balança de Maat (Deusa da justiça) seja precisa para com a alma que será julgada.

Foi considerado o primeiro Deus dos mortos, mas com a chegada de Osíris Ele passou a ser o braço direito de seu pai, ajudando-o a guiar os mortos, bem como trazer mensagens entre um mundo e outro. Ele é um ser entre os dois mundos, dos vivos e dos mortos. Talvez esse fato ocorra por ele ter sido rejeitado por sua mãe, e precisar ficar escondido por conta de seu "padrasto", o Deus Seth.

É associado com os chacais, e estes limpavam as terras desertas acima da tumba, juntando-se em qualquer lugar em que pressentissem a morte. Realizava os ritos de embalsamento, fazia as orações e os encantamentos para que o corpo pudesse continuar intacto para quando a alma retornasse. Estes conhecimentos sobre unguentos e conservantes o tornaram um grande farmacêutico, fazendo com que Ele pudesse transformar o aguilhão da morte em conservante da vida.

Acredita-se que aos 28 anos de idade o faraó precisava encarar a morte e Anúbis era o anunciador dessa etapa, visto que está ligado a todos os ritos da morte, por isso que existem 28 fórmulas mágicas para serem recitadas sobre os mortos, nos ritos do Antigo Egito.

Quanto ao seu papel no julgamento de Maat, Ele é aquele que equilibra o travessão da balança, assegurando uma leitura precisa entre a pena da Deusa Maat, e o coração do morto.

Ele está sempre vigilante, sendo visto geralmente sobre "suas montanhas" ou "sobre sua colina", um ponto alto em que ele possa olhar ao redor e "montar guarda".

Ele possui uma sombra, o lobo Wapwawet. Anúbis é negro e Wapwawet é branco. Wapwawet também é considerado um Deus abridor dos caminhos, mas está associado com a guerra, enquanto Anúbis tornou-se guardião e condutor, apenas.

Quando se sentir perdido, você pode pedir a ajuda desse Deus. Peça para que ele leve você para um local seguro em que esteja protegido. Ou se quiser se aventurar em caminhos desconhecidos, ele também será de grande valia.

Até a próxima semana e beijocas estaladas no coração de todos!


Referência bibliográfica:
Trobe, Kala. Invocação dos Deuses, São Paulo - Madras Editora, 2001. Pgs. 113 e 114

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