sexta-feira, 27 de julho de 2012

Runenmagie: Runas e os Wanen/Vanir


Hail!

Primeiramente, desculpem pela ausência da última postagem. Estive na organização do ENCPENP (Encontro Pernambucano de Neopaganismo) e realmente me fugiu da memória a publicação. Novamente, desculpem.

Em segundo lugar, hoje iremos finalmente concluir os aspectos mitológicos das runas e partir para suas particularidades oraculares. Deixei para o fim, propositalmente, a análise do mito presente na Tradição Wanen.


Vou ressaltar mais uma vez que a Tradição Wanen segue uma via de conhecimento e crenças que não dá para em todas as suas tônicas ser comparadas com o que foi datado ou documentado. Ou seja, muito do que vou escrever aqui não vai ser encontrado em livros, pois a Tradição tem uma visão própria e diferente dos Deuses.

Mandala com a presença de Mardoll, seus gatos (Trygull e Bygull),
o colar mítico e a espiral dupla, simbolo da Tradição Wanen.
 Na mitologia Wanen, as runas foram criadas por Mardoll, ou a Freyja germânica. Freyja é a Deusa da beleza, do prazer e da magia, nos mitos a que todos tem acesso. Para a Wanen, Freyja é um título e a primeira a utilizar tal título, foi Mardoll, a principal Deusa dos cultos da Tradição.


Além dos atributos já citados, Mardoll também é reconhecida como a Deusa dos Nascimentos, do Fogo e do Gelo, da Criação, da Arte, das Runas, do Seidr (técnica de xamanismo nórdico), das Valquírias e do Galdr¹.


Seu surgimento, assim como dos principais Deuses da Tradição e das runas é contado no Mito de Criação. Segundo ele



tudo era vazio, e no vazio rompeu-se a luz e seu nome era Mardoll²; sozinha no infinito, ela criou com um hálito gelado um espelho no qual se mirou e apaixonou-se pela sua própria imagem. Traçou nele um símbolo³ e sobre ele sussurrou "Galdr". O seu reflexo no espelho de Gelo se tornou sua segunda polaridade e traçou de maneira invertida o mesmo símbolo formando assim a runa Inguz. O reflexo de Mardoll então tomou forma e emergiu do espelho4 na forma do Deus Inguz, consorte de Mardoll.

Os Deuses dançaram e se amaram no vazio e, neste ato surgiram outros Deuses. Enquanto amava Inguz, Mardoll continuou traçando os símbolos rúnicos e sussurrou sobre eles. Os Espíritos Rúnicos foram então tomando também forma e começaram a dançar e se amar entre si e a criar novas combinações rúnicas. E destas combinações que foram surgindo os mundos, os seres e cada coisa existente



As runas, ou Espíritos Rúnicos, são agentes diretos no momento da Criação, sendo a matéria prima para tudo o que existe (tal quais os códigos do filme Matrix). São sigilos para a sabedoria primitiva. Cada sussurro de Mardoll continha determinada energia fundamental para a criação dos mundos. E é isso que as runas são para os Wanen: Espíritos Sagrados essenciais para a existência e harmonia das coisas.

¹Técnica germânica de magia sonora.
²Significa: “aquela que brilha sobre o mar” 
³Ela traçou a Runa Kaunaz (<), a runa do fogo espiritual, da criação e que a representava.
4Que por si só já era uma runa, a Isa. Runa do gelo e da forma concreta e material.

 Fonte: Tradição Wanen

1 comentários:

Anônimo disse...

amei! Ta muito boa a publicação ^^. Tal obra so podia vir do meu tutor. Alvino.

 
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