Hathor, a Deusa Vaca. Deusa do amor, da fertilidade, da beleza, da dança. Uma das faces de Ísis. Seu nome significa a "Casa de Hórus", acredita-se que por conta disso tornou-se uma divindade separada que desempenhava esta função. No entanto, existem várias controvérsias em suas histórias
No sul do Egito, por volta do dia 22 de agosto, ocorria o Festival de Hathor e Min. Eles eram adorados como as divindades mais velhas deste país, sendo anteriores a Rá e até mais aos mais populares como Ísis e Osíris. Acredita-se que estes rituais foram os que deram origem e molde aos ritos que posteriormente seriam dedicados a Ísis.
A união de Hathor e Min teria sido a primeira, aquela que deu origem a todo o mundo. Nesse dia, as estátuas dos dois Deuses partiam dos seus centros de cultos em Dendera e Coptos respectivamente, percorrendo as ruas da cidade e abençoando todos os cidadãos que desejavam ter filhos e para garantir a reprodução dos animais e as colheitas do ano novo. Após a procissão as estátuas seguiam para o templo e o rei e a rainha ou a alta sacerdotisa do templo copulavam para simbolizar a união dos dois Deuses. Logo após quatro pássaros eram soltos para que corressem os quatro pontos cardeais avisando as boas novas, que Hórus havia assumido a coroa do Alto e Baixo Egito.
As semelhanças entre Hathor e Ísis e Min e Osíris, são inúmeras. Além disso Ela também é associada a Deusa Inanna, e por isso sua sexualidade e alegria extasiante contagia a todos. É o espírito que cria a matéria (Ellis, 2003). Quando os ritos de Ísis começaram a ganhar proeminência, a imagem das duas Deusas foram se fundindo e às vezes só é possível dizer se a imagem que estamos vendo é de uma ou outra se tiver a inscrição dos nomes nos pés da imagem. Alguns dizem que Hathor é a Ísis Clara, aquela que é virgem, amante, mãe, a que ainda não conheceu o dor da perda e o luto, a Ísis Escura, ou a Face Negra desta Deusa.
Sua história percorreu vários caminhos até chegar ao que conhecemos hoje. Uma das lendas conta que Ela dá disputa de Set e Hórus pelo trono do Egito, foi que animou novamente Rá, fazendo para Ele uma dança erótica, este acabou por se recuperar do enfado que a disputa estava lhe dando e voltou para continuar conduzindo o processo.
As histórias confundem-se e pode ser confuso para os leitores de primeira viagem entenderam o intricando de papéis e caminhos tortuosos que os Deuses Egípcios percorreram; no entanto, a magia que Eles possuem é riquíssima e há sempre um novo caminho para ser descoberto. A Deusa do Amor e do Destino no Egito pode ser conhecida por Ísis ou por Hathor, mas cada uma lhe aparecerá de forma diferente. Hoje ficaremos por aqui, mas semana que vem continuaremos explorando os caminhos da sexualidade e alegria que a Jovem Hathor pode propiciar aos seus seguidores.
Fiquem em paz e ouçam o chamado da Deusa, convidando-os para a dança da vida com o toque suave do seu sistro.
Bibliografia Consultada:
- REGULA, D.; Os mistérios de Ísis: seu culto e magia. São Paulo: Mandras, 2004.
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