segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Lança: Ares


Ares, filho de Zeus e Hera, Deus da guerra na mitologia grega. Seu nome pode significar destruidor ou vingador, não se sabe bem. Originário da Trácia, mesmo sendo popular hoje em dia, na antiguidade não foi tão reconhecido.

Ele sempre está acompanhado pelas três Fúrias, Éris, Enyo e Fobos e pode ser reconhecido por seu escudo sagrado, sua lança, espada, capacete e armadura, dirigindo uma carruagem de cavalos negros. Sempre incitava a agressividade nos homens e nos Deuses, pois obtinha seu maior prazer na arte de guerrear. Era conhecido por ser sanguinário e impulsivo, mas algumas eventos fizeram com que ele se tornasse o Deus da luta justa.

Por isso, pensem em Ares em dois tempos, o da infância em que os instintos e a impulsividade faziam com que ele agisse sem pensar e o maduro em que os ensinamentos dados pela vida, a sabedoria e o amor o transformaram em alguém mais justo. 

Ares teve muitos embates contra Atena, Deusa da sabedoria, e Ela lhe deu muitas lições. Uma de suas histórias conta de quando ele foi julgado e condenado a trabalhar como servo durante um determinado período por conta do assassinato de um filho de Poseidon. O Deus da guerra tivera uma filha (Alcite) com a filha (Aglaura) de Cécrope , o primeiro rei mítico de Atenas, que foi violada por Halirote, filho do Deus dos mares, e ao saber do ocorrido Ares matou-o. Poseidon pediu para que o Conselho dos Deuses julgassem o assassino de seu filho. Zeus pediu para que Atena presidisse o tribunal. O julgamento ocorreu em frente à Acrópole de Atenas em uma colina e decidiu-se que aí também seriam julgados todas as causas dos mortais e dos Deuses, pois ninguém poderia ficar sem responder aos seus atos. O Conselho decidiu que ele seria absolvido mas teria que expiar sua culpa submetendo-se a trabalhos como servos. Então, os impulsos sanguinários de Ares foram subjugados pela justiça e pela sabedoria, e ele tornou-se um pouco mais observador e controlador dos seus impulsos.

Para finalizar a domesticação do Deus da Guerra, ocorreu o amor. Ares e Afrodite tiveram um tórrido caso de amor, mesmo Ela sendo casada com Hefesto. Eles encontravam-se furtivamente, mas Hélios, o Deus Sol, que há tudo via, contou para Hefesto o que estava acontecendo, Este preparou uma teia invisível e armou-a na cama em que os pombinhos se encontravam, avisou que ia visitar sua cidade natal, Lemnos e partiu. Ares que observava os seus passos ao vê-lo partir correu para ver Afrodite, mas ao deitaram-se foram pegos! Hefesto chamou todos os outros Deuses para vê-los e humilha-los. Mesmo assim, Eles não pararam e tiveram uma filha chamada Harmonia e depois do seu nascimento o culto de Ares modificou-se totalmente.

Agora, Ele é um Deus que vence pelo justo combate, pela justa força e pela sedução. Agora, não se tratava mais de destruir, mais combater para gerar a Harmonia. Suas armas são postas de lado e Ele começa a aparecer sentado em cima delas, mas sempre atento e vigilante, para quando as suas artes forem necessárias.

Beijocas estaladas no coração de todos e até a próxima semana!

Ps.: Aproveito para pedir desculpas, pelo lapso da semana passada. Estive em outro planeta e esqueci da coluna. Por isso, a todos os leitores minhas sinceras desculpas.



Referências Bibliográficas:
- GENEST, E.; FÉRON, J.; DESMURGER, M.; As mais belas Lendas da Mitologia.  São Paulo: Martins Fontes, 2006;
- PIETROC.; A arte da invocação: invocações, textos ritualistícos e orações sagradas para praticantes  de Wicca, Bruxaria e  Paganismo. São Paulo: Gaia, 2008;
- SALISV. D.;  Mitologia viva: aprendendo com os deuses a arte de viver e amar. São Paulo: Editora Nova Alexandria, 2003;

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