Agradecemos ao leitor Afonso Henrique pela denúncia de tal vídeo a equipe do Jornal O Bruxo.
No dia 03 de Julho a juíza da 20ª Vara Criminal do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Ana Luiza Mayon Nogueira, condenou o
pastor Tupirani da Hora Lores e um discípulo da Igreja Pentecostal Geração
Jesus Cristo a prestação de serviços à comunidade, além do pagamento de 10
salários mínimos em favor de uma entidade beneficente (esta deferida somente ao
pastor), por difundir ideias de discriminação religiosa, através de uma página
na internet. O pastor e o discípulo proferiram atos de intolerância religiosa
contra judeus e religiões de matriz africana, além de afirmarem que os membros de outras religiões são
“seguidores do diabo” e “adoradores do demônio”.
Apesar da condenação, nesta segunda-feira (16) o pastor publicou um vídeo na internet, onde declara opiniões intolerantes a religiões de matriz africana, tomando também uma postura homofóbica e machista. Dentre os insultos, ele se refere aos umbandistas e candomblecistas como "macumbeiros da magia negra", "veados" "que seguem as doutrinas dos demônios" e demais termos pejorativos.
Além disto, o pastor ainda declara que mulheres não são capazes de ocupar importantes cargos, devido a instabilidade emocional e desequilíbrio psicológico. Parecendo ainda mais ilógico, ele ainda fundamenta seu apoio em falsas posições da ciência. A posição homofóbica pode ser averiguada quando o autor do vídeo declara que foi algemado a outro rapaz "como se fossem dois viados", e ainda acrescenta "na igreja de Jesus Cristo não existe veado, veados são vocês. Amantes vocês são desse grupo de veados e homossexuais, mas a igreja de Jesus Cristo é composta de gente muito macho"
Ainda não bastando, o pastor ainda declara ter ferito uma gravação ilegal no gabinete da juiza e divulgado na internet, além de demais insultos aos delegados, promotores e a juiza que estiveram envolvidos no caso de prisão do mesmo. Esse vídeo está circulando nas redes sociais, com a legenda "Bíblia sim, Constituição não" e é uma prova irrefultável da onda de desrespeito e ignorância que certas mentes ainda trazem.
A justiça ainda não tomou ciência de tal vídeo e das ações que infligem a Lei 7716/89 (Lei Caó), pela qual o autor do vídeo foi preso no incício dete mês. A revisão da punição feita por esta lei deve ser feita, além do enquadramento do Pr. Tupirani por gravação ilegal e desacato a autoridade. Aguardamos agora o desenrolar desse caso de desrespeito e discriminação sem sentido, que infelizmente vem se tornando comum em nosso país.
Texto de Douglas Marques
Fonte consultada: Jornal do Brasil
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