segunda-feira, 16 de abril de 2012

A lança: Hades


A Nobreza, a Beleza e a Bondade!


Hades é um Deus Grego. Filho de Cronos e Reia. Quando o reino de seu pai foi divido entre ele e seus irmãos: Poseidon e Zeus, coube a ele ficar com o submundo, o mundo dos mortos. 

Seu nome vem de Haidoneus, que significa "O invivível". Ele tornou-se o guardião dos portões do submundo e assegura-se de que quem entra em seu reino, não sairá novamente, ou não sairá sem ser purificado*. O submundo é dividido em várias esferas, exemplo delas são os Campos Elísios (local de alegrias e paz eternas) e o Tártaro (local de sofrimento e privações).

Hades possuí um carro, puxado por quatro cavalos ariscos  e mais pretos do que o ébano e tem como guardião e fiel companheiro, o cão Cérbero, que possui três cabeças. Além disso todas as almas do submundo obedecem-no. Ele também é conhecido por possuir um capacete que o deixa invisível; dizem que ele não deixa muito o submundo, mas por conta desse capacete, não dá pra saber, né? Antes de ser conhecido como o Deus do Submundo, Hades era associado com a Agricultura.

Uma das suas histórias mais conhecidas sobre Ele é o rapto de Perséfone. Hades sentia-se sozinho, pois nenhuma Deusa queria compartilhar sua vida com Ele, pois achava seu lar frio e cinzento lá no Submundo. Então, ele viu a filha de Zeus e Deméter, Perséfone, a alma do mundo, e apaixonou-se por ela. Conversou com Zeus, disse que sentia-se sozinho e convenceu o irmão a deixar que levasse a jovem para o submundo. Preparou então um engodo, enquanto ela colhia algumas flores, ele colocou a frente da jovem um narcíseo de rara beleza, ela encantou-se com a beleza e distraiu-se, a terra abriu-se e Hades surgiu em sua bela carruagem puxada por seus belos e negros cavalos, ele puxou a jovem pra cima do carro que se contorceu e gritou e chorou, mas acabou por desfalecer. A mãe da jovem, a Deusa Deméter, Deusa da Primavera, ouviu os gritos de sua filha mas não viu quem raptou e ficou muito triste, deixando a terra cair em triste e cruel inverno, ao descobrir que havia sido Hades que raptou Perséfone, forçou Zeus a intervir. Zeus conversou com seu irmão e ele concordou em devolver Perséfone, desde que ela não houvesse se alimentado de nenhum alimento do submundo.  No entanto, algumas fontes contam que Ela também se apaixonou por Hades e se compadeceu da solidão do Deus e comeu algumas sementes de romã; outras dizem, que ele forçou-a a comer algumas sementes de romã para que não pudesse retornar. Deméter ficou desesperada e Zeus fez o seguinte trato: Perséfone ficaria metade do ano com a mãe e metade do ano com o marido e, assim todos ficaram satisfeitos.

O que aconteceu enquanto Perséfone estava nos domínios de Hades, não sabemos ao certo, pois é um dos mistérios da morte. Pois, durante esses dias é como se Perséfone estivesse morta e não cabe a nós mortais saber o que ocorre a ela. Muitos acham que Hades era uma divindade malvada, mas na verdade ele possuía um caráter pacificador e sua função era manter o equilíbrio. Se você prestar bem atenção e encarar a morte sem medo, poderá descobrir que Hades é gurdião dos Mistérios da Morte assim como do Renascimento e junto com Perséfone e Deméter realizam os Mistérios da Ressurreição.

Ele mantém o equilíbrio entre vida e morte. Por conta disso, dizem que ele se mete nos assuntos dos vivos quando se trata de juramentos. E a Ele devemos um solene juramento: o de dedicar a nossa vida e o nosso destino a nobreza, a beleza e a bondade!

Beijocas estaladas no coração de todos!

*Alguns autores acreditam que os sofrimentos passados pelas almas nas várias esferas do submundo servem para purificar a alma e fazer com que elas possam retornar a terra e assim continuarem com o seu destino de estarem sempre se dedicando a melhorarem e se aperfeiçoarem.

Referências Bibliográficas:
- GENEST, E.; FÉRON, J.; DESMURGER, M.; As mais belas Lendas da Mitologia.  São Paulo: Martins Fontes, 2006;
- IONS, V.; História ilustrada da Mitologia.  1° Ed., São Paulo: Editora Manole Ltda, 1999;
PIETROC.; A arte da invocação: invocações, textos ritualistícos e orações sagradas para praticantes  de Wicca, Bruxaria e  Paganismo. São Paulo: Gaia, 2008;
SALISV. D.;  Mitologia viva: aprendendo com os deuses a arte de viver e amar. São Paulo: Editora Nova Alexandria, 2003;

1 comentários:

Celle disse...

Gostei muito do seu texto e concordo que é indevida a marginalização de Hades.
eu dividiria as três partes do submundos como : Elíseos,Campos de trabalho e campos de punição, o tártaro esta além de tudo isso e muito pior.
Você escreve muito bem Rosário e de forma interessante.

 
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