quarta-feira, 25 de abril de 2012

Universo Simbólico: O Pentagrama- Parte I



Olá pessoal, estive pensando esses dias no que trazer para esta semana e para a semana que vem, pois são imensos os conteúdos sobre simbolismo e se eu for resumir perderá sua essência. E em meio a inúmeras possibilidades, surgiu o tema a respeito do Pentagrama e seus significados, que são muito interessantes, por decorrência de um fato que é muito comum quando se acolhe o Pentagrama como símbolo para representar a Antiga Arte: O preconceito.


Muitas são as pessoas que por ignorarem o significado deste símbolo acabam influenciando mesmo sem conhecer, ou por acreditarem nas deturpações que ele sofreu ao longo das eras, as pessoas que utilizam do Pentagrama como signo de Fé. E também o caso clássico daqueles que o utilizam sem mesmo conhecer sua mais aceitável origem.


Neste decorrer de textos proponho abrirmos a mente para este signo que causa tanta polêmica na sociedade, mas que com um bom esclarecimento sua má impressão pode reduzir ou até mesmo ser extinta.

O Pentagrama

Desde o princípio dos tempos, quando o Homem sentiu a necessidade de entrar em contato com as forças superiores, além dos métodos que ele já conhecia, foi necessária a criação de outros e dentre tantos, surgiu o Simbolismo, que apesar de tantos criados prevalece o Pentagrama. Este, que é tido como símbolo de proteção e considerado a junção Elemental somada ao espírito humano que em pleno entendimento o portador descobre a verdadeira harmonia que há em tudo a redor.

Representando a androgenia e equilíbrio perfeito e com o  foco no numero 5, que é a soma entre o número 3, o masculino e o número 2, o  feminino que sempre foram associados com os mistérios da Magiah e ele é intitulado "Laço infinito", pois através de um traçado único teria que formar uma estrela simples.

O pentagrama hoje é muito utilizado dentre os Neopagãos como símbolo de fé e religiosidade. Um de seus mais antigos usuários eram os povos da Mesopotâmia, onde suas inscrições era feitas em artefatos da realeza e por muitas vezes nos dias atuais é confundido com o “ selo de Salomão” (ou Hexagrama), pois seus primeiros inscritos eram complementos Hebreus do “livro de Pentateuco” que faz parte do Velho Testamento e faz atribuições a figura de Moisés.

Seus significados ao longo dos tempos são vastos, por exemplo: Na Grécia era o “Pentalpha” geometricamente representando os 5 As; No Egito, Caldéia e ao redor da  Índia existem explicações para seu surgimento através dos escritos do Filósofo, Matemático grego e místico Pitágoras, onde também nas construções pós-Helênicas pelos Pitagóricos foi tida como a “Proporção Dourada”  fazendo assim parte de seus templos; O que nos faz pensar que este não é um símbolo tão novo como muitos acreditam.


Os Primeiros cristãos tinha a relação com o Pentagrama fazendo a alusão das suas cinco pontas com as cinco chagas de Cristo e até os tempos medievais era um símbolo que não possuía vínculo com atividades maléficas, pelo contrário era tido como a "Pura Verdade"  um símbolo cristão, até que a Inquisição na busca pela unicidade da Fé e extermínio dos que fossem contra utilizaram de seus métodos para deturpar tal imagem.


Para os que pensam que este símbolo só tem isso a nos oferecer se engana, pois essa é somente a ponta do iceberg. Na próxima semana continuaremos com a análise mais detalhada deste símbolo tão rico e poderoso que atravessou os séculos se mantendo fiel em sua essência fazendo com que muitos desta Antiga Arte ainda reconheçam sua mais pura mensagem.


A todos,
Bons estudos!


Pax, Lux et Nox

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