Durante o mês de fevereiro, um colega, que assim como eu, escreve em uma coluna de um jornal esotérico bem conhecido no meio, veio a minha cidade, Feira de Santana na Bahia, para uma palestra a cerca do meio ambiente na Universidade Estadual. Ele hospedou-se em um pensionato nas redondezas da instituição, e após sua palestra a qual não assisti, resolvemos nos encontrar em uma das praças da universidade que estava tranquila, o tempo estava agradabilíssimo e a estética do local bastante inspiradora. Durante algumas conversas soltas resolvemos tratar sobre a morte.
Então começamos:
Lord Vincus: Tratarei a Vida, como alma. Muito se questiona a respeito da morte, se ela é benéfica ou maléfica, se há algo no pós morte ou não, tendo em vista que somos ocultistas e que não posso provar o pós-morte neste momento, tratarei como se todos estivessem de acordo a sua realidade. Considerando que somos todos homens (uns mais e outros menos) tratarei obviamente da morte em relação ao mesmo, mas tomando como base nossos parentes mais primitivos, os animais.
Malvs: Prossiga...
Lord Vincus: Pois bem, Primeiro vejo a necessidade de conceituar a morte, tratando-a como a simples separação de todos os ligamentos entre alma (psyché) e corpo. O corpo por sua vez poderia ser visto como um traje para a alma, tendo em vista que quando ambos se separam o corpo simplesmente torna-se imóvel e tende ao perecimento, a alma por sua vez pode mover-se sem a ajuda do corpo denso. O corpo deve ser visto como um traje robótico-orgânico, pois, diferente de uma vestimenta comum ele tem necessidades energéticas e desejos irracionais, ou seja, desejos sobre os quais ele busca sempre satisfazer sem nenhum senso, e nesse caso cabe a alma decidir o que é ou não salutar.
Malvs: É um bom assunto a ser argumentado, por chegar a um ponto de muitas opiniões e poucas conclusões. As pessoas não sabem em que conceito crer em relação a isso, ressaltando a reencarnação tão dita, sendo vista de forma cética pela maioria. Nossas características físicas realmente não são eternas nessa forma, como se cada volta material fosse uma troca de roupa figuradamente. Se bem entendido a alma e o corpo ao se unirem tende a um retrocesso em questões de sabedoria, digamos como um recomeço de aprendizagem.
Lord Vincus: Não que a alma retroceda, mas o corpo barra uma boa parte de sua capacidade natural, como irei demonstrar em breve. A alma, seria uma condutora, um centro de infindáveis camadas, cuja as únicas camadas que vou tratar será o corpo animal ou orgânico e talvez o corpo conhecido como daemon, corpo de fogo ou corpo espiritual.
Malvs: Compreendo, então, ao se ligar à matéria a alma fica com a conexão ou centro mais fraca digamos assim?? Aproveitando o tópico ainda, todo homem como raça teria acesso a essa sabedoria divina, mas talvez por ignorância, falta de desenvolvimento intelectual e até mesmo por questões culturais acabam não desenvolvendo toda sua capacidade espiritual.
Lord Vincus: O mundo físico oferece muitos fatores retardantes, uma vez que o corpo fica tendido aos vícios este se torna grosseiro e pesado, a alma perde o controle, o corpo passa a guiar ao invés de ser guiado pela alma, os retardantes mais comuns são as substancias que bloqueiam os sentidos, como os químicos a televisão e algumas musicas. Veja, não estou afirmando que o corpo é inútil, pois é tratando dele que você chega a um corpo superior por assim dizer.
Malvs: De fato, os fatores capitalistas do sistema vivido hoje têm essa função mesmo e além de não permitir que as pessoas evoluírem adequadamente as induz a seguir determinados padrões. Complicado também é ver que as pessoas já não possuem nem mesmo os instintos mais básicos do ser humano, transformaram-se em robôs alienados.
Lord Vincus: Agora voltando ao assunto sobre a morte e a alma, acho importante deixar claro que a alma é imortal. A alma não perece, uma vez que é una, uma substancia pura, incomposta e me atrevo a dizer até como não mais gerada após a primeira fornalha. O numero de almas limita-se a um, porem essa única alma é capaz de possuir inúmeros corpos sob inúmeras identidades.
Fonte: (O Livro Mágico de Vincus – Lord Vincus, 2012)
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