Texto anterior: O Diálogo a cerca da Morte
“Imagine a alma como uma substancia única, mas altamente maleável, como tentáculos de um polvo, e que a ponta de cada tentáculo estivesse bem guardada no centro de uma cebola de incontáveis camadas.
Uma vez visualizado entenda da seguinte maneira, a cabeça do polvo seria uma espécie de centro de informações universais e origem de tudo, tendo como função uma criação primaria e depois a energização dessa criação. Os tentáculos a alma, como já foi dito, extensão da cabeça do polvo e as camadas da cebola os corpos que compõe o homem.
Os tentáculos têm como função receber as informações contidas na cabeça e buscam desesperadamente alcançar as funções e capacidades da cabeça. Os tentáculos são incapazes de receber todas as informações enviadas pela cabeça, uma vez que, a cebola barra essa informação impedindo que ela chegue totalmente à ponta do tentáculo, para poder cumprir sua função, o tentáculo irá forçar essas informações mesmo com a barra da cebola, e quando as informações passarem a um bom nível, a camada externa da cebola se abrirá como pétalas de uma flor, mas sem soltar-se do todo da cebola dando mais facilidade do tentáculo receber exercer o seu devido labor.
Mas a camada externa, por estar vulnerável a fatores do meio, pode desgastar-se e envelhecer, está então irá renovar-se, porem mais favorável a desabrochar.”
Malvs: Existe um fundamento interessante por trás desse mito, vendo a alma desse aspecto e encarando o todo como unidade, concordo nesse ponto, vejo assim também, mas lhe pergunto uma coisa, o conceito seu de alma vai até que ponto? Quero saber se você está aplicando esta ideia apenas para criaturas "vivas"?
Lord Vincus: Ora, Sr.Malvs! Por acaso não prestou a atenção no que eu disse no inicio deste dialogo? Estou a tratar o assunto em relação ao homem, mas se quiser relacionar aos demais seres, devemos pensar como manda o axioma hermético de correspondência e ver que todos os seres obedecem à regra inteiramente semelhante, mas, talvez em diferentes funções... [ ] Espero ter sido claro, lhe resta algum questionamento a respeito?
Malvs: Sim, eu reparei que o texto se refere ao Homem em si, só me veio à curiosidade referente aos outros seres viventes e coisas inanimadas também. Gostaria de prolongar a conversa para esse ponto ou pretende manter o foco apenas nos humanos?
Lord Vincus: Posso falar de outros seres, por mera curiosidade, embora julgue sem importância tratar disto no momento, mas vamos lá. Como foi dito os tentáculos no caso do homem fora programado para aprender de trocar camadas rumo à evolução e felicidade, no caso de animais comuns é possível dizer que possuem como objetivo seguir sua natureza que é sobreviver e multiplicarem-se, estes ascendem a animais mais complexos ganhando novas funções até que chegam ao humano, o humano por sua vez ascende ao daemon, como eu já disse e esse continua ascendendo, a última fase da evolução é a alma propriamente dita, totalmente livre e tão perfeita quanto a origem, a primeira seria o átomo cuja a única função seja formar coisas.
Malvs: Sua observação lembrou-me as ideias do espiritismo...
Lord Vincus: Conheço muito pouco do espiritismo, mas é bom saber que há grupos que chegaram aonde cheguei.
Malvs: Então, se entendi bem, o ser humano por natureza necessita aprender, pois é apenas desenvolvendo seu lado racional que poderá desenvolver-se espiritualmente, este aprender refere-se a tudo em nível natural, imagino...
Lord Vincus: Perfeitamente...
Malvs: Nesse caso, não adianta orações, velas ou rituais, a única forma de preparar-se para morrer e de não sofrer é através do conhecimento e a única forma de subirmos a um nível mais puro é morrer, morrer cumprindo a nossa função.
Lord Vincus: Aprendes-te bem, tens agora o conhecimento de o para quê estamos aqui, e como devemos seguir... Agradeço por estar belíssima tarde, mas tenho que ir, nos corresponderemos sempre que possível.
Texto de Vinicius Pimentel
Fonte: (O Livro Mágico de Vincus – Lord Vincus, 2012)
Texto de Vinicius Pimentel
Fonte: (O Livro Mágico de Vincus – Lord Vincus, 2012)
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