quarta-feira, 18 de abril de 2012

Universo Simbólico: O Despertar


Olá mais uma vez pessoal, estamos na terceira semana de postagens adentrando no Universo simbólico que nos rodeia. E dando seguimento aos nossos encontros semanais venho hoje a falar um pouco sobre os primeiros e principais símbolos que basicamente estão em toda parte e que revestem todas as demais imagens que vemos e que através de um olhar mais aguçado poderá ser notado sem grandes dificuldades.

Olhar, Olhar até não ser mais si mesmo.”
         (Álvaro Mutis, Le dernier visage)

Segundo um grande Pensador Italiano de nossos Temos Luigi Pareyson, toda a atividade humana é caracterizada pelo ato de desejar e por si em um fazer, que em sequência torna-se um criar, um inventar, tudo com base no seu conhecimento ou inspirado no divino e assim as imagens se mesclam em nossas vidas. Nos dias atuais estamos num paradoxo interessante: Por um lado temos as imagens que são diversificadas e nos fazem perceber uma imensidão de significados num piscar de olhos e de uma forma tão “natural” nos fazendo interpretá-las acreditando que não é necessário um conhecimento prévio, por outro, numa questão de segundos vemos outras pessoas nos manipulando com seus símbolos secretos e códigos, nos afogando em seus enigmas, zombando de nossa ingenuidade.

No entanto, nenhuma dessas impressões são justificáveis, já que como dito nas semanas anteriores mesmo um aprendizado inicialmente superficial torna-se de excelente ajuda  para entendermos o significado real que os símbolos têm a nos ensinar, pois com certeza fazemos parte de sua essência.

Os significados das imagens simbólicas são criados a partir do objetivo do magista em expressão através das cores, formas e desenhos. Todos estes elementos mesclados por um único propósito: O Nascer dos Símbolos e seus Arquétipos. Segundo Carl Jung, esses símbolos arquetípicos são herdados de nossos ancestrais mais remotos através do inconsciente coletivo - ou nossos meios naturais de perceber o mundo a nossa volta - nos permite conhecer e responder a símbolos sem necessariamente pensar sobre eles. 


Ao longo da história os signos (símbolos) foram utilizados em diferenciados fins, pois para cada especialidade simbólica um propósito foi empregado já que em questão de estilos e gostos sabemos que eles estão presentes em todas as culturas atravessando épocas, se completando e sofrendo influências uma das outras, sem perder os seus conceitos mais tradicionalistas. Um símbolo é diferente de um sinal. Um sinal indica um caminho, enquanto o símbolo sempre guarda algo mais do que seu significado imediato.

Seria muito extenso colocar aqui todos os signos Primordiais da história, então selecionei uns poucos e importantes simplificando seus significados, porém de base são mais que necessários para uma boa visualização e interpretação. Aconselho que façam uma busca de outros signos e suas mensagens para que o estudo em questão seja mais completo e satisfatório.

   Os primeiros Símbolos
                     

O Ponto: Representa a unidade das coisas existentes. Usamos quando queremos expressar conclusão, ou a centralização de nosso objetivos.

Reta Horizontal: Representa o princípio passivo, a continuidade ou a ligação entre uma coisa e outra.

Reta Vertical: Representa o princípio ativo.

O círculo: Na Magiah ele representa a ligação com o divino e uma alusão à perfeição, pois se percebermos mais atentamente ele é uma extensão da perfeição do ponto. Simbolizando o céu e todo o movimento circular, ele também representa todas as hierarquias criadas e a própria Divindade.

O Quadrado: Símbolo da Matéria e imagem da forma, ele representa as forças passivas e ativas em equilíbrio. É o símbolo da Terra e enquanto o círculo representa o movimento ininterrupto, o quadrado representa o momento de pausa, pois ele se estabiliza através de quatro bases. Sendo o quaternário do material passivo ele também representa a estabilidade sendo considerados assim pelos mais brilhantes filósofos.

O Triângulo Equilátero: Formado de duas linhas que partem de um ponto e juntam-se numa base, o triângulo é o símbolo do elemento Fogo. Ligado ao numero três, é também o símbolo da Divindade. E segundo Platão representa o Homem já que ao ter apenas três bases perde equilíbrio.

O Triângulo Invertido: Representando a matéria metafísica do mundo nascida do espírito primordial, este também sofre influências do elemento Água que é a mãe de todas as existências e corpos.

O Triângulo Isósceles: Com a ponta para cima representa o ternário evolutivo e com a ponta para baixo o ternário involutivo.

A Cruz: Representa o movimento quaternário e a junção Elemental por equilíbrio próprio. Apesar da ligação com o Cristianismo, a cruz é um dos mais antigos símbolos de que se têm notícias, sendo encontrado no Egito, China, Creta e que tem relatos de quinze séculos antes mesmo de Cristo. Partindo do ponto central, ela é o símbolo das direções básicas e a ligação do Homem á Deus, a escada ou árvore que nos leva á Divindade.

O Oito: Tanto deitado como em pé  é o símbolo do infinito, do movimento eterno.

        Uma vez desperto para os detalhes através deste aperitivo simbólico é uma clareira sendo aberta para que toda uma centelha se forme dentro de cada um. Na esperança do feliz reencontro nos veremos semana que vêm e desde já agradeço a pela visita.·.

Bons estudos!
E a Todos,
Pax, Lux et Nox

Fontes: JOLY, Martine. Introdução a Análise da Imagem. Papirus Editora.13ªed 2008.
           A DONI, Donis. Sintaxe da Linguagem visual. Martins fontes.
           MALLON, Brenda.Os Símbolo Misticos. Larousse. vl II.
           VAN FEU, Eddie. Wicca- A magia dos Símbolos nº 33.
           DEE, John. A Mônada Hieroglífica. Editora Madras. 1527-1608.

1 comentários:

Breno loeser disse...

Ótimo texto e o assunto muito interessante!

 
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