quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Universo Simbólico: Sobre a Fé. (Parte 2)





Olá pessoal, voltamos com os questionamentos sobre fé vistos na semana passada. (Vide Parte 1) Desde já mais uma vez agradecendo a todos pela leitura e um ótimo Beltane para todos!


(...)

Só que o mundo não acaba ai. Levando-se em consideração que cada pessoa possui o seu ritmo, a fé pode ser compreendida e até mesmo conquistada ao longo da jornada com o estudo e fatos que acontecerão. Outro ponto negativo é encarar a Magiah somente como ciência, pois se isso acontece deixa-se passar todo o lado espiritual, ou seja, a razão tomaria conta de seus feitos, só que a Magiah nem sempre é racional.

Encará-la como ciência é perder os fatos extra-sensoriais que a razão não permite que tomemos conhecimento. Quando a fé se torna técnica demais a vivência do natural se torna nula, pois a visão é totalmente diferente do conceito de fé.  Ela jamais pode ser retirada do Magista sem que o mesmo seja destruído. Eles são um só desde o princípio do acreditar. Quando dizem que a fé move montanhas é uma metáfora mais que real.

Pessoas morrem, matam, mudam e criam conflitos pelo simples ato da fé, então se raciocina que ela tem forte influência sobre os homens, pois o ser humano é feito de puro desejo. Não há nada no ser humano que não seja fruto de seus anseios, do ponto mínimo até o seu ápice.

“Quando mais o ser humano deseja, mais insatisfeito ele fica, pois o próprio desejo deseja novamente desejar.”
(D’anjeloTerah)


Exemplos de ações provocadas pela fé:

 A Inquisição
II Guerra Mundial (Fé no poder do Estado)
 Disputas em Jerusalém entre Palestinos e Judeus.

Sem Ela o caminho é completamente vazio, mas também não seria negar a razão e a inteligência por completo, pois a fé se divide em várias características e é fundamentada em diversos fatores:

 A Fé como conhecimento: Conceito de que o conhecer é a Luz da fé e é a aceitação do conteúdo como verdadeiro.

A Fé como obediência: É a conversão interior e entendimento profundo da crença revelada. Uma fé natural por acreditar.

 A Fé opção fundamental do homem: É a pura conversão. O acreditar que é inerente ao homem, uma mudança definitiva.

 A Fé irracional: Mesmo não abandonando a razão, o homem tem que justificar sua crença, chegando a ser uma fé inumana, pois vai contra a sua natureza.

Imanência e Transcendência da Fé: “O acesso da fé fundamenta-se unicamente em Deus e exige a iluminação interior, mas a fé não pode ser privada da luz da razão”. (São Tomaz)

É a iluminação interior voltada á Deus sem abandonar a voz da razão.

Inculturação como aspecto negativo: A fé só existe se estiver ligada a uma cultura, para que venha ser vivida, sentida e aceita. Assemelhando-se a cultura, a fé incultura-se fazendo presente em qualquer sociedade.


Portanto, com tudo que foi comentado entendemos a importância de se estar equilibrado, mantendo os lados da teoria e da prática, unidos até o fim do caminho. Percebemos também a necessidade de se ter foco no que realmente se quer e saber expressar a sua verdadeira vontade após descobrí-la. Para querer é preciso que se acredite, e este acreditar deve ser levado a sério, pois é essencial para o fim do objetivo. Dedicar-se não se torna apenas cumprir um prazo de estudos, e sim, procurar manifestar todas as suas vontades no próprio cotidiano.

A "verdadeira" Magiah deve ser sentida e vivenciada. Temos que pensar mais em sermos grato por Aquela que nos deu a vida, e sermos gratos também por tudo que está a nossa volta, afinal a Magiah está em tudo e principalmente é parte da Divindade que habita cada Magista.


A Todos,
Pax, Lux et Nox

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