O paganismo foi uma bela criança. Teve alguns probleminhas de saúde mas vingou, frequentou a escola, teve professoras ruins que serviam magia feita de leite em pó, que misturavam umas coisinhas no mingau para ficar mais gostoso, teve amigos e desafetos, ficou adolescente e se rebelou, até anjo entrou no círculo mágico. Fez 18 anos e virou piada de mal gosto, ainda havia acne em seu rosto.
Agora é um adulto de pele linda, cabelo escovado e roupa nova, sabe arrumar o armário e não gasta R$ 4.90 em literatura barata, aprendeu a ler coisa decente. Mas este adulto sabe para onde deve ir?
Provavelmente não!
Cair não nos ensina a andar, nos ensina a levantar. Precisamos exercitar as pernas para saber dar passos. Atualmente temos pouca produção, pouca originalidade e nada de questionamentos. Afinal de contas, quem disse que quartzo rosa serve para atrair amor? E se no fim ele serve para repelir? Os pagãos acostumaram-se a começar do nada, enfrentar a família e a errar horrores para depois acertar, mas neste processo perderam completamente a criatividade e o bom senso, utilizando-se de tabelas há muito obsoletas, sem nenhum sentido em sua cabeça.
A lua azul é poderosa. Sabbath é pela roda norte. Turmalina negra serve para proteção. Deus tal é para tal coisa...
O pagão aprendeu a colar na escola, aprendeu a decorar, mas esqueceu de pensar. Este adulto é sério, tem uma casa e uma esposa, mas não sabe o que fazer com um livro de receitas. Sabe que sal é salgado, mas nunca engoliu uma colher dele. Este adulto é preguiçoso, egocêntrico, deslumbrado e impulsivo. Este adulto precisa de amigos, precisa passar necessidade e estender mais a mão, precisa sair do sonho cor de rosa e ver que há muito a ser feito, antes que vire um velho ranzinza, e perca toda a graça (Amém refresca a memória).
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