É a primeira vez que manifesto-me neste jornal e como preza a boa forma achei por conveniência que seria de bom grado e tino dizer um “oi” a você, leitor, que se encontra lendo este texto. Justamente você, que poderia agora estar fazendo uso de seu tempo em qualquer outra atividade e por razões próprias optou por passá-lo com minhas palavras.
Procurando não abordar, neste momento em que estamos ainda nos acostumando um com o outro, nenhum tema de extrema complexidade ou conflito, decidi falar da própria informação, esta que é a primazia deste e de todo bom jornal, e a qual pretendo, por meio deste texto, transmitir.
É perceptível na atualidade que a tecnologia e a informação tornaram-se extremamente avançadas e acessíveis em diversos graus, e que em meio a esse “salto” nossa sociedade vem aprendendo tanto a lidar com esse novo tempo como com esse novo volume de informações que nos é incutido diariamente.
Obviamente na temática que abordamos aqui as vantagens são inumeráveis, basta cogitar qual seria a hipótese, 30 anos atrás, de simplesmente escrever “ocultismo” em algum lugar e obter mais de três milhões de fontes de informação em menos em um segundo. Porém essa informação quantitativa é uma faca de dois gumes e deve-se tomar cuidado com o seu lado mais discreto, quando não imperceptível.
A acessibilidade que os meios tecnológicos deram à humanidade, somada à velocidade que a informação pode correr, gerou um universo de escritores independentes e amadores (que o fazem por e com amor) porém como o meio virtual não pede currículos e aprova qualquer autor que esteja disposto simplesmente a publicar, muitas vezes a qualidade em relação à quantidade é quase que ignorada, os textos lançados não perpassam por qualquer padrão mínimo que seja, e incontáveis autores/senhores-da-verdade pregando por muitas vezes ideias que desconhecem, senão totalmente certamente profundamente, publicam suas percepções e em meio a este caos está você, leitor, que em sua busca por complementar suas convicções
e conhecimentos, faz uso dessas ferramentas, o que, por sinal, lhe proporcionou este encontro com minhas palavras.
O que venho elucidar aqui não é, veja bem, uma campanha anti-tecnologia ou contra a liberdade de expressão, mas sim e somente isto, uma observação quanto ao que se trata do chamado bom senso. Perceba você, que se não fizermos uso de nossa intelecção para selecionarmos o que é qualitativo, nesse meio de infinitos textos quantitativos, quando não meras copias que por vezes ignoram inclusive direitos autorais, estaremos fadados ao insucesso nesta nossa jornada, que para muitos pode ser meramente científica, mas que para tantos é também espiritual.
Portanto, como alguém que não está em condições de fazer exigências, eu simplesmente lhe peço, caríssimo leitor, que visando a preservação da sua sanidade e do reconhecimento de seus esforços em obter tal conhecimento que socialmente não nos é cultural, que preze pelo bom senso e busque dentro do possível afinar seu senso crítico e sempre validar a seriedade e capacidade do autor que se propôs a ler, porque segundo a didática pior que não saber é aprender errado.
Sem alongar-me agradeço a paciência e espero um novo e melhorado encontro afinal de contas devemos buscar... progredir sempre!
Lupos, Canis – O caçador
2 comentários:
É um excelente texto... Parabéns Lupos, Canis!
Muito bom começo. Nos alertar sobre a qualidade das fontes de pesquisas e o crivo do bom senso.
Realmente hoje em dia, a acessibilidade ajuda mas atrapalha ao mesmo tempo. =)
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