sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Runenmagie: Galdr – Magia Rúnica de Som I



Hail, leitores!
Passado o entendimento básico do uso oracular, que tal irmos para outra das principais formas de uso de runas? O Galdr  (lê-se “gáldra”). O princípio do nome das runas é “sussurro”, o que nos faz interpretar o alfabeto como sendo inspirado numa fonética que há muito se perdeu e que hoje se associa a linguagem atual. O que não deixa sombra de dúvidas é que o Galdr é uma das formas mais poderosas de utilização das runas e principalmente que sua utilização estava em muito sincronizada com a magia clássica e tradicional.

Mas o que é Galdr?

De início vamos relembrar um pouco de Física. Segundo a Física Moderna, o som é a propagação de ondas tridimensionais que não movem partículas, mas fazem com que elas “vibrem”. Esta vibração provocada por uma onda sonora causa uma alteração no equilíbrio de partículas de ar.


Logo, o Galdr é utilizar esta propagação, vibração e alteração para um determinado fim. Algo de novo para quem utiliza tambores e outros instrumentos para alteração de consciência, cânticos e rimas para feitiços, poemas para invocações ou mesmo silenciosas danças (que contem ondas infrassonoras inaudíveis para humanos) para alcançar o êxtase ritual? Não, não há nada de novo!
O Galdr é uma das formas de magias mais antigas do mundo. Ela sofreu poucas alterações no resultado, e enormes nos métodos, instrumentos e meios de uso. A diferença é apenas a nomenclatura e o fato de que na Runenmagie os sons produzidos tentam despertar e canalizar o poder dos Espíritos Rúnicos.
Um paralelo que gosto de fazer é que como as chamadas obras de arte, o Galdr se utiliza de sons (audíveis ou inaldíveis) para representar algo real ou pretendido. Pode ser num misto harmônico, ou desarmônico, o que importa é que tal som reproduza em você e em que o ouve a sensação pretendida.

Como utilizar?

O processo de utilização do Galdr, na maioria das vezes é muito mais intuitivo que consciente. Você por vezes não se dá conta que por segundos elevou ou baixou o tom de sua voz ou deu ênfase em uma determinada palavra numa conversação, mas todos estes mínimos detalhes comuns à comunicação, desde gestos à fonética são as formas básicas de Galdr.
Repetindo, você sempre cria uma expressão de som enviando uma mensagem (ou energia) para um determinado receptor (ou fim). A dúvida novamente é como fazer uso destes princípios utilizando runas.
Faur tem uma listagem muito boa sobre quais sons vocais podem ser atribuídos a runas. Ela os correlacionou com a fonética atual. Mas como já citei em outro momento, o som real das runas foi algo que se perdeu. Vale salientar que além da lista no livro de Faur,  há outros níveis de utilização e outros instrumentos que podem ser utilizados no processo de magia sonora.
Por exemplo, se quero trabalhar a runa Uruz (bisão, força primal, selvageria), como atingir uma forma de som que SEJA Uruz utilizando um tambor e minha voz?


Eivør - Trøllabundin

Esta música é um exemplo perfeito de que independente do que se é dito em palavras, qual língua se está falando ou qualquer outra coisa a cantora conseguiu extrair do tambor e de sua voz um som que nos remete à forma mais visceral e selvagem do instinto. Pessoas sensíveis à sonoridade e que gostem de dançar sentirão esta energia mesmo que ela fale em qualquer língua morta. Porque a mensagem a energia transcendeu a linguagem e chegou ao conceito, o significado e energia. Isto é Galdr.

Continuo no próximo texto!

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