sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Bosque: Oráculos e Divinação no Druidismo

(Do site da OBOD) 

Nos tempos antigos druidas utilizaram muitos métodos de adivinhação: de simples adivinhação do tempo até a interpretação sofisticada do vôo das aves, a partir da observação do comportamento animal para a interpretação de configurações planetárias. É quase certo que cada um dos quatro elementos foi usado para augúrio, bem como foram usados ​​para a cura. É provável que os sinais e sentimentos associados transmitidos pelo atirar de terra em uma folha ou tambor de pele foram lidas como uma cartomante pode ler as folhas de chá, e as formas das nuvens que passam ou das imagens encontradas no fogo ou no olhar em piscinas de água foram, sem dúvida, mais fontes de inspiração. Conhecemos o termo que os druidas irlandeses usavam ​​para adivinhação com as nuvens - Neldoracht - e sabemos também de métodos mais complexos de adivinhar utilizados na Irlanda, incluindo o Tarbhfeis, que implicavam no adivinho ser envolto em pele de touro para ajudar a sua clarividência.

A divinação, porém, não precisa ser simples adivinhação. Ela pode ser um meio eficaz de revelar dinâmicas escondidas – estejam elas dentro de si mesmas ou dentro de um relacionamento, ou dentro de um grupo. A divinação então torna-se um meio de ganhar auto-conhecimento e uma compreensão mais profunda das causas ocultas por trás das aparências. Visto dessa forma, torna-se ainda de outra maneira que podemos tentar ir além da superfície, para sondar as profundezas, a olhar para as causas em vez de efeitos.

Druidas modernos são capazes de transformar nessa busca de uma série de métodos distintamente druídicos de divinação, incluindo o trabalho com os animais e plantas sagradas da tradição celta e druida e trabalhar com Ogham, que veio a ser conhecido como o alfabeto druídico sagrado das árvores. Alega-se que os druidas teriam usado o Ogham para adivinhação. Histórias irlandesas medievais, como Etaine Tochmarc sugerem que era assim, apesar de inscrições reais em Ogham, encontradas em pedras, só terem sido datadas como dos séculos quarto e quinto. Embora do ponto de vista do historiador não podermos estar certos de que os antigos druidas usaram o Ogham, certamente hoje ele nos proporciona um meio evocativo da compreensão das dinâmicas ocultas e eventos futuros, e tornou-se parte integrante da formação Ovate moderno na Ordem. 

Para explorar diferentes métodos de divinação, veja:

The Druid Animal Oracle, The Druid Plant Oracle, The DruidCraft Tarot, todos por Philip & Stephanie Carr-Gomm e ilustrados por Will Worthington

Ogam: The Celtic Oracle of the Trees: Understanding, Casting, e Interpreting the Ancient Druidic Alphabet por Paul Rhys Mountfort, Destiny, 2003

Celtic Wisdom Sticks, Caitlin Matthews, Connections, 2001 

Tradução: Renata Gueiros



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