sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Regressão a "Vidas Passadas" e Expansão da Consciência

Artigo publicado na Revista Sintonia Holística

Das técnicas de Expansão de Consciência, a Regressão é a mais conhecida, tendo ganhado força como técnica psicoterapêutica a partir dos anos 70, graças às pesquisas realizadas por expoentes da Psicologia Transpessoal. Entretanto, ela é utilizada pela psicanálise, através de hipnose, desde os tempos de Freud, para facilitar o acesso às memórias pregressas, recentes ou remotas, reprimidas no inconsciente da pessoa.

Com o progresso das pesquisas sobre o nascimento e a vida fetal realizadas no mundo inteiro, sobretudo as de Leboyer e Tomatis, que comprovam que o feto, desde o ventre materno, tem uma consciência, a regressão passou a ser utilizada também para se recuperar memórias dessas fases da vida humana.

Mais recentemente, graças aos avanços da Psicologia Transpessoal, sobretudo os estudos realizados por Stanislav Grof, e o "boom" do misticismo esotérico, desencadeado pelo intercâmbio de conhecimentos entre o mundo ocidental e o mundo oriental que permitiu um acesso mais amplo à filosofia da reencarnação, outras técnicas de regressão foram surgindo com o objetivo de acessar as "memórias de vidas passadas", para fins terapêuticos. Entretanto, o primeiro a realizar um trabalho de "regressão a vidas passadas" foi o francês Albert de Rochas, que utilizou uma técnica de indução a estados de transe e cujo livro, "Les Vies Successives" (As vidas sucessivas), editado em 1911, causou grande controvérsia.

Métodos e Enfoques

Existem, atualmente, vários tipos de métodos utilizados pelos terapeutas de regressão: a hipnose profunda, a indução magnética do transe, o relaxamento profundo, a viagem imaginária e a respiração holotrópica. Com relação aos seus meios e fins, todos são utilizados vinculando-se ou não com práticas religiosas, místicas, adivinhatórias e afins. Isto é, os métodos tanto podem se fundamentar numa filosofia reencarnacionista, quanto no conceito de memória genética ou nas teorias do inconsciente freudiana e yunguiana.

Nos dois últimos casos, isto é, os que se baseiam no conceito de memória genética e/ou nas teorias do inconsciente, a finalidade é exclusivamente terapêutica, podendo intercalar sessões de regressão com sessões de psicoterapia verbal. Em todos os casos, o enfoque pode ser cognitivo (percepção) ou catártico (purgação).

No enfoque cognitivo, a indução é feita através de frases que criem e reforcem um estado de calma e tranquilidade. O objetivo é ajudar a pessoa a verbalizar o que está acontecendo, o que está percebendo, sem emoção. Isto possibilita a intelectualização dos conteúdos que emergem, sem que a pessoa se veja envolvida na situação.

O enfoque catártico permite que a pessoa reviva os acontecimentos e expresse suas memórias, liberando as emoções que estão registradas em seu corpo físico, que também tem uma consciência. Nesse caso, a compreensão não é apenas intelectual, mas profunda.

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