Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos: percebendo que Órion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o alvo que distante se movia. Impecável em sua pontaria ela atingiu em cheio seu amado, cujo corpo já moribundo foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo a fatalidade que havia cometido, Diana, em meio às lágrimas, colocou Órion entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão e com as Plêiades fugindo do caçador.
As Plêiades eram ninfas do séqüito de Diana por quem Órion se apaixonou e perseguiu. Elas, desesperadas, só conseguiram escapar graças a Júpiter ou Zeus, que as transformou em pombas e então numa constelação do céu. Embora as Plêiades fossem sete, somente seis estrelas são visíveis no céu – nos conta a lenda que Electra não conseguiu suportar a dor de ver a cidade de Tróia, que fora fundado por seu filho, cair em ruínas e abandonou seu lugar. Suas irmãs se empalideceram diante de tal visão.
Abaixo se segue um trecho do poema de Henry Wadsworth Longfellow sobre a “Ocultação de Órion”, cujos versos expressam o momento em que suas estrelas são ocultas, aos poucos, pela Lua:
A rubra pele de leão caiu-lhe
Aos pés, dentro do rio. E a bruta clava
A cabeça do touro já não fere
Voltado, como outrora, quando, junto
Ao mar, cegou-o Eunápio e em sua forja,
Procurou o ferreiro, e a rude encosta
Galgou penosamente, a passos lentos,
Fixando no sol o olhar vazio.
[Fonte: www.explicatorium.com/As_constelacoes_orion.php
www.observatorio.ufmg.br/dicas05.htm]
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