Flores das pradarias do Hades, são consagradas a esse deus e a Perséfone. Os próprios antigos não tinham clareza das razões para isso e às vezes cortavam ou corrigiam a expressão "campo de asfódelos" para fazê-la significar "campo de cinzas" ou "campo de decapitados".
Por tirar-se álcool dessa planta, talvez, o asfódelo representaria a perda de juízo e dos sentidos, característica da morte. A associação também pode se dever à facilidade com que cresce em ruínas e cemitérios, já que são rejeitadas pelos animais de pasto (embora sejam comidos por porcos e javalis). Considerada como o alimento favorito dos mortos, os antigos costumavam plantá-las perto das tumbas
Apesar de os antigos terem lhe atribuído um cheiro pestilento - sob a influência, talvez, de uma associação com a idéia de morte - o perfume do asfódelo assemelha-se ao do jasmim. Victor Hugo evocou esse perfume em Booz adormecido (Booz endormi) numa "penumbra nupcial" (Ela, fora da vida, e eu, semimorto) na qual a velhice, a dúvida, o enfraquecimeno dos sentidos contrastam com a expectativa do amor:
- Um fresco perfume desprendia-se dos tufos de asfódelos;
- Os sopros da noite flutuavam sobre Galgala...
- Ruth sonhava e Booz dormia; a erva era negra...
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