sábado, 4 de fevereiro de 2012

Crianças são os principais alvos de acusações de "bruxaria" na África


Dos últimos anos para cá, o número de pessoas punidas e mortas sobre a acusação de bruxaria tem aumentado consideravelmente. A Índia, o Oriente Médio e a África tem sido os principais focos desses ataques, onde, em sua maioria, os acusados acabam sofrendo prisão, confisco de propriedade, banimento de vilas, violência física e mortos em fogueiras ou apedrejados (Vídeo mostra pessoas acusadas de feitiçaria sendo queimadas vivas em comunidade africana). Na África esse número tem aumentado contra crianças da região. Na Nigéria, a Organização Não Governamental 'Child's Right and Rehabilitation Network' acolheu mais de 160 crianças acusadas de se dedicarem a atos de bruxaria.


Dezenas de crianças acabam sofrendo abusos verbais e físicos, sofrendo com o abandono e a rejeição, e em alguns casos até mesmo mortas pelas próprias famílias, isto por serem consideradas "bruxas". Em um país muito influenciado pela superstição e por crenças místicas, diversas pessoas acreditam que estas crianças sejam portadoras de pragas, doenças e morte, podendo contagiar demais pessoas (Agência Fides, 2011).

"Conflitos, deslocamentos internos forçados, falta de desenvolvimento e o peso da Aids sobre as famílias são todos fatores que contribuíram para o crescimento das acusações de bruxaria na África. Para exacerbar o problema existem várias seitas religiosas, que crescem sem parar, e que oferecem falsos serviços de exorcismo, bem como curandeiros locais que alegam “caçar” bruxas e cobram preços exorbitantes por poções para anular os “feitiços”."

No ano passado, um albino foi morto por uma comunidade a oeste da Nigéria, sobre as ordens de um curandeiro que pretendia usá-lo para trazer chuva a região, que nos últimos tempos tem sofrido com a seca.

Dentre os grupos mais vulneráveis estão as crianças de rua, os albinos e os deficientes. Este fenômeno só tem aumentado na África Subsariana. Os casos veem acontecendo nos últimos 10 ou 20 anos. Antes as acusações eram focadas em mulheres e idosos, porém acusações até contra animais (Multidão apedreja e queima macaco acusado de 'bruxaria' na África do Sul) tem ocorrido. Falta um posicionamento das autoridades públicas contra esses casos, atuando em ações de consciência das comunidades, para que fatos como estes tornem-se cada vez mais escassos. 

Texto de Douglas Phoenix
Fontes consultadas: Paperblog e Fátima missionária

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