Lilith é uma Deusa controversa, muito antiga e há muito esquecida. Sua imagem com o decorrer dos séculos foi deturpada e ela foi banida para o esquecimento.
Inicialmente, Ela é uma Deusa Sumeriana, mais antiga que Inana, assim como também é conhecido por ser o braço direito de Inana e ser aquela que atraía os homens para o Templo de Erech, onde ocorriam os ritos sagrados, que proporcionavam a cura física e espiritual através do ato sexual, que era considerado sagrado. Por conta disso, quando a cultura patriarcal começou a tomar conta da Suméria, Lilith passou a ser vista como meretriz, prostituta e ter sua imagem denegrida, assim como toda a liberdade e expressão da sexualidade feminina foram tolhidas.
No entanto, Lilith é uma Deusa selvagem que nunca aceitou ser domada. Ela é uma força primordial, na verdade. Ela é aquela que deu o grão à Mãe criadora e protetora que deu nascimento à Lua. Ela é a igualdade entre o feminino e o masculino. Um ser andrógeno. Força vital e puro instinto.
Na religião judaíca, ela foi assimilada de duas formas: como demônio, que tentava as mulheres, chupava sangue e comia crianças; também foi conhecida como a primeira mulher de Adão e por não aceitar deitar-se sempre por baixo dele, querer ficar por cima e sentir todo o prazer do ato sexual que Adão lhe negava, ela o deixou e partiu para os confins do Mar Morto. Isso gerou uma solidão em Adão que fez com que Jeová mandasse três de seus Anjos em busca dela para convencê-la a voltar, como não conseguiram, Jeová criou Eva. Lilith transformou-se em cobra e foi conversar com Eva, dizer para ela o quanto era importante ter sua independência... Vocês conhecem o final da história, né? Os filhos de Lilith também foram amaldiçoados a serem demônios e viverem no submundo.
Isso é um pouco do que se conhece sobre Lilith. Além do mais, ela era conhecida por abençoar as crianças recém nascidas e fazer cócegas em seus pés. Ela está em todas as mulheres que foram feridas e maltratadas e se reergueram para lutar por seus poderes e direitos. Possuía asas e garras, assim como a coruja e cobra, símbolos da sabedoria também a representam. Dizem, inclusive, que quando se escuta o grito da coruja, Lilith está por perto.
Seja você, mulher ou homem, busque sua força interior, seu poder primordial. Busque por Ela. Resgate o poder do instinto e deleite-se com ele.
Fica a dica: Olhares sobre Lilith é uma mostra audiovisual baseada no livro, As filhas de Lilith vale a pena dá uma conferida: http://olharesobrelilith.wordpress.com/!
Beijocas estaladas no coração de todos!
Referências Bibliográficas:
- DONATELLI, M. (coord.); O livro das Deusas – Grupo Rodas da Lua. São Paulo: Publifolha, 2005;
- MARASHINSKY, A. S.; O oráculo da Deusa: um novo método de adivinhação. São Paulo: Pensamento, 2007;
- PIETRO, C.; A arte da invocação: invocações, textos ritualistícos e orações sagradas para praticantes de Wicca, Bruxaria e Paganismo. São Paulo: Gaia, 2008;
- PIETRO, C.; Todas as Deusas do mundo: rituais wiccanos para celebrar a Deusa em suas diferentes faces. 2° Ed. São Paulo: Gaia, 2003 (Coleção Gaia Alémdalenda);
- ROBLES, M.; Mulheres, mitos e Deusas: o feminino através dos tempos. São Paulo: Aleph, 2006;
- PIETRO, C.; Todas as Deusas do mundo: rituais wiccanos para celebrar a Deusa em suas diferentes faces. 2° Ed. São Paulo: Gaia, 2003 (Coleção Gaia Alémdalenda);
- ROBLES, M.; Mulheres, mitos e Deusas: o feminino através dos tempos. São Paulo: Aleph, 2006;
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