Os moradores do vilarejo de Kagiso, perto de  Johanesburgo, na África do Sul, apedrejaram e queimaram vivo um macaco  vervet depois de alegarem que o animal estava ligado a algum tipo de  bruxaria.
Segundo o jornal sul-africano The Star,  a multidão gritava "Mate aquele bruxo", enquanto o macaco era colocado  em um balde e encharcado com gasolina. Em seguida, testemunhas relatam  que os moradores atearam fogo ao animal. Os boatos de que o macaco podia falar se  espalharam no dia 23 de maio, quando o animal entrou no vilarejo. O  bicho foi então capturado, apedrejado e queimado.
Antes de ser colocado dentro do balde e  encharcado com gasolina, o animal conseguiu fugir e se refugiar em uma  árvore, mas foi agarrado novamente e morto. Um dos moradores de Kagiso, Tebogo Mswetsi, disse ao The Star  que foi acordado por amigos logo pela manhã, que falaram sobre o  macaco. Segundo eles o animal andava pelo vilarejo "falando com as  pessoas". Moswetsi se juntou à multidão por curiosidade e, quando o macaco subiu na árvore, foi ele quem o tirou de lá.
"Me sinto culpado, não devia ter tirado ele  daquela árvore. Eu o derrubei depois que alguém despejou gasolina nele.  Não tive escolha", disse Moswetsi ao jornal.
Traumatizante
A entidade de proteção dos animais locais,  Comunity Led Animal Welfare (Claw), descreveu o incidente como "bárbaro"  e enviou uma de suas gerentes, Cora Bailey, ao vilarejo, depois de ter  sido alertada por um dos moradores, Johannes Bapela. Bapela chamou a polícia para evitar a morte do animal, mas os policiais não conseguiram evitar a morte do primata.
"Eles bateram no macaco e então o incendiaram.  Não consegui dormir naquela noite, pois foi muito traumatizante", disse  Bapela ao The Star. 
Para Bapela, as alegações de feitiçaria usadas para matar o macaco "não tem fundamento".
Cora Bailey, da Claw, afirma que chegou ao local tarde demais.
"Fiquei arrasada. Você mal podia dizer que (o  macaco) tinha sido uma criatura viva. Havia crianças pequenas (no local)  que ficaram muito confusas e assustadas", disse.
Bailey afirmou que os animais da região acabam  vítimas da superstição devido ao fato de os moradores dos vilarejos não  entender que este animais entram em locais habitados pois seu habitat  natural foi destruído ou o animal se separou de seu grupo.
[Fonte: BBC Brasil] 






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1 comentários:
rídiculo, esses "homens". um macaco bruxo?! porque o macaco faaria com eles, por favor!...
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