Olá
pessoal, mais uma semana se passou e estamos aqui novamente com mais um tema.
Falaremos hoje sobre o Eremita, a lâmina IX do Tarot. Agradecendo desde já a
visita, espero que estas próximas e singelas palavras lhes sejam úteis.
Quando
em certos momentos da nossa vida nos surpreendemos pensando que é tempo de
reclusão, um momento para pensar sobre nossos planos e ações passadas ou
decisões a serem tomadas; Quando acreditamos em nosso interior que precisamos
aprender coisas novas apesar de nossa idade e do estado em que o nosso corpo se
encontra, ou até mesmo nos momentos em que percebemos que a introspecção é a
melhor saída para nossos problemas, estamos de certo modo incorporando e
adentrando no simbolismo do Eremita.
Olhando
para a Lâmina vemos um Ancião, o que nos traz a sensação de um ser dotado de
sabedoria. A sabedoria que não veio de uma hora para a outra, e sim, daquela
que é conquistada através do tempo e do merecimento. Em uma das mãos ele porta
uma lamparina, a que ilumina e nos mostra que o Eremita é incansável na busca
pelo desconhecido e são exatamente todas as novidades em seu caminho que o fazem
andar em busca do saber. “Só sei que nada
sei!” Basicamente este é o lema do Eremita enquanto caminha, pois quanto
mais ele descobre novidades sobre si e sobre o mundo a sua volta, mais ele se
sente desprovido de conhecimento e é isso que o motiva a sempre ir adiante.
Muitas
vezes nós nos encontramos em silêncio somente a observar as situações que nos
cercam e refletimos sobre tudo tirando nossas próprias conclusões. Nosso
pensamento em certos momentos é o de que nossa solidão na senda Mágicka se dá, pelo simples fato que não há
ninguém que possa responder as nossas questões, ou que não haja ninguém que
possa nos ajudar, a não sermos nós mesmos. O Caminho do Eremita não é livre de
perigos e de obstáculos, porém é toda a sabedoria e os fracassos que ele já
passou que o fazem superar cada uma das adversidades e seguir em frente, mesmo
que ao desconhecido.
Entre
passado e futuro não podemos esquecer que nosso passado nos lembra de tudo o
que já adquirimos de bagagem e é o que nos mantêm firmes na jornada. Já o nosso
futuro, mesmo incerto, pode ser dual, pois ele nos faz lembrar que o tempo não
está ao nosso favor (envelheceremos, a disposição não será mais a mesma, etc.)
e pode ser nosso desmotivador se não analisado como a sabedoria já conquistada.
Dentro de nossos círculos somos nossos próprios mestres, mas no tempo em que
nos encontramos, as dúvidas e confusões rodeiam a nossa mente e nos fazem
desviar de nossos caminhos e assim por não darmos a devida atenção ao que já
aprendemos passamos a confundir sabedoria com erudição, magia com fantasia, Deuses
com arquétipos, ritual com a teatralização e inflando-nos em ego, fazemos
questão de mostrar aos quatro cantos do mundo nossos “grandes feitos” e nos esquecemos
da humildade e que não há recompensa em mostrar, mas sim em apenas sentir, seja
lá em que o nosso coração estiver empregado.
Possuindo
o cajado na mão, o Eremita tem sempre o lembrete de que a morte é certa, mas que
enquanto ele buscar, a lamparina também não o deixará esquecer que existe uma
chama muito mais valiosa do falam os conceitos: A Alma.
No
caminho do Eremita há trabalho duro, rotina em prol do crescimento, sacrifícios
e submissão. Semelhante a ele nós devemos compreender que onde há tristeza,
dificuldades e solidão, existem saídas que nos impulsionam acima e guias que
não permitem que nossos passos sejam levianos. A rotina que tanto criticamos
nos ensina que a paciência é uma das nossas melhores armas para nos defendermos
em nossa jornada, já que a disciplina conquistada será nosso radar rumo ao
descobrimento de nós mesmos. Sejamos o Eremita enquanto a nossa intuição nos
diz qual o caminho devemos percorrer, pois é dádiva que a Luz esteja em nossas
mãos, entretanto uma vez apagada a chama, toda a senda se torna incerta e
distante de nossos pés.
A todos,
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