quarta-feira, 10 de abril de 2013

Universo Simbólico: A Magiah dos Nós - Simples, porém eficaz!



Olá pessoal, abordaremos hoje um assunto que não podemos deixar que caia no esquecimento, muito menos que seja menosprezado pelas pompas de rituais luxuosos. Falaremos sobre a Magiah dos nós. Uma ferramenta simples, mas que se bem trabalhada pode resultar em êxito.

Para falarmos de Magiah dos nós, dentro da lógica, veremos um pouco sobre o simbolismo da corda (barbante) que sem ela a ferramenta Mágicka de nós é basicamente ineficaz.

A simbologia da “corda” possui algumas particularidades, porém há também uma semelhança com os significados que envolvem o signo “árvore”, “fio da aranha”, sempre no que se refere a elevação do ser. A corda representa o intermediário entre dois pontos, assim como o desejo da ascensão. O segredo de magias, poderes e virtudes ocultas são representados quando observamos uma corda que possui uma grande quantidade de nós. A Maçonaria possui em suas lojas uma corda com vários nós que representam a união de cada membro e esta mesma pode ser refletida quando todos eles dão as mãos em corrente. Quando observamos uma corda esticada por um arco, na cultura “Védica” podemos observar e compreendermos que ela não é de origem masculina, ou que provenha da dureza, ou das coisas matérias, mas sua correspondência é semelhante a que conhecemos quando tratamos do Sagrado Feminino, imaterial, intuitivo, de uma fortaleza natural e invisível, onde através da tensão passa a funcionalidade para o arco.

Podemos encontrar a simbologia da “corda de prata”, ou “fio de prata”, a consciência inerente do ser humano que liga o espírito a essência Universal. Esse caminho prateado é aquele que percorremos quando entramos em estado meditativo, ou quando fazemos viagens astrais. Tamanha é a importância da corda para os Hindus que o Deus “Varuna” em posse de uma, demonstra todo o seu poder de unir e desunir. Em culturas como a Egípcia podemos encontrar nos hieróglifos cordas cheias de nós que representam a existência indiferente de um ser humano, assim como lendas Gregas nos mostram que a corda pode significar correntes de castigo perpétuo. As civilizações Maya e Mexicana têm-na como símbolo de fertilidade Divina, quando essas cordas apontando para os céus representam a semente que cairá sobre a terra e a fertilizará. E o nome do mês no calendário antigo Mexicano que representava o início das chuvas chamava-se “Toxcat” (corda trançada). Um costume bem comum é a associação das cordas as chuvas, assim como enterrar seus entes com cordas para que eles tenham como se defender de animais ferozes do “outro mundo”. Na África ela é utilizada pelos Bruxos das “Vévés”, o “Voodoo” tradicional, que segundo eles são serpentes que agem na Magiah.

As “Shimenawas” shintoístas, cordas feitas com palha de arroz onde em sua extremidade pode-se ver a origem, é utilizado por muitos como instrumento de proteção, onde são colocadas em caminhos, portas e entradas de templos para protegem das energias negativas também da invasão de espíritos mal intencionados. Os japoneses colocam-na sobre a porta de entrada de suas casas na semana de Ano-Novo para proteger destas energias nocivas.
Existe o uso desta forma de Magiah na cultura Nórdica, onde esta civilização atava os ventos com seus poderes utilizando de nós. A famosa ilustração de “Olaüs Magnus, Roma 1555”, contando a história de “Gentibus Septentrionalibus” que parado de pé em frente a navegantes negocia corda com três nós que garantiria um ótimo auxilio na viagem. Ao desatar o primeiro nó, um vento suave viria do Oeste-Sudoeste; Ao desatar o segundo foram surpreendidos por um vento rude do norte; E se desatassem o terceiro uma imensa tempestade os acometeria. O simbolismo da corda nos remete para a solidariedade humana que precisamos em nosso cotidiano. Essencialmente é a reconciliação Universal.

Agora que já conhecemos o instrumento básico desta forma de Magiah podemos dar seguimento.

A magiah dos nós teve seus experimentos iniciados a mais de 4000 anos, quando os tablados cuneiformes do oriente foram confeccionados no Oriente. Sua eficácia já era garantida a 2000 a.c e nos dias atuais podemos utilizar esta poderosa ferramenta, porém o que acontece é a desvalorização de magias aparentemente simples, a ponto de torna-la na maioria das vezes como parte integrante de folclores locais, rebaixando o nível desta ferramenta.

O nó que é atado com um desejo especifico estabelece uma ligação da mente do operante com a fio. Encontramos aquelas magias com nós, onde se amarra ao redor do dedo um barbante para que não se esqueça de algo. Essa conexão é estabelecida e a energia é movimentada para o objetivo do operador. O poder não está dentro de nó, ele é liberado para fazer com que sua necessidade se manifeste. O barbante com nó é uma representação física de sua necessidade, assim como uma imagem. Até que aconteça, mantenha o barbante com você ou em algum lugar seguro.

Houve um tempo na Alemanha em que a Magiah dos nós era proibida, pois o numero de imagens literalmente amarradas aumentou, porém era um costume a utilização de nós encantados nas igrejas para proteger de espíritos e pagãos. Assim como todas as coisas neste mundo, esta ferramenta não seria diferente e existe sim, a possibilidade de se trabalhar para o lado da desconstrução. E por ser um tipo de Arte de forma simples a exigência além da intenção para com o objetivo proposto é expressar a emoção do momento e utiliza-la a seu favor.

Os barbantes são utilizados em nós mágicos, porém alguns cuidados devem ser tomados para que o desenvolvimento e eficácia da prática seja conquistada. Na maioria dos encantamentos com nós não se utiliza mais que 60cm de barbante, porém os nós os consomem muito, então a depender da prática mágicka pode-se utilizar um pouco mais. As cores são bastante utilizadas e a correspondência delas são a mesma. Não podemos esquecer que o material do barbante também tem sua importância, recomendando-se fios de algodão e lã, evitando náilon e poliéster. Se for preferível, sabemos que é muito mais poderoso e bastante recomendado, é fazer seus próprios barbantes, pois o ato de tecer além de mesclar suas energias com o trabalho executado, o ato por sí é uma Arte Divina. E quando seus anseios forem concretizados no plano físico assegure que seu nó jamais seja desatado. E para este fato pode-se queimar, enterrar, ou deixar em algum local realmente seguro.

Os materiais que falam a respeito desta ferramenta poderosa atualmente estão escassos, porém com uma boa pesquisa pode-se achar algumas práticas que podem ser aproveitadas para uma familiarização inicial e possivelmente um entendimento mais aprofundado no conteúdo. Acreditando que tudo mencionado será de grande valia, desejo a todos que chegaram até aqui  a harmonia e o sucesso dos ventos benfazejos.

A todos,
Pax, Lux et Nox

0 comentários:

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Hostgator Discount Code
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...