“Eu nasci assim, eu cresci assim,
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim:
Gabriela, sempre Gabriela!
Quem me batizou, quem me nomeou,
Pouco me importou, é assim que eu sou
Gabriela, sempre Gabriela!”
Gabriela - Gal costa
Quem nunca ouviu uma frase semelhante de pessoas próximas ou
não as proferiu propriamente? Quem não sente por vezes uma pontada, quando não
a faca inteira, de orgulho de se ser quem se é? Pois bem, esta é uma tendência comum
da nossa espécie o orgulho pelo próprio orgulho, orgulhar-se tanto de seus
feitos ou ditos a ponto de se orgulhar inclusive de seus defeitos mais
obscuros. Atualmente é observável na mídia comum certa exaltação ao
individuo, musicas, novelas entre outros vem atacando a mentalidade social com
a idéia de que devemos nos orgulhar do “nosso jeito”, mas penso que essa é uma,
como tantas outras, idéia perigosa se mal compreendida.
Aplaudir a diferença e receber o próximo pelo que ele é
obviamente é uma pratica belíssima e até divina, é aceitar a diversidade em essência,
porem isso não significa acomodar-se com seus defeitos e esperar que o próximo os
valorize e bata palmas para seus erros.
Como educador percebo cada vez mais e cada vez mais cedo, o
efeito de certas políticas que adotamos por adotar em nosso país sem que haja
de verdade um trabalho para que as mesmas sejam compreendidas. A lei é criada
em caráter extremista e acaba por tornar muitas vezes a visão dos jovens
equivocada acerca da realidade. É, por exemplo, chamar a atenção de um jovem
por ele não ter executado as atividades que lhe foram passadas e ele virar a
mesa e dizer: “ Você esta brigando comigo por que sou gay, isso é preconceito e
bullying.” Quando o mesmo na realidade desconhece o que exatamente caracteriza
um ato de preconceito e/ou de bullying, porem acha um atentado contra sua
personalidade exigir-lhe ter responsabilidade, e como “esse é o jeito dele”
isso não pode ser mudado.
Vivemos em um mundo cheio de diversidade, animal, social,
cultural, religiosa, política entre outros, justamente para que possamos
reconhecer essas diferenças e aprender com elas, nos tornarmos melhores e mais flexíveis,
aprendermos aquilo que nos falta, corrigir nossos excessos e melhorar nossa índole. Devemos reconhecer a diferença de tempero e
temperança, saber que temos sim aspectos que nos tornam únicos e devemos
usá-los sim, porem reconhecer que nem todas as nossas ações ou atitudes estão
ligadas a esses aspectos, principalmente nossos defeitos e falhas de caráter,
estes devem ser modelados e trabalhados, devem “progredir sempre”.
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