Os deuses primordiais — ou da 1ª geração — eram entidades que haviam gerado o mundo. Representavam as mais primitivas e poderosas forças da natureza, como por exemplo o relâmpago, e também todos os impulsos básicos da vida, como a morte e o inflexível estino.
Os titãs, representantes típicos da 2ª geração, que descendendia da primeira, transmitia ainda uma visão agitada e indomada da natureza. Havia já deuses de aparência semelhante à humana, mas predominavam divindades poderosas, monstruosas e aparentemente incontroláveis.
Mais tarde, com o desaparecimento da potência criadora e selvagem das duas primeiras gerações, as antigas divindades e as novas acomodaram-se, cada uma em seu domínio. Na época da 3ª geração, a dos "deuses olímpicos", os deuses adquiriram forma totalmente humana e o mundo assumiu, finalmente, o aspecto atual.
Segundo as tradições gregas, porém, pouco tempo antes do mundo atual, os deuses interagiam constantemente com os mortais, e a terra ainda estava cheia seres assustadores. Os filhos dos deuses olímpicos constituem, de certa forma, a quarta e última geração divina.
1. JAA Torrano, Hesíodo. Teogonia: a origem dos Deuses, São Paulo, Iluminuras, 1991.
2. A.E. Pinheiro & J.R. Ferreira, Hesíodo. Teogonia / Trabalhos e Dias, Lisboa, Imprensa Nacional, 2005.
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