O Vazio é o fim ou é apenas o princípio?
Talvez os dois.
Talvez os dois.
Dentre as 24 Runas de Odin, existe uma a mais que foi criada no decorrer das eras. Um pedaço de madeira em que nenhum desenho ou forma se representa, apenas o ciclo que se revela em seu vazio. Essa runa que aparentemente não tem muito significado, possui todo o simbolismo das Leis Universais, representado em sua ausência de representação. Runa do Vazio, Wyrd ou 'A Confiança Plena', como alguns preferem chamá-la, remete ao encontro com nosso próprio destino, renascendo continuamente como a Fênix renasce das cinzas que jogou ao mar.
O Vazio ou o Nada, é um dos Princípios que regem toda a criação. Na origem dos Universos e dos vastos mundos, O Tudo e o Nada surgiram por razões que são profundas demais para o nosso conhecimento, porém as manifestações destes são claramente evidentes em todas as formas da Sabedoria a que estamos submetidos, sejam estas ao nosso redor ou a sabedoria que desconhecemos em nós mesmos.
Assim como diz um antigo provérbio asiático: "O Tudo se revela no Nada, e este por pura conclusão, é a imagem do Tudo", ou seja, O Tudo é Nada e o Nada é Tudo, assim como o ciclo que torna a nascer e a morrer, desde que o Caos e o Equilíbrio foram estabelecidos. Esta runa, que ao mesmo tempo apresenta esses dois princípios, contém a totalidade renovadora do ser. Esta runa tende a revelar os mais profundos medos de nossa alma, porém também revela as certezas e virtudes adquiridas ao longo de nossa jornada.
Apesar dessa imensa força, sentimos receio de trabalhar com a mesma, visto que uma pergunta sempre martela em nossa mente: Como podemos controlar aquilo que não tem forma? A resposta é simples: Não podemos. Temos que aceitar que há coisas que não podemos ter um controle, coisas que são muito maiores do que as leis que fundamentamos. Os próprios Deuses estão submetidos aos Grandes Princípios, isto não poderia ser diferente para conosco. Aí está o segredo que rege tal runa: a coragem de se jogar no vazio de olhos fechados. Como diz a passagem de um livro famoso: "Se quiseres realmente saber como é algo, mergulhe nele". O despertar de coisas além do nosso consciente é necessário, independente de nosso caminho espiritual.
A utilização oracular desta runa representa o desfecho de um momento em sua vida, representando assim as diversas mortes que vamos tendo ao longo de nosso curto espaço na Terra, e os renascimentos que são tidos. Simbolizando o desconhecido ou o destino. Porém nada está predestinado, o que está na essência é o poder dos Princípios.
Apesar dessa imensa força, sentimos receio de trabalhar com a mesma, visto que uma pergunta sempre martela em nossa mente: Como podemos controlar aquilo que não tem forma? A resposta é simples: Não podemos. Temos que aceitar que há coisas que não podemos ter um controle, coisas que são muito maiores do que as leis que fundamentamos. Os próprios Deuses estão submetidos aos Grandes Princípios, isto não poderia ser diferente para conosco. Aí está o segredo que rege tal runa: a coragem de se jogar no vazio de olhos fechados. Como diz a passagem de um livro famoso: "Se quiseres realmente saber como é algo, mergulhe nele". O despertar de coisas além do nosso consciente é necessário, independente de nosso caminho espiritual.
A utilização oracular desta runa representa o desfecho de um momento em sua vida, representando assim as diversas mortes que vamos tendo ao longo de nosso curto espaço na Terra, e os renascimentos que são tidos. Simbolizando o desconhecido ou o destino. Porém nada está predestinado, o que está na essência é o poder dos Princípios.
Desenhar a Runa Wyrd representa uma mudança em se interior, adquirindo auto-conhecimento. Queime ardentemente nas sombras do Nada, deixando-se consumir no âmago do Vazio, até que, das cinzas de sua vida passada, renasça o Outro Eu que carrega a sabedoria adquirida nas areias da ampulheta, que pelas fendas saíram, ao piar ensurdecedor da Coruja que nos guarda. Um novo dia começou.
Texto de Douglas Phoenix
1 comentários:
Alguns adendos sobre o texto e a Runa Branca:
1 - No Futhark antigo são apenas 24 runas primordiais, alguns autores modernos consideram que Odin tenha descoberto a runa branca- vale lembrar que Odin não criou, recebeu as runas a partir de um sacrifício - e que ela seria assim a vigésima quinta runa. Não a vigésima quarta como deu a entender no texto .
2 - Wyrd em si significa DESTINO: a força kármática, a predestinação, o caos e o poder das Norns que estão numa hierarquia maior que os Deuses - controlando assim o destino destes. O significado obvio, e abrangente (nenhuma runa tem "poucos significados", mesmo a branca)é tudo o que está por vir, tudo o que está nas mãos das Norns.
Em imediato discordo da visão que a runa signifique o "vazio" ou o "nada". Talvez até sejam tangentes numa interpretação metafísica e/ou quântica. Mas o nada e o vazio na visão nórdica são coisas totalmente diferentes de WYRD. Vide o Ragnarok, que todos sabiam estar predestinados a passar.
Em essência esta rua é um acréscimo supérfluo, pois a runa PEORTH tem o mesmo significado que ela, contudo também abre espaço para outras interpretações não focalizadas no poder de Urdh, Verdandhi e Skuld.
3 - Não diria que a runa trata de uma plena confiança. Fala é claro que você deve saber impor sua vontade, visto que em momentos caóticos, ou de predestinados ela conta mais do que qualquer coisa.
Aquela velha frase de que cada um é dono do seu próprio destino e que o livre-arbítrio existe para fazermos nosso futuro.
Num contexto mais elaborado, eu diria que se a plena confiança se referir ao próprio individuo, sim, a Runa talvez se aplique nesta interpretação. Pois para você saber sua vontade você deve antes de tudo, confiar em si mesmo e conhecer a si mesmo.
4 - Foi citada a Fênix no texto. mas a fênix do mito greco-romano, eu acho. Na mitologia germânica há um mito próprio para a fênix. E tem mais a ver com orgulho, transmutação e honra do que auto-conhecimento. Vide o mito de Gulltweig e a batalha entre os Deuses Aesir e os Vanir.
5 - Tudo e Nada. Esta visão é simultânea para a runa. Ela representa tanto o tudo quanto o nada. Aí o Nada se aplica.
Mas não é na visão adicional que os principios se manifestam. Seria o "Tudo OU Nada", a aposta no que se acredita ser o verdadeiro destino.
A dança cósmica destes princípios é, como foi citada, muito profunda e é especulada em outras runas, não totalmente, mas ainda ligeiramente na Wyrd.
No mais, boa elaboração.
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