sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Práticas simples para fazer no Ano Novo

Costure um saquinho de pano branco, com linhas também brancas, formando um patuá. Coloque dentro dele três cabeças de alho e ponha na entrada de sua casa, de preferência sobre a porta, do lado de dentro. Troque o saquinho a cada sete dias.

- Relacione-se com pessoas que te deixam bem. Aquelas que passam uma energia esquisita, corte já.

- Faça um defumador com algumas folhas de louro e acrescente um punhado de açúcar e um de erva-doce, dizendo: “dinheiro e fartura”, ao defumar a casa de trás para frente, ou seja, dos fundos da casa para a frente.

- Faça da meditação uma prática diária. No primeiro dia do ano, acorde e medite.

- Apanhe três rosas vermelhas, retire as suas pétalas uma da cada vez e ponha todas para ferver em água filtrada. Depois que a água ficar morna, despeje em seu corpo, do pescoço para baixo, e tome banho normalmente. Os bons fluídos desse preparado trarão até você alguém que mereça a sua atenção. Jogue os restos do banho no lixo.

- Respeite seus limites e, se algo ultrapassá-los, reclame, abra a boca, não fique quieta(o). Guardar para si mesmo(a) pode até trazer doenças.

- Coma um prato de sopa de lentilha. Enquanto toma a sopa, diga: “Estou colocando dentro de mim a prosperidade de que necessito”.

- Controle a sua mente.

- Coloque-se em primeiro lugar e não se sinta na obrigação de agradar os outros.

- Espalhe pequenas moedas por todos os cantos do seu lar. Elas atrairão mais dinheiro, pois dinheiro chama dinheiro.

- Tenha apenas pensamentos positivos e afaste qualquer pensamento negativo. Procure não ver notícias negativas na tv, ler algo que faça mal ou assistir filmes pesados. Já temos tanta energia esquisita no mundo que não precisamos de mais dentro de nós.

- Alimente-se menor. Busque, sempre que possível, o que for natural. fuja dos alimentos processados.

- Procure manter uma atividade física diariamente. Faz bem para o corpo e para a mente.

- Tome um banho de mar para renovar as energias.

- Beba chá de alecrim. A bebida ajuda a combater o estresse físico e mental, condições de depressão, a gota, o reumatismo, colesterol, dores de dente, estômago preguiçoso e até enxaquecas.

- Beba mais água.

- Doe o que não usa mais. Não deixe energia estagnada em casa. mantenha somente aquilo que usa ou ama.

[Texto de Lua Azul]

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Órion

Conta-nos a mitologia grega que Órion era era um gigante dotado de uma grande força e de uma incrível habilidade no manejo do arco. Filho de Netuno e da ninfa Euriale, era o favorito de Diana ou Artemis, deusa da Lua e da caça, com quem quase se casou. O irmão de Diana, Apolo, por sua vez, se aborrecia com tal aproximação entre os dois, pois ela deixava de cumprir o seu trabalho, que era iluminar o céu noturno. Ele chegou a censurar diversas vezes sem nunca obter resultado.

Certo dia Apolo teve a oportunidade de se ver livre de seus aborrecimentos: percebendo que Órion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d’água desafiou sua irmã, outra exímia caçadora, a acertar o alvo que distante se movia. Impecável em sua pontaria ela atingiu em cheio seu amado, cujo corpo já moribundo foi conduzido à praia pelas ondas do mar. Percebendo a fatalidade que havia cometido, Diana, em meio às lágrimas, colocou Órion entre as estrelas: o gigante trajado com um cinto, uma pele de leão, armado de uma espada e de sua clava, acompanhado por Sírius, seu cão e com as Plêiades fugindo do caçador.

As Plêiades eram ninfas do séqüito de Diana por quem Órion se apaixonou e perseguiu. Elas, desesperadas, só conseguiram escapar graças a Júpiter ou Zeus, que as transformou em pombas e então numa constelação do céu. Embora as Plêiades fossem sete, somente seis estrelas são visíveis no céu – nos conta a lenda que Electra não conseguiu suportar a dor de ver a cidade de Tróia, que fora fundado por seu filho, cair em ruínas e abandonou seu lugar. Suas irmãs se empalideceram diante de tal visão.


Abaixo se segue um trecho do poema de Henry Wadsworth Longfellow sobre a “Ocultação de Órion”, cujos versos expressam o momento em que suas estrelas são ocultas, aos poucos, pela Lua:


A rubra pele de leão caiu-lhe


Aos pés, dentro do rio. E a bruta clava


A cabeça do touro não fere


Voltado, como outrora, quando, junto


Ao mar, cegou-o Eunápio e em sua forja,


Procurou o ferreiro, e a rude encosta


Galgou penosamente, a passos lentos,


Fixando no sol o olhar vazio.



[Fonte: www.explicatorium.com/As_constelacoes_orion.php

www.observatorio.ufmg.br/dicas05.htm]

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Nordeste feito a mão


O Jornal O Bruxo Pernambuco não apenas trata de temas mágickos, como também trata da cultura de nosso estado e de nossa região. Tendo em vista isso, lá vai uma dica muito interessante de leitura baseada na cultura de artesanato no Nordeste.

A Editora Coqueiro apresenta o mais atualizado e completo guia do melhor artesanato que se faz no Nordeste do Brasil.
Um catálogo totalmente ilustrado com extensa pesquisa histórica, iconográfica, fruto de expedição por mais de 16 mil quilômetros, alcançando 120 cidades, entrevistando 420 artesãos, para resultar em documentários de TV já assistidos por cerca de 30 milhões de pessoas.
Este catálogo é um resumo daqueles documentários além de excelente pesquisa e valioso documento sobre a arte popular.
Um guia e roteiro para quem quer comprar artesanato ou simplesmente visitar e conhecer a mais forte manifestação cultural da região.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

História do termo Magia


A palavra magia deriva do nome dos altos sacerdotes da antiga Pérsia (o atual Irã), chamados magi. No século VI a.C., os magi eram conhecidos por sua profunda sabedoria e por seus dons de profecia. Adeptos do líder religioso Zoroastro, eles interpretavam sonhos, praticavam a astrologia e davam conselhos aos soberanos a respeito de questões importantes. Quando os magi se tornaram conhecidos nos mundos grego e romano, eram vistos como figuras extremamente misteriosas, senhores de segredos profundos e de poderes sobrenaturais. Ninguém sabia na verdade, exatamente que poderes eram esses (afinal, eram secretos!), mas durante um longo tempo qualquer coisa considerada sobrenatural era tida como criação dos magi e chamada de magia. De fato, o próprio Zoroastro foi muitas vezes chamado de: O inventor da magia.

É claro que, na verdade, nenhum indivíduo e nenhuma cultura ¡solada inventaram a magia. Os procedimentos mágicos transmitidos de geração em geração ao longo dos séculos, tiveram origem em muitas civilizações, inclusive nas dos antigos persas, babilônios, egípcios, hebreus, gregos e romanos. A tradição mágica evidentes, como hoje a conhecemos, deve muito à troca de idéias entre membros de diferentes culturas.

Esse contato ocorreu com freqüência cada vez maior após o século 111 a.C., quando o general grego Alexandre o Grande conquistou a Síria, a Babilônia, o Egito e a Pérsia e fundou a cidade de Alexandria, no Egito, destinada a ser o centro intelectual do mundo antigo.


(Texto de Francisco Marengo)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Deusa Vesta


Na antiguidade, fazer fogo nem sempre era fácil, e por isso a manutenção da chama - principal elemento do culto a Vesta - revestia-se de grande importância. Segundo a tradição, o fogo sagrado foi trazido de Tróia por Enéias, lendário herói grego, e preservado no santuário dedicado à deusa, em Roma. Neste recinto não havia imagem alguma da divindade, que era representada inteiramente pelo fogo, sendo este velado por seis sacerdotisas virgens chamadas vestais, encarregadas de mantê-lo sempre aceso. A deusa romana Vesta, protetora dos lares, identificava-se com a grega Héstia, e era mostrada nas pinturas inteiramente vestida, acompanhada, às vezes, de um asno. Seu culto era o mais antigo da religião romana e o que mais resistiu à influência cristã.

As vestais presidiam a Vestália, festival anual realizado entre 7 e 15 do mês de junho. No último dia dessa celebração fazia-se a limpeza ritual do santuário, e os maus augúrios só terminavam quando todo o lixo era depositado em um local especial, ou lançado no rio Tibre. As candidatas a sacerdotisas deviam ser filhas de pais livres e respeitáveis e não apresentarem nenhum defeito físico ou mental. Elas se iniciavam nos segredos da atividade religiosa entre os seis e dez anos de idade, e permaneciam a serviço da deusa durante trinta anos, período em que eram obrigadas a manter a virgindade. Além de zelar pelo fogo, as sacerdotisas deviam também preparar os alimentos sagrados e cuidar da limpeza e dos objetos do santuário, sendo castigadas fisicamente caso descumprissem essas obrigações. Penalidade mais severa era imposta às que porventura violassem o voto de castidade, pois nesse caso as infratoras eram condenadas à morte, ou então enterradas vivas.

As vestais desfrutavam de grande prestígio e inúmeros privilégios durante sua atividade, e embora pudessem se casar ao final dos trinta anos de sacerdócio, isso raramente acontecia porque o casamento com qualquer uma delas era considerado ato que atraía o infortúnio e a má sorte. Submetiam-se apenas ao colégio de pontífices, e em suas mãos eram depostos os maiores segredos, tanto particulares quanto de estado. As suas vestes eram de grande simplicidade, mas elegantes. Por cima do vestido branco que usavam colocavam um manto de cor púrpura que escondia uma de suas espáduas, deixando a outra desnuda.

O santuário de Vesta situava-se no Forum, perto da Regia, antigo palácio dos reis romanos, e seu formato circular lembrava as primitivas cabanas italianas. Somente as vestais tinham livre acesso a seu núcleo, mas uma vez por ano, durante a Vestália, as mulheres casadas podiam visitá-lo, razão pela qual, na época de Augustus, construiu-se diante do templo o Atrium Vestae, uma espécie de vestíbulo de recepção.

Os mitólogos lembram que não se deve confundir a antiga Vesta, isto é, a Terra ou Titéia, mulher de Urano, com a virgem Vesta, deusa do fogo ou o próprio fogo, mas isso é muito freqüente. Vesta, deusa do fogo, tinha um culto que remontava a mais alta antiguidade. Os gregos iniciavam e finalizavam todos os seus sacrifícios adorando-a, invocando-a antes de todos os outros deuses. Em Corinto havia um tempo consagrado a ela, mas desprovido de estátuas, vendo-se apenas, no centro do mesmo, um altar para os sacrifícios celebrados em sua honra. Seu culto consistia principalmente em alimentar o fogo que lhe era consagrado, para impedir que se apagasse.

Numa Pompílio (715-673 a.C.), segundo rei de Roma, fez construir para ela um templo em forma de globo, imagem do universo. Era no meio desse templo que se alimentava o fogo sagrado, visto como o penhor do império do mundo. Ele era renovado todos os anos, no dia primeiro de março, mas se por qualquer motivo se apagasse, só poderia ser ateado pelos raios do Sol, por meio de uma espécie de espelho. Quase mil anos depois, o imperador Graciano, que reinou de 367 a 378 da era cristã, iniciou as hostilidades ao culto da deusa, que foi oficialmente proibido por seu sucessor Teodósio. Em razão disso, no ano de 394, o fogo de Vesta se apagou para sempre, e com isso a lembrança da deusa também desapareceu da memória dos povos que antes a haviam reverenciado.

[Texto de Fernando Kitzinger Dannemann]

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Por quais métodos pode acontecer a Drenagem de Energia

Contato Físico

A drenagem de energia via contato físico baseia-se justamente em um contato corpóreo com o alvo, como são comumente chamadas as vítimas das drenagens.

O indivíduo que tem a intenção de drenar a energia vital de alguém, por esse método, usa as “ferramentas” típicas dos antigos e míticos imortais bebedores de sangue: o romantismo, a sedução e o erotismo e claro, uma boa dose de persuasão.

Depois de persuadida e encantada por todos os artifícios desses seres, a vítima torna-se, em algum grau, uma espécie de zumbi, apenas dando ouvidos ao seu amado galante.

Durante seus momentos íntimos, quando estão abraçados, beijando-se e durante as relações sexuais, em especial, durante os espasmos, que a drenagem tem seu ápice, pois são nesses momentos de excitação maior que a energia flui, também, com maior facilidade.

O alvo devidamente iludido pelo seu amante apaixonado, dificilmente perceberá que ele ou ela deseja nada além de sua energia; e será um alvo contínuo, já que a energia vital é perfeita e facilmente recuperável.

Contato Visual

A drenagem de energia vital por contato visual é uma das mais utilizadas pelos nossos “caninos etéreos saltitantes”.

Esse método não requer tanta exposição por parte do sujeito intencionado, em contraste ao caso anterior; os seres que usam esse meio de sucção de energia vital não precisam ser românticos, sedutores, eróticos e muito menos ser persuasivos.

Os indivíduos desse grupo precisam apenas de um bom contato visual e concentração; pronto, isso é tudo que é necessário pra se fazer à ponte de ligação entre os dois e saciar nosso exemplar. Ele ou ela só irá ter que se dar ao trabalho de não se distrair e de não levantar suspeitas sobre si próprio. Afinal, alguém olhando pra você com um olhar fixo continuamente pode resultar em duas coisas, ou o alvo irá se retirar do local e por um fim no processo de drenagem ou irá se apaixonar por ele.

Por esse motivo, nossos exemplares são muito e por que não dizer, extremamente cautelosos em suas drenagens; alguém bem treinado nas artes do dreno visual pode absorver as energias que precisa sem se quer olhar para o alvo e pode fazer vários alvos ao mesmo tempo.

Contato a Distância

Nossos mais avançados candidatos ao posto de “Conde Drácula Etéreo” podem querer buscar suas vítimas um pouco mais longe do que os últimos casos citados. Não que eles tenham um poder aquisitivo maior que os outros para viajar grandes distâncias, mas, por sua capacidade avançada de concentração.

Os exemplares desse terceiro grupo não precisam de nenhum dos pré-requisitos dos grupos anteriores, exceto a concentração; também precisam saber a localização geográfica do alvo, a partir disso, seus corpos astrais, quando do momento da sucção, serão unidos e a drenagem terá início.

Tão sutil quanto todos os outros esse método tende a ser o mais eficaz, pois, além do alvo não saber o porquê de estar perdendo energia, jamais saberá que está sendo alvo de um vampiro psíquico.

Com a vantagem de ser o método mais eficaz de drenagem, é também o mais desgastante por conta do esforço mental do sujeito. Os indivíduos que preferirem esse meio de drenagem precisam alimentar seus corpos físicos muito bem, na proporção do esforço.

Não existe um risco propriamente dito em drenar energia vital de pessoas, mas, como um rato que, atraído por uma boa comida baixa a guarda de sua segurança e paga o preço da morte por sua displicência, um vampiro psíquico ou psyvamp, pode acabar tendo problemas físicos e mentais se entrar em uma mente... não tão incauta como parece.

Demência pode ser um exemplo prático de problemas etéreos/físicos em um psyvamp.

Alguém que pretende se ligar com o corpo astral e a mente de outra pessoa, poderá descobrir que essa viagem virá a ser mais danosa do que divertida.

Afinal, que segredos, mistérios e uma série de outras coisas podem ser encontradas na mente dos outros?!

Portanto, acho que um alerta é bem-vindo: mente e coração dos outros é terra que ninguém pisa!

Mas uma coisa é certa, a experiência nunca será de todo ruim!

Não existe necessariamente um meio de impedir que nossa mente seja visitada por esses tipos de seres indesejáveis, mas há alguns encantamentos e sortilégios que evitarão que esses visitantes não mais retornem a lhe perturbar; a criação de escudos e outros tipos de barreiras contra pesadelos e seres que fazem travessuras a noite podem evitar que seu sono e sonhos não sejam perturbados por esses seres.

[Fonte: Material de apoio do ESP-PE de agosto/2010 - Anderson Enigma]

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Filosofia maçônica

Em "Lições de Filosofia e Maçônica" o Irmão Moisés Mussa Battal, traz diversas e importantes definições sobre o tema.

"A filosofia maçônica separa o valioso do sem valor nas doutrinas e sistemas que a História conheceu; o permanente, constante, do arcaico, e o proveitoso para o homem e a sociedade do inútil para ele.

A filosofia maçônica coloca o homem no centro de sua preocupação e trabalha pela crescente melhora de suas condições vitais.

A filosofia maçônica nos incita a procurar para o homem a dignidade, o decoro, a consideração e o respeito `a sua personalidade, cinzelada nas contingências da vida, enquanto ela se desenrola em torno de um temperamento, de uma vontade, uma inteligência e uma vocação.

A filosofia maçônica deseja que o ser e a existência do homem girem em torno de três valores superiores que a História destacou como as maiores conquistas da humanidade: liberdade, igualdade e fraternidade. Ela pondera mais que nenhuma outra, dentre as três, a fraternidade, pela transcendência e os benefícios que implica e abarca tanto na esfera do individual como no coletivo.

A filosofia maçônica quer defender o homem da ignorância e da incultura, dos temores e das necessidades, da exploração e das injustiças, do fanatismo do dogma, dos tabus sobretudo da opressão e das tiranias interiores e exteriores de qualquer classe.

A filosofia maçônica deseja situar o homem numa sociedade onde reine a ordem e o trabalho, a igualdade de possibilidades e de oportunidades, a paz e o progresso, a competência não bastarda, mas que desenvolva as capacidades e as iniciativas, e a cooperação e a solidariedade contidas em seu ser. Quer prepara-lo para viver e atuar inteligente e construtivamente num regime democrático e conseguir a melhora e o aperfeiçoamento deste seu regime, de maneira que alcance o que ele ofereça nos campos econômico, social, cultural e político. E defende o regime democrático porque, até agora, é o que melhor se apresentou. E o quer total e não parcial.

A filosofia maçônica quer faze-lo sentir e segurar e incorporar a seu ser e existência esta noção da independência, da interação, da intercomunicação dos indivíduos e dos grupos e dos povos da humanidade. Ao procurar-lhe esta consciência está fundamentando a fraternidade humana, a paz e a solidariedade.

A filosofia maçônica mostra ao homem o incalculável valor da arte de pensar bem e do domínio humano, pelo saber, sobre a natureza e a sociedade. Ela lhe mostra, também, o valor incalculável do livre exame e da dúvida metódica e o domínio sobre os meios e instrumentos que reclamam uma ação sábia, prudente e eficaz. Evidencia e demonstra-lhe que a ciência e a lógica, em que pese sua eficiência e utilidade, não satisfazem toda a ânsia humana de saber nem sobrepujam nem superpassam as contingências na existência humana. Demonstra a ele que o concerto harmônico de cérebro, mão e coração é superior a todo intelectualismo enfermiço, a todo falso ou aparatoso romantismo, a todo predomínio controlado da técnica desumanizada. Procura fazer que sua vida se deslize dentro do triângulo áureo da verdade, do bem e da beleza. E que uma vez organizada e afinada sua vida, ela se ponha ao serviço do bem comum. Forma homens, forma dirigentes, forma combatentes pela verdade e o bem. Acende no homem sua fé e seu entusiasmo em torno das possibilidades de superação que há em todos os indivíduos e em todos os povos. Consolida sua crença em que o superior emerge do inferior e em que um transformismo meliorativo, que melhora a condição humana, é factível não sòmente na condição humana, mas em toda ordem de coisas. Trata de dissipar nele toda burla e perda do sentido de universalidade, todo resto de cepticismo infecundo e sobretudo toda mostra de dúvida constante e cega, pirrônica. Sustenta no homem sua adesão insubornável aos poderes do entendimento e da razão, mas sem menosprezar os aportamentos empíricos da experiência. Leva-o a apoiar-se num positivismo científico e não estacar-se no exercício da meditação e das lucubrações nos campos metafísicos da ontologia, da gnoseologia e da axiologia. Reforça suas preocupações e seus estudos comparados em torno das religiões para retemperar nela a tolerância; respeitar a inata religiosidade e abraçar um deísmo ou um gnosticismo eqüidistante do ateísmo estéril e do teísmo anticientífico e antirracional, sempre eivado de sectarismo e de proselitismo anacrônicos. Ele é levado a assumir uma atitude tolerante frente ao magismo, ou seja, à magia e à parapsicologia; mas também evitar que se entregue com entusiasmo infundado estas ocupações; logo verá, diz, a luz pelo caminho da investigação nestes casos em particular.

A filosofia maçônica está ao lado do espiritualismo, sem deixar de considerar e ponderar o que houver de valioso e provado nas correntes materialistas. Adere ao postulado que está acima do individualismo e do coletivismo obsecado e segundo o qual o indivíduo existe em, por e para a sociedade e esta, ou seja, a sociedade, existe por e para o indivíduo. Exalta a preocupação pela existência humana, seus problemas, suas preocupações, suas esperanças, mas sem cair nas garras do existencialismo, sobretudo do pessimista tétrico e aniquilador.

Confirma no homem a necessidade da organização e da hierarquia, da direção, da subordinação, dos regulamentos; da conseqüente seleção no ingresso e na ascenção, até a formação de um agrupamento humano de elite. Da disciplina consciente e aceita; da divisão do trabalho e da cooperação e da solidariedade institucionais.

Recorre aos continentes constantes, símbolos, números, alegorias, rituais etc., para moldar neles os conteúdos circunstanciais das épocas históricas e manter assim a persistência das doutrinas e dos costumes, conforme à lei de constante mudança e do vaivém ideológico e das modas imperantes. Reforça o caráter prospectivo do homem e a vantagem de que se fixem metas e fins preestabelecidos em sua existência, objetivos e fins que possa alcançar, utilizando o poder, o saber, a estabilidade emocional e a serenidade.

Aproxima-se a filosofia maçônica do socratismo e do aristotelismo e mais, ainda, do estoicismo e do senequismo, às posições renascentistas e racionalistas; inviolavelmente adicta a Ilustração ou Iluminismo; ligada estreitamente ao criticismo kantiano; ao espiritualismo; ao positivismo e, particularmente, ao evolucionismo e à filosofia da vida; ela se retira certa e efetivamente da órbita de Nietzsche e de Marx, de Sartre e de Camus que atentam contra a personalidade humana; e tem contatos, em compensação, à distância, com o intuicionismo e os movimentos fenomenológicos prospectivos e axiológicos.

Esta é, numa síntese abreviada, muito reduzida e quase esquemática, a relação de como a filosofia maçônica enquadrou-se na filosofia geral e extraiu estas posições e destas tendências".

[fonte: Loja São Paulo 43]

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Árvore Sagrade de Glastonbury pode sobreviver a profanação

The Holy Thorn after the attack

Recentemente uma notícia foi publicada pelo site inglês This is Somerset, deixou um pouco de esperança a todos que se revoltaram com o ato de vandalismo a Árvore Sagrada, Holy Thorn, em Glatonsbury. O ato ocorrido no último dia 09 repercutiu no meio pagão como uma bomba, porém apenas teve repercussão total aqui no Brasil na última semana, pois não obteve repercussão na mídia nacional.

Na última semana um perito visitou pela última vez o local para a última análise, a fim de dizer se a planta poderia ter uma chance de sobreviver ou não. Para alegria de muitos a resposta foi sim. O arborista Peter Wood Frearson disse que as feridas da árvore teriam sido revestidas por uma resina e cera de abelha, além da árvore ter sido ajustada para protegê-la da geada.
A expeculação dela não sobreviver se deve ao fato de que caso os cortes tivesse afetado o sistema de circulação de seiva gravemente, a árvore poderia não mais se reculperar.

Na primavera, a terra ao redor da árvore será comberta com farinha de ossos para alimentar as raizes, além de um sistema de proteção da raiz para que a pelanta possua maiores chances de reculperação. As chances de sobrevivência da árvore estão por volta de 75%, afirma o senhor Wood Frearson. As espectativas são de que ela comece a se renovar nessa época.

Um membro público, Richard Chisnall, sugeriu que os ramos devam ser usados para se criar mudas e assim plantá-las na cidade. "Apesar das pessoas que fizeram isso com más intenções, eles acabaram por unir toda a população e pessoas em todo o mundo por essa causa".

"Os ramos cortados da árvore foram reculperados e armazenados na abadia da cidade para que a população decida o que fazer com eles", disse Katherine Gorbing, diretora da Abadia de Glastonbury. Sugestões podem ser feitas de qualquer pessoa do mundo através de um grupo no Facebook (Holy Thorn) ou através do e-mail holythorn@glastonburyabbey.com.

Eclipse da lua marca solstício de verão no Brasil



SÃO PAULO - Na madrugada desta terça-feira, um eclipse total da lua foi visto em todo o mundo, inclusive no Brasil. De acordo com a Nasa, a América do Norte teve uma visão privilegiada do fenômeno.
No Brasil, o eclipse lunar, o único deste ano, teve início por volta das 4h30 (horário de Brasília) desta terça-feira, 21. Às 5h10, praticamente um terço da Lua já havia sido coberto pela sombra da terra, visão obtida do Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista.
Da América do Norte até a Islândia, o eclipse da Lua foi observado durante mais de uma hora. Alguns lugares puderam ver só o começo, outros somente o final. Um eclipse lunar só é possível durante a Lua cheia. Quando o Sol, a Terra e a Lua estão bem alinhados, o satélite natural pode ficar momentaneamente privado de luz solar, caso esteja no cone de sombra da Terra.
O eclipse total da lua ganha especial significado neste ano. Desde 1554 não coincidia com o solstício de inverno, no hemisfério norte. No hemisfério sul, temos o solstício de verão na mesma data.
[Fonte: O Estadão.com.br]

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Asfódelo

O asfódelo ou gamões é uma planta liliácea, hermafrodita, do gênero Asphodelus, que compreende 16 espécies herbáceas, bianuais ou perenes, oriundas do sul e centro da Europa, das quais a mais conhecida é a Asphodelus albus que, nativa do Sul da Europa (de Portugal aos Bálcãs) e do norte da África, é cultivada como ornamental (floresce de abril a junho) e para produção de álcool. Na Grécia, os asfódelos eram colocados nas tumbas dos mortos e empregados nas cerimônias fúnebres, acreditando-se que facilitavam a passagem dos defuntos aos Campos Elísios, que se supunha atapetados dessa planta.

Flores das pradarias do Hades, são consagradas a esse deus e a Perséfone. Os próprios antigos não tinham clareza das razões para isso e às vezes cortavam ou corrigiam a expressão "campo de asfódelos" para fazê-la significar "campo de cinzas" ou "campo de decapitados".

Por tirar-se álcool dessa planta, talvez, o asfódelo representaria a perda de juízo e dos sentidos, característica da morte. A associação também pode se dever à facilidade com que cresce em ruínas e cemitérios, já que são rejeitadas pelos animais de pasto (embora sejam comidos por porcos e javalis). Considerada como o alimento favorito dos mortos, os antigos costumavam plantá-las perto das tumbas

Apesar de os antigos terem lhe atribuído um cheiro pestilento - sob a influência, talvez, de uma associação com a idéia de morte - o perfume do asfódelo assemelha-se ao do jasmim. Victor Hugo evocou esse perfume em Booz adormecido (Booz endormi) numa "penumbra nupcial" (Ela, fora da vida, e eu, semimorto) na qual a velhice, a dúvida, o enfraquecimeno dos sentidos contrastam com a expectativa do amor:

Um fresco perfume desprendia-se dos tufos de asfódelos;
Os sopros da noite flutuavam sobre Galgala...
Ruth sonhava e Booz dormia; a erva era negra...
Fonte: Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Dicionário de Símbolos, Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Hostgator Discount Code