Olá, queridos leitores, hoje
teremos uma pausa nos registros sobre os Deuses para falar sobre algumas coisas que andam me tirando o sono.
Já por duas vezes ocorre o fato de alguns textos causarem certo incômodo a algumas pessoas que o leem.
Uma vez, foi
com um post da coluna Caminhando entre as Deusas, desta vez foi com A Lança. Gostaria de esclarecer que as
duas colunas falam de trajetórias pessoais com estes Deuses e seus mitos e histórias
são vistos pela ótica e fé da pessoa que lhes escreve. Ademais, o que é a fé em
um Deus? O que é um culto a determinada divindade? Já pararam para pensar
nisso?
Cresci ouvindo e vendo várias
pessoas brigarem para defender uma visão sobre determinado fato e agora, meus
caros amigos, lhes pergunto: isso existe?
É dedutível que a verdade não
existe. O que existem são vários pontos de vista sobre determinada verdade.
Existem vários filósofos por aí dizendo isso, podem procurar. Então, pensem
comigo, se não existe uma única verdade, se ela é mutável até para os que
participaram dos acontecimentos, pois algo que você vivenciou hoje e entendeu
de um jeito pode certamente mudar de ponto de vista daqui a dez anos, como
podemos tentar entender e recriar algo que aconteceu há milênios atrás?
Principalmente aqueles que não possuem sequer registros escritos pelo punho do
próprio povo.
Decerto que cultuamos Deuses
antigos, mas já pararam para pensar em quais diversas formas eles já apareceram
para toda a humanidade? Os antigos povos eram politeísta, assim acreditamos,
possuíam Deuses para tudo, que pouco a pouco a medida que as sociedades iam
ficando mais complexas iam se unindo e tornando-se vários no nome de Um. Nós
mesmos não fazemos parte deste todo Universal Uno?? Centelhas e pequenas partes
de um todo muito maior do que certamente podemos imaginar?
Então, me perdoem aqueles que
tentam reconstruir uma cultura tão antiga como a egípcia, a nórdica, a celta, a
grega, ou qualquer outra... As culturas foram assimiladas pelos povos
vencedores e me desculpem se eu acredito ser impossível retirar os fatos dos
mitos criados ao longo dos séculos.
Se todos pudessem olhar para as
religiões e histórias antigas, os mitos e lendas dos povos de outrora vão
perceber que eles se intercruzam e contam a mesma história para povos
diferentes e explicam os mesmo fenômenos para regiões diferentes do globo
terrestre. A roda da natureza é nascer, crescer, reproduzir e morrer. Assim,
todos os Deuses antigos viveram, seja por qual nome você os chame, não é uma
roda wiccana... Se a Wicca organizou-a em seu eixo central chamando de roda
celta, não posso fazer nada. É um todo que vivenciamos todo dia, ter e perder,
perder e ter. Isto, meus caros, é o que chamo de roda da vida. Se eu a conto de
forma alegórica pelos registros de mitos provenientes do Egito, dos Celtas ou
dos Gregos, o que importa é a metáfora e o ensinamento ali contido e não se os
povos cultuavam ou não daquela maneira, até porque, eu posso até ter vivido lá,
mas eu não me lembro nesta vida e não posso nunca abrir a boca para dizer que
tenho certeza que foi daquele jeito seja baseada em um autor ou em qualquer
outro autor que seja.
Meus queridos, a própria história
é reescrita todo dia. Todo santo dia novos artefatos arqueológicos são
encontrados modificando aquilo que se parecia certo. Não caiam na besteira,
como fizeram alguns, de acreditar que a forma certa de cultuar um Deus ou de
olhar para aquele Deus era assim ou não. Porque, meus amigos, é impossível
saber. A diversidade humana é tamanha que um mesmo nome de um Deus poderia
significar uma coisa para uma tribo e outra coisa para outro e como é que nós
podemos dizer qual era o certo?
Por isso, volto a repetir e fazer
um acordo. Primeiro ao acordo, de hoje por diante todos os textos das duas
colunas terão as referências no corpo do próprio texto, assim vocês poderão ver
o que foi um autor que disse ou qual foi o que o outro autor que disse como um
texto científico (e não como uma coluna de jornal deveria ser), certo? E o
segundo ponto é que toda a costura feita pelo texto é a forma como eu olho para
este Deus e não o que uma cultura diz ou deixa de dizer, porque para mim reza a
lenda que nunca poderei saber como foi ou como deixou de ser.
Gostaria de pedir também que aqueles que tivessem dúvidas ou não gostassem de algo dito nos textos procurasse a mim, podem entrar em contato por este e-mail: rusinhacam@gmail.com. Ou utilizassem a ferramenta de comentário que encontra-se logo abaixo.
Agradeço a atenção e desejo uma ótima semana para todos.
0 comentários:
Postar um comentário