quinta-feira, 20 de junho de 2013

Caminhando entre as Deusas: Arianrhod


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Arianrhod, Deusa da Roda de Prata de estrelas, Deusa dos mortos e da reencarnação, Mãe, Rainha, Senhora de Si. Esses são alguns dos atributos desta Deusa galesa.


Ao meu ver, ela pode ser bastante controversa, tendo um lado um pouco inapropriado para uma Deusa, ao mesmo tempo em que comanda o seu próprio destino. Mas vamos as lendas:

Filha do Deus Danu e irmã de Gwydion, esta Deusa vivia em um reino celestial conhecido por Caer Arianrhod, ou Corona Borealis. Para algumas tribos celtas estes era o local para onde as almas dos mortos iriam. E era nesta Terra que Ela fiava e tecia o destino de todos os espíritos.

Conta, que um dia seu irmão sugeriu que ela desposasse um rei. Levada a uma entrevista com o homem que seria seu marido se sentiu ultrajada quando este pediu uma prova, que ela caminhasse pelo seu bastão mágico para provar sua virgindade. A contragosto a Deusa resolveu fazer o que ele pedia e quando começou a andar sobre o bastão, um bebê caiu por entre suas pernas. Sentindo-se humilhada, começou a correr e antes de sair do salão, outro bebê despencou de suas pernas. Seu irmão, muito hábil, logo recolheu as duas crianças antes que qualquer outra pessoa pudesse ver.

A primeira criança era um menino escuro e foi chamado de Dylan e entregue ao oceano. Criado pelas ondas do mar, ficou conhecido por Eil Ton (Filho das ondas) e aprendeu a nadar tão bem, que nenhum peixe no vasto mar era tão rápido quanto ele. Anos mais tarde, foi morto por seu tio Govannon e todas as ondas do oceano chorou por sua morte.

O segundo filho foi criado pelo tio Gwydion e possuia um dom especial, ele cresceu muito mais rápido que qualquer humano. No entanto, este não tinha nome. O tio querendo muito que sua irmã desse um nome aquela criança, levou-a a corte de Caer Arianrhod quando esta estava com 4 anos de idade.

No entanto, quando a Deusa soube que aquele era seu filho nascido de uma trapaça, ficou chateada com o irmão e acreditou que estava sendo humilhada. O tio, em defesa da criança, disse que ele era um garoto gentil e que ela não devia se envergonhar de ser mãe de uma criança tão hábil. Então, ela perguntou seu nome e o tio disse que ele ainda não tinha. A partir deste fato Ela resolveu que o garoto ficaria sem nome até que Ela lhe decidisse dar um.

Ou seja, mesmo rejeitando a criança tomou para si o direito de mãe e de nomear a criança.

O restante da história fica para a semana que vem. Boa semana a todos!

Referências Bibliograficas:
Prieto, C.; Todas as Deusas do Mundo: rituais wiccanianos para celebrar a Deusas em suas diferentes faces. São Paulo: Gaia, 2003, p.59 a 62.

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