domingo, 28 de novembro de 2010

Os praticantes da Nova Era


Com a remontagem da Antiga Crença, diversas pessoas foram se descobrindo nessa forma de espiritualidade, mas até então, os praticantes só poderiam se firmar através de grupos de magia, estes denominados Covens. A cada dia o crescimento do movimento era perceptível, porém encontrar um grupo era uma tarefa muito difícil, pois estes se mantinham em segredo, além de não se formarem em todas as partes do mundo. Alguns vendo que não seria possível uma interação em grupo começam os seus estudos solitariamente, começam assim o surgimento dos Bruxos Solitários. Estes receberam diversas críticas das mais variadas Tradições, sendo intitulados de falsos bruxos. Apesar de toda a revolta contra esses novos praticantes, o movimento veio crescendo e ganhou apoio de diversas autoridades mundiais no paganismo, um deles é o renomado escritor Scott Cunningham que publicou em 1988 o livro Wicca: A Guide for the Solitary Practitioner que apenas foi publicado no Brasil em 2001 com o título Guia da Bruxa Solitária. Os grupos que mais foram contra esse tipo de forma de prática foram o da Tradição Gardneriana, que é totalmente fechada, somente se abrindo recentemente, como se pode ver em grupos da Inglaterra e nos Estados Unidos. Era dito que alguém poderia ser denominado bruxo aquele que fosse iniciado por um grupo. A revolta não era nem tanto pela dita Bruxaria, mas sim pela religião formada por Gardner, Wicca, a forma neo-pagã mais conhecida em todo o mundo. As diversas tradições diziam que a Wicca não é uma religião para ser praticada de forma solitária, exceto raros casos onde o dito eremita já tenha passado uma vida inteira em um coven e já possua experiência o suficiente para continuar sua jornada sozinho. A Wicca era dita por esses grupos como uma religião de poucos escolhidos. Mas a pergunta que fica e a seguinte: se o desenvolvimento é uma coisa pessoal por que eu teria que ser iniciado por um grupo para ser aceito?

Nesse sentimento de revolta, surgiu uma nova prática que até hoje remonta em uma grande discussão no meio pagão, a Auto-iniciação. Como ser iniciado por um grupo ou uma tradição firmada era muito complicado, os praticantes começaram a praticar a própria iniciação, se denominados independentes da aceitação ou não de tais “autoridades”. Muitos praticantes solitários não apenas estavam fazendo isso devido à falta de um grupo a que pudesse se juntar, mas sim a escolherem não se juntar a um coven. A auto-iniciação se tornou uma prática comum até os dias atuais, ganhando "regras" e práticas próprias. Nesse ritual o bruxo pode realizar a escolha de um nome mágicko, este que vai ser o nome de contato puro com os deuses. Este nome geralmente é mantido em segredo, e um outro nome que será o qual a pessoa ficará conhecida no meio. Essa prática também segue a regra de que 1 ano e 1 dia de estudo seria o tempo mínimo para que a pessoa pudesse realizar a iniciação.

Na Bruxaria em geral, a prática da iniciação nunca foi visto como uma prática necessária, até porque tal não seja uma religião, mas sim uma crença. Então assim tiveram as três mais comuns formas de praticantes solitários que ainda podem ser vistas atualmente. Na verdade os praticantes solitários ainda podem ter outras classificações, tudo varia da situação.

2 comentários:

S. Thot disse...

A questão é o quão forte é a vontade de um autoiniciado. Se ele buscou a AI porque não tinha ninguém para fazer uma iniciação normal, vá lá.

Mas se ele não consegue relacionar-se com as pessoas, talvez o problema seja interno e não externo, uma vez que ele o faz em outras horas de seu dia.

Unknown disse...

S. Thot, às vezes não é nem a pessoa conseguir se realcionar ou não com pessoas, alguns praticantes simplesmente preferem o trabalho individual, achando assim mais fácil e mais definidor de seu desenvolvimento.

Concordo com o que você disse sobre a vontade, pois tudo depende da intenção, sem ela nada se concretiza.

 
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